A Plenária do Partido dos Trabalhadores em Vitória de Santo Antão – por Jairo Medeiros.

A Plenária do Partido dos Trabalhadores em Vitória de Santo Antão foi exitosa e aqui passo para agradecer cada militante e filiado que prestigiaram o ato do PT VSA.

O PT VSA assume nova executiva com a missão dada de fortalecer, organizar, planejar e disputar amplamente proporcional e majoritariamente as eleições municipais de 2024.

O Partido dos Trabalhadores em Vitória de Santo Antão terá projeto e execução de campanha baseada na realidade vivencial e do acúmulo de forças desde a aurora democrática brasileira e em especial a primeira eleição do Presidente LULA em 1989.

Debaterá amplamente com todas outras legendas partidárias na construção de forças progressiatas que queiram o avanço social cultural econômico para Vitória de Santo Antão destacando as obras, programas e ações trazidos pelos governos petistas para nossa cidade; inegável que o Centro Acadêmico de Vitória/CAV (campus UFPE), programas como minha casa minha vida, bolsa família, PRONAF, PRONATEC, a vinda das fábricas (SADIA, MONDELEZ, ROCCA…) e tantas outras políticas mudaram o cenário local.

A reconstrução do Brasil passa urdidamente pela união nacional e por várias Políticas que foram negadas recentemente, dentre outas, pela valorização do salário mínimo emprego e renda; o marco fiscal e simplificação tributária, protagonismo internacional, incentivos para pessoas físicas e jurídicas, Plano Safra… associado a política macroeconômica (controle dos juros e queda da Selic/Copom) é antevisão auspiciosa de que o Brasil está de volta e no rumo certo e 2024 será maravilhosamente abençoado.

Encabeçada pela companheira Clícia Roberta e eu na Vice, a Diretoria Executiva conta com Karina, Marcia, Marcelo, Lizandro e Isaias. A missão é hércula, mas, quando dada será missão cumprida!

2024 será de Vitórias!

JAIRO MEDEIROS
VICE PRESIDENTE PT VSA

5ª Edição da Corrida do Vapor – Show de Bola!!!

Na manhã do domingo (15) aconteceu na nossa cidade a 5ª Edição da Corrida do Vapor. O evento teve como ponto de concentração, partida e chegada o Pátio da Matriz. Na ocasião, além dos muitos atletas da Vitória participaram, também,  grupos de corridas e atletas dos municípios circunvizinhos e até da Capital.

Em clima de alegria, descontração e desafio, ao final, um grupo de corredores promoveram uma animada atividade física mostrando, assim,  que estão muito “obrigado” no que se refere ao condicionamento físico.

Na qualidade de membro do Grupo do Vapor, juntamente com os amigos Jurandir Soares, Gabriel Lima, Aldenisio e Diego Tavares marcamos presença e prestigiamos mais uma edição desse importante evento esportivo da nossa cidade.

Clube dos Motoristas – feijoada dançante….

Após melhoramento no seu aspecto físico a Diretoria do Clube dos Motoristas “ O Cisne” realizou na manhã/tarde do sábado (14) uma “feijoada dançante”, no sentido de congregar pessoas que vinculadas à agremiação e também aos carnaval de modo geral. Na qualidade de anfitrião da festa o doutor Ozias Valentin era só alegria. Na ocasião, ao som do autêntico frevo pernambucano, o assunto mais comentado foi a expectativa para o  carnaval 2024.

Baby Alegria no Dia das Crianças…..

Comemorando os seus 25 anos de fundação, o bloco carnavalesco infantil Baby Alegria “ganhou” as ruas centrais da cidade brindando o “Dia das Crianças”, ocorrido na última quinta-feira (12). Como acontece tradicionalmente – seguindo animada concentração,  ocorrida na Praça da Restauração” –  o som do trio elétrico “arrastou” o pessoal.

Por ocasião da passagem no Pátio da Matriz, registramos alguns momentos, inclusive as palavras do seu diretor presidente, Charles Romão.

A lenda do Menino do Pirulito – @historia_em_retalhos.

Quem frequenta o Zoológico de Dois Irmãos, no Recife, já deve ter ouvido falar do menino que vendia pirulitos.

Alegre, a criança era vista tocando o seu apito e vendendo pirulitos de açúcar, em forma de cone, arrumadinhos no tabuleiro.

Reza a lenda que esse menino teve um fim trágico.

Atraído por um gato que criava, o menino teria caído na jaula dos ursos, sendo devorado por eles.

O seu corpo nunca teria sido visto.

Até hoje, quem passa por lá, à noite, garante que ainda escuta os seus apitos.

Em alusão à lenda urbana, Abelardo da Hora (1924-2014) confeccionou a escultura “Menino do Pirulito” (foto), que adorna o Parque Estadual de Dois Irmãos.

É no embalo dessa passagem infantil, que eu quero desejar a todos vocês um feliz Dia das Crianças, com:

MENOS: trabalho infantil, evasão escolar, discriminação com crianças negras e diferença de oportunidades entre crianças ricas e pobres.

MAIS: amor, solidariedade e respeito ao público infantojuvenil, em especial, neste momento, às crianças palestinas e israelenses.

Um bom feriado, gente!
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Dom Severino Vieira de Melo – por Pedro Ferrer.

A imprensa de Teresina, capital do Piauí, no dia 23 de novembro de 2011 noticiava: “Foi exumado o corpo de Dom Severino Vieira de Melo do altar da Catedral de Nossa Senhora das Dores. O Arcebispo foi o primeiro de Teresina e foi responsável pela reforma na Igreja Matriz. A exumação, que aconteceu na noite da última quinta-feira (17), teve início às 19h e se estendeu durante boa parte da noite. Junto com os restos mortais de Dom Severino, foram encontrados uma cruz e um pergaminho que provavelmente seria sua carta mortuária. No dia seguinte foi celebrada uma missa solene na Igreja Catedral, presidida pelo Administrador Diocesano, Pe. Tony Batista, e logo após os restos mortais de Dom Severino foram transferidos para a nova Capela Mortuária dos Bispos localizada dentro da Catedral”. Dom Severino era um sacerdote amado e admirado pelas suas virtudes.

Esse renomado antonense chegou ao Piauí em fevereiro de 1924 para assumir a diocese de Teresina. Era o terceiro bispo da cidade. Em 1952, a Santa Sé elevou aquela comunidade católica à arquidiocese, tendo dom Severino assumido sua administração. Assim ocorrendo, dom Severino tornou-se o primeiro arcebispo de Teresina. Permaneceu à frente daquela arquidiocese até maio de 1955. Foram 31 anos de fecundo e fervoroso apostolado reconhecido e aplaudido por suas ovelhas.

Sobre ele assim escreveu dom Paulo Libório seu discípulo e sucessor: “Ministro da palavra de Deus, e dispensador da graça pelos sacramentos, o antigo pároco de Caruaru e reitor do seminário de Olinda transforma-se em autêntico bispo catequista e missionário, perlustrando, várias vezes, a diocese em todas as direções, em visitas pastorais que se tornaram célebres pela doutrinação evangélica, pela intensidade do trabalho pastoral e pelos incômodos e sacrifícios a que, generosamente, se expunha o pastor, a fim de proporcionar a toda a sua grei espiritual, o pábulo da doutrina cristã, instruindo os ignorantes e os rudes, pelo exemplo e pela palavra, consolando os aflitos, estimulando os bons e catequizando os maus, corrigindo erros e extirpando abusos, ao mesmo tempo que por sobre todos aspergia as bênçãos do seu grande coração de apóstolo”.

Filho de Manoel do Carmo Vieira de Melo e de Rosa Vieira de Melo, nasceu dom Severino, no dia 5 de junho de 1880, na cidade da Vitória de Santo Antão. Ingressou no seminário de Olinda com a idade de 18 anos. No dia 14 de janeiro de 1903 foi ordenado padre. Até 1906 ocupou o cargo de vice-reitor do seminário de Olinda e Recife, de onde saiu para dirigir sucessivamente as paróquias de Gameleira, Glória do Goitá e Caruaru. Após 17 anos de vida apostólica, nessas paróquias, já experiente e bem amadurecido, foi chamado pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Miguel de Lima Valverde, para dirigir o seminário arquidiocesano. Estava em pleno exercício do cargo quando foi eleito bispo de Teresina. Sua sagração teve

lugar em Olinda, no dia 25 de novembro de 1923. Ele foi o primeiro antonense sagrado príncipe da Igreja Católica.

Como dileto filho da Vitória, fez questão de celebrar sua primeira missa pontifical na matriz de Santo Antão. A cerimônia, bastante concorrida, aconteceu no dia 30 daquele ano.

“O Lidador”, de 19 de janeiro de 1924, assim descreveu, pela verve do jornalista Jorge Campelo, a calorosa recepção dos antonenses ao seu dileto filho: “A nossa Vitória no que diz respeito às suas tradições, tem sempre sabido se manter a altura do grau de expectativa dos seus filhos.

O modo porque foi recebido o seu ilustre filho dom Severino Vieira de Melo, veio atestar vibrantemente esta narrativa. O eminente religioso chegou a esta cidade no dia 28 de dezembro, sendo recebido na gare pelos poderes representativos do município, grande número de famílias e uma compacta massa popular.

Em seguida foi feita uma passeata em demanda da residência do rvdm. vigário padre Américo Vasco, onde sua excia. rvdm. foi saudado pelo dr. Lauro Câmera, promotor público que apresentou boas vindas em nome da cidade. O ilustre patrício agradeceu comovido aquela manifestação dos seus conterrâneos. No dia 29, pelas 19 horas, as associações religiosas existentes na cidade fizeram uma manifestação de apreço a dom Severino Vieira, servindo de interprete a inteligente senhorita Corina de Holanda. Sua excelência agradeceu em breve palavras, mostrando a alegria que sentia no momento e incentivando aquelas associações congregadas a seguirem na mesma senda até agora traçada.

No domingo 30, pelas 11 horas, foi solenemente cantada a primeira missa pontifical de dom Severino Vieira, perante um grande número de fieis e o que Vitória possue de mais representativo. Após, foi efetuado o banquete no salão do “Grêmio Paroquial”.

Dom Severino Vieira de Melo faleceu em Teresina, no dia 27 de maio de 1955. Sua vida foi um legado de virtude e apostolado pela causa evangélica.

Transladação dos restos mortais de dom Severino Vieira de Melo para a capela mortuária dos bispos, localizada no interior da Catedral Nossa Senhora das Dores, em Teresina, no dia 18 de novembro de 2011.

Pedro Ferrer – presidente do IHGVSA. 

Antão Bibiano da Silva – por Pedro Ferrer

Aproveitando a sugestão do internauta Antônio Maciel, vai aí uma das personalidades vitorienses que integrará nosso próximo livro: “Construtores da Vitória de Santo Antão”.

Antão Bibiano da Silva, filho de José  Francisco da Silva e de Josefa Paraguassu, natural da Vitória de Santo Antão, veio ao mundo no dia 8 de março de 1889. Ainda pequeno, já confeccionava bonecos de barros e talhava na madeira. Eram os primeiros sinais dos dotes artísticos do grande escultor vitoriense reconhecido nacionalmente. Bem cedo, por interferência do seu padrinho, o tabelião local, Leobardo Carvalho, mudou-se para o Recife. Seguiu depois para o Rio de Janeiro onde cursou a Escola Nacional de Belas Artes. Mas Bibiano não esquecia Pernambuco. No ano de 1917 voltou ao Recife para se casar com Lygia Francisca da Silva, linda mulher que se tornou sua parceira  e inspiração. Na ocasião fixou residência na rua do Lima, bairro de Santo Amaro, onde nasceu Letícia, sua única filha. Em 1922 participou de um concurso em comemoração ao Centenário da Independência do Brasil, obtendo o quarto lugar, o que lhe valeu um prêmio de cinquenta contos de réis. Com esta importância viajou, acompanhado da mulher e filha, para o Rio de Janeiro onde permaneceu por um ano. Mas suas raízes estavam no Recife para onde regressou, vindo a se estabelecer na rua do Hospício, bairro da Boa Vista. Seu atelier, que era bem decorado com móveis finos e cortinas em veludo vermelho, era um ponto de atração na cidade. No dia 29 de março de 1932, reunido com um grupo de artistas locais, entre os quais Baltazar da Câmara, Murilo La Greca, Heitor Maia Filho e Henrique Elliot, resolveram fundar a escola de Belas Artes de Pernambuco. Bibiano foi escolhido para ser seu diretor. Logo após, por razões  profissionais, foi residir no Rio de Janeiro,  lá permanecendo até 1936. No ano seguinte, 1937, voltou ao Rio de Janeiro. Nessa ocasião a permanência foi bem mais longa. Apesar da boa situação financeira e do prestígio que desfrutava na Capital Federal resolveu, no ano de 1950, retornar ao Recife. Aqui chegando assumiu uma cadeira na Escola de Belas Artes da UFPE. Suas criações encontram-se espalhadas em diversas cidades brasileiras. Na Vitória de Santo Antão temos a oportunidade de ver algumas delas: o Leão Coroado, na praça da Estação; o busto de Antônio Dias Cardoso localizado na praça 3 de Agosto; o busto de Antão Borges na avenida Silva Jardim; o busto de Melo Verçosa, no Alto do Reservatório; o busto de Duque de Caxias, na praça do mesmo nome. Muitos outros trabalhos foram criados por Antão Bibiano Silva, com destaque para as esculturas que decoram o alto da fachada do Tribunal de Justiça, da capital pernambucana; o busto de José Mariano, no Poço da Panela, em Casa Forte-Recife; busto de Getúlio Vargas (Salão Nacional, RJ); busto de Eládio de Barros Carvalho (Náutico); estátua de D. Malan (Petrolina); busto de João Fernandes Vieira (Várzea-Recife); busto do escritor José Condé (Caruaru).

Pedro Ferrer – presidente do IHGVSA

 

PEDEX E PLENÁRIA DO PT DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO/PE.

O Partido dos Trabalhadores de Vitória realiza o PEDEX (Debate sobre eleição 2024, Eleição de Nova Direção do PT em Vitória)

No próximo sábado,  dia 14 de outubro,  das 12 as 17 horas,  na Câmara de Vereadores Vitoriense e dele sairá a eleição da nova Direção do PT e debates sobre ações estratégicas do PT para a eleição municipal de 2024 em Vitória de Santo Antão. VENHA PARA O RUMO CERTO VOCÊ FILIADO, MILITANTE E SIMPATIZANTE E PARTICIPE DO EVENTO.

Assessoria. 

 

PE-45: “3 deputados e é mesma coisa de num ter nenhum…..”

Nas mais diversas oportunidades e nos mais variados encontros sociais, quando o assunto adentra no universo político local,  não é difícil  se escutar a seguinte frase: “temos 3 deputados e é mesma coisa que num ter nenhum”…..

Pois bem, domingo próximo passado, dia 08 de outubro,  por ocasião de uma participação em um determinado evento esportivo, ocorrido na cidade do artista Cicero Dias – Escada -, distante da Vitória 35km, fui obrigado a antecipar minha saída em cerca de 1 hora por conta do péssimo estado da principal estrada  que liga as duas cidade – Vitória/Escada. Em alguns trechos, inclusive, não existe mais pavimentação ou mesmo resquício dela. O condutor do veiculo, mesmo a contragosto, é obrigado a praticar o chamado  “Off Road”.

Até parece que esta estrada esburacada cumpre uma importante “função política”, ou seja: às véspera das  eleições ela (estrada esburacada) serve de plataforma para todo tipo de promessa e proselitismo politico – para não dizer mentira mesmo….

Os nosso ilustres, legítimos e atuais representantes na ALEPE – Assembleia Legislativa do Estado -, Joaquim Lira, Henrique Queiroz Filho e Aglailson Victor, em suas agendas de campanhas, investiram pesado na mídia para alardearem que com seus respectivos prestígios os problemas da PE-45 estariam, em breve, resolvidos.

Passadas as eleições, os três reeleitos, tudo que foi dito como “verdade insofismável” , agora,  já faz parte do tempo pretérito – é hora do povo esquecer o que foi dito…

Portanto, para  concluir essas já repetidas linhas,  não me canso de dizer: nossa cidade precisa de um deputado estadual que não seja aliado ao  governo de plantão. Quando esse pessoal “aliado” sentam-se nas suas respectivas cadeiras logo se apressam em não contrariar o ocupante da cadeira mais importante do Palácio do Campo das Princesas,  em troca da proteção  aos negócios da família e dos espaços na máquina pública para empregar parentes e aliados do seu grupo político. Infelizmente, essa é uma realidade que somos obrigados a assistir com cenas reprisadas – diga-se de passagem…..

A GUERRA – por Sosígenes Bittencourt.

A Guerra é o cúmulo da insanidade coletiva, é a única disputa em que não há vencedor. Pergunta a quem perdeu os pais sob os estilhaços de uma bomba, ou a quem carrega um filho com uma perna amputada, se ele venceu a guerra. Há um conselho latino que diz: si vis pacem para bellum (se queres a paz, prepara-te para a guerra), eu aconselharia: si vis pacem para pacem (se queres a paz, prepara-te para a paz).

Sosígenes Bittencourt

Preconceito contra pessoas nascidas no Nordeste – por @historia_em_retalhos.

Qual a origem do preconceito contra pessoas nascidas no Nordeste?

Eis um tema polêmico e que divide este imenso país.

É frequente assistirmos a atos de rejeição e brutalidade contra pessoas nascidas na região nordeste do Brasil.

Mas, por mais dolorosa que seja a análise do tema, eu pergunto: há razões históricas a justificar este repugnante sentimento de segregação?

A resposta é sim.

Para alguns, a origem histórica deste sentimento guarda relação com a formação da intelectualidade paulista, nos anos de 1920, que estabelecia São Paulo como a “locomotiva” do Brasil e as demais regiões como “vagões” a serem carregados.

Gilberto Freyre, sabiamente, reagiu e defendeu a posição do Nordeste como o “berço da nacionalidade”.

Outros sustentam que o preconceito esteve associado às grandes massas de trabalhadores que migraram para o Sudeste, principalmente entre as décadas de 30 e 50 do século 20.

Àquela altura, aspectos comparativos entre os grupos de migrantes nordestinos e grupos de imigrantes europeus eram comuns.

O resultado dessa comparação pode ter sido a veneração dos hábitos e idiomas estrangeiros e o menosprezo pela rusticidade das pessoas simples do interior nordestino, fazendo nascer o sentimento de discriminação.

Hoje, 08 de outubro, é o Dia do Nordestino.

A criação desta data é uma homenagem ao centenário do poeta popular cearense Antônio Gonçalves da Silva, o Patativa do Assaré (foto).

A data foi oficializada com a Lei n.º 14.952, de 13 de julho de 2009, na cidade de São Paulo, local com a maior concentração de nordestinos do país.

Que o dia de hoje sirva-nos como reflexão acerca dos enormes malefícios causados ao país por este tipo de sentimento, além de ser crime, que pode resultar em reclusão de 1 a 3 anos e muita.

Que jamais nos esqueçamos: reverenciar o povo nordestino é, em última análise, reverenciar a alma deste país, porque esta região guarda os maiores traços da identidade nacional.

Viva o povo nordestino.
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Engenho Cachoeirinha – por Marcus Prado.

Casa-Grande do Engenho Cachoeirinha, em Vitória de Santo Antão, um imóvel em estilo colonial de maior tradição não só arquitetônica e histórica. Guarda a memória de uma moradora ilustre: a senhora Flora Cavalcanti, na época em que era noiva do famoso diplomata e historiador pernambucano, Manuel de Oliveira Lima. Nessa casa, Oliveira Lima escreveria páginas da sua obra-prima DOM JOÃO VI NO BRASIL. Seu casamento, estando ele em missão diplomática, fora do Brasil, foi realizado por procuração, estando o documento arquivado no Cartório que tinha como titular o saudoso Manuel de Holanda. Parabenizo o casal Jaime e Yeda Beltrão, proprietários da Casa, pelo permanente cuidado e zelo notável por esse patrimônio.

Estive nessa Casa várias vezes, uma delas, levando os colegas do Conselho Estadual de Cultura. Foi um dia memorável, ficando em todos a simpatia e os elogios a Jaime e à senhora Yeda.

Marcus Prado – jornalista 

O Veneno das Mulheres – por Pedro Ferrer

“O Veneno das mulheres”. Com este título, o Lidador, no início da década de trinta, exatamente, no dia 14 de janeiro de 1933, publicava, em sua primeira página, o resultado de  uma pesquisa, vindo da Áustria. Essa pesquisa estabelecia, melhor diria, tentava estabelecer uma base científica, sobre uma escabrosa mentira contra o sexo feminino. Velha mentira que remontava ao tempo de Moisés. O Levítico, um dos livros do Antigo Testamento, trata com detalhes sobre o tema e estabelece até normas de comportamento. A mulher, de acordo com o artigo, secretaria no período menstrual, um hormônio capaz de prejudicar o comportamento e a fisiologia dos que a cercavam. Essa afirmação foi proferida por um cientista austríaco, Schick, que deduziu através de suas pesquisas que as mulheres durante a menstruação secretavam um hormônio, o menotoxina. O dito cujo hormônio tinha efeitos espantosos sobre a fermentação e sobre os seres vivos, vegetais e animais.  Uma mulher, que menstruada estivesse, a bater a massa de um pão  ou de um bolo, não conseguia fazer a massa crescer. O menotoxina inibia a ação do fermento. As flores desvaneciam-se e até mesmo  os animais sofriam modificações em sua fisiologia. Essa teoria, da ação negativa do menotoxina impregnou-se no subconsciente popular e foi incorporado à nossa cultura. Hoje, sabemos  que tudo isto é falso, não passa de crendice e superstição.

Lendo este artigo rememorei o dia em que o destilador do  engenho Cacimbas não me permitiu ingressar na destilaria com algumas amigas. Na ocasião não entendi a razão da proibição. Queixei-me ao meu pai da decisão do destilador. Para mim era um absurdo ele impedir nosso ingresso na destilaria. Meu pai ponderou que uma, entre elas,  poderia estar no período menstrual e a fermentação estaria comprometida.  Infelizmente, esse conceito permanece ainda hoje no meio rural. Um vaqueiro da fazenda,   Teju,  não  fazia tratamento, nem nenhuma outra intervenção no gado, quando sua mulher menstruava. Dormindo ao seu lado, sentia-se contaminado.

Pedro Ferrer – presidente do IHGVSA