EU TIVE UMA NAMORADA EM CARUARU – por Sosígenes Bittencourt.

Pode ser uma imagem de 1 pessoa e barba
Isso foi na década de 70. Eu era adolescente e achei de me engraçar de uma menina lá em Caruaru. Todo domingo, eu ia passear na pátria de Vitalino. Pulava da cama cedo, me enfatiotava todinho e ia pra BR, pegar ônibus. Os ônibus apostavam carreira. Tinha da São Geraldo, Progresso – parece que da Jotude – e Caruaruense.
Eu viajava com a cabeça na janela para ver a paisagem. A ventania ficava fazendo uma zoadinha no ouvido. Seguia pensando na vida, imaginando o futuro, no horário da esperança. Não sei por que, mas associo a aurora ao porvir. Já minha avó Celina dizia que a noite era a hora da saudade. Sei lá…
A princípio, eu ia assistir a filmes no Cine Santa Rosa e Irmãos Maciel. O Cine Santa Rosa ficava na pracinha, como quem ia para o Bairro do Salgado. Um dia, passou Dr. Jivago, com Omar Sharif e Julie Christie, um filme americano de 1965. O pessoal do meu tempo deve se lembrar. Eu comprava uma carteira de Continental, sentava na avenida e pedia uma cerveja Antártica Paulista. Pedia Brahma Chopp também. Parecia um hominho.
Foi quando, passeando pela Feira de Caruaru, conheci uma vendedora de sandálias, alpercatas, um bocado de coisa de couro. Olhos pretos em moldura amendoada, pele morena afogueada, feito um cavalo alazão. Era todinha um chocolate. Nem parecia gente, parecia uma figura de livro, de romance, de literatura. Ou qualquer coisa que só aparece em sonho. Os cabelos batiam na cintura, e a boca tinha um eterno frescor de chiclete Ping-Pong. Eu ficava o dia todo peruando pra namorar com ela. Um dia, a gente namorou numa esquina lá na Caruá. E eu terminei dormindo na Princesa do Agreste, inalando aquele cheirinho de travesseiro de marcela que tem pr’aquelas bandas. Chega dava sono. A morena era boazinha que era danada, toda silenciosa, andava devagar e ria baixinho. Os olhos é que eram tagarelas. Dava vontade de comer um pedaço, embora, naquele tempo, a gente namorasse de roupa, era proibido namorar nu. Eu ficava tão contente que botava pra contar história. Dava um pigarro e enfeitava a conversa. Meus colegas diziam que eu estava mentindo. Minha mãe também pensava que eu mentia. Um dia, descobriu que era poesia.
Adolescente abraço!
Sosígenes Bittencourt

Eleições 2024 – Live do sorteio da ordem de entrevistas com os candidatos a prefeito.

Terminamos, agora a pouco, a live,  que teve como objetivo,  transmitir o sorteio da ordem das entrevistas com os 3 candidatos a prefeito da Vitória. Assim ficou definido:

Terça-feira, 24 de setembro – Victor (40)

Quarta-feira, 25 de setembro – André Carvalho (12)

Quinta-feira, 26 de setembro – Paulo Roberto (15). 

Obs: o horário da transmissão será escolhido pelos candidatos. Caso não definam, a live será aberta às 20h, do dia determinado.

Segue o link da transmissão do sorteio:https://www.youtube.com/live/hwk8kbLTdOY?si=c00cinxSy6E6Tz46

Live com os 3 candidatos a prefeito da Vitória – CONVITE

Segue, abaixo, o conteúdo do “convite/convocação”, direcionado,  através do WhatsApp,  às três candidaturas  e também para alguns membros das suas respectivas assessorias, no sentido da PARTICIPAÇÃO das LIVE(s) que estaremos promovendo nos próximos dias 24, 25 e 26. 

“CONVITE/CONVOCAÇÃO”

Assim como ocorreu nas eleições municipais de 2020 e eleições gerais de 2022, agora, em 2024, o Blog do Pilako manterá a iniciativa de abrir espaço aos candidatos locais, promovendo entrevistas “ao vivo”.

Nesse contexto, estamos reservando os próximos  dias 24, 25 e 26 de setembro para entrevistar os candidatos a prefeito e vice-prefeito. Nesse sentido, segue o roteiro:

Formato:

Live remota.

Participação:

A chapa completa – prefeito e vice – ou um dos dois.

Dia e horário:

O dia para cada candidatura será definido por sorteio, com transmissão  “ao vivo” pelo Blog do Pilako,  hoje, 20/09, às 18h.

 As coligações poderão enviar um representante para acompanhar o sorteio de forma presencial, que ocorrerá na redação  do Blog do Pilako, localizado à Praça Leão Coroado, 56, sala 7 – chegar ao local entre 17:20h e 17:45h.

Para uma maior flexibilidade, devido aos compromissos de campanha de cada agente político,  o horário para as transmissões “ao vivo” será uma escolha de cada candidato, previamente definido no ato da confirmação da participação.   Ou seja: estaremos  disponíveis, para o  dia sorteado,  entre  9h e 20h. Livre escolha do candidato.

Pauta das entrevistas:

Pauta única para as 3 candidaturas: plano de governo e xadrez político.

Duração das entrevistas:

A live (transmissão)  terá duração de 90 minutos – uma hora e meia.

Solicitamos de cada candidatura, de maneira prévia, nos enviar o plano de governo.

Obs: mesmo que o candidato ou assessoria não confirmem a participação na entrevista, o Blog, no dia definido por sorteio,  irá abrir a transmissão no último horário estabelecido, ou seja: das 20h até 21:30h.

Certo de que estamos, com isenção e respeito ao processo democrático, promovendo cidadania e a boa comunicação esperamos contar com a participação das candidaturas postas na nossa cidade.

Mensagem envida para o WhatsApp privado das seguintes pessoas: 

André Carvalho, Bruna Moraes, Bruno Moraes, Paulo Roberto, Edmo Neves, Djalma Andrade, Demétrius Lisboa, Victor Querálvares, Neto Querálvares, Ana Querálvares, Socorrinho da Apami e  Ivinho Queiroz. 

 

“Luiz Ferrer – o esculptor” – o 12º do livro do Professor Pedro Ferrer.

Em noite memorável o eminente presidente do nosso Instituto Histórico e Geográfico, professor Pedro Ferrer, lançou mais uma obre literária. Mais uma que se soma ao seu conjunto, daquilo que poderíamos definir como “memórias antonenses”.

O livro “Luiz Ferrer – o esculptor” foi o seu 12º trabalho literário, se configurando num dos mais operantes escritores do nosso torrão, que em um determinado tempo pretérito já foi chamado de “Atenas pernambucana”.

Sem fugir do seu tema preferido, desta vez, o professor Pedro “ressuscitou” um dos mais renomados artistas da  nossa cidade. Uma espécie de “santo”,  que materializou milagres dentro e fora de casa.

Suas obras  adornam os mais diferentes espaços:  museus, palácios, bibliotecas, praças e avenidas dos quatro cantos do Brasil. Facilmente constatado nas mais de 300 páginas do referido livro.

“Luiz Ferrer é obra de si mesmo”, sentenciou o autor. Criança que produzia peças e bonecos em barro, num tempo que arte era pouco compreendida, sobretudo no interior do nordeste brasileiro, Luiz Ferrer traçou seu destino e ganhou o mundo para se revelar um gigante, típico dos que nasceram para brilhar, seguiu a luz da sua intuição. E venceu!

Mesmo já consagrado nunca esqueceu sua terra e sua gente. Não obstante, como provocou o professor Pedro em sua fala: “nem a família Ferrer lembrava mais dele”.

Com efeito, o professor Pedro Ferrer, por conta do trabalho de pesquisa para o livro, acabou “resgatando”, por assim dizer, uma neta do Luiz Ferrer, Viviane Ferrer, que reside em São Paulo e que é uma “prima distante” dos “Ferrer” daqui, para conhecer suas origens.

Visivelmente emocionada, ela (Viviane) fez questão de comparecer e agradecer pela acolhida e pelo momento ímpar, relacionado ao registro da história do seu avô, Luiz Ferrer. Veja o vídeo:

Portanto, o livro “Luiz Ferrer – o esculptor” é mais um capítulo na história da vida literária do Professor Pedro Ferrer que, indiscutivelmente, já se imortalizou através da historiografia local. Vivo ou morto, Pedro Ferrer, é roteiro obrigatório para os que desejam estudar e conhecer um pouco da rica história  da terra desbrava pelo Português Diogo de Braga, que aqui chegou em 1626. Avante, Pedoca!!!

O filme estreia nessa sexta-feira, dia 20/09, no Teatro Silogeu pelo Festival de cinema de Vitória de Santo Antão.

Ecdise de Cinzas conta a história de Maia (Sammia Gonçalves), uma mulher que acorda em um quarto desconhecido, em uma casa desconhecida, após uma noite de festas no carnaval de Vitória de Santo Antão. O filme de ficção surrealista de 8 minutos trás em suas imagens a beleza do carnaval pelos olhos ressacados de alguém perdido no tempo e espaço, criando uma narrativa rápida e cheia de situações inesperadas.

A obra é resultado de uma atividade de criação de roteiro realizada por Durval Cristóvão e outros membros do Canal Tapacurá, importante grupo da cena artística e cultural de Vitória de Santo Antão, e tem em seu elenco as atrizes Sammia Gonçalves e Kell Soares, assim como o ator Wellington Luiz. O diretor Pedro Henrique Lima busca retratar em imagens e movimentos a experiência de se ler um microconto e todas as dúvidas e provocações que isso oferece. O filme foi realizado com auxílio da Lei Aldir Blanc e conta com uma equipe composta por moradores da cidade de Vitória de Santo Antão, cidade localizada na Zona da Mata de Pernambuco.

O filme estreia nessa sexta-feira, dia 20/09, no Teatro Silogeu pelo Festival de cinema de Vitória de Santo Antão.

– Ficha Técnica:

Direção – Pedro Henrique Lima
Roteiro – Pedro Henrique Lima
Argumento – Hugo Tavares
Assistência de direção – Felipe Berardo
Direção de atores – Durval Cristóvão
Produção – Sammia Gonçalves e Hugo Tavares
Continuismo – Cláudio Neto
Filmagem e Direção de fotografia – Arthur Carvalho
Direção de Som e Microfonista – Pedro Cavalcanti
Direção de Arte – Pedro Henrique Lima, Sammia Gonçalves e Hugo Tavares
Assistência de Arte – Kleber de Oliveira
Figurino e Maquiagem – Sammia Gonçalves, Kell Soares e Wellington Luiz
Montagem – Felipe Berardo
Design – Guilherme de Lima
Trilha Sonora – Manoel Malaquias

Elenco:

Maia – Sammia Gonçalves
Homem Policial – Wellington Luiz
Mulher Policial – Kell Soares
Neto – Felipe Berardo

Assessoria de Comunicação. 

Paulo Reglus Neves Freire – por @historia_em_retalhos.

Em 19 de setembro de 1921, há 103 anos, nascia, no Recife/PE, Paulo Reglus Neves Freire, o Paulo Freire, um dos pensadores mais notáveis da história da pedagogia mundial.

Ainda muito jovem, Freire vivenciou a grande Depressão de 1929, experiência que o estimulou a dirigir um olhar de atenção aos mais pobres.

Em 1943, ingressou na Faculdade de Direito do Recife, mas nunca exerceu a profissão, preferindo trabalhar como professor em uma escola secundarista.

Desde sempre, mostrou-se crítico àquilo que ele chamava de modelo “bancário” de educação, que consistia em posicionar o professor como o detentor do conhecimento e o aluno como um simples depositório, uma conta vazia a ser preenchida.

Para Freire, era preciso partir da experiência do aluno e do que ele realmente conhecia, por meio de uma prática dialética, crítica e libertadora.

Em 1963, no município de Angicos/RN, ele e a sua equipe chamam a atenção do país ao conseguirem a proeza de ensinar 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias.

Era a afirmação do seu método!

Ao ensinar a escrever a palavra “trabalho”, por exemplo, discussões outras eram levantadas, despertando-se um interesse bem maior sobre o tema.

Em 1968, lança “Pedagogia do Oprimido”, o seu livro mais famoso.

Para muitos, é a 3.° obra mais citada na área de ciências sociais em todo o planeta.

Com o Golpe de 64, Freire foi preso por “subversão”, por 70 dias, e, depois, enviado ao exílio.

Contemporaneamente, observamos um fenômeno intrigante.

É comum ouvirem-se críticas ao título recebido por Freire de Patrono da Educação Brasileira, por meio da Lei n.° 12.612/12.

Isto é um completo despropósito.

Não podemos permitir, jamais, a desconstrução da figura histórica de Paulo Freire.

Essa visão representa uma investida contra o conhecimento, especialmente, contra o saber libertador e emancipatório.

Paulo Freire, 103 anos.
Paulo Freire universal!
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Mariano Ageu demonstrou força! – por Caio Tavares.

Na noite de ontem(17) o candidato Mariano Ageu(PV) demonstrou para todos sua força e seu apoio enchendo a Maçã Verde de eleitores no primeiro de uma série de bate-papos que agora ocorrerão em outros bairros do nosso município. O jovem candidato ao cargo de vereador, tenta pela primeira vez chegar à câmara municipal. Com um discurso cheio de emoção e força de vontade elevou os ânimos de seus apoiadores que lotaram o espaço de eventos, onde foi realizado com a presença de amigos e autoridades do município este ato político de diálogo direto com o povo.

Caio Tavares – assessoria. 

Na ARENA JB – por Sosígenes Bittencourt.

O homem é escravo do bom tratamento. Houvesse senzala, teria adormecido por lá.
Não foi o preço da despesa, foi o valor do tratamento, da homenagem improvisada, depois que cochicharam minha chegada.

Até a natureza foi cúmplice do luxo e beleza, inspirando com seu ar refrigerado, pra sugerir mais riqueza.

Belas e educadíssimas meninas, treinadas para despertar o apetite do cliente mais exigente.

Cupim Prensado, com Arroz ao Queijo, Batata Frita, Farofa e Caldo de Camarão, Bhrama Chopp ao alcance da mão.

O maitre, fruto de Pirituba, terminou por me oferecer espumejante coquetel de kiwi, confeccionado na gastronomia da casa.

Conjunto de Forró, executando cardápio musical, tipo pé de serra, xote, xaxado, e eu, chegado a xenhenhém.

Depois de recitar o meu nome, a cantora – canora que nem um passarinho – fugiu do palco e veio pousar a minha mesa, ruflando carinho.

Palmas e muito obrigado!

Sosígenes Bittencourt

“Live Política” – estamos de volta…..

No contexto eleitoral em que estamos vivenciando, localmente, mais uma vez,  o Blog do Pilako promove suas entrevistas com postulantes das mais variadas correntes e partidos  políticas, através das já conhecidas e aprovadas “Live Política”. Assim sendo, logo mais às 16h, com novo formato e dinâmica, estaremos entrando no ar. Esperamos todos vocês….

“Noite dos Lápis” – por @historia_em_retalhos

Em 16 de setembro de 1976, há exatos 48 anos, acontecia em La Plata, na Argentina, a famigerada “Noite dos Lápis”.

Trata-se de um dos mais conhecidos e repugnantes atos de repressão da ditadura militar argentina, sob a condução do presidente Jorge Rafael Videla.

A covardia do ato deveu-se à circunstância de que buscou atingir estudantes secundaristas mediante uma série de sequestros e desaparecimentos.

Após o golpe militar de março de 1976, o governo implementou o chamado “Processo Nacional de Reorganização”, um conjunto de ações que tinha por objetivo oprimir as forças de esquerda e quaisquer focos de resistência.

A violência iniciada naquele 16 de setembro foi uma represália à União de Estudantes Secundaristas (UES), isto porque, por meio de manifestações e protestos, a entidade reivindicava reformas políticas e escolares, como o direito ao desconto nas passagens de ônibus para estudantes.

Naquela noite, dez jovens do ensino médio de idades entre 16 e 18 anos (daí a referência à palavra “lápis”) foram sequestrados.

Destes, apenas quatro sobreviveram, sendo seis considerados desaparecidos até hoje.

A ordem do regime foi para que homens mascarados invadissem as suas casas, levando-os para centros de detenção clandestinos.

“Eles nos torturaram com profundo sadismo. Lembro-me de estar nua. Eu era apenas uma menina pequena e frágil e fui espancada por um homem enorme”, disse Emilce Moler, uma das sobreviventes.

Em 1986, esta história foi contada no filme “La Noche de Los Lápices”, dirigido por Héctor Oliveira (baseado no livro de não-ficção de Maria Seoane e Héctor Ruiz Núñez).

35 anos depois, em 2011, quase duas dezenas de oficiais argentinos foram acusados de crimes contra a humanidade por terem participado da Noite dos Lápis.

Entre eles, estava Miguel Etchecolatz, que já cumpria pena de prisão perpétua por outros crimes cometidos como oficial do regime.
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