Internauta João do Livramento rebate comentários de Manoel Carlos

Comentário postado na matéria “Internauta Manoel Carlos comenta no blog.“.

Senhor Manoel Carlos, lhe confesso que fiquei realmente com uma tremenda dor de cabeça, mas foi ao tentar extrair algum nexo, das considerações feitas pelo senhor no início do seu comentário, mesmo me debruçando sobre os estudos filosóficos de “Parmênides de Eleia” e demais filósofos, não consegui lograr êxito nessa empreitada. Sobre as poesias, elas não são “feitas”, mas sim “enxergadas” nas relações entre, seres vs seres e seres vs natureza, para só então serem processadas no âmago do poeta. Quanto ao que o “senhor” chama de minha “afirmação de acusar-lhe de racismo” (novamente confuso), digo que não é falácia, precisamos “todos nós” extirparmos da nossa cultura o preconceito de cor, que “trazemos” incutido em nossos subconsciente, resultado de práticas das gerações passadas que nos envergonha até hoje. Depois de esquivar-me de tantas flechas embebidas no sumo da Strychnos Toxifera (curare) e disparada pelo senhor Manoel Carlos, a quem espero um dia chamar de “amigo”, faço questão de que duas me alvejem o peito, sendo a primeira o conselho de abraçar a leitura que já o faço desde bambino, ademais em se tratando de Antoine de Saint-Exupéry que partiu cedo aos 44 anos, mas não sem antes nos deixar o delicioso “Le Petit Prince” (O Pequeno Príncipe), que traz como mensagem central o pensamento de que “nós somos responsáveis por tudo aquilo que cativamos”. E a segunda flecha não menos perfurante, é o “abraço fraternal” com que o senhor Manoel Carlos abraçou-me o suposto “cadáver” plumado e verde, e que brincadeiras a parte retribuo sem magoas nem rancor mas sim com a vivacidade e consciência de quem busca sempre acertar! E deixo para reflexão de todos esta frase de Dom Helder Câmara: “Se discordas de mim, tu me enriqueces”. Curupapo! Pensemos nisso! Curupapo!

João do Livramento.

1 pensou em “Internauta João do Livramento rebate comentários de Manoel Carlos

  1. Senhor João do Livramento o senhor falou até “bonito”, citou filósofos, falou em falácia, etc….
    Mas advirto o senhor que aspei a palavra bonito para acentuar que a verdadeira beleza não está em citar por citar,mas na essência e na capacidade de ponderarmos aquilo que arvoramos pronunciar ou crer!
    O Senhor mesmo com dor de cabeça lembrou-se de citar filósofos, porem, tristemente, vejo que lhe falta maturidade para (se realmente leu os filósofos citados) vivenciar o universo mental/espiritual do filosofo citado, etc…
    O Senhor também fez uso da palavra falácia (me imputando ser falacioso, creio), ora, a falácia é recurso válido desde que seja usado com honestidade!
    O senhor nesse seu nosso “artigo” cita um filosofo mas nada ou quase nada diz do mesmo….apenas faz suas próprias conjecturas. Hum… Apegou-se a falácia da autoridade, mas pecou no quesito explanatório! Percebi com isso que o tema do racismo que o senhor me acusou foi, de certa forma, posto de lado, quiçá vossa senhoria tenha tido um belo surto de bom senso com relação a mim, um pobre mestiço, que até a fase adulta sempre pediu a bênção a uma senhora negra chamada Dona Biu Preta, que foi a primeira mulher a dar de comida a meu pai – hoje, ambos falecidos!
    Eu até gostaria de que o senhor tivesse feito mais divagações sobre o tema racismo, pois gosto de aprender com quem tem pra ensinar, entretanto, pelo visto não é caso.
    Lendo vosso “artigo” me lembrei de Agostinho que dizia: “Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência.” (De civ Dei 11,25)
    Senhor João, por vezes, no afã de querermos ajudar, aparecer, dar pitaco esquecemos das palavras deste santo, começamos a fazer a pior coisa que um humano o faz: falar sem conhecer!
    Vossa Senhoria novamente me acusou de racista,e também se incluiu, posto que pela sua analise precisamos “todos nós” extirparmos da nossa cultura o preconceito de cor, “trazemos” incutido em nossos subconsciente”…
    Porca miséria!
    Primeiro vc me critica e me acusa de ser racista, e depois se diz ser racista também! Miserere Domini, Miserere!
    Senhor qual o professor criminoso lhe ensinou isso? Foi o movimento negro? Os esquerdistas frustrados que em tudo se apegam para justificar que o “homem é o lobo do próprio homem”???
    Lembro-lhe que nossa nação foi palco de lutas pela liberdade dos negros. Se um dia o senhor er algum livro sério de história verá a o Trono de Dom Pedro II foi perdido pelo fato de o mesmo e sua filha a Princesa Isabel terem optado pela libertação dos escravos… È dela a frase: MIL TRONOS EU TIVESSE, MIL TRONOS EU DARIA PARA LIBERTAR OS ESCRAVOS DO BRASIL”(…)
    Que racista miserável foi Ela…..Não é mesmo? Perde um Trono, um Império, mas liberta um povo!
    Senhor João do Livramento é muito fácil “pensar” hj em dia, é só repetir o que diz qualquer iletrado e preguiçoso mental. Afirmar que todos tem um racismo incrustado é de uma sordidez barata: o senhor já foi no âmago de todos os seres humanos para ter essa certeza, ou leu isso por ai?
    Senhor João no inicio desta missiva falei que o ato de falar é perigoso, e sabe por que? Porque as palavras criam, fomentam tanto no íntimo como em sociedade atos altruístas ou tragédias…..
    Se o senhor um dia puder ler o essencial livro A igreja, a Reforma e a Civilização do fundador da PUC do Rio de Janeiro, o Padre Leonel Franca, lerá a seguinte afirmação, no mínimo magistral:
    “Grande é a responsabilidade de quem escreve. Agitar idéias é mais grave do que mobilizar exércitos. O soldado poderá semear os horrores da força bruta desencadeada e infrene; mas enfim o braço cansa e a espada torna à cinta ou a enferruja e consome o tempo. A idéia uma vez desembainhada é arma sempre ativa, que já não volta ao estojo nem se embota com os anos”. (…)
    Pense nisso! Abraços fraternos!

    Manoel Carlos.

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