Momento Cultural: O Natal da Vovózinha – por ALBERTINA MACIEL DE LAGOS

Profª Albertina Maciel de Lagos

Ouça vovozinha querida:

– Você, hoje, aniversaria.

Seus netos, com alegria,

Fizeram, assim, uma prece:

– Senhor, daí a vozinha longa vida

porque, de fato, ela merece

que a nossa prece seja ouvida

Sim, ela que é do paizinho

a mãezinha modelar

e, dois seus “brotos” levadinhos,

o Anjo santo, tutelar…

prudente orientadora,

o Bem, sempre a nos pregar!

 

E agora?

Dos netos amados,

assaz dedicados,

receba, prezada vovozinha,

no seu ditoso natal

o coração transbordante

de afeto filial

que, assim canta, delirante:

 

– Parabéns pra você, vovozinha querida

muitas felicidades, muitos anos de vida!

 

(SILENTE QUIETUDE – ALBERTINA MACIEL DE LAGOS – pág. 51)

Momento Cultural: A ILUSÃO – por José Miranda

Jos+® Tiago de Miranda

Para vivermos nós contentes pela vida
sem essa mágoa que tortura tanto a gente
da culpa de Eva no Édem, um dia nascia.
O Senhor deu-nos a ilusão constantemente.

Quanto seria: a alma por tudo entristecida
e o coração ensimesmado e até doente
se a ilusão fosse deste pélago banida
se não houvesse, não o sonho doce e ingente!

De assalto sem se esperar conta do destino
a ilusão toma para nos dar prazer na dor
para nos fazer o espiamento pequenino.

Da nau de crença a vela enfuna com vigor
e fortifica quando sofre, o coração:
toda beleza está da vida na ilusão.

José Tiago de Miranda, vitoriense, nascido a 9 de junho de 1891 e faleceu a 29 de maio de 1960. Foi professor primário na Vitória, em Moreno e em Limoeiro, exercendo, em todas as cidades, o jornalismo. Foi proprietário e diretor de O LIDADOR a partir de 1932 até sua morte. Cronista, poeta e jornalista de alto valor. Seus filhos (Ceres, Péricles e Lígia) reúnem em volume muitas de suas crônicas e poesias, em livro “Antologia em Prosa e Verso”, comemorando o centenário de seu nascimento, aos 9 de junho de 1991. Do casamento, com D. Herundina Cavalcanti de Miranda, houve ainda um filho, Homero, falecido logo após a morte do Prof. Miranda.

Momento Cultural: Lei divina – por Célio Meira

Dr.-Célio-Meira-Escritor

Não há morte, Bem-Amada:

– Do corpo termina a lida,

a alma mais tarde regressa

noutra missão, noutra vida.

Na terra, o corpo se acaba,

assim, também, morrerás

mas, de novo, noutra carne,

neste mundo viverás.

* * *

Fuja da inveja, da gula,

da preguiça e do ateísmo,

fuja da ira, da vaidade,

da mentira e do egoísmo.

* * *

Esta somente, Querida,

nesta cova ficará

e depois de certo tempo,

numa planta viverá.

Nos caminhos da jornada,

sob a luz dos olhos teus,

desejo viver em paz

na graça eterna de Deus.

* * *

Não tenhas medo da morte,

nem da vida, no outro lado,

a quem amas, neste mundo,

será sempre o Bem-Amado.

* * *

Se queres viver em paz,

não guardes ressentimentos,

as pedras de teu caminho,

vêm de tristes pensamentos.

(migalhas de poesias – Célio Meira – pág. 38 e 39).

Momento Cultural: Beijo proibido – por GUSTAVO FERRER CARNEIRO

Gustavo Ferrer Carneiro

A força do poder

Ou não poder

A dúvida do não querer

Querendo…

Um simples aperto de mão

Fascinação abstrata

Mera ilusão caricata

Provocando certo arrepio

Coração chegando na boca

O corpo sentindo frio

A pele de pulso branco,

Indefeso

Cútis macia, membro ileso

Magro e azulado

Latejando sob o polegar

Em outro lugar

Mais profundo

Mais secreto

Impossível de ser alcançado…

Frustração exacerbada

Perto bastante para ser tocada,

Sentida e enxergada

Com perfume exalante

Um olhar excitante

Que só desperta desejo

Traz a ânsia de um beijo

Beijo roubado

Beijo querido

Beijo de carinho e paixão

Beijo com fervor

Quase adoração

Beijo de amor

Com gosto de veludo

Beijo concebido

Acima de tudo

Beijo desejado

Beijo proibido

(MOSAICO DE REFLEXÕES – GUSTAVO FERRER CARNEIRO – pág. 29).

Momento Cultural: Amar – por João do Livramento

garanhuns 003-1

Não afirme o que é o amor

Nada diga e nada fale

Se você ainda vive

É melhor então que cale

 

Se está vivo não sentiu

O perfume da ilusão

Embebido no amor

Exalado na paixão

 

A quem indaga o que é o amor

Não preciso responder

Mostro apenas uma flor

Todas nascem pra morrer

 

Ah, essa morte é enganadora

E de amor tem apelido

Cabelos longos, corpo belo

Escondido num vestido

 

Me enganou o coração

Me enganou o pensamento

Quando achei que estava vivo

Já morrera há muito tempo

 

Mas se nascesse novamente

Ao início eu voltaria

Sem amor não sei viver

E assim amando morreria.

 

João do Livramento.

Momento Cultural: Governo do mundo – por Célio Meira

Dr.-Célio-Meira-Escritor

– Aonde vais, companheiro,

neste barco, pelo mar?

– Vou ao Reino da Ilusão,

para o mundo governar.

– Lastimo, deploro, amigo,

esta arrojada ambição:

o governo deste mundo,

nunca esteve em nossa mão.

* * *

Guarda, Amada, esta lição,

ensinada por Jesus:

– Ajuda teu companheiro,

no carrego de uma cruz.

* * *

Amada, quando rezares,

sê prudente na oração:

– ajuda teus inimigos,

com palavras de perdão.

(migalhas de poesia – Célio Meira – pág. 26).

Momento Cultural: ÁRIA – por José Tavares de Miranda

tavares

Numa noite assim
de vento gelado a almas mortas

maus presságios e calafrios
foi-se a donzela.

Numa noite assim
sem esperança de aurora

nem sombra de lua
foi-se a donzela.

Foi a donzela
para nunca mais.

Onde se esconde
sua mantilha de rendas?

Sua grinalda de rosas
onde estará?

Seu coração magoado
de ilusão pulsa ainda?

Em que terra crua
seu cabelo é guardado,

Numa noite assim
de estrelas comidas

em ginete de fogo
seu amado passou

três assovios à porta
e sua amada levou

e em três passos de espera
a sua vida sugou.

Em três passos de espera.

(em TAMPA DE CANASTRA)

José Tavares de Miranda, vitoriense nascido a 16 de novembro de 1919, filho do Prof. André Tavares de Miranda. Fez os primeiros estudos na Vitória, sob os cuidados do seu genitor, e transferiu-se para o Recife, onde teve grande atuação na imprensa. Mudando-se para São Paulo, ali concluiu o seu curso de Direito (iniciado na Faculdade de Direito do Recife) na Faculdade de Direito do Largo S. Francisco, em 1939. Escritor, jornalista e poeta. Teve vários livros publicados inclusive de poesias, sendo estes últimos reunidos em um só volume: TAMPA DE CANASTRA. Faleceu em São Paulo (Capital) a 20 de agosto de 1992.

Momento Cultural: ENERGIA – VIDA DO COSMO – por MELCHISEDEC

MelchisedecEnergia Absoluta – É a força que movimenta e equilibra todos os corpos no espaço. Além do oxigênio, hidrogênio e nitrogênio, o ar está impregnado de uma Energia Absoluta que penetra todas as formas, desde a mais elementar vida vegetativa até a mais elevada vida humana. Essa energia emana do sol e penetra pelos centros nervosos do ser humano e vai alojar-se no “plexo solar”, capacitando-o a produzir trabalho.

A Energia Absoluta contém um terço de ar, movendo-se em círculo, estabelecendo um movimento rotatório que dá origem ao movimento dos corpos no espaço, impulsionando-os para cima e para baixo. Da ação das forças centrífugas e centrípetas, resultam o equilíbrio dos corpos no espaço. A superabundância dessa Energia atua sobre a matéria viva, através dos plexos gerando uma substância fluídica que é a parte essencial da célula produzindo o plasma celular.

Pela atuação da Energia Absoluta, nas regiões onde se assentam os plexos e pela precipitação da força nervosa, é que se dá nas células desses centros nervosos, a operação que produz as diferentes condições ou processos de fixação, para que a energia se desprenda do corpo físico.

Energia Vida – É uma grande força penetrando o espaço, que se propaga em forma de vibração, que dá existência a todas as coisas criadas. É o Átomo Centelha que emana dos Cosmo e que habita o ser humano. Esse Átomo Centelha de Vida é o princípio original da verdadeira manifestação do homem.

Essa Energia em seu contato com os planos da manifestação cria uma condição que lhe é inerente. Essa condição é a consciência, cujo os atributos não podem ser anulados nem destruídos.

Energia Mente – É uma forma de energia que está presente nas manifestações dos seres vivos. Toda vida manifestada na matéria é o resultado da mente. A função mais elevada da mente que conhecemos é a Razão, que imprime no ser humano, condições especiais de equidade, bom senso e justiça.

E energia mente é a força que movimenta uma corrente de energia emanada do cérebro.

(VERDADES FUNDAMENTAIS – MELCHISEDEC – pág. 57 e 58)

Momento Cultural: MEUS AMIGOS – Heitor Luiz Carneiro Acioli

MEU JEITO - Em versos e prosas - HEITOR LUIZ CARNEIRO ACIOLI
Meus amigos, pessoas que me confortam e me levam para um lugar melhor. Amigos são pessoas que considero como irmãos. Amigo é aquela pessoa que podemos contar nossos problemas sem nos preocuparmos. O único ponto negativo é que um dia os amigos se separam. Meu desejo, não, meu pedido, melhor falando, é que sejamos amigos para sempre.

(Meu jeito em Versos e Prosas – Heitor Luiz Carneiro Acioli – pág. 02).

Momento Cultural: Lenda – por Corina de Holanda

Corina de Holanda

Contam que a Virgem Maria

Que é Deus a jardineira,

Planejou no céu, um dia,

Uma festa brasileira

Na celestial floreira

Já muitas flores havia…

Porém, a Virgem, queria

Por mais uma… E a maneira,

Foi dizer para os Arcanjos:

“Mandem à terra dois anjos.

Mas, quero flor sem espinho”.

Então dois Anjos desceram,

E entre os jasmins escolheram

E levaram – Socôrrinho.

1970

(Entre o Céu e a Terra – Corina de Holanda – pág. 44).

Momento Cultural: Faceirice Precoce – por ALBERTINA MACIEL DE LAGOS

Profª Albertina Maciel de Lagos

– Escutem: (mostrando cinco dedos)

Hoje completo cinco aninhos!…

E o meu nome?… todos o conhecem.

Vou pronunciá-lo: – Daciana!…

Lindo!… que melodia dimana!

E quanto a minha pequena – grande personalidade,

Vou (modéstia à parte), descrevê-la:

 

– Tenho a beleza da flor

e já, de imponente sultana

é o meu todo encantador!

Tenho uma boa mãezinha,

um painho carinhoso,

manos, avós, tiazinhas…

quanto o meu lar é ditoso!

 

– Duas estrelas, os meus olhos,

dois mundos, dois paraísos…

Da vida, entre os abrolhos,

fulguram os meus sorrisos (olhando o próprio tamanho):

Reparem como estou crescendo!…

No colégio vou entrar

para ir logo aprendendo

a ler, escrever e contar!

Passem bem

Tchau!

 

(SILENTE QUIETUDE – ALBERTINA MACIEL DE LAGOS – pág. 52).

Momento Cultural: Minha Vitória – por João do Livramento.

garanhuns 003-1

Vitória de Santo Antão

Como eu amo minha terra

A quem dela falar mal

Na hora declaro guerra

Diogo foi quem fundou-a

Com o nome cidade de Braga

Mais tarde pela “vitória”

A Santo Antão foi consagrada

Minha cidade tem histórias

Apesar de desprezada

Muitas delas foram escritas

Com a ponta da espada

Na Guerra dos Mascates

Houve um herói verdadeiro

Representante vitoriense

Capitão Pedro Ribeiro

José de Barros Lima

O grande Leão Coroado

Estopim da revolução

Para sempre será lembrado

Mas não só com a espada

Sua história ela escreveu

Seus filhos de boa pena

O mundo reconheceu

Osman Lins é um escritor

Traduzido no estrangeiro

No cinema foi sucesso

Com Lisbela e o Prisioneiro

Emprestamos ao Rio de Janeiro

Um talento relevante

Atuou no rádio, revista, jornal e tv

Nestor de Holanda Cavalcanti

Do nosso mestre Aragão

O que podemos dizer

Fundou o Instituto Histórico

Guardião do nosso saber

Melchisedec meu grande amigo

Não posso deixá-lo à parte

Criou nossa Academia

De ciências, letras e artes

Dílson Lira o pioneiro

Parnasiano na poesia

Escrever como aquele poeta

Era tudo o que eu queria

Almir Brito é um poliglota

E músico além de pintor

Se na vida me faltou algo

Foi tê-lo meu Professor

Vitória de Santo Antão

Não poderá esquecer jamais

O paladino da nossa cultura

Pedro Ferrer de Morais

Na pátria pernambucana

Encravastes a tua história

Por isso és a terra que amo

Por isso és a minha Vitória

 

João do Livramento.

Momento Cultural: O PODER DA PALAVRA – por MELCHISEDEC

Melchisedec
A palavra no estado pleno de sinceridade e pureza atua com uma força vibratória capaz de mudar o comportamento do homem diante das Leis Cósmicas, removendo toda e qualquer dificuldade, operando uma verdadeira transformação no pensamento humano.

É de bom grado evitar-se pronunciar palavras desagradáveis e ofensivas, mesmo quando se é obrigado afirmar fatos verídicos, visto que, as afirmações devem ser sinceras, sem disfarce, sem sofisma, falando francamente a verdade, procurando não ofender as pessoas. Deve-se proceder de maneira positiva e franca, para que se processe a ajuda da Onipresente Força Cósmica Vibratória desfazendo qualquer dúvida.

Com a Onipresente Força Cósmica Vibratória sobre a terra, a semente da palavra bem pronunciada e repleta de afirmações corretas terá o poder de destruir toda mentira, toda calúnia e todo mal, porque a Verdade prevalecerá sempre como luz diáfana que ninguém poderá ofuscá-la.

É o poder superior da palavra que mudará o mundo.

(VERDADES FUNDAMENTAIS – MELCHISEDEC – pág. 79).