Prof. Enedino Soares comenta sobre Greve de Professores da Rede Estadual

Na última sexta-feira, 10 do 04, os professores da Rede Estadual de Ensino, reunidos em assembleia, no Clube Português do Recife, deflagraram greve por tempo indeterminado. 13,01% foi o percentual autorizado pelo MEC para ser pago a partir de janeiro a todos os professores conforme a lei do piso. A diferença salarial fica por conta da titulação e da carga horária que tem cada professor. Se o estado não tem recursos para pagar, cabe ao governador apresentar suas dificuldades ao governo federal e solicitar ajuda para tal.

Penalizar os professores sob alegação de que não há recursos, não somente contraria a lei, como também nega a afirmação de que Pernambuco está avançando. Pagar o percentual de aumento a 1.770 profissionais da educação, prejudicando 90% da categoria significa, no mínimo, não ter nenhum compromisso com a educação.

Por ocasião da morte de Eduardo, o então candidato Paulo Câmara disse: “não estou preparado para governar Pernambuco”, até concordamos com ele, mas nem por isso aceitamos servir de cobaia para pagar a conta.

Desestimular o professor a fazer sua graduação, ou mesmo se especializar é uma visão retrógrada, mesquinha e desprezível.

Pernambuco não pode avançar, menosprezando a educação, pagando o pior salário do Brasil aos professores.

Enedino Soares – professor da Rede Estadual
fone (81) 35231865/99879349.
Vitória de Santo Antão, 11/04/15.

Momento Cultural: ABANDONO – por ADJANE COSTA DUTRA

Adjane Costa Dutra

Buscam-me em cada encruzilhada.

É meu abandono na carnificina humana.

A lei do uso desuso tornou-me um intruso.

Sou gente, não carnificina humana.

Nesse açougue da espera os instintos animalescos

são atendidos, mas eu gente, NÃO.

Porque o abandono é como aquele bêbado que cai em cada

esquina, a criança órfã que chora no abandono de todas

as coisas.

 

(TAPETE CÓSMICO – ADJANE COSTA DUTRA – pág. 53).

 

Internauta André Ben comenta no blog

Comentário postado na matéria “A importância da manutenção do debate – por Valdenice José Raimundo“.

Ilustre Drª Valdenice e Senhores João do Livramento e José Edalvo.

Acompanhei atentamente o início, meio e as reticências deste diálogo que desde o dia 27 de Março, gera polêmica, comentários e exposições dos participantes, quando da publicação do seguinte post:

http://www.blogdopilako.com.br/wp/2015/03/27/discriminar-positivamente-uma-postura-antirracista/

Pois bem, muito foi discutido acerca das pessoas envolvidas e pouco das idéias defendidas.
Eis que de repente me veio à tona um antigo provérbio chinês que diz:
“O medíocre discute pessoas.
O comum discute fatos
O sábio discute idéias.”
Que fazer pois, quanto à estas coisas? Estamos falando aqui com a nata dos intelectuais vitorienses e sobre intelectuais vitorienses (até me pergunto onde estou metendo meu bedelho, [risos]).
O que a princípio deveria rumar a um confronto de idéias, ou no mínimo à uma reflexão sobre tais explanações, tomou como destino o “convencer ou convencer, o que importa é vencer”, originado, em meu humilde e não tão apto para julgar, ponto de vista, por parte de uma precipitação em julgo dos atributos da autora do texto acima mencionado, de um interlocutor, cujo mesmo não tenho nenhum problema em expor, que é o Manoel Carlos, a quem muito estimo.
Apreciei com destreza o artigo redigido pelo nobre jornalista José Edalvo, consoante à serenidade das palavras do homem culto, João do Livramento e cheguei assim a uma linha de pensamento que me aponta um tom de arrogância por parte de meu amigo Manoel Carlos, com quem interajo frequentemente pelas redes sociais, o que me moveu a aqui escrever (ou digitar) algumas linhas de interação com tudo o que foi pronunciado. Li de forma a não me deixar levar pelo calor das emoções, o singelo e rico texto em epígrafe, que disserta sobre a importância de manter o debate, brilhantemente redigido pela Drª Valdenice e vi nela a maturidade de quem sabe o que está falando sem necessariamente possuir uma espécie de carapaça ou padrão de defesa clichê, sobre suas idéias, o que muito me alegra. Não ter “aquela velha opinião formada sobre tudo”, reitera, para mim, a leitura que faço da pessoa da doutora, que por sua vez enaltece a autenticidade e qualidade de sua escrita.
Meu amigo Manoel, não sou o mais indicado a analisar gramaticalmente seus textos, contudo, é visível o comprometimento que sofre alguns trechos, em detrimento da coerência e coesão absorvida nas entrelinhas, contudo a semântica foi de fato o que mais me chamou atenção.
Se um pedido puder lhe fazer, e que possais me atender, sejamos mais serenos no trato e misericordiosos nos julgamentos.

No mais, parabenizo ao Blog do Pilako por proporcionar tudo isso, e em especial aos participantes do diálogo, que nos fazem refletir sobre muita coisa.
Forte abraço.

André Ben.

PROFESSORA AMANDA TEM RAZÃO

A professora potiguar Amanda Gurgel tem razão. Dão-lhe um cotoco de giz e querem que ela salve a nação. Ainda lhe pedem paciência. Num momento de microfone e impaciência, abre o badalo e vira paladina de sua classe. Amanda toma 3 ônibus para chegar à escola e não pode filar a merenda, porque é professora. Contudo, é chamada a amar seus alunos, educá-los com disposição e bom humor, por 930 reais. Esquecem, os seus algozes, que AMOR SÓ ESPERANÇA: AMORREDUZ; AMOR SÓ FRUSTRAÇÃO: AMOR ACABA. Não pode se encolerizar, nem ser melancólica, tem de ser fleumática, calma. O resto fica para os que mandam ter paciência. Os que se locupletam dos cargos que servem para mandar ter paciência.

Mas, se tudo não mudar, conforme sói acontecer, Amanda terá outros desgostos. Minha mãe, por exemplo, aos 80 anos, paga imposto de renda. Que renda, se ela está aposentada? Minha mãe paga juro sobre fatura, por atraso na entrega dos Correios. (Melhor voltar à era dagoma arábica e do telégrafo.) Quando tem festa, na rua, minha mãe dorme sentada numa cadeira, porque o som é ensurdecedor e os meninos pitam marijuana, imitam a cópula na vertical e vomitam birita com sarapatel nas calçadas. Vive enclausurada, porque sobra meliante e falta Segurança Pública.

Amanda tem razão, mas ter razão não basta, seria preciso gerar algum efeito, redundar em mudança. Senão, a exposição de seus motivos vira mero direito de espernear. Não vá servir para promover algum herói de última hora. Os heróis de antigamente lutavam por uma causa, os de hoje usufruem a causa.

Indignado abraço!

Sosígenes Bittencourt

Internauta Manoel Carlos faz tréplica ao comentário de João do Livramento

Comentário postado na matéria “Internauta João do Livramento rebate comentários de Manoel Carlos“.

Senhor João do Livramento o senhor falou até “bonito”, citou filósofos, falou em falácia, etc….
Mas advirto o senhor que aspei a palavra bonito para acentuar que a verdadeira beleza não está em citar por citar,mas na essência e na capacidade de ponderarmos aquilo que arvoramos pronunciar ou crer!
O Senhor mesmo com dor de cabeça lembrou-se de citar filósofos, porem, tristemente, vejo que lhe falta maturidade para (se realmente leu os filósofos citados) vivenciar o universo mental/espiritual do filosofo citado, etc…
O Senhor também fez uso da palavra falácia (me imputando ser falacioso, creio), ora, a falácia é recurso válido desde que seja usado com honestidade!
O senhor nesse seu nosso “artigo” cita um filosofo mas nada ou quase nada diz do mesmo….apenas faz suas próprias conjecturas. Hum… Apegou-se a falácia da autoridade, mas pecou no quesito explanatório! Percebi com isso que o tema do racismo que o senhor me acusou foi, de certa forma, posto de lado, quiçá vossa senhoria tenha tido um belo surto de bom senso com relação a mim, um pobre mestiço, que até a fase adulta sempre pediu a bênção a uma senhora negra chamada Dona Biu Preta, que foi a primeira mulher a dar de comida a meu pai – hoje, ambos falecidos!
Eu até gostaria de que o senhor tivesse feito mais divagações sobre o tema racismo, pois gosto de aprender com quem tem pra ensinar, entretanto, pelo visto não é caso.
Lendo vosso “artigo” me lembrei de Agostinho que dizia: “Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência.” (De civ Dei 11,25)
Senhor João, por vezes, no afã de querermos ajudar, aparecer, dar pitaco esquecemos das palavras deste santo, começamos a fazer a pior coisa que um humano o faz: falar sem conhecer!
Vossa Senhoria novamente me acusou de racista,e também se incluiu, posto que pela sua analise precisamos “todos nós” extirparmos da nossa cultura o preconceito de cor, “trazemos” incutido em nossos subconsciente”…
Porca miséria!
Primeiro vc me critica e me acusa de ser racista, e depois se diz ser racista também! Miserere Domini, Miserere!
Senhor qual o professor criminoso lhe ensinou isso? Foi o movimento negro? Os esquerdistas frustrados que em tudo se apegam para justificar que o “homem é o lobo do próprio homem”???
Lembro-lhe que nossa nação foi palco de lutas pela liberdade dos negros. Se um dia o senhor er algum livro sério de história verá a o Trono de Dom Pedro II foi perdido pelo fato de o mesmo e sua filha a Princesa Isabel terem optado pela libertação dos escravos… È dela a frase: MIL TRONOS EU TIVESSE, MIL TRONOS EU DARIA PARA LIBERTAR OS ESCRAVOS DO BRASIL”(…)
Que racista miserável foi Ela…..Não é mesmo? Perde um Trono, um Império, mas liberta um povo!
Senhor João do Livramento é muito fácil “pensar” hj em dia, é só repetir o que diz qualquer iletrado e preguiçoso mental. Afirmar que todos tem um racismo incrustado é de uma sordidez barata: o senhor já foi no âmago de todos os seres humanos para ter essa certeza, ou leu isso por ai?
Senhor João no inicio desta missiva falei que o ato de falar é perigoso, e sabe por que? Porque as palavras criam, fomentam tanto no íntimo como em sociedade atos altruístas ou tragédias…..
Se o senhor um dia puder ler o essencial livro A igreja, a Reforma e a Civilização do fundador da PUC do Rio de Janeiro, o Padre Leonel Franca, lerá a seguinte afirmação, no mínimo magistral:
“Grande é a responsabilidade de quem escreve. Agitar idéias é mais grave do que mobilizar exércitos. O soldado poderá semear os horrores da força bruta desencadeada e infrene; mas enfim o braço cansa e a espada torna à cinta ou a enferruja e consome o tempo. A idéia uma vez desembainhada é arma sempre ativa, que já não volta ao estojo nem se embota com os anos”. (…)
Pense nisso! Abraços fraternos!

Manoel Carlos.

Gueixa, a sedução pela arte

Engana-se, redondamente, quem acha que a gueixa é uma versão oriental de nossa prostituta. A gueixa lá no Japão, e a prostituta aqui na esquina. Primeiro, porque para ser gueixa é preciso muitos anos de estudo, enquanto para ser prostituta não é preciso nenhum estudo, o que até facilita.

A gueixa é uma profissional que aprende, desde cedo, a milenar arte de seduzir, dançar e cantar, com ritos e indumentária tradicionais. A prostituta é uma profissional do sexo, desregrada, que negocia o corpo, não tendo, por isso, que aprender coisíssima nenhuma.

A gueixa não pode ser desfrutada por um Zé Ninguém, só servindo a políticos, grandes empresários e artistas, porque podem contratar os seus conhecimentos.

A gueixa sabe como desestressar um cidadão, tem de estar ciente da política internacional e não tem que fazer sexo com o seu cliente. A prostituta sabe como estressar um cidadão, não tem obrigação de entender nem de fundo de cozinha e tem de fazer sexo, mesmo que não saiba nem queira absolutamente nada com a vítima.

Enfim, a gueixa é um cicerone da cultura japonesa, tendo obrigação de conhecer o Japão milenar e contemporâneo, enquanto a prostituta é uma representante de nossa cultura mercadológica, segundo a qual tudo na vida tem preço e nenhum valor.

Sosígenes Bittencourt

Edu Luppa

Disponibilizamos a música “Porta à Fora” do compositor vitoriense Edu Luppa. A música integra o álbum “Edu Luppa e Banda Tcha Run Dun – O Ritmo dos Apaixonados.

[wpaudio url=”http://www.blogdopilako.com.br/wp/wp-content/uploads/Porta-a-Fora-edulupa.mp3″ text=”Edu Luppa e Banda Tcha Run Dun – Porta à Fora” dl=”http://www.blogdopilako.com.br/wp/wp-content/uploads/Porta-a-Fora-edulupa.mp3″]

Aldenisio Tavares

Internauta João do Livramento rebate comentários de Manoel Carlos

Comentário postado na matéria “Internauta Manoel Carlos comenta no blog.“.

Senhor Manoel Carlos, lhe confesso que fiquei realmente com uma tremenda dor de cabeça, mas foi ao tentar extrair algum nexo, das considerações feitas pelo senhor no início do seu comentário, mesmo me debruçando sobre os estudos filosóficos de “Parmênides de Eleia” e demais filósofos, não consegui lograr êxito nessa empreitada. Sobre as poesias, elas não são “feitas”, mas sim “enxergadas” nas relações entre, seres vs seres e seres vs natureza, para só então serem processadas no âmago do poeta. Quanto ao que o “senhor” chama de minha “afirmação de acusar-lhe de racismo” (novamente confuso), digo que não é falácia, precisamos “todos nós” extirparmos da nossa cultura o preconceito de cor, que “trazemos” incutido em nossos subconsciente, resultado de práticas das gerações passadas que nos envergonha até hoje. Depois de esquivar-me de tantas flechas embebidas no sumo da Strychnos Toxifera (curare) e disparada pelo senhor Manoel Carlos, a quem espero um dia chamar de “amigo”, faço questão de que duas me alvejem o peito, sendo a primeira o conselho de abraçar a leitura que já o faço desde bambino, ademais em se tratando de Antoine de Saint-Exupéry que partiu cedo aos 44 anos, mas não sem antes nos deixar o delicioso “Le Petit Prince” (O Pequeno Príncipe), que traz como mensagem central o pensamento de que “nós somos responsáveis por tudo aquilo que cativamos”. E a segunda flecha não menos perfurante, é o “abraço fraternal” com que o senhor Manoel Carlos abraçou-me o suposto “cadáver” plumado e verde, e que brincadeiras a parte retribuo sem magoas nem rancor mas sim com a vivacidade e consciência de quem busca sempre acertar! E deixo para reflexão de todos esta frase de Dom Helder Câmara: “Se discordas de mim, tu me enriqueces”. Curupapo! Pensemos nisso! Curupapo!

João do Livramento.

Internauta Flávio Augusto comenta no blog

Comentário postado na matéria “Internauta Manoel Carlos comenta no blog“.

Senhor Manoel Carlos, perdoe-me a intromissão, mas se o senhor tiver a oportunidade de conhecer o João do Livramento, tenho plena certeza de que vai mudar sua opinião a respeito dele. Os adjetivos que o senhor quis dar-lhe jamais se harmonizariam, com este que considero um vitoriense de valor, não material, porém inteligente, amigo sincero e acima de tudo honesto em atos e palavras.

Flávio Augusto. Vitória 08/04/15