LIVE bate-papo com o Psicólogo Clínico vitoriense Cleiton Nascimento – Tema: “A Saúde Mental – um ano de pandemia”.

LIVE com o tema: ” A Saúde Mental – um ano de pandemia”- erros e acertos –  sexta-feira (19), às 17h.

Convidamos para construir conosco esse momento o Psicologo Clínico vitoriense – espacialistas em saúde mental -,  Cleiton Nascimento. Entre outros assuntos, abordaremos a questão do impacto das  mudanças  na vida das pessoas,  após  um ano de pandemia. 

Live Bate-papo – Saúde Mental – um ano de pandemia. 

Terça-feira – 19 de março– às 17h.

Transmissão pelo Blog do Pilako.

Vereador André Carvalho questiona a prefeitura….

Por volta das 20h de ontem (17), através do espaço dedicado aos comentários,  o vereador André Carvalho  registrou algumas indagações, no sentido da nota emitida pela prefeitura,  relacionada ao descarte das ossadas no cemitério local. Abaixo, segue o comentário:

Quer dizer que a prefeitura estava ciente, desde janeiro, que a gestão anterior fez o descarte ilegal das ossadas? A pergunta que a prefeitura deve responder é: foi feita a denúncia em relação a essas ilegalidades?”

 

LIVE 89 – ao vivo – com o vitoriense Zito de Galileia sobre o seu livro – “A História das Ligas Camponesas”.

Recebemos para uma LIVE, hoje (16), o escritor vitoriense, no sentido de comentar sobre o  conteúdo  do Livro “A História das Ligas Camponesas”, Zito de Galileia.

Catalogado na historiografia antonense como um dos fatos  mais importantes o surgimento das “Ligas Camponesas” nas terras do Engenho Galileia configura-se  num marco na luta agrária da América do Sul e, consequentemente, do Brasil. “Seu” Zito de Galileia, neto de “Zezé de Galileia” – um dos baluartes do movimento –  é um personagem que viveu essa história.

ASSISTA A LIVE COMPLETA AQUI.

Espaço Parlamentar: Centro Acadêmico recebe emendas e investe em placas fotovoltaica

Na última sexta-feira (12), chegaram ao Centro Acadêmico de Vitória (CAV), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), as placas fotossensíveis. Os equipamentos foram angariados a partir da emenda participativa indicada pelo deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE), e com intermédio do vereador André Carvalho (PDT), de R$ 1,2 milhão.

De acordo com José Eduardo Garcia, diretor do CAV, o objetivo final dos equipamentos é montar uma usina fotovoltaica, para assim gerar uma economia para a Universidade. “A expectativa é que a gente consiga zerar a nossa conta de energia”, comentou o professor e diretor do CAV, José Eduardo Garcia.

“A importância desse investimento para a faculdade federal é que ele vem totalmente ao encontro do programa de sustentabilidade da universidade, não só ambiental mas a busca de um equilíbrio financeiro”, detalhou.

O projeto foi apresentado por professores e direção do Centro para o deputado federal Túlio Gadêlha (PDT), com mediação de André Carvalho (PDT). Para o vereador, o projeto é essencial. “Vai ser o primeiro centro da UFPE sustentável energeticamente. É um projeto essencial num momento de crise econômica e cortes de gastos públicos”.

O CAV abriga seis cursos e recebe cerca de 1,7 mil alunos. O dinheiro economizado poderá ser empregado em iniciativas como projetos de ensino, pesquisa e extensão para os próprios discentes do Centro Acadêmico.

“Estamos vivendo um momento de recessão completa e essa economia de recursos com a energia solar certamente vem muito boa hora”, apontou o diretor do Centro.

Assessoria de imprensa. 

Há exatos 88 anos, Martha de Hollanda tornava-se a primeira pernambucana com direito ao voto.

Em 15 de março de 1933, a escritora e ativista entrava para a história do Estado e plantava uma semente que outras mulheres viriam a colher no futuro

Março é conhecido, internacionalmente, como o Mês da Mulher. Diversas movimentações e reivindicações por direitos ecoam por todo o mundo, especialmente no período. Salários mais justos, garantias trabalhistas e melhores condições de vida são algumas das pautas que, ano a ano, são discutidas. Um marco decisivo para a história do empoderamento feminino, especificamente para as pernambucanas, aconteceu no dia 15 de março de 1933, quando Pernambuco assistia à primeira mulher a ganhar o direito ao voto no Estado: a escritora e ativista Martha de Hollanda Cavalcanti revolucionou as estruturas da sociedade e plantou a semente do ativismo político; hoje, 88 anos depois, outras mulheres colhem os frutos.

Nascida em Vitória de Santo Antão, em 1903, Martha de Hollanda é historicamente conhecida por sua luta em favor da causa feminina no início do século 20. Pesquisadores apontam que, entre os anos 1920 e 1930, período da juventude da ativista, a sociedade sofria intensas influências do patriarcalismo, em que jovens e senhoras eram condicionadas às vontades dos homens – principalmente nas cidades do interior de Pernambuco.


Martha não se deixava abalar. Luciene Freitas, pesquisadora e responsável pela biografia “Uma guerreira no tempo – Um resgate de uma época, Martha de Hollanda e Delírio do Nada” (2003), não poupa detalhes ao descrever a personalidade corajosa e determinada da ativista. “Ela era uma pessoa à frente do seu tempo. Contestava o ensino, contestava as roupas, usava vestidos sem manga e curtos, sem meia, fumava, bebia, tinha amizades com homens e fazia saraus com intelectuais. Eram coisas que chocavam naquela época. Tanto que essa liberdade rendeu um falatório sobre ela na cidade”, explica.

Os direitos, consequências diretas dos movimentos reivindicatórios femininos, apenas começam a ser absorvidos em larga escala a partir dos anos 1940, em todo o mundo. Até então, no contexto pernambucano, a mulher era preparada para ser mãe, esposa e, no máximo, as mais afortunadas aprendiam piano e francês, como pontua Luciene. A escritora comenta que Martha de Hollanda tocava um pouco o instrumento, mas não com destreza: “Ela não obedecia a esses ritos”.

História no ativismo

Ainda aos 28 anos, Martha fundou a Cruzada Feminista Brasileira, um movimento pernambucano de conscientização política feminista. Ele tinha o objetivo de instruir mulheres, de todas as camadas da sociedade, sobre os seus papéis. As integrantes do coletivo mantinham constante contato com outros grupos feministas de outros estados e com com nomes importantes para a história, a exemplo de Nísia Floresta (RN) e Bertha Lutz (SP), que lutavam pelo mesmo ideal.

Os discursos de Martha, líder da Cruzada Feminista, foram tão bem divulgados que, pensando em ampliar o número de simpatizantes, os pensamentos sufragistas do movimento foram impressos em diversos jornais da época e transmitidos pela Rádio Clube, que, no início dos anos 1930, era a única emissora do Norte-Nordeste.

Em relação aos direitos das mulheres, ela era pra frente”, afirmou Luciene Freitas. Martha chegou a se candidatar, sem partido, a deputada, porém não venceu. “Ela queria que as mulheres tivessem instrução, que tivessem direitos, como ao voto. Alguns até diziam que ela era tão articulada que ultrapassava o marido”, complementou a pesquisadora. A militante foi casada com o também escritor José Teixeira de Albuquerque, residente da cidade de Pombos, com o qual não teve filhos.

Direito ao voto
Foi a partir das movimentações da Cruzada Feminista que alcançou o título de primeira eleitora de Pernambuco. Inicialmente, ela solicitou, junto ao juiz Dr. Felinto Ferreira de Albuquerque, que seu nome fosse incorporado à relação de eleitores de Vitória de Santo Antão. O recurso foi aceito pelo juiz, porém o tribunal não acatou a sentença, indeferindo o processo. Mas, como a biógrafa bem discorre em seu livro, Martha era determinada.

Em nome da Cruzada, foram enviadas várias cartas às autoridades do tempo, inclusive ao então presidente do Brasil, Getúlio Vargas, a fim de que a decisão de Felinto Ferreira fosse mantida. Ela se apoiava no fato de que as mulheres já podiam votar em 40 países e um estado brasileiro – Rio Grande do Norte. Luciene Freitas comenta que ninguém soube ao certo como e quem autorizou a inclusão de Martha à lista de eleitoras da sua cidade, mas assim aconteceu: em 15 de março de 1933, aos 30 anos, Martha de Hollanda Cavalcanti tornou-se a primeira mulher com direito ao voto em Pernambuco. Para Luciene, nós devemos muito a mulheres como Martha. “Elas ficaram com estigma na sociedade porque ousaram romper com as regras do tempo”. 

Além de articuladora política, Martha foi uma escritora e agitadora cultural. Em 1930, aos 27 anos, ela publicou a primeira e única obra, “O Delírio do Nada”. Logo no início, Martha de Hollanda escreve: “O Meu livro é o cartaz do meu eu na esquina da geração que passa”. Para Luciene Freitas, o livro de ensaios é “uma caminhada frenética de uma pessoa que está buscando o amor”, que também conta com reflexões geradas a partir da morte precoce do seu irmão. Tal trabalho rendeu-lhe comentários e críticas nacionais e internacionais. Ela também costumava escrever poemas, alguns, aliás, eróticos. Alguns desses escritos estão disponíveis na biografia.

Além disso, a escritora sempre teve participação ativa nos movimentos culturais de sua cidade, organizando saraus. Inclusive, recebeu, em sua casa, figuras nacionalmente notórias na época, como a poetisa Adalgisa Neri, as irmãs e atrizes Linda e Dircinha Batista e grandes cantoras da Era de Ouro do rádio brasileiro.

Orgulho da família

Para Diva Hollanda, de 33 anos, é um orgulho carregar um pouco dessa história no seu sangue. Ela é prima de 4º grau de Martha de Holanda. “Ter uma mulher tão importante na minha família, que foi exemplo de determinação, revolução e coragem, para mim, é uma grata satisfação”, comenta a cirurgiã-dentista.

“Em casa, sempre me falaram dela como sendo uma pessoa muito à frente do seu tempo, tanto no agir como no pensar, e isso até chocava a família na época”, comenta Diva. Sua avó sempre falava de Martha como sendo uma pessoa que se destacava por sua inteligência e por não seguir as regras da época. “Não era recatada, jamais foi do lar e não se inibia em conversar com homens, o que era moralmente errado”, pontua.

Diva acredita que sua parente mostrou que as mulheres devem ter vez e voz, além de serem valorizadas e inseridas na esfera pública. “Com as atitudes dela, ela mostrou a importância de ser uma mulher inovadora e que vai atrás dos seus direitos. Acho que temos que ser assim, não aceitar submissão de quem quer que seja. Ela é muito presente para mim”.

Outros frutos

Hoje em dia, as sementes plantadas pela ousadia de Martha de Hollanda floresceram. Outras vitorienses veem na atividade política um mote para suas existências. Para Herika Araújo, ativista e produtora cultural, Martha quebrou paradigmas culturais, inspirou e fortaleceu as lutas por igualdade  de gênero em todo o País.

Herika e a amiga Bruna Morais, que é bacharel em Direito, formam a Vitoriosas, uma chapa coletiva 100% que concorreu à prefeitura de Vitória de Santo Antão em 2020. Agora, juntas, atuam como plataforma nas redes sociais de educação política e empoderamento feminino.

É motivo de orgulho dizer que somos da mesma cidade que a primeira mulher que lutou e exerceu esse direito de voto em Pernambuco. Nossa cidade tem figuras e histórias incríveis, que infelizmente são pouco conhecidas”, aponta Bruna.

A lei 9.504, conhecida como Lei das Eleições, criada em 1997, prevê uma cota eleitoral de gênero mínima de 30% para mulheres, com o objetivo de diminuir a disparidade entre homens e mulheres na política. Mas foi apenas em 2018 que a recomendação se tornou obrigatória.

Apesar disso, Bruna se sente esperançosa quando pensa no lugar da mulher na política. “Me parece que, atualmente, o eleitor vê uma candidata mulher de forma positiva, passa maior credibilidade, eficiência. E isso é visto na prática. No âmbito federal, por exemplo, na última legislatura, tínhamos 9% de mulheres na Câmara dos Deputados e, nesta, temos 15%. Estamos vendo que os países governados por mulheres estão sendo mais eficientes no combate à pandemia”, comenta.

Matéria –  Jornal Folha de Pernambuco. 

LIVE bate-papo com o vitoriense Zito de Galileia sobre o seu Livro – “A História das Ligas Camponesas”.

LIVE dedicada ao conteúdo do Livro ” A História das Ligas Camponesas” – avanços e retrocessos ao longo da história  – terça-feira (16), às 17h.

Convidamos para construir conosco esse momento o autor do livro e neto de um dos lideres do movimento, Zito de Galileia. Entre outros assuntos, abordaremos os detalhes, avanços e retrocessos ocorridos a partir da nossa cidade, Vitória de Santo Antão, lá nas décadas de 1950/60. 

Live Bate-papo – Livro a História das Ligas Camponesas. 

Terça-feira – 16 de março– às 17h.

Transmissão pelo Blog do Pilako.

Pandemia do Novo Corinavírus: o primeiro decreto estadual nos “pegou” na Cachoeira do Urubu.

Ontem, 11 de março de 2021, completou um ano que a OMS – Organização  Mundial da Saúde – classificou a doença, causada pelo novo coronavírus, como uma pandemia. Reconheçamos que até então nós, simples mortais,  pouco sabíamos, na prática, à gravidade de um problema dessa magnitude. A “ficha” não caiu de imediato. Aliás, inicialmente, por uma questão natural, chegamos até minimizar o problema.

Passados os primeiros 365 dias desse processo,   o caos insiste em não nos abandonar. Nesse contexto,  o pior sobrou para quem se foi precocemente, deixando uma dor profunda nos que perderam uma pessoa amada e inesquecível. De maneira geral, a vida não ficou mais fácil para ninguém e a nossa  “aldeia” – Vitória de Santo Antão -, idem.

Não obstante havermos aprendido bastante nesse período  – um ano de pandemia -, atualmente, no Brasil, estamos vivenciando um dos piores momentos. É bem verdade que com menos incertezas, como no inicio do processo. Pelo menos a vacinação em massa, atualmente, já é uma solução concreta que aponta na direção de uma das  soluções. Claro que  nem tão cedo deixaremos de contar os estragos desse traumático episódio. Com efeito, descobriu-se,  também,  que  do ponto de vista de sociedade civilizada ,  ainda estamos apenas engatinhando.

Em terras tupiniquins a pandemia do novo coronavírus foi ainda mais agravada por conta de  um jogo de narrativas que mais confundiu  que esclareceu a população –  outras tantas vítimas do vírus que não foram infectadas. Tudo isso foi,  é e será aprendizado. No próximo  domingo, dia 14 de março, completar-se-á um ano do primeiro decreto restritivo do estado de Pernambuco momento em que, na prática,  fomos apresentados a esse “novo tempo”.

Cabe uma pergunta: em que lugar e que condições você estava quando tomou conhecimento das primeiras medidas efetivas de combate ao novo coronavírus?

Por ironia, eu, juntamente com o grupo da “Corriola da Matriz”, numa manhã/tarde do sábado de 14 de março de 2020,  efetivávamos  mais uma “Missão Cultural”, essa,  à Cachoeira do Urubu, localizada na vizinha cidade de Primavera. Tempos bons…….

 

Praça da Restauração: pedras já estão afundando……

A nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão – foi desbravada pelo português Diogo de Braga,  em 1626. Segundo consta nos livros que narram a nossa história, tudo começou a partir do que hoje  conhecemos como “Pátio da Matriz”. O tempo passou e no entorno da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Livramento surgiram  outras comunidades. Foi só a partir da segunda metade do século XIX que o bairro do Livramento começou ganhar forma.

Já bem povoado e com espaços residenciais e comerciais consolidados, como por exemplo o Pátio dos Currais, o bairro, no transcorrer  das seis primeiras décadas do século XX, começou ganhar o seu principal conjunto de praças. Nesse contexto, exatamente em janeiro de 1954, pelas mãos do então prefeito Manoel  de Holanda “nasceu” a Praça da Restauração – uma homenagem direta às comemorações do tricentenário do importante fato histórico que ficou catalogado como “Restauração Pernambucana”.

Muito bem, por ocasião da “recente” reforma ocorrida no citado equipamento público – Praça da Restauração –  na segunda gestão do Governo de Todos (2013/2016), além de outras observações, à época, aqui pelo blog, questionei à retirada das pedras do piso da praça, pois,  as mesmas, por serem  material de excelente qualidade e estarem em perfeito estado de conservação, no meu modesto entendimento,  poderiam muito bem ser mantidas. Lembremos que foi investido nessa obra, algo em torno de 2 milhões de reais do dinheiro do contribuinte.

Resumo da ópera:

Hoje,  pela manhã, ao caminhar pela aludida praça – Praça da Restauração e que algumas pessoas teimam em chamar  de “Praça do Jacaré” – observei que, com mais ou menos 7 de anos de uso, o piso já começou a ceder e se soltar, ou seja: com uma chuvada forte tudo poderá ir de água abaixo, já que esse material é encaixado ou coisa que o valha….

Apenas a titulo de comparação:

o piso da obra que foi realizada pelo prefeito Manoel de Holanda, com mais ou menos 70 anos,  encontrava-se  em perfeito estado de uso e conservação. Atualmente, com pouco mais de 7 anos de aplicado esse tal  material,  ao que parece, se não houver uma rápida intervenção, já já a “vaca” irá para o brejo……

OSMAN LINS E JORGE AMADO: O ELO AMERICANO -por Ronaldo Sotero.

Quem poderia unir o escritor vitoriense Osman Lins (1924-1978) e o baiano Jorge Amado(1912-2001)? O responsável desse elo é o professor da Universidade de Queens, em New York, o americano Gregory Rabassa, falecido aos 94 anos, em 2016, considerado o tradutor-mor da literatura latino-americana. De Osman ele traduziu Avalovara e de Amado, Capitães da areia.

Além dos dois escritores nordestinos, Rabassa traduziu de Machado de Assis (Quincas Borba e Memórias Póstumas de Brás Cubas). A ucraniana Clarice Lispector também foi traduzida pelo mestre americano. Não é para qualquer um ter a dimensão internacional do vitoriense nascido na Rua do Rosário, bairro da Matriz, Osman Lins, traduzido, inclusive para outros idiomas, a exemplo do francês e alemão. A Universidade de Brasília mantém o núcleo de estudos osmanianos, através da professora Elizabeth Hazin.

Em 2016, a Unicamp (Universidade de Campinas) adotou como livro do seu concorrido vestibular, a peça “Lisbela e o prisioneiro”, de autoria do escritor vitoriense. Ele é considerado um dos três maiores escritores do romance latino americano, ao lado do Prêmio Nobel, o colombiano Garcia Márquez e do argentino Júlio Cortázar, na visão do professor Gregory Rabassa. Em destaque, os livros Avalovara e Capitães da Areia com as edições em português e inglês.

O reconhecimento dos vitorienses ao seu escritor maior através da leitura de sua obra é, sobretudo, gesto de grandeza a quem levou o nome de sua cidade ao mundo em vários idiomas.

RONALDO SOTERO. 

Mudanças nos ônibus: pontuou positivamente a prefeitura/AGTRAN….

Hoje, dia 10 de março de 2021, é um dia histórico para o funcionamento do nosso trânsito e, em particular, à mobilidade urbana –  diretamente ligada ao transporte público de passageiros.

Em editorial do Jornal “ O Vitoriense” (28 de fevereiro 1966), com o título “A Cidade Cresce”, o ex-prefeito Mestre Aragão, há exatos 50 anos, entre outras coisas, disse: “Quer o vitoriense ter uma visão panorâmica da cidade? Suba os morros que a circundam, nos diversos bairros, distenda a vista pelos quatro pontos cardeais, ou então, a sobrevoe numa das aeronaves do Aeroclube local”.

Uma pena que nas últimas décadas os prefeitos que comandaram a cidade não tenham conseguido enxergar que Vitória cresceu e  avançou,     tornando-se  um lugar com característica de metrópole,     não mais suportando  ser gerida tal qual  uma cidadezinha do interior. Não à toa, ostentamos o título de Capital da Zona da Mata.

Refiro-me, pontualmente,  à  acertada medida do prefeito Paulo Roberto, através do diretor da AGTRAN, Marcelo Torres, em modificar a lógica do transporte  local, ou seja: que os ônibus que circulam na cidade devem ter como ponto de partida e chegada o bairro de origem. As vias centrais – super movimentadas, sobretudo em horários de pico –  é espaço, apenas, para circulação. Evidente que essa operação, inicialmente, trará algum tipo de transtorno aos passageiros.

Imagino que para a prefeitura/AGTRAN tomar essa iniciativa, certamente já deve ter estudado  a melhor forma de enquadrar o “novo terminal” no bairro, com informações como  local, horário, itinerário e etc.

Outra coisa que também deve ser “mexida” é nos horários: antes, boa parte  dos  ônibus “partiam” do centro  ao mesmo tempo (para não ter seus passageiros “roubados”), causando assim um constante congestionamento desnecessário. Quero crer que esse detalhe também já foi observado.

O transporte coletivo de passageiros  em nossa cidade  sempre foi um “buraco negro”: poucas informações, sem regras claras e sem o menor respeito aos usuários.  As novas tecnologias estão disponíveis para um melhor aperfeiçoamento do sistema. Desde o inicio do nosso jornal eletrônico –  intitulado Blog do Pilako –  que produzimos conteúdo sobre essa questão – transporte público -, inclusive, por ocasião das “Live(s) com os candidatos a prefeitos e vice da Vitória (em 2020), cobramos de todos  os postulantes um posicionamento sobre essa questão.

Hoje, portanto, é um dia histórico. Doravante, tenho a absoluta certeza, que nenhum gestor da nossa cidade, mais adiante, tenha coragem de desfazer  essa ação, hora  empreendida pelo diretor AGTRAN, senhor Marcelo Torres. Para concluir, contudo, não podemos imaginar que as coisas serão solucionadas com apenas uma mudança estrutural. O quesito “Mobilidade Urbana” é algo dinâmico e sempre haverá mudanças e melhoramentos por fazer. Parabéns pela atitude de hoje.

Bolsonaro e Lula: entendimento pelas lentes do “Código de Hamurabi”.

 

Sob todos os pontos de vista, a recente notícia de que o ex-presidente ou mesmo ex-presidiário,  Luiz Inácio Lula da Silva, doravante, é um homem livre merece uma série de retoques e analises. Mas, independente de qualquer coisa,  não deixa de ser uma “virada de mesa” surpreendente. Por incrível que possa parecer, a volta do expoente máximo do petismo ao tabuleiro político, no atual contexto, é um excelente e extraordinário  negócio para as duas correntes  políticas antagônicas, hoje representadas  pelo “bolsonarismo” e o  “lulismo”.

Por condições óbvias não me atreverei a fazer qualquer analise técnica no sentido do arcabouço jurídico vigente que embasou tal reviravolta, muito menos  sobre o conjunto de motivação do eminente ministro da nossa  suprema corte que “meteu a caneta”,  monocraticamente,  nessa parada. Não, não tenho a menor condição técnica! Mas,  na condição de brasileiro comum, tal qual a esmagadora maioria dos leitores dessas linhas, não fiquei indiferente ao recente acontecimento jurídico que certamente entrará para a história da nossa república.

Na qualidade de civilização pós-iluminismo,  já chegamos à lua, já estamos nos preparando para “turistar” em Marte, somos capazes de mutações genéticas e transplantes inimagináveis,  já estamos vivendo num mundo globalizado em rede e tantas outras coisas maravilhosas  que desfrutamos,   no contexto cientifico.  Tudo isso nos fornece um inequívoco atestado da evolução civilizatória.

Já com relação à evolução da natureza humana,  apesar de tantos bons exemplos (coletivos e individuais), as vezes, tenho a impressão que desembarcamos  numa estação qualquer, na inexorável viagem na linha do tempo. Com efeito, viajemos  à Mesopotamia ( espaço geográfico que corresponde, hoje, ao Iraque), ao “tempo” do Rei Hamurabi – 1792 a 1750 a.C.

Por lá, 282 Leis regulavam aquele “mundo” – hoje, visto como a mais antiga legislação que conhecemos  – uma espécie de origem do direito.  A chamada Lei de Talião é o ponto fundamental  e principal do conhecido código – Código de Hamurabi. O termo – Talião – vem do latin “talionis”, que significa “como tal” ou “idêntico”. Daí é que surge  a expressão: “ olho por olho, dente por dente”.

O curioso e interessante desse  famoso  “arcabouço jurídico”, por assim dizer, é que sua aplicação, na essência, distinguia   as classes sociais, ou seja: olho por olho, dente por dente não  se aplicava  isonomicamente  entre os diversos  entes que compunham a sociedade de então, formada basicamente por “awilu” (poderosos), mushkenu (povo) e wardu (escravos de guerras).

Voltando ao episódio jurídico que recoloca o ex- presidente Lula no jogo político –  por enquanto. O contexto em que as coisas aconteceram  pareceu-me  ser um desses lances do velho  “Código de Hamurabi”, ou seja: “eles lá,  sabem muito bem o que fizeram“.  O entendimento da Justiça Brasileira não é algo para principiantes,  muito menos  para nós,  povo e simples mortais  que somos obrigados a  conviver  com uma justiça lenta, cara, ineficiente e muitas vezes injusta. Em terras tupiniquins, ao que parece,  o velho “Código de Hamurabi” continua em voga.  Isto é: “cachorro grande”  só pode brigar e se entender com similares…………. O resto é  resto……...