Vitória de Santo Antão
Como eu amo minha terra
A quem dela falar mal
Na hora declaro guerra
Diogo foi quem fundou-a
Com o nome cidade de Braga
Mais tarde pela “vitória”
A Santo Antão foi consagrada
Minha cidade tem histórias
Apesar de desprezada
Muitas delas foram escritas
Com a ponta da espada
Na Guerra dos Mascates
Houve um herói verdadeiro
Representante vitoriense
Capitão Pedro Ribeiro
José de Barros Lima
O grande Leão Coroado
Estopim da revolução
Para sempre será lembrado
Mas não só com a espada
Sua história ela escreveu
Seus filhos de boa pena
O mundo reconheceu
Osman Lins é um escritor
Traduzido no estrangeiro
No cinema foi sucesso
Com Lisbela e o Prisioneiro
Emprestamos ao Rio de Janeiro
Um talento relevante
Atuou no rádio, revista, jornal e tv
Nestor de Holanda Cavalcanti
Do nosso mestre Aragão
O que podemos dizer
Fundou o Instituto Histórico
Guardião do nosso saber
Melchisedec meu grande amigo
Não posso deixá-lo à parte
Criou nossa Academia
De ciências, letras e artes
Dílson Lira o pioneiro
Parnasiano na poesia
Escrever como aquele poeta
Era tudo o que eu queria
Almir Brito é um poliglota
E músico além de pintor
Se na vida me faltou algo
Foi tê-lo meu Professor
Vitória de Santo Antão
Não poderá esquecer jamais
O paladino da nossa cultura
Pedro Ferrer de Morais
Na pátria pernambucana
Encravastes a tua história
Por isso és a terra que amo
Por isso és a minha Vitória
João do Livramento.