Primeira Meia Maratona da Vitoria – virada do 1º lote!
1ª Meia Maratona da Vitória – 21 por Tabocas
21K e 10K
Data: 21/09/2025
Local: Antiga Estação Ferroviária / Praça Leão Coroado – Vitória de Santo Antão
Concentração: 4h
Largada: 5h
Premiações – Meia Maratona (21km):
Masculino e Feminino – 1º ao 5º lugar
Geral e Local
Faixas etárias:
* 40 a 49 anos
* 50 a 59 anos
* 60+
Corrida 10km:
Masculino e Feminino – 1º ao 5º lugar
Geral e Local
Obs: Não haverá premiação em dinheiro
Inscrições:
Online: www.uptempo.com.br
Grupos: 81 99198-0437
Presencial: Loja Monster Suplementos – Vitória
Valores (1º lote promocional):
21K e 10K: R$ 99,99
Kit sem camisa: R$ 90,00
Descontos especiais para grupos: (81) 9 9198-0437
Promoção válida até 06 de julho ou enquanto durarem as vagas do 1º lote
VAI-SE O SÃO JOÃO – por Sosígenes Bittencourt.
Vai-se o São João. E o amontoamos entre os São Joões que passamos. Fogueirinhas preguiçosas, resto de cinza, camisa quadriculada, retalhos de vidas. Uma boca bordada na pele, cotocos de cigarro, fuxico, ebriedade. Nenhuma santidade em nome do santo. Ninguém quer ir para o céu, por isso mistura história de santo com samba do crioulo doido. George Bernanos dizia: A santidade é uma aventura, ela é mesmo a única aventura.
Sosígenes Bittencourt
São João do Nordeste: sonhar ainda é possível!
Em sonho, nada é impossível. Mas não é exagero dizer que há 50 anos ninguém teria a ousadia de sonhar que na metade da terceira década do século XXI a cor preta seria predominante nas vestimentas do povo nordestino, justamente nas grandes aglomerações juninas, promovidas com o dinheiro público.
Num mundo cada vez mais globalizado, outrora, precificado pelos estudiosos da época como algo inevitável, a chamada reserva de mercado é aplicada pela força, no sentido da “proteção interna” e, em alguns casos, pelo interesse coletivo. Os detentores do capital financeiro são especialistas nessa matéria e sabem “mexer” bem com as peças no tabuleiro. Ou seja: as massas sempre acompanham as “tendências”….
Extremamente rico e detentor de um capital cultural singular e valiosíssimo, o Nordeste brasileiro amarga a doença “da mau sorte” de ser dirigido e liderado por políticos entreguistas: em regra, simulam o compartilhamento das dores no atacado, para se beneficiarem no varejo do particular.
E como nos sonhos nada é impossível, que bom seria se os políticos do nosso pedaço do Brasil (Nordeste), em sinal de respeito ao fortalecimento financeiro e cultural da região que representam, fechassem – apenas no São João – a “porteira musical” para o resto do País e numa só voz bradassem a todos pulmões: vamos promover os artistas e as manifestações genuínas dos 9 estados, num amplo intercâmbio cultural, no sentido da proteção, promoção e desenvolvimento financeiro da região. Nada mais justo!!!
Aliás, dinheiro é o que não nos falta. Ainda sem despertar do sono – para não ser taxado de ingênuo – tenho absoluta certeza de que em uma década já estaríamos (Nordeste) exportando festivais joaninos para os quatro cantos mundo. Finalmente, teríamos um produto “made in nordeste” para chamar de seu.
Mas a vida é vivida no “mundo dos acordados” e enquanto essa realidade estiver vigente – atrações musicais alheias ao interesse da cultura local – apenas os sabidos e os mal intencionados estarão se dando bem com o atual formato dos festejos juninos. Aliás, cada vez mais “encaixadinhos”…..
O Povo nordestino, coitado, não consegue nem sonhar, muito menos pensar de como seria tão bom e efetivamente sustentável ter um São João genuíno: cultura e artistas da região sendo protagonistas e cantando de galo em seu vasto terreiro, que se chama NORDESTE DO Brasil.
Momento Pitú
Todo mundo quer saber: quantos pontos você fez, pituzeiro? Conta pra gente aqui nos comentários.
FALECIMENTO DE FERNANDO GARÇOM – por Sosígenes Bittencourt.


O Tempo Voa: celebração
Celebração dos 50 anos de “Seu” Zito Mariano – Capela São João Batista – Zito Mariano, Padre Renato e, ao fundo, “Seu” Zezé Mariano, pai do aniversariante – junho de 1978.
Vida Passada… – Moreira de Vasconcelos – por Célio Meira.
Mocinho, com os exames de preparatórios, não encaminhou seus passos, o carioca Francisco Moreira de Vasconcelos, na direção de uma escola de ensino superior. Não desejou um título cientifico. Não o deslumbrou o brilho das pedras preciosas, nos anéis simbólicos. Foi bater, alegre, à porta de um teatro. Atraia-o a luz forte, e enganadora, das gambiarras e da ribalta. Ao alvoroço dos estudantes, nos corredores das faculdades, preferiu o cochicho, no pequenino espaço dos bastidores, dos atores e das atrizes. “Matriculou-se”, na Academia do palco. Alcançou o título de “doutor”. E atirou-se ao mundo.
As lições dos mestres o fizeram autor teatral, e a experiência da vida o levou a ser empresário. Fazendo o galã, o centro, o cínico, e por vezes, o cômico, escrevendo dramas, e organizando companhias, começou, Moreira de Vasconcelos, corajosamente, sua peregrinação artística, pelo Brasil, de norte a sul, conquistando aplausos das plateias. Esteve, no Recife, pela primeira vez, escreve Samuel Campelo, em 1885, ao lado de Luiza Leonardo, estreando com o “Tiradentes”, drama histórico, de sua autoria. E, um ano depois, voltou ao Santa Isabel, velho teatro pernambucano, representando “Os Revoltosos”, e encenando, mais tarde, a famosa “Lamarão”, deliciosa revista de costumes recifense.
Quatro anos decorridos, pisou, Moreira de Vasconcelos, pela terceira vez, a terra do Recife. Acolheu-o, o povo, com simpatia, com entusiasmo, e com emoção. “Era, no dizer de um cronista de teatro, escritor de talento, e como empresário, operoso, ativo e inteligente”. Nessa temporada, na companhia, de Luiza e Leonardo, a admirável Leonardo, a “afilhada do Imperador Pedro II”, representava, Moreira de Vasconcelos, no teatro da cidade dos Palmares, quando a morte, em noite de 23 de fevereiro de 1900, malvadamente, o arrebatou. Subia, à cena, “O Calvário”, drama da pena daquela famosa companheira, e em meio à representação, contra-cenando com Luiza Moreira de Vasconcelos cambaleou, levando a mão ao coração.
Era o fim. Era o calvário. “Morreu, no palco. Morreu como um soldado, conta Rêgo Barros, no seu posto de honra”
E assim se extinguiu, dramaticamente, o bom Moreira de Vasconcelos, ator, poeta, e dramaturgo. Quando, no teatro Palmarense, desceu o pano-de-boca, abriram-se mansamente, as cortinas da eternidade. Havia Luz. Era a glória.
Célio Meira – escritor e jornalista.
LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.
O Tempo Voa Vídeo – entrevista: Pedro Queiroz
Momento Pitú
Resenha com sabor é com a gente mesmo. A bananinha da Pitú e a Pitú Caju chegaram pra deixar aquele gostinho doce de quero mais. Quem concorda, ergue o copo.
A GLAMOUROSA CHUPETA DO SATANÁS – por Sosígenes Bittencourt.
No tempo de eu menino, ninguém sabia que cigarro entupia os alvéolos pulmonares, provocava enfisema, dava câncer. Quanto mais, menino.
Papai comprava cigarro americano importado e colocava no guarda-roupa. Tinha Half and Half, Marlboro e Pall Mall. O cheiro era de chocolate, e papai dava belas baforadas depois do café, sentado numa cadeira de sofá pé de palito, à la Hamphfrei Bogart.
Às vezes, ouvindo o jogo do Sport Club do Recife, abraçado com um rádio transistorizado. Também desconhecia que cigarro servia para aplacar ansiedade, era ansiolítico. E eu ficava ansioso para experimentar sem jamais ter inalado.
Um dia, eu entrei no seu quarto, e a porta do guarda-roupa estava entreaberta. O cheiro de chocolate incensava o cubícu…
Sosígenes Bittencourt
…e o São João era assim… – Por Alfredo Sotero (em 1947)
Quando o Brasil era brasileiro e não havia comunistas, nem as moças solteiras sabiam as coisas que sabem hoje, o São João era tão lindo!
De manhã, os bacamartes estrondejavam defronte da igrejinha, nas perigosas viradas do cocho; e os meninos acordavam assustados, querendo saltar da cama de camisola arrastando, para verem como se acordava São João, que a lenda suave dizia que estava dormindo sem parar, no silêncio do céu.
De noite, depois de cear pamonha de côco, canjica, milho verde assado, milho verde cozido, bolos sem conta, a gente ia acender a fogueira votiva que ardia estrelejando o espaço com milhões de trêmulas centelhas. E ia ver no espelho ou na bacia com água, à luz fugaz, às próprias faces, para saber se para o ano ainda estava vivo. E a Maroquinhas, a moça nervosa, espiava e não via, por mais que fizesse, e saía chorando pela casa, a dizer a todos que no ano seguinte já não era deste mundo.
E os “mosquitos” passando pelos pés da gente, as meninas correndo e chorando, para as queixas sem fim às mamãezinhas, contra os meninos desesperados, que só queriam jogar nelas os “diabinhos”…
E o Sebastião, um moleque escanzelado e fedorento, que tinha fé em São João, mas muito em Nosso Senhor Jesus Cristo, e espalhava as brasas da fogueira, que parecia então uma enorme melancia de fogo e madura, aberta, sobre cujas as brasas o moleque danado passava, indo e vindo, como se pisasse flores, mostrando a força da fé…
E os rapazes da vila, depois que as devotas voltavam do terço, para se mostrarem às namoradas, acendiam os buscapés, que abriam na noite as faixas fulgurantes, como línguas de prata líquida, que, soltos no ar negro e calmo, cabriolavam, tombando depois sobre a terra, numa agonia luminosa, estertorante, envoltos num sudário de luz irisada e diáfana, como uma aurora sidérea, nas desoladas regiões polares.
Tudo passou. Calaram-se os bacamartes que os doutores desbrasileirados sepultaram nos báratros do oceano. Tudo se foi. Somente a saudade no coração da gente que ainda vive, vinda daqueles tempos felizes, ainda chorando na estrada do tempo. E quando todos morrerem tudo será silêncio, que é o tumulo branco das recordações extintas.
Alfredo Sotero de Farias, foi natural de Apoti, (Glória do Goitá), diplomado em Farmácia e Química, exerceu sua profissão em Laboratórios. Freqüentando, desde a adolescência, esta cidade e possuindo acentuado pendor para as letras, colaborou na imprensa local e na interiorana, passando a ser assíduo colaborador do Jornal do Commércio, do Recife. Foi um dos fundadores da “Academia de Letras dos Supersticiosos”, com Samuel Campelo, Célio Meira, José Miranda e outros. Em dezembro de 1915, adquiriu e instalou a Rua Barão de Rio Branco nº 22 uma tipografia (Tipografia Gutemberg), que depois vendeu a Célio Meira, na qual foi impresso o bi-semanário “A Coluna” (1916 – 1919), um dos mais bem elaborados jornais do interior. Faleceu em 1981.
O Botafogo dobrou o gigante PSG……
Por mais que sejamos bombardeados pela pauta do futebol, nas mais diversas plataformas de comunicação, sobretudo nos noticiários televisivos, não acompanho o “dia dia” do futebol profissional, nem o nacional muito menos o internacional.
Mas a Copa do Mundo de Clubes da FIFA, realizada nos EUA, independente de qualquer coisa, é algo convidativo. Na medida do possível, venho acompanhando a participação dos 4 times brasileiros.
Pois bem, fazia muito tempo que tinha ficado acordado até meia-noite por conta de futebol. Mas na noite de ontem (19) valeu a pena assistir a partida entre o Botafogo e o PSG – time francês que se configura numa verdadeira constelação do futebol mundial.
Desde os primeiros minutos até o apito final o Botafogo jogou aquilo que seria o possível e o perfeito para dobrar o gigante (PSG). Venceu-o por 1X0 e escreveu nas páginas do livro da sua já gloriosa história mais um capitulo memorável.
Momento Pitú
Sabe quem já tá prontinha pra adoçar o São João? A nossa Rainha do Mel. Nada melhor do que o sabor da Pitú Mel e Limão pra abrir a resenha da festa. Simbora arrastá-pé com Pitú.
NOVO CONTATO.
O Tempo Voa – Cavalgada Fest.
Vida Passada… – Conselheiro Sá e Albuquerque – por Célio Meira.
Antônio Coelho de Sá Albuquerque, nasceu no engenho “Guararapes”, em terras de Muribeca, na antiga vila de Jaboatão, no último ano do Brasil colônia. Aos 17 anos, concluiu o curso de preparatórios, e aos 21, na velha e famosa Escola de Direito de Olinda, recebeu a láurea de bacharel. Inteligente, culto, atirou-se Sá e Albuquerque, à vida pública, exercendo, na terra nativa, os cargos de procurador fiscal da Tesouraria da Província e de diretor da instrução primária. Traçou, nesse posto, em memorável relatório, endereçado ao governo, conta um biógrafo, o programa de combate ao analfabetismo.
Aos 31 anos, governou a província da Paraíba, desenvolvendo a agricultura, administrando, mais tarde, a de Alagoas, onde combateu, tenazmente, a febre amarela, conquistando os aplausos do povo. Teve, ainda, nas mãos, antes de ser ministro, as rédeas do governo das províncias do Ceará, do Pará e do Maranhão, revelando-se, sempre, um estadista enérgico, justiceiro e honesto. Representava Pernambuco na Câmara Geral, quando, Caxias, chefe do gabinete de 2 de março de 1861, lhe confiou a pasta do Estrangeiro. Pertenceu, também, à frente da pasta da Agricultura, em 1862, ao desventurado gabinete, que durou 3 dias, chefiado pelo eminente Zacarias de Góis. Nesse mesmo ano, ocupou a presidência da província da Baia. E no ano de 1865, mereceu a honra de substituir Francisco Xavier Pais Barreto, preclaro pernambucano, nascido em Cimbres, na cadeira vitalícia do Senado.
Voltando ao poder, em 66, com o gabinete de 3 de agosto, Zacarias, chefe liberal, não se esqueceu do ilustrado companheiro do ministério de 62, e lhe entregou a pasta do Estrangeiro. Nesse ministério, referendou, Sá e Albuquerque, o decreto que concedeu a “liberdade dos rios às nações amigas”. Imortalizou, esse decreto, o nome desse eminente jaboatonense, na sua elevada e fulgurante vida pública.
Doente, licenciou-se, esse honrado ministro, viajando com destino à terra natal, onde esperava retemperar o organismo para novas lutas. Era moço e tinha esperanças de realizar grandes obras, servindo ao governo e à pátria. A morte, porém, o seguia de perto. Na viagem que empreendeu, buscando o berço nativo, faleceu, a 22 de fevereiro de 1868, defronte da cidade de Salvador, na província da Baia. Tinha 41 anos. Foi sepultado no cemitério de Santo Amaro, no Recife.
Deputado, senador, presidente de 6 províncias, três vezes ministro, merece a memória do conselheiro Sá e Albuquerque as homenagens de Pernambuco. E bem louvado será o governo de Jaboatão, se der o nome do respeitável, por todos os títulos, desse pernambucano, a uma escola primária, no distrito de Muribeca.
Célio Meira – escritor e jornalista.
LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.
MEMÓRIA DE VITÓRIA – por Sosígenes Bittencourt.
Diz que é de Vitória de Santo Antão, mas não bateu bola com Santiago Perrita, na Feira das Panelas, em frente ao Grupo Escolar Cardeal Roncalli, na Praça 13 de maio, no tempo da Diretora Maria Celeste, na década da Revolução de 1964.
Sosígenes Bittencourt
O Tempo Voa entrevista: Romildo Mariano e Gildo Espósito.
Momento Pitú.
A pergunta que não quer calar: falta muito pro São João? Quem aí também tá doido pra pular fogueira com a Pitú do lado? Aqui o esquenta já começou. Afinal, a Pitú é feita de tradição, cultura e São João.