Instituto Histórico promoveu Cerimônia Solene dedicadas aos 378 anos da Batalha das Tabocas.

O  Instituto Histórico e Geográfico da Vitória de Santo Antão promoveu na noite da quarta-feira (02), véspera do feriado municipal do dia 03 de agosto, Cerimônia Solene em Comemoração aos 378 anos da épica Batalha das Tabocas.

Com a casa lotada de convidados e autoridades, o evento proporcionou uma noite memorável a todos os presentes. Na pauta, além da brilhante palestra proferida pelo jornalista José Edalvo –  “A Importância de Tabocas Para Vitória” – ocorreram condecoração, aposição de fotografias, tomada de posse de novo sócio, apresentação musical e um coquetel.

Registramos como ponto alto de emoção, as homenagens realizadas aos antonenses, já falecidos, Ovídeo de Melo Verçosa Filho e Severina Andrade de Moura, respectivamente.

Fundado em 1950, o nosso Instituto Histórico, entre outras atribuições,  se configura no guardião das melhores práticas de celebração à memória das tradições da nossa gente. Portanto, Viva o Monte das Tabocas! Viva o Instituto Histórico!

Corrida Com História – 378 anos da épica Batalha das Tabocas.

Para celebrar os 378 anos da épica Batalha das Tabocas, ocorrida em 03 de agosto de 1645, em nosso território, na manhã do feriado municipal, participei da 43º edição da Corrida das Tabocas. O referido evento esportivo teve como ponto de partida o Pátio do Livramento e, após circular por algumas ruas centrais, à chegada o nosso Sítio Histórico – Monte das Tabocas – percurso com 12km (média).

Nesse contexto, aproveitamos para produzir mais um vídeo, dentro do nosso projeto cultural/esportivo,  que atende pelo simpático nome de Corrida Com História.

Nessa edição, entre outras informações, realçamos que por ocasião da sua visita à Cidade da Vitória, ocorrida em dezembro de 1859, o Imperador Dom Pedro Segundo esteve no nosso Monte das Tabocas, justamente para conhecer o local em que a tropa luso-brasileira venceu o invasor holandês.

Segue, portanto, o vídeo com a gravação: https://www.youtube.com/shorts/IQCYy1d2Kws

 

Este é Luiz de França – por @historia_em_retalhos.

Se você não o conhece, vou te apresentar.

Nascido em 1.º de agosto de 1901, na rua da Guia, Bairro do Recife, Luiz de França foi uma figura de resistência e o principal líder do maracatu de baque virado, principalmente da Nação do Maracatu Leão Coroado, onde foi mestre por mais de 40 anos.

Conta-se que a Nação do Maracatu Leão Coroado foi fundada em 1863 por ex-escravos e tinha como um de seus diretores o pai de Luiz de França.

Após assumir o Leão Coroado, na década de 1950, o mestre viveu apenas para o maracatu, até a sua morte, em 1997.

Luiz de França era mais do que um Babalorixá: era um Oluô, que, na língua iorubá, significa “sacerdote máximo”.

Ele tinha plena consciência da importância do Leão Coroado como patrimônio cultural do Recife e sempre batia de frente com os órgãos públicos, tecendo críticas à pouca verba destinada aos maracatus tradicionais.

Orgulhava-se de ter o único maracatu a nunca ter ido parar em um museu, em mais de cem anos de existência.

Para ele, os objetos sagrados do maracatu serem recolhidos a um museu não significava a sua preservação.

A preservação somente aconteceria colocando o maracatu na rua, todo ano, todo carnaval.

E foi isso o que fez.

Em reverência à sua luta e à sua memória, o dia 1.° de agosto foi instituído como o Dia Estadual do Maracatu, pela Lei n.° 11.506/1997.
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Marselhesa – por @historia_em_retalhos.

Por que a Marselhesa, um dos hinos mais famosos do mundo, recebe a desconfiança de atletas consagrados?

A atitude é um protesto silencioso contra aquilo que alguns consideram a xenofobia presente na letra da canção.

Em verdade, a crítica remete à história do hino nacional.

Isso porque a Marselhesa é um hino de guerra.

Foi criada em 1792 e popularizou-se durante a Revolução Francesa, especialmente entre as unidades do exército de Marselha, daí porque ficou conhecida como “A Marselhesa”.

O hino é uma exortação militar aos soldados que combatiam na fronteira do país e fala em “combate aos estrangeiros”.

Diz a letra:

“Às armas, cidadãos / formai vossos batalhões / marchemos, marchemos! / Que um sangue impuro / banhe o nosso solo.”

Para muitos, a expressão “sangue impuro” é interpretada como uma referência aos imigrantes e seus filhos, cujos direitos civis vêm sendo cada vez mais ameaçados com a ascensão de grupos de ultradireita na França.

Em um passado recente, o ultraconservador e presidente de honra do partido Frente Nacional, Jean Marie Le Pen, sugeriu que o atacante Karim Benzema (foto) não fosse mais convocado para a seleção francesa por não cantar o hino nacional.

Em sua fúria contra aqueles que não considera “os verdadeiros franceses”, Le Pen chegou a exigir, em 1998, que não fossem convocados à seleção jogadores negros ou de origem árabe.

A colocação é um acinte.

É justamente a essa geração Black-Blanc-Beur (negros, brancos, árabes) que o futebol francês deve os seus principais triunfos no futebol mundial.

Existe atualmente na França uma organização chamada “La Nouvelle Marseillaise”, que defende a alteração da letra para tornar o hino mais apropriado à França moderna, pacífica, multicultural e multiétnica.
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Mulheres na vida e na arte plural de Burle Marx – por Marcus Prado.

 

Neste 4 de agosto comemora-se o aniversário de nascimento de Roberto Burle Marx (1909-1994), o mais influente paisagista do seu tempo, precursor do que se entende de modernismo nesse campo no Brasil, pelo legado de uma nova identidade dessa arte em nível internacional. Sua fama chegou a ser elogiada, pelo pioneirismo de um novo estilo e de uma nova estética do urbanismo, por grandes vultos internacionais, como o celebrado Le Corbisier.

Muito já foi dito nas suas biografias, em numerosos ensaios sobre a sua obra, como pintor e paisagista, referência dentro e fora do Brasil, sobre a facilidade com que manipulava as duas vertentes de criatividade. Diversos estudiosos da obra paisagista de Burle Marx apontam nele o surgimento de uma imposição das formas sobre o olhar do passeante sem precedentes na arte dos jardins. Era a marca da sua genialidade.

Nessa data, quero lembrar mulheres que se tornaram amigas e exerceram grande influência sobre Burle Marx. A primeira, no despertar da sua vocação, foi a mãe, pernambucana do Recife, Cecília Burle, de origem francesa, que o fez amante da natureza, das flores, um iniciado no campo do piano, da pintura e do canto lírico; que o tornou aprendiz e estudioso de mais de um idioma. Depois, foi a alemã de Berlim, Erna Busse. A história começou com chegada do jovem Burle em Berlim, para onde havia sido levado por seu pai, Willheim Marx, judeu alemão nascido em Estugarda e criado em Tréveris (tinha parentesco com Karl Marx), para tratamento de saúde. O pai contratou uma governanta para o menino, a jovem e bela Erna Buss. Na fagulha do primeiro olhar, na troca inicial de abraços, aconteceria o inesperado. Ela teria visto, no perfil do jovem brasileiro, a reencarnação do noivo, morto em campo de batalha, na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Nasceria nesse instante uma amizade pelo filho de Cecilia, vista somente nos versos dos poetas românticos do cânone universal. Era adepta do budismo, acreditava na reencarnação, no “eterno retorno”, um dos mais intrigantes e misteriosos temas da filosofia de Friedrich Nietzsche, na primeira versão do seu quarto livro, que possui o título: A Gaia ciência.

Todos os desejos de Burle Marx, na vida cultural da cidade, seriam realizados. Juntos, visitavam teatros, museus, exposições de Manet, Monet, Renoir, Picasso, Paul Klee, Matisse, dos expressionistas alemães. Naquelas visitas Burle Marx receberia o impacto de Van Gogh. Eram vistos com mais assiduidade no Neuköllner Operarl-Marx-Straße, na Ópera Alemã, na Bismarckstraße, na Gemaldegalerie, no Gropius Bau (Construído por Martin Gropius, mas Burle Marx não teve nada de dadaísta, me parece sempre mais um Paul Klee). Finalmente, no Botanischer Garten und Botanisches /Museum Berlin-Dahlem, jardim botânico de 43 hectares com as suas 22 mil espécies de plantas. Foi ali, com Erna, que nasceria a decisão de Burle Marx dedicar a sua vida ao paisagismo. Pode-se dizer que a semente do Jardim das Vitórias Régias, de Casa Forte, sua obra inaugural no Brasil, nasceu no Jardim Botânico de Berlim. (Minha sensação, quando estive em visita a esse talvez mais famoso jardim botânico do mundo).

A terceira mulher e grande amiga de Burle Marx, na sua maturidade gloriosa e fama internacional, foi a arquiteta pernambucana Janete Costa. A que mais influência exerceu, (na troca de impressões, sugestões, ideias), nos projetos de Burle Marx. Janete e Acácio Gil Borsoi foram como dois irmãos para Burle Marx. (Um dos ambientes mais belos do atelier e galeria do artista, na Barra, foi de autoria do casal Janete e Acácio). Não havia um só projeto de grande porte sem que houvesse o olhar opinativo de Janete.

Entre as pernambucanas amigas de Burle Marx pintor destaco a presença da galerista Bethe Araruna. Ela aceitou o desafio do artista para ser a sua representante oficial no Recife. Tornou-se amiga, figurando no seleto grupo dos que frequentavam a casa do sítio Barra de Guaratiba, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, nos famosos almoços, que reuniam celebridades da vida cultural carioca.

Marcus Prado – jornalista. 

Abelardo da Hora – por @historia_em_retalhos.

Se ainda estivesse entre nós, Abelardo da Hora completaria, hoje, 99 anos.

Não há um único cidadão que, andando pelas ruas do Recife, nunca tenha se deparado com alguma obra deste artista.

Escultor, desenhista, gravador, pintor e ceramista, Abelardo da Hora foi um homem à frente do seu tempo, precursor das artes plásticas em Pernambuco, influenciador de várias gerações.

Suas obras sempre revelaram preocupação social, tendo se notabilizado também pelo estilo próprio com que retratou a temática da mulher, com linhas e curvas inconfundíveis.

Para alguns, teria recebido influência da obra do pintor modernista Cândido Portinari.

Fundou a Sociedade de Arte Moderna do Recife, o Movimento de Cultura Popular e o Ateliê Coletivo.

Deste último (1952), participaram nomes como Gilvan Samico, José Cláudio, Wellington Virgolino e Aloísio Magalhães.

Uma curiosidade é que Abelardo era irmão do grande cantor de carnaval Claudionor Germano.

Além da arte, também teve participação na política, como membro do PCB, até o golpe de 1964, tendo sido figura destacada no processo de redemocratização do país.

Outra particularidade é que foi dele a iniciativa para a aprovação da Lei n° 14.239/80, que prevê a colocação de obras de arte em áreas construídas com mais de 1.000m², transformando o Recife em uma grande galeria a céu aberto.

Em outubro de 2018, a família divulgou uma carta em que esclarecia que todo o acervo pessoal de sua obra, avaliado em R$ 11 milhões, havia sido doado ao estado vizinho da Paraíba, a despeito de ter sido oferecido nas mesmas condições ao estado de Pernambuco.

Ficamos felizes pela aquisição por nosso estado irmão da PB, mas é difícil não se fazerem algumas indagações:

– seria algo tão impossível de conceber que a casa na Rua do Sossego, onde ele morou, poder-se-ia transformar em um memorial, acondicionando as suas obras para os turistas e, especialmente, para as futuras gerações?

– teria o estado de PE dado a Abelardo da Hora o reconhecimento que ele tanto merecia?

As perguntas pairam no ar, até hoje, no imaginário dos seus admiradores.

Mas a sua obra é perene e atemporal.

Abelardo é de todas as horas!
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9 ANOS DA MORTE DO MEU PAI, SIMÔNIDES DA SILVA BITTENCOURT – por Sosígenes Bittencourt

A morte do meu pai foi cercada de jovens chorando. Um pranto que demonstrava o liame sentimental que estabeleceu com seus sobrinhos, netos e bisnetos. Foi a revelação do quanto pode eternizar a memória sentimental dos amparados. Foi isto que foi, o amor doação, a vida, o sacrifício doado à busca de proteção que o amor tanto procura.

O luto ensina mais do que as festas. O luto desperta os sentimentos mais nobres da alma: a compaixão, o perdão, a solidariedade. As festas JUNTAM, mas o luto UNE. As festas promovem ALEGRIA, mas o luto desperta a AJUDA, num entrelaçamento entre dar e receber, que funda a humildade, uma virtude que ensina e engrandece o homem.
Do físico e filósofo francês Blaise Pascal, vem a síntese do sentimentalismo que desanimou e levou a vida do meu pai: A maior carência do homem é poder fazer tão pouco por aqueles que ama.

Simônides queria dar mais. Contudo, sua riqueza era dentro do coração, não no mundo. A riqueza invisível e interior do meu pai o identificava, resumida na sentença latina HOMO DOCTUS IN SE DIVITIAS SEMPER HABET (O homem instruído carrega sempre a riqueza dentro de si).

Tomara que, por influência, seja eu possuidor de alguma riqueza interior que me permita sobreviver aos desafios da existência.

Agora, meu pai, és detentor de um segredo só a ti revelado. Tu eras como nós somos, e nós seremos como tu és. Requiescat in pace.

Sosígenes Bittencourt

São João e a cidade de Pombos: sintonia perfeita!!!

Na Vitória de Santo Antão de antigamente, segundo os livros que contam nossa história, a então “Rua da Lagoa do Barro” – hoje Praça Duque de Caxias – tinha muita lama e camaleão. Os cavalos dos matutos,  carregados com mercadorias, vindo das diversas partes da Zona Rural, não raro, trafegavam enfiando as patas  (até o meio) nas vias lamacentas. Nessa época o comércio da Vitória funcionava também aos domingos,  até às 9h.

Costumava-se,  nas folgas dominicais, os homens de negócio e pessoas financeiramente  confortável,  “matar” o tempo nas matas,  se divertindo com suas espingardas. Carregadas nos ombros em busca dos alvos em movimentos os “caçadores”, por assim dizer, se deslocavam para o lado poente da cidade,  no qual,  havia grande quantidade pombos bravos (asa branca).

Na segunda-feira, nos momentos em que os fregueses no comércio rareavam,  e com tempo de sobra, nas calçadas dos estabelecimentos, as aventuras e as peripécias eram contadas como vitorias aos amigos comerciantes  que não puderam comparecer na empreitada prazerosa. Ao serem questionados, falavam com galhardia: “foi um verdadeiro são joão nos pombos”.

Eis ai, portanto, o motivo pelo qual a nossa vizinha cidade, que um dia foi distrito da Vitória de Santo Antão, recebeu o nome de  POMBOS. Hoje, porém, certamente poucas pessoas de lá sabem,  exatamente,  o motivo pelo qual são pombenses de nascimento.

6ª Festa da Saudade – Orquestra SUPER OARA – 19 de agosto!

Já consolidado no calendário social da cidade o evento dançante, intitulado de FESTA DA SAUDADE, chega para sua 6ª edição. O referido encontro tem como principal proposta reviver os grandes bailes e as grandes festas ocorridas nas sedes dos clubes locais.

Como uma espécie de marca registrada, a principal atração musical do evento é a internacional Orquestra SUPER OARA, comandada pelo artista Elaque Amaral. Antes, porém, os presentes irão saborear os clássicos do rock nacional e internacional com a Banda Vintage Soul.

Faltando pouco mais de 20 dias para o evento, já começamos as entregas das senhas (mesas e camarotes) aos festeiros,  que fizeram suas respectivas reservas com antecedência. Aproveitamos, também, para agradecer ao Engarrafamento Pitú pelo apoio de sempre. Portanto, aperte os cintos com destino ao mais animado encontro dançante que acontece nas terras da República da Cachaça.  

SERVIÇO:

Evento: 6ª Festa da Saudade.

Local: Clube Abanadores “O Leão”.

Data: 19 de agosto.

horário: a partir das 21h. 

Vendas de Mesas e Camarotes: Pilako – 9.9192.5094. 

 

Trânsito Complicado………

Por conta de um serviço realizado pela CELPE, na manhã de hoje (26), ao longo das Ruas Doutor Aloísio Xavier e Senador João Cleofas de Oliveira, Centro Comercial, uma grande retenção no fluxo de veículo foi registrada. Praticamente todo movimento daquelas vias ocorreram  em apenas uma faixa. É oportuno lembrar que as referidas vias é a única opção de deslocamento viário,  passando pelo centro, no sentido Matriz/Livramento.

Mesmo com algumas intervenções pontuais, promovida pelos atuais gestores da  AGTRAN, no sentido do melhoramento da fluidez do tráfego,  no entorno do Centro Comercial, tal qual  a que ocorreu  no cruzamento das Avenidas  Mariana Amália com Henrique de Holanda,  não podemos ser “refém” de apenas uma via – pelo centro – para seguir no sentido Matriz/Livramento – como há muito tempo vem acontecendo.

Nossa cidade,  há muito,  precisa de um “frei de arrumação” na nossa lógica viária. A atual gestão municipal já passou da hora  de se debruçar num macro planejamento para destravar muitos gargalos existentes. Por exemplo: a Rua Silvino Lopes segue “relaxada” enquanto a José Rufino encontra-se “infartada”. Ambas no bairro Cajá e bem pertinho uma da outra. Sem que haja uma ação inteligente para se dividir parte do fluxo daquela localidade. 

O sistema viário de uma cidade feito Vitória de Santo Antão – em crescimento – é uma espécie de obra inacabada, ou seja: precisa-se de intervenções constantes e principalmente que atenda a uma lógica viária, sobretudo pensada no conjunto das pessoas que se deslocam de formas diferentes. Portanto: mãos a obra…..