140 anos – Nossa Matriz de Santo Antão- por Manoel Carlos.

Nossa Matriz de Santo Antão é algo que comove a todos os Vitorienses. É bela!  É imponente! Sua arquitetura nos eleva extremamente. Só lamento o Altar não ser mais o do tempo em que foi erigida: padres influenciados pelo modernismos (movimento que vem destruindo a beleza de nossos rituais e arquiteturas católicas) simplesmente destruíram o Altar original – que dizem foi muito piedoso e “bonito”.

Graças a Deus os altares laterais ainda permanecem, MESMO QUASE NUNCA USADOS AOS LONGO DOS TEMPOS. Que nesta DOMUS DEI, possamos cada dia mais nos converter de verdade e descobrir o que Santo Antão descobriu no seu dia-a-dia.

Manoel Carlos – internauta do Blog do Pilako. 

“Seu” Jairo Cajú: um ser humano extraordinário e um boêmio cheio de talento!

No inicio da noite de ontem (29), através de uma postagem no whatsapp do comunicador Cristiano Bassan, tomei conhecimento do falecimento  do amigo Jairo Cajú. O conhecia há muito tempo. Mas foi por frequentarmos, nas tardes de sábado, o Restaurante Varanda do Tadeu  que oportunizamos-nos  o estreitamento da nossa sincera, frutífera  desinteressada amizade.

“Seu” Jairo foi contemporâneo do meu pai, Zito Mariano. Aliás, diga-se de passagem: por quem nutria respeito e boas lembranças. Nosso bate-papo, sempre pontuado por dosagem moderada de bebida alcoólica, era uma delícia. Ele, animado e educado, contava boas histórias dos tempos da mocidade.

Boêmio de primeira linha, “Seu” Jairo gostava de cantar. Em várias oportunidades postei suas  ”apresentações”-  em  vídeo –   aqui no blog. Em ocasiões especiais, tais como algumas das suas comemorações natalícia, convidado por ele, fiz questão de marcar presença.

Vez por outra, o mesmo gostava de me presentear. Certa vez passou na redação do blog para ofertar-me uma dúzia de limão especial. Outra vez, me levou uma garrafa de “misturada”. “Seu” Jairo  era uma dessas pessoas do bem. Desses filhos  de Deus que colocou os pés na terra para fazê-la um lugar melhor para todos. Minhas eternas saudade do amigo Jairo Cajú.

140 anos da Matriz de Santo Antão – por Jean Michell

Hoje é dia de celebração para o povo Antonense, é dia de celebrar um grande presente dado por nossos antepassados, hoje, 29 de junho de 2021, se completam 140 anos da inauguração do maior cartão postal do município da Vitória, a suntuosa Igreja Matriz de Santo Antão. Antes de falar sobre o nosso atual templo, vale ressaltar que essa é a terceira igreja elevada em honra a Santo Antão.

Em 1626 “uma modesta Ermida de taipa, construída por Diogo de Braga” serve como local para o Santo Sacrifício, vindo a ser incendiada pelos holandeses quando da invasão em 1645. Logo em seguida, a devota população desta porção se une para erguer um novo templo, maior que o anterior, que veio a servir como Matriz a partir da criação canônica desta paróquia.

Em 1874 a velha Matriz foi demolida e foram lançados os alicerces para a construção de um novo templo. A nossa majestosa Matriz de Santo Antão foi idealizada pelo arquiteto italiano, Frei Francisco Maria de Vicenza, da Ordem dos Capuchinhos, que havia vindo ao Brasil com a finalidade de construir a Basílica de Nossa Senhora da Penha, no Recife. O responsável pela construção da nova Ermida também foi um capuchinho italiano , o Frei Cassiano de Comachio, sendo a pedra fundamental da nova igreja, lançada no dia 27 de setembro de 1874. Enquanto a Matriz de Santo Antão estava em construção, passa a ser Matriz provisória a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos homens pretos, mas, devido a hecatombe ocorrida dentro do referido templo em 27 de junho de 1880, a matriz provisória passa a ser a Igreja de Nossa Senhora do Livramento dos homens pardos, até o dia 29 de junho de 1881.

O dia para se inaugurar tão suntuoso templo foi escolhido com muito cuidado e atenção. No dia em que se celebra o príncipe dos apóstolos, o primeiro Papa da Santa Igreja, era entregue a população um digno local de oração e devoção. Ao raiar do dia, as bandas de música entoavam alvoradas festivas pelas ruas da cidade, anunciando o tão solene e esperado dia, as 10h o mui digno pároco, Cônego Marcolino Pacheco do Amaral se dirige a porta principal do Igreja, dignamente paramentado, a multidão de fiéis tomava todo o pátio da Matriz. Com grande solenidade, proferiu a benção ao novo templo. Enquanto a população erguia brados de gratidão e vivas, girândolas subiam aos ares, os sinos repicavam e bandas marciais executavam lindas peças musicais. Logo em seguida, o reverendo pároco ingressa na recém abençoada igreja para celebrar o Santo Sacrifício, respeitando a liturgia da Santa igreja é cantada a missa dos Santos Apóstolos.

Na tarde daquele mesmo dia, ocorreu o solene translado das imagens da Matriz provisória para a nova Igreja Matriz. O belo e longo cortejo saiu da Igreja do livramento precedido pelas pias irmandades existentes no nosso município, trazendo a frente suas cruzes processionais e tochas, além das bandeiras e estandartes que as identificavam. Eram elas: Irmandade das almas, Irmandade do Santíssimo Sacramento, Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dia homens Pretos, irmandade de Nossa Senhora do Livramento dos homens pardos, irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, Irmandade do Bom Jesus dos Passos, entre outros movimentos e associações que também marcaram presença. Logo em seguida, eram trazidas as imagens do nosso Glorioso Padroeiro, Santo Antão, de Nossa Senhora das Vitórias, e a imagem do príncipe dos Mártires, aquele que nos proteje da peste, fome e guerra, São Sebastião. A multidão afluía de todos os cantos da cidade para participar de tão grandiosa comemoração, girândolas e mais girândolas subiam aos céus, 2 bandas marciais acompanhavam o solene cortejo que se dirigia para a nossa atual Matriz, ao chegar ao novo templo, era nítido no rosto de cada Antonense a alegria, o júbilo, a satisfação por um feito majestoso, brados e vivas expressavam tamanha alegria pelo momento que ficaria marcado pelos séculos seguintes na história da cidade.

Para concluir as celebrações, o Cônego Marcolino se dirige ao Púlpito e profere um belo discurso direcionado ao grande ato ocorrido naquele dia, após suas palavras, o Santíssimo sacramento foi solenemente exposto e foi recitado o solene Te Deum em ação de graças pelo grande feito, foi dada a benção com o Santíssimo Sacramento, concluindo assim os solenes atos pela inauguração do templo. A Matriz de santo Antão está intimamente ligada com a história da nossa cidade.

Grandes sacerdotes já passaram por ela, Cito aqui alguns: Cônego Marcolino Pacheco do Amaral, Cônego Bernardo de Carvalho Andrade, Monsenhor Américo Vasco, Padre Pedro de Souza Leão, Monsenhor Américo Pita e Monsenhor Renato, sendo o 20° Pároco e tendo passado mais de meio século a frente desta paróquia. São 800m quadrados de suntuosidade, em estilo neoclássico, sendo composta pelo Altar amor é mais 6 belos altares laterais, a Matriz de Santo Antão encanta a todos que a visitam pela sua beleza, tendo construída em estilo neoclássico, vale ressaltar a beleza das cornijas e capitéis que ornam a Matriz, além de belas imagens que ornam o presbitério e as capelas larerais. Cabe a nós hoje sermos gratos aos nossos antepassados e erguemos aos céus uma prece de gratidão por termos um dos mais belos templos do interior pernambucano em nossa cidade, mantendo vivas nossas belas e seculares tradições. Dentro desse clima festivo, já sentimos o gostinho de celebrar daqui a mais alguns anos os 400 anos de devoção ao Nosso Padroeiro, Santo Antão.

Jean Michell – paroquiano da Matriz de Santo Antão. 

SÃO PEDRO – por Sosigenes Bittencourt.

São Pedro, segundo a tradição, teria morrido em cerca de 67 d.C., e foi um dos doze Apóstolos de Jesus.

O seu nome original não era Pedro, mas Simão. Cristo apelidou-o de Petros – Pedro, nome grego, masculino, derivado da palavra “petra”, que significa “pedra” ou “rocha”.

Jesus ter-lhe-ia dito: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e o poder da morte não poderá mais vencê-la.

Pedro tem uma importância central na teologia católico-romana. É considerado o príncipe dos apóstolos e o fundador, junto com São Paulo, da Igreja de Roma (a Santa Sé), sendo-lhe reconhecido ainda o título de primeiro Papa.

PAPA quer dizer: Pedro Apóstolo, Príncipe dos Apóstolos.

Sosigenes Bittencourt

“Corrida Com História” – os 140 anos do “novo” Templo da Matriz de Santo Antão.

O “Corrida Com História” de hoje, 29 de junho, realçou  o aniversário de 140 anos da inauguração do terceiro e “novo” prédio da Matriz de Santo Antão. Sua construção começou   em 1874. Nesse período, a Igreja do Rosário serviu como “matriz”. Com o fechamento da do “Rosário”, em 1880, em função dos desdobramentos do evento sangrento que ficou conhecido como “Hecatombe do Rosário”, a então “Capela do Livramento” foi o único “espaço santo” disponível aos trabalhos religiosos dos católicos antonenses.

Após muito comprometimento  e um sem números de  promoções, no sentido da arrecadação financeira para cobrir as despesas da obra, mesmo sem haver sido totalmente concluída, às 10h do dia 29 de junho de 1881, uma multidão se espremeu no Pátio da Matriz para, ao som do pipocar das muitas girândolas, do repique do sino e de uma banda de música, finalmente, as portas do imponente templo foram abertas aos fiéis.

Às 17h, do mesmo dia, apesar da chuva, uma procissão, saindo da então Capela dedicada a Nossa Senhora do Livramento, rumou à Matriz com as imagens do Padroeiro, Santo Antão, Nossa Senhora das Vitórias e de São Sebastião. Evidentemente que toda essa movimentação contou com  toda liturgia católica.

Noite de São João: os fogos “peitaram” as leis dos homens…..

Os festejos juninos se configuram na maior manifestação popular do Brasil. Os nortistas, pela fé ou espírito festeiro, são os protagonistas pela construção desse verdadeiro patrimônio imaterial nacional. Na Vitória de antigamente os atos religiosos, por parte dos brincantes,  nesse contexto  (São João), eram tão importantes quanto os outros elementos.

Nas últimas décadas, no rastro da agenda de outras cidades, nosso lugar (Vitória) procurou  “levantar” a bandeira do São João para grandes plateias. Para alguns, o melhor caminho. Para outros, eventos sem identidade e um verdadeiro “ralo” para o dinheiro público. O fato é que os gestores de plantão passaram a “jogar” suas fichas nesse modelo de festa sem se preocuparem com dia de amanhã, ou seja: o que fica de concreto quando Marília Mendonça desliga o microfone? 

Na noite do último dia 23 de junho, noite apoteótica do referido ciclo festivo, registramos o Pátio de Eventos Otoni Rodrigues deserto. Claro que o mesmo deveria permanecer deserto. Pelo segundo ano seguido, os desdobramento da pandemia do novo coronavírus  nos impôs um quase silêncio absoluto nessa questão (festa e aglomerações).

Apesar dos impedimentos legais, compreensivos e necessários, tais como  proibição de festas e fogueiras,  poderíamos dizer que em nossa cidade a tradição dos fogos de artifícios “peitou” as leis dos homens,  riscando assim os céus antonenses.

De dentro de casa, por exemplo, na noite do dia 23, o São João não passou-me  em branco por conta das guloseimas de milho e dos estampidos dos fogos, este último pontualmente vetado, mas não cumprido pelos “tradicionalistas”:   ou não fiscalizado corretamente  ou muito menos  coibidos  por quem de direito.

Assim sendo, irmanados na fé que embala o ciclo junino ou mesmo no desejo de cair no verdeiro  arrastapé,  esperamos celebrar e festejar, em 2022, os três santos com muita alegria – Viva Santo Antonio, São João e São Pedro……

Gratidão – por Jodalvo Sampaio Couto.

Severina Moura, Professora Severina Moura foi e sempre será um marco para a cidade de Vitória de Santo Antão. Hoje,  minha mãe me disse o seguinte:

“Severina foi um marco de mulher que ajudou e conduziu outras mulheres. Uma das mulheres mais importante que conheci, pois tinha na sua luta do ser a base de transmitir as outras o seguinte tema: seja quem você quer ser”.

 

Severina Moura –  professora Severina Moura –  foi,  sim,  e sempre será um marco de sonhos. E hoje só temos que agradecer. Muito obrigado, professora….

 

Jodalvo Sampaio Couto – advogado. 

“Hecatombe do Rosário” – documentário já disponível no youtube.

Com o patrocínio do Governo do Estado e apoio do nosso Instituto Histórico e Geográfico da Vitória de Santo Antão, o amigo e produtor cultural Djalma Andrade produziu, anos atrás, um documentário – Hecatombe do Rosário – realçando um dos fatos políticos mais relevantes da história da nossa aldeia.

No dia de ontem, 27 de junho, data que marcou os 141 anos do referido evento político/sangrento, ocorrido nas dependências da Igreja do Rosário,  justamente em 27 de junho de 1880, foi disponibilizado o filme no youtube para todos os internautas.

Para os que desejam conhecer mais um pouco da nossa rica história, que em 2026 chegará aos quatro séculos, sugiro o vídeo, abaixo, postado.

“Corrida Com História” – os 10 anos do Blog do Pilako.

Aproveitei-me  desse nosso projeto  original – Corrida Com História -, que conjuga  duas expressões humanas  (atividade física e história na prática)  e as transformam em um produto  único  e sem data de validade, ou seja:   informação imperecível . Assim sendo, hoje, nas primeiras horas da manhã, alardeei  que o nosso jornal eletrônico, intitulado de Blog do Pilako, comemora 10 anos de  ininterrupta trajetória no contexto jornalistico local.

Parece que foi ontem! 25 de junho 2011 (foto), num final de tarde de sábado,  que acionamos o play para sair da fase interna  de teste, no sentido de   impulsionar  o  nosso conteúdo para torna-se visível aos internautas,  nos quatro cantos do planeta. Já naquele tempo (há dez anos),  e ainda hoje,  repito a mesma cantiga: o Blog do Pilako é único dentre os incontáveis endereços eletrônicos espalhados pela rede, isto é,  conteúdo genuinamente antonense.

De lá pra cá, tecnicamente, muita coisa mudou. Certa vez, ainda no inicio da década passada, numa palestra sobre tecnologia em que marquei presença,  disse o conferencista,   para uma plateia exclusivamente de blogueiros: “daqui a alguns anos todo mundo vai virar  blogueiro”.

Precificara, o mesmo,  que as redes sociais, de maneira geral, transformariam  usuários  em “repórteres” ávidos por produzirem “notícias”. Se no tempo do “reinado” do impresso o “furo” configura-se no orgasmo das redações, na  era da “Fake News” difícil é separa o joio do trigo: mentiras de verdades…..

Assim sendo, exibindo um “musculoso acervo”  de conteúdo de toda ordem sobre nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão –,  com exatas 26.565 postagens, distribuídas nas mais diversas colunas, tentarei, na próxima semana –  para não deixar esse texto muito longo –  produzir postagens realçando, em tópicos, esse primeiro decênio da nossa  atividade jornalística, por assim dizer.

Antecipadamente, obrigado a todos pelas palavras incentivadoras, sempre  acompanhadas  dos mais  calorosos e efusivos parabéns. #Vamosimbora….

Viva as festas juninas – por por Jodalvo Sampaio Couto.

O amor às festas juninas movimentava Vitória no passado. Tínhamos palhoças em vários pontos da cidade. Cada morador levava uma comida típica da época e tudo era dividido entre todos. Boa lembrança de uma criança, hoje adulta.

Lembro-me de uma palhoça que sempre se fazia presente em frente à casa de D. Terezinha de Sitonho. Corríamos para lá, era uma festa só. Brincávamos com fogos e sempre havia uma banda tocando uma boa música. Pense em uma época maravilhosa.

Hoje vivemos uma fase diferente. A pandemia do COVID-19 causou milhares de mortes no mundo todo. É necessária a responsabilidade para que não nos aglomerarmos e não trazermos para nosso ar impurezas. Assim, não devemos fazer festas e fogueiras.

O amor ao próximo é a responsabilidade com o próximo. Ame seu semelhante e traga a sua população conceitos de desenvolvimento pautados na ajuda do pensar em prol de uma unificação social. Saber aguardar acabar essa fase da pandemia é necessário.

Vamos viver essa época maravilhosa com muita responsabilidade.

Viva as festas juninas.

Jodalvo Sampaio Couto – advogado. 

Live 104 – ao vivo – Especial São João – “Quadrilhas Estilizadas” – com Hérika Araujo, Bombom e Sandro Sorriso.

Recebemos para uma LIVE Especial de São João ,  na tarde de hoje (16), no sentido de falarmos do movimento das “Quadrilhas Estilizadas” da nossa cidade, três artistas atuantes no seguimento: Sandro Sorriso, Hérika Araujo e Ricardo Silva (Bombom).

O Sandro Sorriso, hoje com mais de 50 anos de idade, iniciou na atividade como “marcador de quadrilha” ainda com 17 anos, no seu bairro de origem, o Maués. Com bastante experiência, aproveitou para relembrar pessoas importantes que fizeram parte da história das quadrilhas juninas na nossa cidade.

Hérika Araujo, produtora cultural,  dançarina de quadrilha e roteirista ” consagrada dos “casamentos das quadrilhas”,  entre outras providências, alertou para o cumprimento do plano municipal de cultural, no sentido de fazer prevalecer essa atividade na Vitória, que já foi bastante saliente.

O premiado coreógrafo, figurinista e também “marcador”, Ricardo Silva – mais conhecido como Bombom, lembrou que para as quadrilhas juninas estilizadas/recriadas ganharem espaço novamente na nossa cidade, as mesmas devem ter um trabalho de base (escolas) e também ser abraçadas pelo poder público.

ASSISTA A LIVE COMPLETA AQUI.

As bodas de prata da saudade – por José Aragão – há exatos 74 anos.

Com o pseudônimo de Justino d Ávila, escreveu o mestre Aragão, para a edição do jornal “O Vitoriense”, em 23 de junho de 1947. há exatos 74 anos. 

1922. Quase que se pode dizer: ontem. Entretanto, que diferença tão grande para este tempo junino?

Reporto-me aos meus catorze anos, para recordar as encantadoras noites consagradas aos três santos juninos, com as quais os vitorienses desse tempo enfeitavam a vida da mais delicada e enternecedora poesia.

À frente de quase todas as casas da cidade, ardiam as fogueiras, simetricamente erguidas, fazendo ressaltar entre as chamas crepitantes as palmas de dendê e as bandeiras de papel.

Raríssima a residência em cuja sala principal não estava imponentemente confeccionado o altar de São João! Altar cheio de flores, onde a tarlatana e o prateado da armação lhe davam uma imponência especial. Velas acesas, incenso e cânticos religiosos em louvor ao maior dos precursores. Depois do exercício religioso, os fogos de salão: o craveiro, o diabinho, o mosquito, o busca-pé, com a sua “faixa’ clássica e impressionante, os balões…

À noite, todas as mesas confraternizavam na mesma disposição e no mesmo aspecto. Pobres ou ricas, ninguém lhes distinguia o sabor, pois o tempo não lhes permitia distinções nos cardápios  e nem sequer nos paladares: canjica, pamonha, pé-de-moleque, tudo de milho, tudo ao coco, tudo em manteiga…

Nas casas da cidade, entretanto, os festejos se diferenciavam nas danças e “cantigas”. Tanto naquelas entre si, como nas modestas vivendas dos arrabaldes. De uma dessas residências urbanas, saía o vozeiro alegre da criançada:

“Capelinha de melão

É de São João,

É de cravo, é de rosa,

É de manjericão.”

E de outra casa contígua:

“No altar de São João

Nasceu uma rosa encarnada.

São João subiu ao céu

Foi pedir pela casada.”

E o estribilho, uníssono:

“São João!

Nosso pai, nosso doce, nosso bem

Quem não venera São João

Não venera mais ninguém.”

Já na residência fronteiriça, as moças e os rapazes, formando uma enorme roda, de mãos dadas, cantavam alvoroçadamente, estridente e animadamente:

“Lesou, lesou!

Ora vamos vadiar

Cavalheiro deixe a dama

Ora vamos vadiar

Que esta dama não é sua

Ora vamos vadiar!”

E nos subúrbios, nas casinhas humildes, eram o bomboleio  rítmico do “coco” na “cantiga” dolente da gente simples “do mato”:

“Vamos pegá e só cá mão

Qui hoje é dia de São João”

O resfolegar das sanfonas, as quadrilhas e os xotes…

25 anos de recordações ameníssimas. 25 anos de bondade e inocência, que passaram e que os asfaltos, a eletricidade, o “jazz”, os coquetéis e os “shows” não deixam mais voltar. 25 anos dos nossos avós, dos nossos pais, da nossa meninice!

25 anos atrás, quando São João era o santo do Brasil e o Brasil a terra de São João. 25 anos …25 anos!… Bodas de prata de saudade!”

“Feira do Milho”: a pedida pela “mão” foi de R$25,00.

Na manhã de hoje, 23 de junho de 2021, por volta das 9h, a pedida pela “mão de milho” era de R$ 25,00 (vinte e cinco reais). Por mais um ano a Praça Leão Coroado foi interditada para o trânsito de veículos para abrigar o tão tradicional e  concorrido “mercado do milho”.

Em mais um ano pandêmico, em que as restrições sanitárias “travaram” os festejos juninos da maneira  que  aprendemos a celebrar  – nossa mais genuína tradição nordestina – fica-nos a impressão de a festa não aconteceu. Mas, no que se refere à rica culinária, pelo menos, essa poderá ser  bem comemorada.

Na referida feira, observamos que os fregueses  estavam cumprindo uma das recomendações das autoridades, ou seja: o uso de máscara. Já os “negociantes” do milho, nem tanto. 

Assim sendo, para nós,  nortistas, como bem falava “Rei do Baião”, Luiz Gonzaga, vivenciar dois “Dia de São João”,  seguidos,  sem a tão necessária aglomeração é algo nunca antes imaginado. Redobremos a esperança e  a fé, no sentido de que estaremos todos vivos, para celebrar os festejos juninos de 2022. Viva o São João!!

Live bate-papo do São João – “Quadrilhas Estilizadas” – com Hérika Araujo, Bombom, Carlos Nascimento e Sandro Sorriso.

LIVE  bate-papo sobre o São João –  “Quadrilhas Estilizadas”  -,  amanhã, quarta-feira (23), às 17h.

Para construir conosco esse momento convidamos um time de primeira na atividade (Quadrilhas Estilizadas). Hérika Araujo (produtora cultural, roteirista e dançarina), Carlos Nascimento ( Dançarino, Coreógrafo e Marcador), Ricardo Silva – Bombom – (produtor, aderecista, figurinista e ex marcador) e Sandro Sorriso (marcador e produtor cultural). Entre outros assuntos, falaremos da importância desse movimento na nossa cidade. 

Live Bate-papo –  Especial São João  – “Quadrilhas Estilizadas”. 

Quarta-feira – 23 de junho – às 17h.

Transmissão pelo Blog do Pilako.

Na Vitória de Santo Antão os “500” mil mortos tem rosto, nome, histórias e endereço…..

No último sábado, dia 19 de junho de 2021, o Brasil contabilizou meio milhão de vidas dragadas pela Covid-19. Uma marca expressiva que foi sendo construída de pouco a pouco. Desde março de 2020, ponto de partida dessa praga em terras brasileiras, especialistas alertavam para a gravidade, mas, convenhamos, nem mesmo o mais pessimista dos comuns acreditava nesse caos generalizado.

Nesses poucos mais de quinze meses pandêmicos, na qualidade de sociedade, aprendemos muito. E porque não dizer: amadurecemos bastante. Do ponto de vista pessoal, por assim dizer, novos capítulos foram escritos em todas as áreas, sobretudo na reinvenção da própria sobrevivência. Indiscutivelmente, uns mais outros menos, o  velho conceito de “intocável” foi revisto.

Na nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão -, paralelamente no  mesmo tempo e espaço, contabilizamos 276 cadáveres. Todos, devido aos protocolos sanitários, sem direito às últimas e tão necessárias homenagens devidas. Para nós, antonenses, mesmo sem ser indiferente aos irmãos brasileiros e até planetários, a COVID-19 tem nome, rosto, história (passado e futuro)  e endereço.

A luz no final desse túnel escuro, desse deserto escaldante e desse labirinto de incertezas atende pelo nome de vacina. Precisamos estancar outra praga que atende pelo nome de desinformação sistemática. A pandemia é um problema global, mas se cada um fizer a sua parte poderemos salvar mais um, que poderá ser você, eu ou algum dos nossos.

Com Bruno Clemente e Alleph Miquéias a minha “maratona dos sonhos” começou a ganhar forma!!!

O nosso objetivo não é uma missão fácil. Aos 53 anos desejo cruzar a linha de chegada de um desafio emblemático nos quatro cantos do mundo, ou seja: concluir uma maratona (42,195 km). Com isso em mente calcei o tênis e danei-me a correr. Logo vi e senti que “desafiar” o corpo não é tão simples assim.

Nessa “pisada”, após uma séria lesão, logo tive que traçar novo planejamento. Assim sendo, há alguns meses, resolvi cercar-me de bons e dedicados profissionais para avançar na preparação da minha, até então, “maratona dos sonhos”.

Na tarde de ontem (17) voltei ao consultório do amigo e conceituado nutricionista esportivo Bruno Clemente. Apesar de estarmos, através de aplicativo próprio, interligados  remotamente  24 horas por dia, ao adentrar na sua sala, disse ele: “visualmente, seu corpo já tá me dizendo que você já conseguiu cumprir as primeiras metas estabelecidas”. Em outras palavras: perdi gordura e ganhei massa muscular. Novas metas e alguns ajustes alimentares foram traçados e mais uma etapa a ser executada nos próximos meses. Na qualidade de aluno disciplinado, espero não desviar das suas boas determinações.

Simultaneamente a toda uma rotina alimentar, por assim dizer, segue uma outra não menos difícil: atividade de fortalecimento muscular. Dos 7 dias da semana, são 6 em movimento. 3 na academia e 3 na rua, correndo. Na qualidade de orientador, não menos competente e dedicado, destaco,  nessa jornada, o empenho do  Alleph Miquéias, jovem  personal trainer que desenvolveu  uma rotina de treinamento que, convenhamos, vem produzindo, na prática, resultados bem satisfatórios.

Assim sendo, daqui para frente, espero não deixar a “peteca” cair no rumo das nossas aspirações que, como já falei anteriormente, não se configura numa tarefa das mais fáceis. Portanto, mais uma vez, agradeço aos profissionais aqui citados, pela dedicação e parceria nesse desafio diário que é manter e avança no conjunto da saúde mental, física e social. #vamosimbora….