Internauta Manoel Carlos faz tréplica ao comentário de João do Livramento

Comentário postado na matéria “Internauta João do Livramento rebate comentários de Manoel Carlos“.

Senhor João do Livramento o senhor falou até “bonito”, citou filósofos, falou em falácia, etc….
Mas advirto o senhor que aspei a palavra bonito para acentuar que a verdadeira beleza não está em citar por citar,mas na essência e na capacidade de ponderarmos aquilo que arvoramos pronunciar ou crer!
O Senhor mesmo com dor de cabeça lembrou-se de citar filósofos, porem, tristemente, vejo que lhe falta maturidade para (se realmente leu os filósofos citados) vivenciar o universo mental/espiritual do filosofo citado, etc…
O Senhor também fez uso da palavra falácia (me imputando ser falacioso, creio), ora, a falácia é recurso válido desde que seja usado com honestidade!
O senhor nesse seu nosso “artigo” cita um filosofo mas nada ou quase nada diz do mesmo….apenas faz suas próprias conjecturas. Hum… Apegou-se a falácia da autoridade, mas pecou no quesito explanatório! Percebi com isso que o tema do racismo que o senhor me acusou foi, de certa forma, posto de lado, quiçá vossa senhoria tenha tido um belo surto de bom senso com relação a mim, um pobre mestiço, que até a fase adulta sempre pediu a bênção a uma senhora negra chamada Dona Biu Preta, que foi a primeira mulher a dar de comida a meu pai – hoje, ambos falecidos!
Eu até gostaria de que o senhor tivesse feito mais divagações sobre o tema racismo, pois gosto de aprender com quem tem pra ensinar, entretanto, pelo visto não é caso.
Lendo vosso “artigo” me lembrei de Agostinho que dizia: “Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência.” (De civ Dei 11,25)
Senhor João, por vezes, no afã de querermos ajudar, aparecer, dar pitaco esquecemos das palavras deste santo, começamos a fazer a pior coisa que um humano o faz: falar sem conhecer!
Vossa Senhoria novamente me acusou de racista,e também se incluiu, posto que pela sua analise precisamos “todos nós” extirparmos da nossa cultura o preconceito de cor, “trazemos” incutido em nossos subconsciente”…
Porca miséria!
Primeiro vc me critica e me acusa de ser racista, e depois se diz ser racista também! Miserere Domini, Miserere!
Senhor qual o professor criminoso lhe ensinou isso? Foi o movimento negro? Os esquerdistas frustrados que em tudo se apegam para justificar que o “homem é o lobo do próprio homem”???
Lembro-lhe que nossa nação foi palco de lutas pela liberdade dos negros. Se um dia o senhor er algum livro sério de história verá a o Trono de Dom Pedro II foi perdido pelo fato de o mesmo e sua filha a Princesa Isabel terem optado pela libertação dos escravos… È dela a frase: MIL TRONOS EU TIVESSE, MIL TRONOS EU DARIA PARA LIBERTAR OS ESCRAVOS DO BRASIL”(…)
Que racista miserável foi Ela…..Não é mesmo? Perde um Trono, um Império, mas liberta um povo!
Senhor João do Livramento é muito fácil “pensar” hj em dia, é só repetir o que diz qualquer iletrado e preguiçoso mental. Afirmar que todos tem um racismo incrustado é de uma sordidez barata: o senhor já foi no âmago de todos os seres humanos para ter essa certeza, ou leu isso por ai?
Senhor João no inicio desta missiva falei que o ato de falar é perigoso, e sabe por que? Porque as palavras criam, fomentam tanto no íntimo como em sociedade atos altruístas ou tragédias…..
Se o senhor um dia puder ler o essencial livro A igreja, a Reforma e a Civilização do fundador da PUC do Rio de Janeiro, o Padre Leonel Franca, lerá a seguinte afirmação, no mínimo magistral:
“Grande é a responsabilidade de quem escreve. Agitar idéias é mais grave do que mobilizar exércitos. O soldado poderá semear os horrores da força bruta desencadeada e infrene; mas enfim o braço cansa e a espada torna à cinta ou a enferruja e consome o tempo. A idéia uma vez desembainhada é arma sempre ativa, que já não volta ao estojo nem se embota com os anos”. (…)
Pense nisso! Abraços fraternos!

Manoel Carlos.

2 pensou em “Internauta Manoel Carlos faz tréplica ao comentário de João do Livramento

  1. João do Livramento (que vive na praça da matriz), você deveria gastar melhor seu tempo, ao invés de ficar debatendo com esse sr. manoel carlos, ou você não sabe que as pessoas que tiveram o privilegio de estudar e tem condições financeira que pela arrogância ele de ter, não suportam que alguém das classes mais baixas tenham opinião. E fazem de tudo para exclui-las e desqualificar o que elas falam. É muito melhor postar suas poesias do que ficar gastando seus neurônios com gente que só respeita que tem anel no dedo.

  2. Olá meu amigo Manoel Carlos, fico lisonjeado em ter aqui nesta “Ágora” virtual, que tem sido o blog do Pilako, minha fala como objeto de aplicação de suas “magistrais” técnicas de desconstrução, dignas de estarem na boca de “Protágoras” ou do próprio “Górgias”, por vez enxergo o uso da “Maiêutica”, mas digo que prefiro a “Dialética”. Confesso que tenho aprendido bastante com o senhor, e já que aprender é tudo que almejo, estou bastante satisfeito com nosso diálogo, fico irradiante quando o senhor se apoia, “com muita propriedade” em pensadores do mais alto nível, desta vez, o santo “Agostinho de Hipona”, filho da também santa “Monica” a qual rezou trinta anos pela conversão do filho, que viria a ser um dos mais importantes filósofos da igreja católica, que ele próprio relata em seu livro autobiográfico intitulado de “confissões”, mas tendo o senhor, citado sua grande obra “A Cidade de Deus”. Citou também o filósofo inglês “Thomas Hobbes”, ainda bem que não tive em mim, personificada a “Besta” Leviatã. Realmente gosto de deixar a cargo do leitor pesquisar sobre os filósofos que cito, como forma de despertar o interesse pelo autor. Deleito-me quando o senhor roga em latim “Misericórdia Senhor Misericórdia”, porém fico preocupo, quando o senhor brada em italiano, pois os italianos são muito temperamentais. Quanto ao tema Abolição da escravatura no Brasil, fiquei pensando, como um homem tão inteligente como o senhor, acredita na “Lei Áurea” como um ato de benevolência, de Pedro II e sua filha Izabel, a quem os negros ignorantes, reverenciam equivocadamente como sua grande benfeitora. Esta é a história “contada” aos bobos, porque a verdadeira é que, a abolição foi uma imposição dos Ingleses, devido ao preço que o açúcar produzido no Brasil, com mão-de-obra escrava, era comercializado no mercado internacional, já que as colônias inglesas produziam açúcar, com mão-de-obra paga, sendo assim uma concorrência desleal. E o Brasil teve que acatar as ordens devido a subserviência aos ingleses, que vinha desde a sua independência, que teve o seu reconhecimento internacional mediado pelos ingleses, subserviência esta que aumentou com os empréstimos ao Brasil para financiar a “Guerra do Paraguai”, mas acredito que em seus “livros sérios” não cabem estes fatos. Pense nisso! No mais me despeço retribuindo seu abraço fraternal.
    João do Livramento.

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