A vida também precisa de festa e alegria. Sempre programada para acontecer no mês de agosto, não fosse o momento pandêmico, amanhã, sábado, 21, estaríamos vivenciando mais uma Festa da Saudade, animados, claro, pela Orquestra Super Oara.
O nosso último encontro ocorreu em 2019. Em 2020, em plena pandemia, fizemos planos para 2021. Outro “balde de água fria”. Aliás, havíamos agendado para acontecer justamente na noite do sábado de manha (21). Ninguém sabe de nada e o futuro é um mistério. Como dia a música: “…..Eh…do jeito que a vida quer…..”
Mas sonhar, planejar e acreditar é algo que devemos fazer sempre! Assim sendo, esperoque em 2022 estejamos prontos e animados, livre de qualquer praga ou pandemia, para celebramos a vida, juntos com os familiares e amigos em mais uma edição da tão esperada FESTA DA SAUDADE.
Segue, abaixo, o vídeo oficial do nosso último encontro, nos salões do Clube Abanadores “ O Leão”. Vale a pena recordar…
Padre Pita nasceu no dia 18 de fevereiro de 1885, em Coruripe, cidade alagoana. Aos 18 anos ingressou no Seminário de Olinda. Em 1911 foi ordenado presbítero em cerimônia presidida por dom Luís Raimundo da Silva Brito. Sua primeira missa foi celebrada na Matriz de Santo Antão que tinha como vigário seu primo, o padre Américo Vasco.
Nordestino cabra da peste da cidade de Marechal Deodoro do Estado de Alagoas. Formado em violão clássico pelo Centro de Belas Artes de Maceió – AL. Já se apresentou ao lado da renomada violonista Rosinha de Valença, figura importante da nossa Música Popular Brasileira.
É com muita alegria que recebemos pela segunda vez o nosso convidado, cantor, compositor e violonista Cicinho Lolão em nosso Cantinho do Bar Brasil. Tenho sempre dito… um bom filho retorna a casa dos seus pais e um bom músico, retorna ao Cantinho do Bar Brasil.
Criando pela Lei nº 12.130/2009, o dia nacional consagrado ao historiador é uma referência direta à data de nascimento do pernambucano Joaquim Nabuco. A celebração de hoje, 19 de agosto, é para ser mesmo comemorada. A pessoa que se dedica ao ofício aludido – mais que em qualquer outra disciplina – configura-se num eterno estudante, ou seja: não existe fato histórico “pronto e acabado”.
Assim como a civilização, ao longo do tempo, a maneira e os “caminhos” para estudar e alardear os fatos históricos também sofreram e continuam sofrendo mutações. Assim sendo, novas olhares, novos entendimentos, novas ferramentas devem nortear o grande objetivo dessa rica e fascinante disciplina: fazê-la alcançar e ser acessível, na prática, ao grande público.
Interpretar os grandes acontecimentos históricos é a regra. Mas a grande sacada é colocar o ouvinte dentro do fato. Esse é o desafio. Interação e conexão. Todos os dias são históricos!
Assim sendo, do “centro meu mundo”, na qualidade de profissional da área, procuro, dentro daquilo que alcanço, dialogar, nessa temática, ao máximo com os conterrâneos, na possibilidade de transformar toda sociedade. Todo cidadão que conta a sua história, a história da sua família, da sua rua ou do bairro é um historiador em potencial.
Viva aos historiadores. Em espacial, viva aos que escreveram a historia local, sublinhando o nome do Mestre José Aragão.
Por ocasião do lançamento do segundo volume do nosso “Livro Apelidos Vitorienses” fiz questão de registrar o momento da entrega do convite ao amigo Babai Engraxate, um dos nossos “apelibiografados”, naquela ocasião. Aliás, por ser um vitoriense mais conhecido pelo apelido do que pelo próprio nome sua participação nesse projeto literário tornou-se algo imperativo.
Pois bem, nesse contexto, destacamos o amigo Babai Engraxate, anos depois do seu falecimento, noutra coluna do nosso jornal eletrônico: Arquivo e Memória.
Por mais de seis décadas o amigo Babai exerceu a profissão de engraxate. Tendo como “ponto comercial” a Avenida Mariana Amália, o mesmo tornou-se uma espécie de “cartão postal” do lugar. Quebrador de bronca nas mais inusitadas situações, o Amaro Henrique da Silva – nome de batismo – sempre foi bastante requisitado por ser ousado e corajoso.
Amigo de todos e bem humorado, Babai também foi um espetacular dançarino. Certamente, com alegria, os mais antigos devem recordar das apresentações nos palanques armados na Praça Duque de Caxias, em plena “semana pré-carnavalesca”, formando par com as famosas “vedetes” que vinham do Recife. Quem dançava e requebrava era ele!!!
Assim sendo, hoje, dedicamos a nossa coluna – Arquivo e Memória – ao nosso inesquecível e original Babai Engraxate. Ele também “é peça” importante do nosso rico acervo sobre a cidade, coletada nessa última década de atividade ininterrupta em que consiste, entre outras coisas, numa espécie de “diário da cidade”.
Vídeo gravado para o Livro Apelidos Vitorienses II – há 5 anos.
Após um longo período “enclausurado” na capital federal, Brasília, em função dos agudos efeitos da pandemia, o antonense Adelson Cardoso começou circular pelo Brasil. De passagem por Pernambuco, fez questão de pisar no seu torrão, Vitória de Santo Antão.
Bom de papo, festeiro e com a “mão aberta” antecipou ao professor Pedro, presidente do nosso Instituto Histórico, o dia e a hora no sentido de convidar a diretoria da “ Casa do Imperador” para compartilhar com ele uma boa prosa, regada ao melhor do que existe no conceituado Restaurante Carnes & Galletos. O nosso último encontro se deu de maneira remota, através de uma LIVE dentro do projeto “Maio Antonense”. Adelson é desse antonenses que não esquece sua terrinha.
Os livros são jardins de delícias. Cada livro ou matéria é uma flor de cores diferentes exalando seu próprio perfume. Bem aventurados aqueles que amam os livros, “livros à mão cheia”.
Em momentos de acabrunhamento e tristeza em que o mundo parece ficar de cabeça para baixo enfrentando uma avalanche dos valores éticos e morais, uma corrida desenfreada atrás do ter; uma valorização do indivíduo pela posse. Mergulhado no epicentro deste ciclone, procuro agarrar-me ao que nos resta de positivo. Ergo a fronte e eis que surge uma esperança. Um ponto minúsculo, numa luz difusa mas constante; um dedo mágico indica-me um jovem estudante antonense.
De olhar macio, lépido caminha entre os canteiros do jardim em minha direção. Alguém que ama as letras, que colhe belas flores do saber. Não é excepcional, mas é gratificante. Sávio Aquino de Mello, nascido em 2003. Quem é Sávio? que exemplo passa-nos este jovem?
Sávio, filho de Severino Aquino de Mello e de Nádia Maria Silva Mello enfrentou por iniciativa própria uma maratona de vestibulares. Submeteu-se a 12 concursos, sendo aprovado em todos. Como diz ele: um leque de aprovações, um leque de opções. Sávio, aluno exemplar, hoje cursa Direito na UNICAP. Conversei com Sávio. Sereno transmite-nos paz e esperança de um mundo mais justo.
O estudo é uma chave para a realização e a felicidade. Ao despedir-nos, deixou-me esta mensagem de fé e otimismo: “nunca desista de seus sonhos, por conta de pessoas ou situações. Foque seu principal objetivo e siga em frente. Tenha Deus acima de tudo. Tenha fé, pois é Ele quem nos dar força. O caminho é longo, árido e cheio de obstáculos. A vitória é o galardão dos que combatem. Recolha as pedras do caminho e faça delas a base para construção da sua estrada”;
hoje (17), para falarmos de política em geral e suas perspectivas para 2022, o deputado estadual Aglailson Victor.
Dentro da pauta, o jovem deputado que carrega no nome uma tradição familiar, nessa sua primeira legislatura, entre apresentados e aprovados, emplacou PL. Vinculado ao grupo do PSB, há décadas, Victor aposta na candidatura do ex prefeito Geraldo Julio para liderar o processo de 2022. Para a vaga do senado, não visualiza à volta do grupo senador Fernando Bezerra Coelho. Sobre a atual gestão municipal, disse haver avançado, mesmo com os cofres cheios de dinheiro. Para o próximo pleito, perguntado na possibilidade do ex prefeito Aglailson Junior disputar um mandato de deputado federal, deixou no “ar’ a possibilidade em 50%.
A FAMAM – Faculdade Macêdo de Amorim tem a satisfação de comunicar a AUTORIZAÇÃO de mais um curso: PEDAGOGIA, que obteve NOTA MÁXIMA DO MEC. Isso mesmo! Na FAMAM, PEDAGOGIA é CONCEITO 05 DO MEC! Somos a única Faculdade, em Vitória e região, a oferecer o curso de PEDAGOGIA COM CONCEITO 05 DO MEC! Portaria nº 855, de 12 de agosto de 2021, publicada no Diário Oficial da União em 13.08.2021. AQUI, A FAMAM LIDERA!!!!!! Escolha FAMAM – VOCÊ CONHECE, VOCÊ CONFIA!
Esse dia tem como objetivo conscientizar a população da importância de preservar a sua história. O patrimônio histórico representa a identidade de um povo e a da sua cultura. Logo, precisamos saber respeitar nosso patrimônio, para que gerações futuras entendam o que vivemos hoje.
O amanhã será estudado pelo que deixamos para as próximas gerações. Nosso patrimônio cultural físico e imaterial gerarão estudos. Podemos melhorar as populações futuras diante do que respeitamos hoje. Ame a sua cultura e busque levar para a próxima geração um aprendizado cultural em prol do crescimento emocional de um povo livre que respeita o próximo.
Respeite o presente para que possamos viver um futuro melhor. Respeite seu patrimônio histórico e saiba dar o seu valor. Vida que segue com o respeito do patrimônio histórico.
Olá, está começando mais uma transmissão do nosso podcast Cantinho do Bar Brasil. O seu espaço literário edição 181.
O Projeto Chá da Vida Brasil, realizou no dia 7 de agosto sua terceira Ação Solidária na Provincia de Luanda Angola para um grupo de Idosos em situação de rua, através do nosso Coordenador Bernardo José. Para cada Concurso Literário realizado pelo Projeto Chá da Vida Brasil, aplica-se uma ação solidaria. O Núcleo Luanda/Viana serviu um delicioso almoço e contemplou aos idosos a entrega de donativos (roupas e sandálias). O evento contou com o apoio do Colégio Gilberto Gerard para ocupação do espaço. Projeto Chá da Vida Brasil “A Arte que se transforma em Ações Solidárias”.
Hoje iniciamos o IV Concurso Literário Categoria Melhor Poema Angolano da Província Benguela/Catumbela sob coordenação do Poeta Justino Tchanja, o desafio da Ação Solidária para esse Núcleo será uma homenagem para as Mulheres de Angola. O primeiro candidato a se apresentar se chama David Miguel João Paulo.
Na programação dessa edição apresentaremos o nosso convidado de honra o escritor pernambucano Elton Dantas.
Participação Especial:
O Poeta Juá Duceará – Juazeiro do Norte –CE;
Escritora Luh Veiga – DF Assessora do Projeto Chá da Vida Brasil;
LIVE bate-papo – “Deputados da Terra”, terça-feira (17), às 17h.
Definido por sorteio, o deputado estadual Aglailson Victor (PSB) ocupará a “tribuna” da live do Blog do Pilako nessa semana, dentro do projeto “Deputados da Terra”. Na pauta, além das ações do atual mandato, abordaremos um pouco do cenário político nacional, estadual e local assim como o “xadrez eleitoral” para 2022.
Live bate-papo – “Deputados da Terra” – Aglailson Victor.
Muitas cidades brasileiras, a exemplo de Vitória de Santo Antão, Pernambuco, (Lei Municipal no.195, de 18.4.1916), homenageiam em suas ruas, António da Silva Jardim, nascido em Capivari, Rio de Janeiro, em 18 de agosto de 1860. Foi no Direito, ainda nos tempos de calouro, que já expunha o ideário republicano. Em 1 de dezembro de 1882, aos 22 anos formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela faculdade do Largo São Francisco, de São Paulo.
Excelente orador, abraçou as causas políticas e republicanas. Em 15.11.1889, comemorou a República. Disputou a presidência e foi derrotado, em 15 de setembro de 1890. Resolveu se afastar da vida pública e viajou à Europa com a esposa e o filho mais velho. Pretendia estudar a área de finanças. Fixou-se em Paris. Conheceu vários países. No dia 1 de julho de 1891, em uma excursão a Itália, resolveu visitar as ruínas de Pompéia, cidade destruída pelo vulcão, ao lado do amigo Carneiro de Mendonça e o guia Casciello. Partiram a cavalo, às 3 da tarde , rumo ao Vesúvio. Depois, a pé, chegaram ao cume do montanha. Eram sete da noite. Embora advertido que o vulcão estava em erupção, Silva Jardim insistiu em ver de perto a cratera. De repente, surgiu um forte abalo. Uma fenda abriu -se. Carneiro e o guia conseguiram se salvar, mas Silva Jardim desapareceu no abismo e uma coluna de fumaça empoeirada surgiu da fenda onde o brasileiro desapareceu.
Em Paris, sua esposa grávida do quarto filho, esperava a volta do marido. A notícia repercutiu na imprensa brasileira, de Portugal, Itália e França. Aos 31 anos, quando se preparava para voltar ao Brasil, onde o povo pedia seu retorno a política, o personagem considerado como um dos mais influentes tribunos republicanos durante o Império, mas preterido pelos que assumiram o poder em 15 de novembro de 1889, morria tragicamente na Itália.
“A República, como diz a palavra, é a coisa pública, de todos, é o governo do público, dos que vivem numa mesma época, o regime do bem público”. Silva Jardim. O livro de título, Silva Jardim, primoroso texto da pesquisadora Maria Auxiliadora Dias Guzzo é obra imprescindível para conhecer esse Brasileiro Maior.
Mesa animada – Restaurante “O Chalé” – no registro, Vado Candeeiro, Flávia Verçosa, Moisés Sales, Tadeu Lourenço e Josinal Tavares. Final da década de 70 (1970).
Ontem, dia 15 de agosto, estive em Serra Negra. Antes dei uma parada no Museu da cidade do Bezerros que funciona na antiga estação ferroviária. O Museu divide-se em duas alas: uma dedicada aos PAPANGUS, a outra à memória da cidade. Ala dos Papangus: impressionou-me o acervo, sua distribuição e a beleza das máscaras. Parabéns aos organizadores. O outro setor merece maior atenção do poder público local. Presenteamos os companheiros do Bezerros com um exemplar do nosso Catálogo – Catálogo do Instituto Histórico.
Seguimos para Serra Negra objeto maior desta crônica. Boa frequência, considerando sobretudo a época. Quais atrações oferecia o Sítio ou Parque Ecológico? Nenhuma; apenas bares e restaurantes. Reportemo-nos ao nosso Monte das Tabocas. O que vi em Serra Negra não serve de modelo e exemplo. Repito: bares e restaurantes. Deixou-me triste a invasão de prédios comerciais e residências, enodando a bela paisagem.
Já é tempo dos nossos gestores se mobilizarem e resgatarem nossa relíquia histórica. Insistiremos. Não nos cansaremos. Bateremos na tecla indefinidamente. Comecemos pela segurança e recuperação do espaço invadido. Outras propostas deverão ser analisadas por técnicos da área, discutidas pela população e incorporadas paulatinamente.
O desafio continua hercúleo. Lançar livro numa cidade que sequer tem uma livraria para colocá-lo à venda. Mas a vida de escritor “amador” é movida por sentimentos e , assim sendo, anuncio, agora, que a mais nova edição do nosso projeto literário – Apelidos Vitorienses – ganhou mais um volume. Trata-se do Livro Apelidos Vitorienses III.
Já em fazer de impressão na CEPE – Companhia Editora de Pernambuco – já estou planejando o evento de lançamento para a primeira quinzena de setembro. Em tempos pandêmicos, faremos sua apresentação e eventual venda de maneira bem diferente das anteriores.
Com efeito, promoveremos a primeira “LIVE DE AUTÓGRAFOS” da história da nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão –, que no tempo pretérito já se auto intitulou de “Atenas Pernambucana”.
Em breve, através do blog a também pelas redes sociais, estaremos “provocando” os amigos e as pessoas simpáticas à leitura no sentido da participação. Aliás, espero contar com todos que se sentirem “provocados”.
Nessa terceira edição “apeliobiografamos” mais 25 antonenses que são mais conhecidos pelos apelidos do que pelo próprio nome:
Babão – Bad Léo – Baiano – Batata – Bico Doce – Billy Show – Biuzinho do Chuchu – Boca – Capitão Biu – Chico Dentista – Cristovão – Dino – Professor Dodó – Gigi – Keke – Mané Exprementa – Marluce do Cajá – Pinha – Preto – Ratinho – Ternurinha – Vira Bicho – Zé da Mula – Zé do Posto – Zito dos Fogos.
Para efeito de lembrança, abaixo, os nomes dos “apeliobiografados” nas edições anteriores:
Volume I
Americano – Batfino – Baleado – China Contador – Doutor da Oficina – Fernando Diamante – Furão – Giba do Bolo – Heleno da Jaca – João de Qualidade – Lavoura – Mané Mané – Manga Rosa – Matuto – Nanãe – Natal do Churrasquinho – Olho de Pires – Paulinho Moleza – Pilako – Pindura – Pirrita – Toco – Tonho Tripa – Torto – Zé Catinga.
Vídeo oficial do lançamento do volume I.
Volume II
Babai Engraxate – Novo da Banca – Pea Preta – Branca – Gongué – Veio Eletricista – Brother – Bambam Água – Zé Ribeiro – Regis do Amendoim – Val – Pirraia do Feijão – Pituca – Júnior Facada – Pezão – Moreno – João Potó – Touro – Lino – Eraldo Boy – Cocota – Castanha – Miro da Cachorra – Nininho – Neném da Joelma.
Vídeo oficial do lançamento do volume II.
Portanto, em breve, estaremos postando mais detalhes do lançamento do Livro Apelidos Vitorienses (volume III), realçando dia, formato, preços e demais detalhes da inédita “LIVE DE AUTÓGRAFOS”. O desafio continua. Já são 75 vitorienses catalogados nessas aventura literária criativa, inclusiva e acima de tudo divertida.
No dia 3 de agosto do corrente ano, a Matriz de Santo Antão festejou NOSSA SENHORA DA VITÓRIA. A data e a SANTA são motivos referentes à vitória dos luso-brasileiros contra os flamengos. Muitos fieis presentes, inclusive piedosos políticos, que contritos suplicavam a proteção divina. É o segundo ano em que se festeja, de maneira particular, a Mãe de Jesus. Padre Maurício Diniz tomou esta iniciativa com o intuito de cravar nos antonenses esta devoção à MARIA. Torçamos para que haja continuidade. Monsenhor Maurício sairá de Santo Antão com uma bela página escrita de fé e piedosa devoção. Os fiéis e o sucessor do vigário tem uma grande responsabilidade: manter viva a prática tão carinhosamente resgatada pelo Monsenhor. Os gestores municipais falam em incorporar a prática ao calendário religioso-profano do município.
Dando uma busca nos antigos alfarrábios do Instituto encontrei uma matéria que trata da benção das imagens de Nossa Senhora da Vitória e de Santo Antão.
“No dia 25 do corrente (maio de 1880; observe que a cerimônia ocorreu um mês antes da Hecatombe), às 3 e meia da tarde, na Igreja do Livramento, reunidas cerca de mil pessoas, tocando a banda de música, com a assistência de quatro padres, realizou-se a benção das imagens do padroeiro Santo Antão e da Excelsa Senhora da Vitória. Precedeu às cerimônias da benção um discurso análogo proferido pelo padre Galdino Soares Pimentel, que desenvolveu com eloquência o que é a religião, qual os proveitos que dela auferimos e rapidamente descreveu a vida dos santos que motivaram a festa. Sua Reverendíssima portou-se na tribuna como verdadeiro sacerdote, despido do fanatismo jesuístico. Terminou declarando que as imagens, durante oito dias, ficariam em exposição e que os fiéis deviam concorrer conforme pudessem, com um óbulo que seria aplicado à continuação das obras da Matriz. Terminaram as manifestações religiosa e popular às cinco e meia da tarde. Muitos dos senhores paraninfos deram logo suas espórtulas cuja relação damos hoje princípio a publicar”. (Periódico “A Convicção” – 29 de maio de 1880).
Padre Marcolino que tomou a frente da construção da Matriz reabriu suas portas ao culto no dia 29 de junho de 1881. As imagens foram conduzidas para a Matriz debaixo de grande manifestação religiosa. Uma multidão de devotos lotou o pátio da Matriz. A procissão, debaixo de chuva, aconteceu às 5 horas da tarde conduzindo as imagens do Livramento para a Matriz de Santo Antão. “Ao chegarem as imagens à nova Matriz, o templo regurgitava de povo, muito satisfeito por um acontecimento tão faustoso”.