Se o seu relacionamento não está engrenando, procure uma retífica sentimental para trocar as atitudes.
Sosígenes Bittencourt
Música “Minhas Qualidades” – autoria de Martins – Álbum “Martins – O Apaixonado do Brega”.
Aldenisio Tavares
Uma história do fundo baú. O ano era 1963. Impedidos de circular pela cidade de maneira civil, o então Cabo do exército, José Eudes de Souza, engajado no 14-RI, localizado na cidade de Jaboatão, foi flagrado por um tenente quando vinha da escola sem o fardamento correspondente. Por ato de oficio o caso foi relatado ao superior dos dois.
Ao ser questionado pelo Capitão Costa – Comandante da Companhia – o Cabo José Eudes confirmou que realmente havia circulado pelas ruas de forma civil (indevida para um militar). Quando o superior hierárquico aventou que o mesmo poderia ser punido pela alteração, o Capo José Eudes, de maneira firme, sem perder a humildade, respondeu-lhe então: “com certeza Capitão, porém eu não poderia negar-lhe uma verdade, porém não ficaria bem para um militar. Então prefiro que o senhor me puna por trajar civilmente do que me punir por faltar com a verdade, pois, segundo meu entendimento, aquele que mente, rouba”.
Moral da história: dias depois, com a tropa em forma, o Cabo José Eudes de Souza recebeu, através dos auto-falantes do quartel, um efusivo elogio pela sinceridade, no sentido do ato exemplar aos companheiros de farda. Eis ai, portanto, um dos motivos de ser o “eterno” comandante de pelo menos um “punhado” de antonenses que tiveram o privilégio de ser comandado pelo, hoje, Major Eudes de Souza.
Questões de pobres são de pobres. Os ricos cuidam de suas questões. Nenhum herói ou regime político irá salvar o mundo. O mundo só se salvará pela empatia e solidariedade, e esses pré-requisitos não pertencem aos capitalistas, nem aos heróis nem aos grupos políticos.
O brasileiro que acredita que extinguindo o PT, acabará a corrupção no Brasil é o cidadão mais feliz e esperançoso do mundo. A corrupção no Brasil remonta à idade da chupeta e às orações de padre José de Anchieta, é da descoberta cabralina à Morte e Vida Severina.
É que os partidos políticos gostam do dinheiro dos ricos para comprar votos dos pobres, prometendo preservar a riqueza dos ricos e tirar os pobres da pobreza. Depois, eles vão passear com os ricos e não sabem o que fazer com os pobres.
Sosígenes Bittencourt
“TE QUERO AMOR” samba de Guga, Junior e Paulo – Cd vol. 02 – É pra sambar, swingar e se apaixonar – Banda Fascina.
Aldenisio Tavares
Registro o recebimento do convite para o lançamento do mais novo livro de professor Pedro Ferrer – “Cristais Fissurados”. O evento festivo terá como palco a “Casa do Imperador” (Instituto Histórico) e ocorrerá no próximo dia 24 de maio às 19:30h. Registro também que ficará por minha conta a honrosa missão da apresentação do opúsculo, no referido evento. Por esse motivo, já sou conhecedor do seu conteúdo.
Assim sendo, sem autorização do autor, adiantarei algumas das minhas inferências sobre a obra:
Primeiro: próximo de completar oito décadas de vida, posso afirmar que o amigo Pedoca está com as suas faculdades mentais tinindo – algo que nunca teve bem ajustadas.
Segundo: de todos os seus livros, esse é o que mais que se parece com ele. Seria uma espécie de “DNA” literário.
Terceiro: o tema central do livro retrata um acontecimento real, ocorrido na nossa cidade e que teve grande repercussão à época. Mas Pedro, com uma narrativa criativa (ficção/mentiras) conseguiu transformar algo denso numa leitura gostosa, alegre, sensual e leve.
Quarto: no conjunto de personagens por ele criado, muitas pessoas conhecidas serão identificadas no seio da sociedade vitoriense. Imagino até que o autor aproveitou-se dessa capa – “ficção” – para descer o cacete nos seus parentes que não lhes agradam, em algumas pessoas próximas da família e até para revelar alguns segredos, antes guardados sob um pacto de silêncio.
Quinto: em alguns trechos, o leitor deverá ficar se perguntando sobre a verdeira história de vida do autor: será que ele foi mesmo um seminarista ou atuou lá pelas bandas da Bahia como gerente de cabaré qualquer?
Só lendo para crer……..
O Brasil, desde o meu o tempo de criança, mudou bastante. À época, cansei de escutar dos mais velhos que por aqui rico e político “casavam e batizavam”, sem à possibilidade de “ver o sol nascer quadrado”. Bom! O tempo passou e os ricos e os políticos continuam “casando e batizando”, mas a sensação de impunidade, convenhamos, hoje, mudou bastante. Realcemos, contudo, que “Impunidade” e “Sensação de impunidade” são duas coisas distintas.
Nunca antes na história desse país tivemos, simultaneamente, dois ex-presidentes da republicas presos. Aliás, nunca tivemos nem um, antes do LULA. Culpados ou inocentes, justo ou injusto, o importante é que esses acontecimentos nos fornece um claro atestado de processo de mudança.
Para o povão assimilar melhor essa mudança, no sentido mais pedagógico, faz-se necessária a justiça alcançar as “autoridades” mais próximas. Ou seja: Governadores, prefeitos e até vereadores. Motivos para dá voz de prisão aos acima citados é o que não faltam. Aliás, para parte expressiva da população “vantagem” não é crime…..
Assim sendo, reproduzo a expressão recente do desembargador do Tribunal Regional da Segunda Região, Abel Gomes, referindo-se aos atos do ex-presidente Michel Temer e do seu parceiro, Coronel Lima. Disse ele: “ Tem Rabo de Jacaré; couro de Jacaré, boca de Jacaré; não pode ser um coelho branco”.
Conhecer Dr Gamaliel da Costa Gomes, falecido no Recife, aos 90 anos, dia 12/5 último, e privar de suas lições de vida, foi oportunidade que tive, ao longo de décadas. Sempre que o encontrava, seja na terra natal, sua Vitória de Santo Antão ou Recife, a conversa era viagem no tempo. Possuidor de memória fotográfica, documental, testemunha de vários episódios da cena política. Um arquivista do conhecimento.
De origem modesta , construiu sua história de vida morando na Casa do Estudante de Pernambuco, mais tarde, aluno do Americano Batista.:Formou-se na Faculdade de Direito do Recife, em 1952. Um de seus orgulhos era ter recebido como presente o anel de formatura do ex-ministro da Agricultura, no governo Getúlio Vargas, o conterrâneo João Cleofas. Promotor de Justiça em 1964, por concurso. Atuou em várias cidades pernambucanas. Aposentado aos 70 anos como Procurador. Membro efetivo do Instituto Histórico de Vitória , assíduo frequentador dos encontros mensais do Círculo de Amigos da Vitória no Clube Português do Recife. Mesmo residindo na Capital, respirava Vitória.
Algumas ocasiões, visitei ao seu lado, o saudoso mestre José Aragão, no Recife, onde residia. O registro fotográfico pertence ao meu arquivo pessoal. O cardápio era Vitória. Guardarei a lembrança de um ser humano cordial, bem humorado, pessoa de rara virtude: a de tratar todos os semelhantes com o mesmo respeito e distinção. Era sábio no fazer, ignorava a soberba, sobretudo o poder dos outros.
Era trigo limpo.
Ronaldo Sotero
Energia Absoluta – É a força que movimenta e equilibra todos os corpos no espaço. Além do oxigênio, hidrogênio e nitrogênio, o ar está impregnado de uma Energia Absoluta que penetra todas as formas, desde a mais elementar vida vegetativa até a mais elevada vida humana. Essa energia emana do sol e penetra pelos centros nervosos do ser humano e vai alojar-se no “plexo solar”, capacitando-o a produzir trabalho.
A Energia Absoluta contém um terço de ar, movendo-se em círculo, estabelecendo um movimento rotatório que dá origem ao movimento dos corpos no espaço, impulsionando-os para cima e para baixo. Da ação das forças centrífugas e centrípetas, resultam o equilíbrio dos corpos no espaço. A superabundância dessa Energia atua sobre a matéria viva, através dos plexos gerando uma substância fluídica que é a parte essencial da célula produzindo o plasma celular.
Pela atuação da Energia Absoluta, nas regiões onde se assentam os plexos e pela precipitação da força nervosa, é que se dá nas células desses centros nervosos, a operação que produz as diferentes condições ou processos de fixação, para que a energia se desprenda do corpo físico.
Energia Vida – É uma grande força penetrando o espaço, que se propaga em forma de vibração, que dá existência a todas as coisas criadas. É o Átomo Centelha que emana dos Cosmo e que habita o ser humano. Esse Átomo Centelha de Vida é o princípio original da verdadeira manifestação do homem.
Essa Energia em seu contato com os planos da manifestação cria uma condição que lhe é inerente. Essa condição é a consciência, cujo os atributos não podem ser anulados nem destruídos.
Energia Mente – É uma forma de energia que está presente nas manifestações dos seres vivos. Toda vida manifestada na matéria é o resultado da mente. A função mais elevada da mente que conhecemos é a Razão, que imprime no ser humano, condições especiais de equidade, bom senso e justiça.
E energia mente é a força que movimenta uma corrente de energia emanada do cérebro.
(VERDADES FUNDAMENTAIS – MELCHISEDEC – pág. 57 e 58)

O mês de Maio sempre foi um mês dedicado à mulher. Mês de Maria, de se celebrar o namoro e o noivado, místico período entre os prazeres da carne e o sacrifício do espírito, o desregramento e a temperança, a fornicação e a castidade. Mês de se respeitar a mãe e desobedecer-lhe. Recebido com ovação, o Papa veio condenar tudo que é vontade do corpo e seduz o cérebro. Lembra-me O Êxtase de Santa Teresa D’Ávila, trespassada pela seta de um anjo, magnificamente burilada por Bernini, no século XVI.
Quem danado aguentava, em Vitória de Santo Antão, embora calma, sem os agitos nem a desobediência reinante de hoje, controlar-se, com a popularização da minissaia? De repente, quando não se podia ver um tornozelo, lá estavam os joelhos das meninas do Colégio Municipal e do Colégio das Freiras à mostra. Naquele tempo, o desejo vinha embalado pelas músicas de Roberto Carlos, Renato e seus Blue Caps e The Fevers, o que emoldurava o apetite com uma vaga sensação de amor. Ninguém sabia exatamente o que estava acontecendo, porque a Medicina ainda não mapeara o cérebro e a endocrinologia cabia em algumas folhas de caderno. Mas, só Deus sabe o quanto a enxurrada de hormônios fustigava a pele da adolescência de tanta emoção. Os namoros eram na calçada, fiscalizados, com hora marcada. Cinema, só com acompanhante, geralmente um irmãozinho bobo, comedor de bombom, mas fuxiqueiro, cujo perigo residia em contrariá-lo. Os cinemas eram o calorento Cine Braga e o inesquecível Cine Iracema, espaçoso, onde se podia procurar um lugar mais reservado para beijar. Todo mundo ficava tomado, neste mês de maio, de uma expectativa de noivado, casamento e maternidade. Festejava-se a mãe, a namorada e se fazia plano para o futuro. Chegávamos a imaginar como seriam nossos filhos. Se pareceria com a mãe ou seria uma escultórica mistura dos olhos de um com o nariz do outro. Eita, mundo velho!
Sosígenes Bittencourt
Homenagem ao compositor vitoriense Toni Amorim – música “CIÚME, TEMPERO DO AMOR” – interpretação Ricardo Rico – álbum Toni Amorim: 50 anos de composições.
Ricardo Rico – Ciúme, Tempero do Amor de Toni Amorim
Aldenisio Tavares