Fugindo um pouco à nossa temática, postar apenas matérias atinentes à Vitória e/ou os vitorienses, adentrarei, mesmo que superficialmente, nos atuais movimentos que vem ganhando força, principalmente, nas capitais pelo País afora.
O que começou com um protesto contra o aumento das tarifas nos transportes, vem transformando-se em um movimento histórico. A juventude, inquieta por natureza, sempre estará posta à “transformação do mundo”. Sempre foi assim.
Entre tantos acontecimentos, poderíamos lembrar o Massacre da Praça da Paz Celestial, ocorrido na China em 1989. A resistência à Ditadura Militar, aqui no Brasil nos anos 60 e 70, quando muitos jovens pagaram com a própria vida à liberdade que hoje exercemos. O movimento dos caras pintadas que serviu de estopim para expulsar o Presidente Fernando Collor de Melo da cadeira mais importante do País.
O povo vem cansando. É o juiz que não julga, é a polícia que não dá segurança, é o político que só pensa em roubar. Quer seja na esfera municipal, estadual ou federal, a população esteve atenta esperando a hora certa para gritar.
Nas diversas reportagens televisivas pudemos observar o que estava escrito nas faixas e cartazes: PEC-37, mais saúde, mais educação, mais emprego, cadeia para os mensaleiros, transporte público de qualidade, mobilidade urbana, transparência, Não para o alto Custo da Copa do Mundo e etc…. É sim, um movimento de indignação generalizada.
Inicialmente os governantes mandaram a polícia “descer o cacete”, até porque, a gente “não podia fazer feio” para imprensa internacional que aqui estar, por ocasião da cobertura dos jogos da Copa das Confederações. A violência usada contra os manifestantes desencadeou, na população em geral, um sentimento de revolta e solidariedade.
No dia de ontem (17) em São Paulo os governantes recuaram, ao invés da mandar a polícia para rua atirar contra os manifestantes, foram para lhe dar proteção. Em Recife, também na noite de ontem, estudantes tomaram a Avenida Agamenon Magalhães e prometeram para quinta (20) uma grande mobilização sintonizada com o resto do País.
Os jovens da nossa cidade, bem que poderiam “mostrar suas caras”, sem partidarismo, sem cores políticas, sem algazarra. Afinal precisamos também “ALERTAR” aos nossos governantes, de maneira pacífica e democrática, que não estamos satisfeitos com a condução política/administrativa em nossa terra.
Como dizia em 1869 o vitoriense Silvério Gomes: “Quando a liberdade periga todo cidadão deve ser um revolucionário”.