Vida Passada… – Pereira Pinto – por Célio Meira.

Quando o Brasil ainda era colônia nasceu José Pereira Pinto, na terra carioca. Filho de família rica, inteligente, e desejando seguir a carreira das armas, ingressou, aos 17 anos de idade, como aspirante, na marinha de Portugal, e dois anos mais tarde, no século XIX, brilhante, nos punhos da túnica de Pereira Pinto, os galões de guarda-marinha.

Em 1807, quando  D. João VI deixa o Tejo, para não desbaratar os exércitos de Junot, o jovem e esperançoso Pereira Pinto o acompanhou. Regressando ao Brasil, nessa hora aflita, e histórica, em que se solidarizada com Imperante luso, inclinado aos perigos do mar, traçou, esse ilustre carioca, no mapa do seu destino, as linhas da vitória.

Corajoso, e elegante nas atitudes, informa um biógrafo, bateu-se na Cisplatina, e nas lutas famosas da Independência do Brasil. Promove-o, D. Pedro I, pelo mérito e pela bravura, ao posto de capitão de fragata. Viveu, mais tarde, Pereira Pinto,  na cidade do Recife. Durante três anos, de 1825 a 28, conta o ilustrado historiador do Galeria Nacional, exerceu, na formosa terra de Frei Caneca e de Natividade Saldanha, o cargo de Intendente da Marinha. Na Baia, também, serviu, numa Intendência dessa natureza. Alcançou, em 1829, os galões de ouro de capitão de mar e guerra.

Vivendo para seus navios, amando-os como um “patesca”, não pertenceu à camarilha política, que agitou e convulsionou a vida brasileira, nesses nove anos que se seguiram à abdicação do 1º Imperador da terra brasileira. Mas, patriota, quando se extinguiu o pedido da Regência trina permanente, Pereira Pinto prestou serviço à Nação. Foi o 3º ministro da Marinha, no gabinete de 16 de janeiro de 1835. Ostentava, já, a esse tempo, na farda honrada, cruzes e comendas. Ligou seu nome à história da gloriosa marinha do Brasil, na paz e na guerra.

Morreu o eminente marinheiro, e homem público, no dia 2 de março de 1850, beirando os 70 anos de idade.

Recordemo-lo, no dia de hoje.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

Os esquecidos da cidade – por Marcus Prado.

380 anos da Batalha das Tabocas: corrida, história e memória!!!

No feriado municipal do dia 3 de agosto, que esse “caiu” no domingo, celebramos mais uma passagem da épica Batalha das Tabocas. No conjunto da Corrida das Tabocas, que como ponto de partida a Praça Padre Felix Barreto, literalmente, botei o  pé na estrada,  para seguir  o até o Sitio Histórico (cerca de 12km).

Por lá, aproveitei para grava mais um vídeo no nosso Projeto Cultural/Esportivo, que o intitulamos de “Corrida Com História”. Veja aqui:

https://youtube.com/shorts/NVLNg7_Na7A?si=B_RT5mDMkNnyuRt7

Carregado de simbolismo, o  nosso Monte Das Tabocas é um tesouro histórico ainda por ser explorado, no bom sentido da palavra, claro!

Foi a partir da Batalha das Tabocas, lá, ocorrida em 03 de agosto de 1645 – há exatos 380 anos – que demos inicio a chamada “Restauração Pernambucana”, movimento que culminou com a expulsão dos invasores holandês do nordeste do Brasil. Aliás, acontecimento importante do mundo ocidental.

Outro dia, em conversa informal com atual prefeito da Vitória, Paulo Roberto,  alertei-o sobre a necessidade da realização de um trabalho arqueológico no nosso patrimônio histórico (Monte das Tabocas). Precisamos avançar nessa matéria para ratifica-lo como espaço importante para o Mundo.

Portanto, Viva o nosso Monte das Tabocas!!!

2 de agosto de 1989 – por @historia_em_retalhos.

Há 36 anos, o Brasil chorava a morte de Luiz Gonzaga do Nascimento, o “Rei do Baião”, considerado o maior artista nordestino da história e eleito, pelo voto popular, o pernambucano do Século 20.

Gonzaga colocou o Nordeste no mapa do Brasil e do mundo, sendo um precursor, um divisor de águas, que abriu as portas para outras gerações de talentos nordestinos, amplamente influenciados por ele e que o tinham como principal referência artística.

Nasceu em Exu/PE, em 13 de dezembro de 1912, interessando-se, desde criança, pela sanfona de oito baixos do pai, a quem ajudava tocando zabumba.

Saiu de casa em 1930 para servir ao Exército, como voluntário, mas já era conhecido como sanfoneiro.

Em 1939, deu baixa e foi morar no Rio de Janeiro, onde estavam as grandes rádios da época, levando consigo a sua primeira sanfona nova. 🪗

Após ser descoberto por um grupo de cearenses, na região do Mangue, decidiu investir musicalmente nas suas origens, passando a tocar xote, xaxado e baião, o que teve grande aceitação.

A partir daí, a sua carreira decolou!

De 1946 a 1955, foi o artista que mais vendeu discos no Brasil, somando mais de 80 milhões de cópias vendidas.

Poucos sabem, mas uma proeza de Luiz Gonzaga foi a de ter sido o primeiro artista a realizar uma turnê pelo Brasil.

Antes dele, os cantores não saíam do eixo Rio-SP.

Gonzagão gostava mesmo era de viajar, de fazer shows e de tocar para plateias do Brasil inteiro!

Cantou a seca, a chuva, a fauna, a flora, a dor, o sofrimento, o amor, a alegria, o Nordeste, o Brasil.

Na última vez em que esteve em um palco, em 06.06.1989, no Teatro Guararapes (Recife), já com o auxílio de uma cadeira de rodas, com a voz trêmula, disse:

“Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito o seu povo, o sertão, que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor…”.

Você conseguiu, majestade.

36 anos de saudades.

Luiz, pra sempre rei!
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Medalha da Meia Maratona da Vitória – Corrida, História e Memória!

A medalha pós-prova representa a conquista pessoal do corredor. Ela simboliza o esforço, a superação de limites, o cumprimento de um objetivo e serve como lembrança emocional de uma experiência marcante. Também reforça o sentimento de pertencimento à comunidade esportiva e marca a evolução do atleta.

Na 1ª edição da Meia Maratona da Vitória, a medalha  também marca, particularmente, a passagem dos 380 anos da épica Batalha das Tabocas. Corrida, História e Memória! Vamos Correr…..?

 

A ARGO irá “vestir” a Primeira Meia Maratona da Vitória.

Executando o planejamento traçado para efetivar a Primeira Meia Maratona da Vitória, prova de corrida de rua que irá contar com dois percursos desafiadores (21k e 10), que acontecerá no domingo, 21 de setembro, recentemente, fechamos mais uma parceria com a empesa ARGO CAMISARIA, localizada na cidade de Olinda.

Especializada em material esportivo, a  marca ARGO “veste” os melhores e maiores eventos de corrida de rua de Pernambuco. Atleta e empresário, o amigo Hélio Chagas é desses parceiros comprometidos com os resultados.

Assim sendo, mais uma vez, a ARGO terá sua marca estampada em nossos eventos de corrida de rua.

🏅 1ª Meia Maratona da Vitória – 21 por Tabocas
📍 21K e 10K

📅 Data: 21/09/2025
📍 Local: Antiga Estação Ferroviária / Praça Leão Coroado – Vitória de Santo Antão
🕓 Concentração: 4h
🏁 Largada: 5h

🏆 Premiações – Meia Maratona (21km):
🔹 Masculino e Feminino – 1º ao 5º lugar
🔹 Geral e Local
🔹 Faixas etárias:
* 40 a 49 anos
* 50 a 59 anos
* 60+

🏃‍♂️ Corrida 10km:
🔹 Masculino e Feminino – 1º ao 5º lugar
🔹Geral e Local

❗ Obs: Não haverá premiação em dinheiro 💰

📝 Inscrições:
🌐 Online: https://www.uptempo.com.br/event-details/1-meia-maratona-da-vitoria-21-por-tabocas-vitoria-de-santo-antao-pe
📲 Grupos: (81) 9 9198-0437
🏪 Presencial: Loja Monster Suplementos – Vitória

💸 Valores 2º lote:
🔸 21K e 10K: R$ 115,00
🔸 Kit sem camisa: R$ 105,00
🔹 Descontos especiais para grupos: (81) 9 9198-0437

Hosana de Siqueira e Silva – por @historia_em_retalhos.

Este é Hosana de Siqueira e Silva, um sacerdote católico que entrou para a história em razão de um crime terrível.

Hosana entrou no Seminário de Olinda no ano de 1926.

Apresentando comportamentos bipolares, foi afastado do seminário, por ausência de vocação para a vida religiosa.

Transferiu-se, então, para São Leopoldo/RS, onde conseguiu ordenar-se em 1936.

De volta a Pernambuco, foi para a diocese de Pesqueira, onde, em constantes divergências com políticos locais, foi preso por ordem do interventor estadual Agamenon Magalhães.

Hosana era um padre estranho.

Envolvia-se em brigas com frequência e, pasmem, andava armado, com um revólver na cintura.

Em 1944, assumiu a paróquia de Quipapá e, ali, naquela freguesia, protagonizaria um crime até então inédito na América Latina.

Ocorreu o seguinte: o bispo de Garanhuns, Dom Francisco Expedito Lopes, interpelou-o por várias atitudes não condizentes com a sua função sacerdotal.

Ele era acusado de cobrar preços exorbitantes para ministrar sacramentos, além de não cuidar devidamente da paróquia.

Porém, a acusação mais grave apontava para um envolvimento amoroso com a prima, Maria José Martins, que trabalhava na casa paroquial.

O bispo, então, ordenou que o padre não a mantivesse na mesma residência.

Hosana fez pouco caso da determinação, sendo suspenso de sua ordem sacerdotal pelo bispo.

Mesmo suspenso, com a sua desobediência contumaz, continuou atuando como padre, informando a sua decisão a outros sacerdotes locais.

Pois bem.

No dia 2 de julho de 1957, há 68 anos, Hosana foi até o Palácio Epsicopal de Garanhuns  e, ainda na porta, desferiu três tiros de revólver no bispo Dom Francisco, matando-o no local.
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Este crime teve repercussão internacional.
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Submetido a três julgamentos, o padre não apresentava nenhum tipo de remorso, mostrando-se arrogante, soberbo e sorrindo constantemente.
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Dizia-se injustiçado, em uma “via crucis”, mas que tal tormento o levaria ao “caminho da glória”.
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Ao final, foi condenado a 19 anos de prisão.
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Cumprida parcialmente a pena, retornou para a sua cidade natal, Correntes/PE, onde construiu uma capela e continuou rezando missas, mesmo excomungado.
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Ali, foi morto, vítima de vários golpes na cabeça, em 7 de novembro de 1997.
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A sua morte jamais foi elucidada.
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Este é considerado o primeiro caso na América Latina de um assassinato de um bispo por um padre (alguns dizem de toda a história da Igreja Católica).
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Três observações importantes:
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– Dois psiquiatras, Gaudino Loreto e Rui do Rêgo Barros, examinaram Hosana minunciosamente e concluíram que o religioso tinha “uma personalidade doentia”, impossibilitado de controlar seus impulsos, um verdadeiro psicopata.
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– Maria José Martins, a pessoa com quem Hosana convivia, confirmou duas gestações resultantes de relações sexuais com o padre, tendo praticado o aborto uma vez, por ordem dele, e fugido na segunda, dando à luz uma criança.
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– Anos depois, foi aberto no Vaticano o processo de canonização de Dom Francisco Expedito Lopes, sob a égide do martírio.
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Vida Passada… – Marciano da Rocha – por Célio Meira.

A vila de Sirinhaém, que nasceu nos primeiros anos do século XVII, sob a proteção de São Roque, o amigo dos cães, crescendo e progredindo, mais tarde, sob as graças divinas de Nossa Senhora da Conceição, foi o berço, em 1842, de Marciano Gonsalves da Rocha. Viu, esse pernambucano, a luz do dia, na casa grande do engenho S. Braz, que, há quarenta anos, mais ou menos, pertencia ao coronel Manuel Bernardo das Virgens. Acadêmico de direito, na Faculdade do Recife, publicou, Marciano, o Cantos da Alvorada, livro de versos, e no ano seguinte, aos 28 anos de idade, fazendo parte da turma de Joaquim Nabuco. José Mariano, José Vicente Meira de Vasconcelos e de Ulisses Viana, recebeu a láurea de bacharel.

Seis anos depois de formado aceitou, Marciano, no governo do presidente João Pedro Carvalho de Morais, modesto cargo de escriturário da Tesouraria da província natal, e andava, pacatamente, enfileirando algarismo, quando lhe foi oferecida, pelo governo de Santa Catarina, a nomeação de juiz municipal de Itajaí. Homem do litoral, mas não querendo viver perto do mar, recusou a comarca santa-catarinense, debruçada na orla do Atlântico, preferindo a zona quase central, do Estado, de São Paulo, onde foi lavrar sentenças, no juizado de Itatiba. Retirando-se, em 1878, da magistratura paulista, escreveu o Naia, poema dramático, e foi viver na Corte.

Ilustrado e honesto, obteve, do governo, escreve Sebastião Galvão, p alto posto de promotor de resíduos e capelas. Serviu, sempre, com alegria, à coroa e à justiça. E, também, às musas. Ao lado da pena do jurista, nunca se imortalizou a pena do poeta. Exercendo essas promotorias, publicou, antes dos 40 anos, o Dulcina e Oscar, poema de amor e de ternura. Fiel a Casa de Bragança, escreveu sonetos satíricos, em 89, reunindo-os no Facetas. Imaginamos, pelo título do livro, pelo gênero dos versos e pela época da publicação, as perfídias dessas rimas. Gostaríamos de ler esses sonetos monárquicos. Proclamada a República, o governo provisório, informa um biógrafo, demitiu o promotor de resíduos e capelas.

Marciano da Rocha continuou a amar a pátria, mas não cortejou os vitoriosos  da nova era política. Passou a viver, tranquilo, na corte da Poesia, até que a morte, “ a funérea Beatriz da mão gelada”, de Antero de Quental, veio busca-lo, no dia 1º de março de 1916, para uma outra vida, luminosa e eterna.

Morreu, Marciano, aos 74 anos de idade, no Rio de Janeiro, e está sepultado no cemitério São João Batista.

Amai, filhos de Sirinhaém, o poeta do Facetas e do Cantos da Alvorada.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

2º Edição da Mega Corrida – Igreja Batista Memorial

Na manhã do domingo (27), no bairro do Cajá, aconteceu a 2º edição da Mega Corrida, promovida por membros da Igreja Batista Memorial. A concentração, largada e chegada da corrida, aconteceu nas proximidades do templo religioso, localizado na Rua Doutor José Rufino Bezerra, também conhecida como “Principal do Cajá”.

Com percurso de 6km para o público geral, a organização do evento também abriu espaço crianças, ao promover uma corrida para criançada. Após o aquecimento, os atletas seguram até o bairro Maués num percurso “bate-volta”.

10 novas UTIs na APAMI – inauguração em breve!

Em constante processo de melhoramento, no que se refere aos serviços prestados, equipamentos hospitalares  e estrutura  física, podemos dizer que, hoje, a APAMI  celebrou de mais um gol de placa.

Referência em atendimento médico assistencial em nossa cidade e na região,  desde a metade do século passado (XX), a APAMI investiu na construção de 10  novas UTIs.

Com as obras  concluídas e já com os devidos equipamentos prontos para serem acionados, na manhã de hoje, sexta-feira, 25 de julho, a instituição recebeu uma vistoria dos  técnicos  dos órgãos competentes,  no sentido da aprovação para a devida ativação do novo espaço.

Vencido as questões burocráticas, naturais para processos dessa envergadura, a direção da APAMI, representada pela gestora Socorrinho da Apami, juntamente com toda equipe funcional, deverão, em breve,  receber a governadora do estado,  Raquel Lyra,  para em ato inaugural,  acionarem o botão do play  dessa marcante e importante operação,  na referida instituição hospitalar. Vale salientar, que o governo do estado jogou papel importante na materialização desse arrojado empreendimento.

Portanto, eis aí, uma notícia que gera uma positiva expectativa na população antonense e nos nativos das cidades circunvizinhas, nas  questões relacionadas ao atendimento da chamada saúde pública. Essa é uma daquelas iniciativas que todos saem ganhando. Parabéns para APAMI Vitória. 

O Brasil vivia o início do regime militar – por @historia_em_retalhos,

Manhã do dia 25 de julho de 1966.

O Brasil vivia o início do regime militar.

Era época de eleições indiretas, algo apenas formal e ritualístico, já que tudo era decidido pelo partido dos militares.

O marechal Arthur da Costa e Silva era candidato à presidência e anunciara uma visita ao Recife para fazer campanha.

No saguão do Aeroporto dos Guararapes, muitas pessoas o aguardavam, momento em que, de repente, uma mala foi percebida abandonada no local.

O guarda civil Sebastião de Aquino seguia para entregá-la no balcão, quando, inesperadamente, dentro dela, uma bomba explodiu.

O clima de caos tomou conta do saguão.

Aquino e outras 13 pessoas ficaram feridas.

Já o jornalista Edson Régis e o vice-almirante Nelson Gomes morreram.

Finalmente, o que aconteceu naquele dia?

Três versões pairam no ar.

Segundo a versão oficial dos militares, tratou-se de um ato terrorista, que tinha como objetivo atingir Costa e Silva.

Em pouco tempo, a polícia apresentou dois acusados: Ricardo Zarattini e Edinaldo Miranda.

Ambos carregaram por toda a vida o estigma de terroristas, até que, em 2013, a Comissão Estadual da Verdade apresentou documentos do próprio regime, datados de 1970, que desmentem a versão oficial.

Uma segunda corrente atribui a autoria a militantes da Ação Popular (notadamente, a Raimundo Gonçalves e ao ex-padre Alípio de Freitas), que teriam agido por conta própria, sem autorização dos dirigentes.

Por fim, uma terceira linha sustenta que a versão oficial conflitava com o próprio inquérito militar que apurava o caso.

Historiadores afirmam que, em verdade, o crime foi planejado pelo governo para criar um clima de pânico na população, abrindo o caminho para o recrudescimento da ditadura e a criminalização da esquerda.

Fatos como esse preparariam o terreno para, dois anos mais tarde, nascer o AI-5.

Dois detalhes importantes:

– Costa e Silva não desembarcou no Guararapes, optando por vir de carro pela PB.

– no mesmo dia, duas outras bombas explodiram, sem vítimas, na sede da UEE e na sede do Serviço de Informação dos EUA (USIS).

Cada um tire as suas próprias conclusões.

Até hoje, o episódio segue sem elucidação.
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8ª Festa da Saudade – restam poucos espaços……

Praticamente faltando 30 dias para o encontro dançante mais esperado da cidade, que ocorrerá no Clube Abanadores “ O Leão”, com a Orquestra Super OARA, podemos dizer que a noitada já está garantida!

Restando apenas um camarote e pouco menos de 30% das mesas,  para ocupação total dos espaços do casa, informamos aos interessados que ainda não garantiram seus respectivos “ingressos”, que o contato oficial do evento é o whatsapp 9.9188.3054.

A Festa da Saudade –  que chega a sua 8ª edição – se configura numa excelente opção de lazer e entretenimento, sobretudo  para as pessoas mais maduras e que curtem um repertório musical romântico e mais qualificado.

Serviço:

Evento: 8ª Festa da Saudade.

Quando: 23 de agosto de 2025.

Local: Clube Abanadores “O Leão”.

Hora: 21h.

Informações e reservas: 9.9188.3054.

Otoni Rodrigues e o boato que “Tapacurá Estourou!” – há 50 anos.

Em  tradicional jornal da capital – Jornal do Commercio -, na coluna assinada pelo conceituado jornalista Fernando Castilho, no dia de ontem (22), artigo destacou a importante participação do renomado  comunicador da nossa terra, Otoni Rodrigues, atinente aos desdobramentos do famoso boato que a “Barragem de Tapacurá Estorou!”, ocorrido exatos meio século.

Portanto, abaixo, segue reprodução do artigo do Jornal do Commercio.

 

Vida Passada… – Teófilo Dias – por Célio Meira.

No dia 28 de fevereiro do ano de 1857, nasceu o maranhense Teófilo Dias Mesquita, na mesma cidade de Caxias, onde veio, ao mundo, Coêlho Neto, o mestre incomparável. Pobre, fez o curso primário na cidade de São Luiz, e vestindo a farda de soldado, chegou a ter no braço, conta o eminente Rodrigo Otávio, as divisas de sargento. Não era, a caserna, seu destino. Trazia, no sangue, a herança abençoada de Gonsalves Dias, o tio, e tocando o mau sobre pelo bom livro, publicou, aos 17 anos de idade, o Flores e Amores, em que reuniu os primeiros versos, perfumados e palpitantes de amor e de pecado. E, um dia, sosinho, confiante, apenas, no destino de poeta, que é uma estrela sempre acesa, deixou a terra dos clássicos brasileiros e foi viver na Côrte.

Idealista, fazendo versos e passando fome, estudou, corajosamente, e conquistou os preparatórios, ingressando na Faculdade de Direito de São Paulo. Cursando o 2º ano, entregou às livrarias, aos 21 anos, o Lira verdes anos. E no ano seguinte, vitorioso, aplaudido, o Cantos Tropicais, recebendo, em 1881, a carta de bacharel. Jornalista de linguagem elegante, e irônica, fazia, no Provinciano, jornal da Paulicéia, informa um memorialista, apreciadas crônicas literárias. Escreveu, em 1882, o Fanfarras,  livro de versos primorosos.

Na  campanha republicana, tornou-se inimigo rancoroso de Silva Jardim, de quem era cunhado, e , homem corajoso, espírito inquieto, o enfrentou, várias vezes, “a ponto de travarem lutas corporais, escreve o erudito historiador Zeferino Galvão, nas ruas de São Paulo”.

Pertenceu, Teófilo Dias, ao número daqueles sonhadores e românticos que não tiveram a alegria de assistir à vitória das ideias da democracia e da República. Teve, nesse tocante, o destino malvado de Maciel Pinheiro. Morreram, os dois, antes da epopeia de 15 de Novembro de 1989. Andava, Teófilo, ao tempo de sua morte, na casa dos 32 anos de idade.

Passará, em março deste ano, o cincoentenário da morte do poeta do Fanfarra, e a Academia Brasileira de Letras poderá prestar homenagem à memória desse preclaro maranhense, que honrou a terra nativa. Ilumina-se a cadeira nº 36, nessa Academia, à luz de seu espirito fascinante. Ocupou-a, enobrecendo-a, desde que se fundou a Casa dos 40, até 1938, o Afonso Celso.

Teófilo Dias tem direito a esse tributo de admiração e a essa festa de saudade.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

Soberania Brasileira – por @historia_em_retalhos.

Em tempos de ameaças à soberania brasileira, é muito oportuno lembrar desse sertanejo cearense, que se tornou um símbolo da luta contra as investidas estrangeiras no território nacional.

Delmiro Gouveia provou, ainda no século 19, que o nosso povo pode ser o dono do seu próprio destino, sem precisar beijar a mão de nenhum dominador.

Disputou com os ingleses o mercado de linhas de costura, fundou no Recife o mercado do Derby, considerado o primeiro shopping center do país, e levou luz para o sertão, inaugurando a hidroelétrica de Angiquinhos, na cachoeira de Paulo Afonso/BA.

Isso sem subjugar-se, sem ser vassalo, ou dever absolutamente nada a ninguém, provocando a ira dos ingleses.

Delmiro Gouveia é um nome mais atual do que nunca.

Lembrar para não esquecer.

Brasil dos brasileiros.

Boa terça-feira, gente!
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Padre Edwaldo Gomes – por @historia_em_retalhos.

A história de Edwaldo Gomes, o padre nosso.

Em 19.07.2017, falecia, no Recife, o padre José Edwaldo Gomes, um dos mais queridos e atuantes líderes religiosos da capital pernambucana.

Padre Edwaldo foi um dos principais assessores de Dom Helder Camara, que o nomeou, em 1970, para a paróquia de Casa Forte.

Ali, naquela freguesia, floresceu o seu ministério por intensos 46 anos.

Pároco de uma região considerada nobre da cidade, despertou em seus paroquianos a consciência de que Cristo não se encontra confinado em templos adornados a ouro.

Com imensa habilidade e liderança, entrelaçou a comunidade de Casa Forte com as comunidades carentes vizinhas, envolvendo-as em inúmeros projetos sociais.

Foi ele, por exemplo, o idealizador e o principal responsável pela tradicional Festa da Vitória Régia, cujos frutos são revertidos para as comunidades carentes.

Criou a Creche Beneficente Menino Jesus e a Casa da Criança Marcelo Asfora, que oferece reforço escolar e assistência médica.

Enfrentando inúmeras barreiras, lutou, como poucos, pela construção do conjunto habitacional da comunidade de Lemos Torres, garantindo teto a várias famílias.

Em verdade, este pernambucano de Barra de Guabiraba ia muito além da figura de um sacerdote.

Era um homem comunitário, ativista, líder natural, amigo dos pobres e praticante verdadeiro de sua fé.

Quando da votação para dar à rua da matriz de Casa Forte o seu nome, um fato incomum aconteceu: não houve divergência.

Padre Edwaldo era respeitado por católicos, não católicos, espíritas, evangélicos, pelas religiões de matriz africana, por agnósticos, por ateus, por ricos e pobres, por uma razão muito simples: respeitando a diferença e pregando a tolerância, ele disseminava a sua lição de amor e de paz.

Certa feita, quando indagado sobre a morte, respondeu com a sabedoria de sempre:

“Eu creio na eternidade, mas não tenho pressa nenhuma de ir para lá.”

O padre nosso partiu para a eternidade há exatos oito anos, deixando um enorme legado e inúmeras lições indispensáveis aos dias de hoje.

Faz muita falta.

A quem interessar, recomendo o livro “Um Padre Nosso”, de Vera Ferraz.
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8ª Festa da Saudade – senha já estão na rua….

Faltando pouco mais de um mês para o encontro dançante  (romântico) mais esperado da cidade – 8ª Festa da Saudade -, em que terá como principal  atração musical a Orquestra Super OARA, informamos que já começaram as entregas das senhas, das mesas e dos  camarotes.

Bem prestigiado e concorrido, a já tradicional festa congrega pessoas mais “maduras” e com bom gosto musical. Para participar, entrar em contato pelo whatsApp 9.91883054.

Serviço:

Evento: 8ª Festa da Saudade.

Quando: 23 de agosto de 2025.

Local: Clube Abanadores “O Leão”.

Hora: 21h.

Informações e reservas: 9.9188.3054.

Vida Passada… – Esmeraldino Bandeira – por Célio Meira.

“Guarda-livros de uma grande casa comercial, conta Adelmar Tavares, numa formosa oração, é o que desejo ao meu filho Esmeraldino, costumava dizer João Vicente Torres Bandeira aos seus amigos”. O destino contrariou, graças a Deus, essa vontade paterna, e  Esmeraldino se fez acadêmico de direito, bacharel, doutor, e mestre, alcançando a glória de ser, entre os criminalistas, o “Príncipe da Escola Positiva no Brasil”.

Contemporâneo de Epitácio Pessoa, Graça Aranha, Gumercino Bessa e de Nilo Peçanha, de quem seria, vinte e três anos mais tarde, ministro da Justiça, recebeu, Esmeraldino Olímpio de Torres Bandeira, a carta de bacharel, no ano de 89, na companhia de Alfredo Valera, Sebastião Galvão, e de Gervásio Fioravanti. Batalhou pela abolição da escravatura, e , ouvindo a voz eloquente de Martins Junior, fez propaganda da República.

Diplomado, iniciou sua vida pública na Intendência Municipal e na delegacia de polícia de Olinda, e do Recife. Elegeu-se deputado estadual em 92, e dois anos depois, dirigiu a chefatura de polícia do Rio Grande do Norte. Distingui-o, em 1894, o governo de Santa Catarina, com o juizado de direito da comarca do Tubarão. Não ingressou, porém, na magistratura santa-catarinense, pois a esse tempo, aceitou a 2ª promotoria de justiça, no Distrito Federal. Na Capital do País, ascendeu, aos 31 anos de idade, ao posto de procurador da República. E conquistou, nessa época, na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, a cadeira de direito criminal.

Governando, Correia de Araújo, o Estado de Pernambuco, mereceu, Esmeraldino, em 98, o cargo de prefeito do Recife. Encerrando a administração da prefeitura de sua terra natal, esse pernambucano, figura destacada do partido republicano, que obedecia à orientação de Rosa e Silva, passou a representar o povo, a partir de 1900, na Câmara Federal. Foi, Esmeraldino, na bancada pernambucana, e no seio do parlamento, um dos vultos figurantes, pela irradiação de sua cultura e pela firmeza do seu caráter. Assumindo a presidência da República, em 1909, Nilo Peçanha não se esqueceu do antigo condiscípulo, e o fez ministro da Justiça. Nesse ministério, Esmeraldino, que cultuou, sempre, no dizer de Afonso Celso, “ a religião do trabalho, da hora, do dever, da família e da pátria”, elevou, bem alto, o nome de seu berço, enobrecendo-o, porque em verdade, esse filho do Recife, “como Anteu, na observação de Ademar Tavares, seu discípulo bem amado, tirou da terra natal toda a força e toda pureza do seu ideal e das suas energias”

Advogado notável, parlamentar, jurista e ministro, teve, Esmeraldino, vida intensa e luminosa, Nasceu no dia 27 de fevereiro de 1865, e morreu aos 63 anos de idade. Tornando maior a lista de suas obras de direito, escreveu, em 1928, o “Reflexões”, livro de máximas e de sentenças. Há, nesse livro, experiências e ensinamentos de quem viveu e venceu. “Felizes, escreve ele, os que podem morrer convictos de ter ocupado, com dignidade, o seu lugar na vida”. Morreu feliz, o mestre.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

Centro Educacional Ethos alcançou a melhor nota no ENEM 2024.

Iniciado no ano de 2020, período em que o mundo vivenciou um dos piores momentos dos últimos séculos (pandemia), o Centro Educacional Ethos, localizado no bairro da Bela Vista, aqui, em Vitória de Santo Antão, após 5 anos de funcionamento, focados, prioritariamente,  no resultado elevado dos alunos e  se valendo de metodologia diferenciada, acaba de comemorar expressiva vitória coletiva. Ou seja: direção, professores, alunos e familiares.

Recentemente, por ocasião do anuncio dos resultados do ENEM 2024, elencados por escolas, o Centro Educacional Ethos, no recorte Vitória de Santo Antão, alcançou a melhor média de nota entre todos os educandários antonenses, quer sejam eles público ou privado.

Fruto da competência, do trabalho e da busca constante pelos  melhores resultados, a referida unidade de ensino – Centro Educacional Ethos -,  idealizada pelos experientes educadores, Michele Siqueira e Aluísio Oliveira, reafirma seu compromisso com os mesmos ideais, renovando o entusiasmo e “correndo atrás” dos  excelentes resultados concretos.

Peças fundamentais nessa engrenagem, os alunos do ETHOS, que se entregaram de corpo e alma nesse projeto, também são merecedores de todos os aplausos. Vale sublinhar, inclusive,   que mais de 85% dos alunos foram aprovados em universidades públicas. Uma vitória coletiva que  deve ser compartilhada com toda sociedade!

Como nasceu o sentimento de subjugação dos EUA com o Brasil? – por Siga: @historia_em_retalhos.

A história explica!

Ainda no século 19, o então presidente norte-americano James Monroe lançou a sua conhecida “Doutrina Monroe”.

Com o discurso de “América para os americanos”, Monroe baseava a sua doutrina no princípio da não intervenção externa nos assuntos internos dos países americanos.

Porém, ao mesmo tempo em que buscava manter a região livre da interferência estrangeira, Monroe queria, na verdade, afirmar a influência norte-americana na região.

E, de certa forma, conseguiu.

Esta política externa de controle das américas acentuou-se no século 20.

Inicialmente, temendo a influência nazista na região, por meio de fortes incentivos financeiros e de uma calculada aproximação cultural, os EUA promoveram, por exemplo, personagens estereotipados, como Zé Carioca, na esteira da chamada “política da boa vizinhança”.

Esta medida, dentre outras, garantiu o apoio do Brasil aos aliados na Segunda Guerra Mundial, tornando o nosso país, a partir daí, ainda mais imbrincado à influência norte-americana, notadamente, após o fim do conflito armado, com a configuração da Guerra Fria entre os EUA e a antiga URSS.

Vencedor da guerra e consolidado como grande potência mundial, os EUA levaram o seu expancionismo ao extremo, ao ponto de apoiarem golpes militares em diversos países, como fizeram no Brasil em 1964 (“Operação Brother Sam” e “Operação Condor”).

Este é, em poucas palavras, o pano de fundo histórico, que trouxe consigo efeitos colaterais negativos.

Tal sentimento de subjugação, olhando para o Brasil como parte de seu quintal, gerou nos brasileiros aquilo o que Nelson Rodrigues sabiamente denominou de “complexo de vira-lata”.

Trata-se de uma percepção negativa, da falta de autoestima dos brasileiros com relação à própria identidade nacional.

Como consequência, este complexo de inferioridade induz o brasileiro a autodepreciar-se, a acreditar que o Brasil, a sua cultura, o seu povo e as suas realizações são inferiores aos de outras nações, especialmente aos dos EUA.

Não é raro assistirmos à postura de alguns reconhecendo e até buscando como legítima a tutela norte-americana em assuntos internos brasileiros, malferindo a soberania nacional.
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Isto é vira-latismo puro.
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É consenso em matéria de relações internacionais que a primeira condição para uma nação tornar-se realmente respeitada é não abrir mão de sua soberania plena.
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Para tanto, a bandeira brasileira jamais poderá ser a norte-americana.
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Aqui é o Brasil.
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E o Brasil é soberano.

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