Internauta Pablo Dantas comenta em matéria do Grupo Aposente.

Comentário postado na matéria “Tem um assunto que nós do Aposente tratamos com muita importância“.

Olá,

Eu sou um dos professores que estavam na sessão de votação do Plano Municipal de Educação. Fui eu e minha mãe (também professora). Bom, uma coisa eu posso garantir a vocês: eu não sou ridículo! Eu entendo a sua colocação, mas compreendo a situação de outra forma. Eu penso que nós cidadão atuamos na sociedade de diferentes formas e níveis. Por exemplo, eu sou professor e produtor cultural. Nesse caso, eu levanto as minhas bandeiras da Educação e Cultura e tento contribuir com o mundo. Isso já dá um trabalhão! Não tenho condições de militar por todas as áreas. Por todos os assuntos. Por todas as bandeiras. Eu não tenho forças para pensar, lutar e gritar por TUDO. Enquanto professor, oriento os meus alunos para pensar e agir nos mais variados seguimentos, enfatizando, é claro, aquilo que lhe comove. Aquilo que lhe aperta os calos dos pés.

A minha mãe (Nádija Dantas) é militante da educação por mais de 30 anos. Ela contribuiu muito. Foi sindicalista por décadas e encabeçou diversas lutas pela qualidade do Ensino Público. Se hoje temos a Lei do Piso Salarial, devemos aos milhares de professores que lutaram por isso. Muitos sofreram retaliações, como a minha mãe, que por diversas vezes teve o mísero salário cortado. Por isso, eu NÃO aceito que chamem a minha mãe de RIDÍCULA.

Eu gosto muito da atuação do Grupo Aposente. Já conversei com André Carvalho e ele sabe bem quem eu sou. Inclusive, eu o apoiei nas últimas eleições. Mas, preciso dizer que esse texto aqui postado é que é ridículo e agressivo. Os professores que lá estiveram são batalhadores (a maioria). Não posso admitir que o Grupo Aposente se manifeste dessa forma. Acho melhor vocês repensarem essa ideia de participação política.

Enfim… espero que o Grupo Aposente continue presente na Câmara. É público e notório que a participação de vocês está provocando a todos, sobretudo, os vereadores. E cá pra nós… tem muito vereador ridículo, não é?

Abraço,
Pablo Dantas.

Momento Grau Técnico Vitória

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As empresas estão investindo fortemente na segurança, pois estão ficando mais cientes dos danos irreversíveis que a falta de uma boa estrutura de trabalho pode causar. Evitar que acidentes aconteçam e que doenças ocupacionais surjam é o ponto alto dessa profissão.‪#‎GrauTécnico‬ ‪#‎SegurançaDoTrabalho‬

SERVIÇO
Grau Técnico Vitória
Rua Henrique de Holanda, 1210 – Centro
Vitória de Santo Antão (Antiga BR232).
TEL: (81) 3526.4099

MULHER ASSASSINADA POR COMPANHEIRO EM VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

Uma mulher foi morta pelo companheiro na noite dessa quarta-feira (24), em Vitória de Santo Antão, Zona da Mata do Estado. Maria Vilma da Silva, 25 anos, levou um golpe de faca na barriga e morreu em cima da cama do casal em um imóvel na Rua Rio Grande do Sul, no Loteamento Colinas do Canadá, área urbana da cidade. O responsável pelo crime foi identificado como Antônio Estênio, que acabou preso ainda no local pela Polícia Militar.

A motivação para o homicídio, segundo o executor, teria sido um desentendimento que os dois tiveram enquanto ele bebia no lado de fora da casa. Embriagado, Antônio pegou a arma e atingiu a companheira após discutirem. Depois do crime, o acusado ainda tentou estancar o ferimento da vítima após seus pedidos de socorro. Capturado em flagrante, ele foi levado ao Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), no Recife, onde prestou depoimento e foi autuado. O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML), na área central da capital.

(Fonte: A Voz da Vitória)

O historiador alemão Friedrich Schiller (1759-1805) dizia: A loucura é breve, longo é o arrependimento.

Segundo relato, o criminoso agiu sob violenta emoção, tanto que, ao observar o resultado, imediatamente tentou estancar o sangue da vítima, não evadindo-se do local. Quer dizer, agiu por impulso e arrependeu-se instantaneamente, logo irá pervagar sua via crucis de arrependimento. O remorso é uma dor solitária, é uma condenação interior, o tribunal da consciência.

Por outro lado, a vítima, do ponto de vista da VITIMOLOGIA, contribuiu com a própria morte quando viveu expondo sua vida àquele que se demonstrava predisposto a matá-la. Quando se diz que a paixão é cega, refere-se à passividade do apaixonado diante do seu algoz. Quer dizer, ela enxergava, mas não queria encarar o que via, negava-se a aceitar o que via, porque não tinha força para rejeitá-lo. 

Sosígenes Bittencourt

Eleição 2016: SÃO JOÃO COM POLÍTICA.

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O São João do ano que vem (2016), ano eleitoral, deverá ser marcado pelas convenções partidárias municipais. Estes eventos, de caráter político-partidário, deverão ocorrer entre os dias 10 e 30 do mês de junho e que tem como finalidade chancelar publicamente os nomes dos candidatos à prefeito, vice-prefeito e vereadores municipais de todos os partidos e coligações.

Diferentemente da eleição municipal passada (2012), onde os nomes das “cabeças de chapas” das duas principais correntes políticas já estavam previamente definidas, a eleição do próximo ano não contará com a postulação do dois maiores caciques locais. Isso não quer dizer, portanto, que a “movimentação” dos  mesmos não vá interferir diretamente  no resultado do pleito.

Foto: A Voz da Vitória

Foto: A Voz da Vitória

O modelo de política aplicada na nossa cidade nos últimos sessenta anos, desde a implantação da famosa “cartilha do atraso” pelo Coronel José Joaquim da Silva e aperfeiçoada pelo médico Ivo Queiroz, vem dando claros sinais de esgotamento. Essas duas últimas  gestões consecutivas- Governo Que Faz e Governo de Todos –  cada qual com oito anos,  “institucionalizou”  práticas danosa ao erário que antes eram restritas ao “andar de cima”da administração. Moralmente, os caciques políticos da Vitória de Santo Antão estão no “volume morto”, como se referiu, recentemente, o ex-presidente LULA ao Governo e ao PT.

Brasil, Brasília, DF. 07/05/2009. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em cerimônia de formatura de diplomatas do Instituto Rio Branco, em Brasília. - Crédito:BETO BARATA/AGÊNCIA ESTADO/AE/Código imagem:49826

Crédito:BETO BARATA/AGÊNCIA ESTADO/AE/Código imagem:49826

O Grupo do PSB, liderado pelo deputado Aglailson Júnior, deverá lançar o próprio deputado como cabeça de chapa. O seu irmão, o Romero, já desfila pela cidade com  adesivo que tem o seu nome. Sinceramente falando, eu não  sei o que tem à dar a Vitória essas duas “peças”.

O deputado Henrique Queiroz, aquele que fica pulando em galho em galho para arrumar uma “boquinha”, este ano, pelo andar da carruagem, deverá se abrigar novamente no grupo do primo Aglailson,  para só assim, junto com as pessoas que lhe acompanham, sair da “chuva e do sereno”.

Apesar da movimentação do deputado verde, externando inclusive que seu grupo terá candidato à prefeito da Vitória, mais uma vez, não passará de ” chuvas de verão. Certamente,  está preparando uma chapa de vereador competitiva para garantir uma cadeira no parlamento local  para o  futuro ex vice-prefeito, Henrique Filho.

Henrique filho

Com o fim da reeleição  para os cargos executivos, o prefeito Elias Lira deverá colocar seu plano numero 1 em prática. Segundo os “cientistas políticos populares”, Elias vem, silenciosamente,  trabalhando pela divisão do seu grupo. Na Cabeça dele quem deve ganhar a eleição é o candidato do PSB, e assim sendo, sem reeleição, o caminho ficará aberto para emplacar o seu “príncipe herdeiro” (Joaquim – aquele que dizia detestar política e que por ele seu pai já tinha saído desse negócio) como prefeito, a partir de 2021.

Os dois “bestas”, Paulo Roberto e Ozias Valentin, pensam que Elias vai apoia-los,  verdadeiramente,  para prefeito. Elias vai dar um “migué” nos dois…

Ora! O que Elias menos precisa neste momento é herdeiro político, pois,  isso, ele já tem. Elias sabe muito bem que o pior opressor é aquele que já foi oprimido, ou seja: tanto Ozias quanto o Paulo vivem sonhando acordado em ser prefeito para, entre outras coisas,  humilhar Elias na mesma proporção que os dois  vem sendo humilhado todos  esses anos.

No dia que Paulo Roberto sentar na cadeira de prefeito, com ou sem apoio de Elias, a primeira coisa que ele deverá fazer é mandar um recado para Elias, dizendo:  VÁ  LÁ E DIGA A ELIAS QUE  AGORA O MESTRE  SOU EU.

Já o Ozias, na mesma situação, certamente  mandará o seguinte recado:  DIZ LÁ AO ELIAS QUE  PASSEI MUITO TEMPO SENDO UM DESPACHANTE DE LUXO PARA ELE, AGORA, SE ELE QUISER FALAR COMIGO QUE VENHA NA MINHA CASA.

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Ainda segundo os “cientistas políticos populares”, para Elias, 2016 em Vitória já está definido na sua cabeça. Mas, caso o genro dele, Rafael Prequé, atual vice-prefeito  lá da cidade de Gravatá, consiga se viabilizar candidato à prefeito,  com reais chances de vencer a parada, Elias VAI  INVESTIR E GASTAR O QUE FOR NECESSÁRIO É  NO SEU PARENTE, pois, como todos aqui sabem, esses políticos profissionais só gostam de gastar e investir  nos PARENTES, isso porque, FICA TUDO EM CASA, OU SEJA: a moenda fica girando do mesmo jeito.

São por essas e outras que continuo torcendo para que haja um entendimento político entre os empresário Alexandre Ferrer, Wilson Rodrigues, Zé Catinga, Zé da Juliana e Jaime Beltrão e outros profissionais independentes  para que possamos viver, de fato, um novo tempo na política vitoriense e, consequentemente, na forma de se administrar nossa cidade.

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Galerias do Centro comercial continuam entupidas.

Por volta do meio dia de hoje (25) nossas lentes registraram uma retenção de água da chuva no cruzamento das Ruas 15 de novembro com Rui Barbosa, localizadas no Centro Comercial.

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A gestão do Governo de Todos, mesmo depois de sete anos consecutivos no poder, ainda não criou uma planejamento preventivo para o período invernoso. As galerias pluviais da cidade, sobretudo do Centro Comercial, continuam entupidas provocando constantemente alagamentos.

Quem sofre com tudo isso? O já castigado comerciante e transeunte da cidade. O prefeito, que já transferiu seu comercio para bem distante do Centro, não está nem aí para o problema.

Tem um assunto que nós do Aposente tratamos com muita importância

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Tem um assunto que nós do Aposente tratamos com muita importância, acho que sentimos como se este fosse nosso principal “dever”: queremos conscientizar as pessoas, mostrar o que acontece na câmara de vereadores e fazer com que mais pessoas acompanhem o trabalho dos vereadores. Desde o começo deste mandato, acompanhamos quase que todas as sessões da câmara e sempre comparece ao menos um dos nossos por lá. Somos conhecidos pelos vereadores, já arrumamos confusão com quase todos eles, mas acredito que somos respeitados por todos na câmara.

No começo as sessões eram vazias, em algumas oportunidades assistimos a elas sozinhos. Sempre fizemos os relatórios e chamamos as pessoas para aparecerem por lá. Em alguns momentos existiam movimentos interessantes. Se tivesse um projeto que beneficiasse os taxistas, eles lotavam a câmara. Se tivesse alguma coisa de Aglailson, os simpáticos a ele lotavam a sessão. Se tivesse alguma coisa para os trabalhadores rurais ou disso ou daquilo, eles apareciam por lá, só pra dar uma bajulada e ter certeza que o que eles queriam seria aprovado. O engraçado é que depois de votado o que eles queriam, eles iam embora e a sessão continuava. Isso sempre nos aborreceu, mas nunca conversamos muito sobre isso.

Nas nossas conversas acreditamos que incentivamos muita gente a aparecer por lá e estas pessoas fizeram o mesmo. Hoje temos uma rádio transmitindo a sessão e cada vez mais, blogs tratam do assunto e comparecem às sessões e assim multiplicam o que a gente desejava desde o começo: as pessoas estão indo mais na câmara e isso é muito importante! Os vereadores passam a discutir temas mais interessantes, tomam mais cuidado com o que falam e passam a ter que mostrar mais serviço. UM PÚBLICO GRANDE, CRÍTICO E INTELIGENTE FAZ COM QUE ELES TRABALHEM.

Depois disso tudo falemos da vergonha que foi a última sessão. O relevante da sessão passada era a aprovação  de um plano municipal de educação. Quando chegamos na sessão, nem tinha onde sentar direito. Estava cheio de professores municipais, convidaram até uma lá para mesa, na hora de aprovar o que eles queriam. Os vereadores falaram, cobraram da prefeitura o fato de o documento ser uma cópia do plano nacional de educação e reclamaram que esta cópia tenha custado mais do que R$400.000,00. Depois votaram alguma coisa de terreno e alguns requerimentos.

Mas o que realmente marcou a sessão foi que os professores, igualzinho aos taxistas, igualzinho aos trabalhadores rurais, igualzinho aos feirantes, igualzinho aos defensores de Aglailson, igualzinho aos trabalhadores disto ou daquilo abandonaram a sessão logo depois de votado o que eles se interessavam. Cada um só se importa com o próprio umbigo. Eles estavam lá, um dia só. Poderiam assistir a tudo, já que são formadores de opinião, e não conseguiram ficar meia hora na sessão para formar a opinião deles mesmos. Os professores que tanto reclamam do salário baixo ou das péssimas condições de trabalho, que acreditam que o magistério é a profissão mais importante de todas, estavam lá representados e saíram da sessão. Não ficaram até o fim. Eles que dizem que não se pode abandonar um aluno, eles tão sofridos, tão formadores, ele não se preocuparam com a gente, não se preocuparam com o que vinha depois pensaram só neles, foram iguais aos outros. RIDÍCULO.

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João do Livramento parabenizada o amigo Soares

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Caro Cristiano Pilako, gostaria de aproveitar o espaço “sempre” concedido neste blog, que considero como o maior veículo de comunicação de nossa cidade, para parabenizar nosso amigo José Soares da Silva, por estar comemorando na data de hoje 25/06/2015, 60 anos de vida. Mais conhecido como “Soares Contador”, este vitoriense é um exemplo de profissional sério e que se pauta pela ética, foi um excelente filho como poderiam confirmar, o Sr. Joaquim e Dona Edith, ambos “in memoriam”, dedicado pai e esposo, que soube conduzir sua família com amor e na retidão dos ensinamentos cristãos, o que lhe garantiu sempre os favores celestiais, amigo leal e sincero, qualidade rara nos dias de hoje. Por estes e muitos outros motivos peço a Deus que esta data se repita muitas e muitas vezes. Um forte abraço do seu amigo!

João do Livramento.     

Vitória que o tempo levou…* , Last night**, ou uma pequena homenagem ao Padre Renato

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Lá pela tão distante década de 70 fui testemunha ocular da descoberta de um canhão, que fora utilizado na épica Batalha das Tabocas, canhão desenterrado entre a 1ª Igreja Batista da Vitória e a casa de primo Zé, seria meu primeiro contato com a História (anos mais tarde o destino me cobrou e tive que escrever um livreto sobre as tabocas, um folder…). Estava a bordo de uma Caloi aro 16, guidão duplo, azul, estacionado na calçada do Silogeu, bem em frente a um casarão antigo, de primeiro andar, com o piso de madeira ( local onde funcionou mais tarde o Curso Kennedy de Inglês, do qual fui aluno). Não entendi o falatório do pessoal e a correria.

Depois do ocorrido, retornei a Praça da Matriz, meu reduto, ainda vejo as casas de seu Nabi Koury, de seu Adolfo, de Arlinda Xavier, de Alexandre Holanda, de Pimentel, de Zé da Goiaba, a minha casa (de Genuíno e Lia Ferrer), de Dilson Lira( O Pioneiro, era meu vizinho, cara.), de Dr. Ubirajara, de Dr. Galindo, de Horácio, de seu Hercílio, do Leão, da Igreja do Rosário, da Igreja da Matriz, do Beco do Padre, da Pirâmide, dos Coretos, das Fontes, dos Jardins, das praças em terra, e de tantos outros, um nó seco ecoa em minha garganta, que vontade de estar ali novamente…

Os anos se passaram, e como se passaram, a Praça da Matriz se resumiu a minha casa, a Igreja da Matriz, a Igreja do Rosário, ao Leão, ao Beco do Padre, aos Coretos, as Fontes. Um bocado de gente estranha, de coisas estranhas começaram a habitar aquelas paragens: sorveterias, pizzarias, comidas orientais, clínicas, restaurantes, lojas de roupas, boyzinhos que moram não sei aonde, patricinhas, batatinhas, cachorros quentes, caldinhos… cadê Poça, Matuto, Bila, a Maguary Kibon, Adriana, as meninas de Duarte, os alunos do Paroquial, do Pedro Ribeiro…. Cadê vocês?

De repente tudo começou a acabar: o casarão de Koury (que também foi de Seu Geraldo) foi ao chão, construíram uma casa super moderna no local (do meu amigo Pequeco, na verdade, mais amigo da minha família), derrubaram o coreto (e reconstruíram o coreto), pavimentaram as praças e a tornaram uma, as palmeiras do paroquial foram ao chão, as casas de Dr. Ubirajara, de Zé da Goiaba, de Alexandre Holanda, foram ao chão, tudo foi ao chão. Reerguido, refeito, adaptado por pessoas que nunca viveram no Pátio da Matriz. Mas isto é bom, é a evolução da vida, o crescimento das cidades, estamos em direção ao futuro (mas… olho para trás e não consigo mais enxergar aquele presente tão colorido).

Todavia, eu ainda tinha o Instituto Histórico, e tinha uma retaguarda forte: Melkisedek (fundador da Academia de Letras da Vitória), Minhas tias-avós: Kal, Go, Áurea, Meu tio (Genner), minha tia (Graubem), Minha vó e vô (Lia e Genuíno), dr. Galindo, Arlinda Xavier,  Alexandre Holanda, Meu primo Zé Augusto, meu amigo Genaro, o Eterno Guardião das Tabocas Dr. Evandro Couceiro, Zito Mariano, até mesmo Simião Martiniano (que tantos filmes, ou todos, filmou em Vitória, e hoje ninguém se lembra dele), de Selma do Coco, de Walter de Afogados (procurem saber…).

Mas nem tudo estava acabado, eu ainda tinha como referência o agora presidente do Instituto Histórico (meu primo) Pedro Ferrer, que modernizou o instituto, deu uma nova cara um novo rumo, o Instituto chegou à era do computador. Tinha também a figura mais icônica do Pátio da Matriz: O padre Renato da Cunha. O padre que casou meus pais (Wellington e Gisélia) e me batizou e me comunhou e batizou meus dois filhos. O padre que participou da vida da Matriz. O padre que chegou a Matriz em uma época que as casas eram rasas (não possuíam primeiro andar ou mais) e viu crescer toda uma geração (mais de uma).

Desesperadamente e subitamente recebo hoje a notícia que o Padre Renato se foi. E de repente me vem à tona: o que sobra da Matriz? Na verdade, nada. As casas agora são prédios, ninguém se conhece mais, ninguém mais se senta na calçada aos domingos, ninguém mais se dirige ao próximo pelo sobrenome… Sou um forte, não choro, pois, tenho agora meu primo como a única porta de voltar a um passado tão recente, mas tão esquecido.

Renatão se foi, não era nem mais padre, era Monsenhor. Monsenhor Renato da Cunha. André (que não era eu), Nozinho, Wellington, Mateus, tantos outros (meninos e meninas), que participaram daquele sublime convívio, possivelmente hoje, respiraram um pouco mais forte, com a triste notícia, assim como eu. Quem será o novo padre? O Padre dos Yakissobas, das clínicas, restaurantes, cursos, dos boyzinhos, das Shinerays, da galera? Certamente não será Renato da Cunha.

O páteo da Matriz agora está maior, incomensurável, desconhecido, tem até academia, clínica de imagem. Vejo-me perdido, Pedro tu és agora o guardião do Páteo da Matriz. Pilako toma conta da Silva Jardim, Mano Holanda, A Rua de Otoni é tua, o restante que Deus nos ilumine.

André Fontes

P.S.:
* Vitória que o Tempo Levou – Edson da Costa Lins
** Last Night – The Travelling Wilburys

P.S. 2: E a Matriz também perdeu Diva Holanda.

‘Blog do Pilako coloca a Prefeitura pra trabalhar.” – diz internauta

“Blog do Pilako coloca a Prefeitura pra trabalhar. No dia 16.06.2015 fora postado fotos onde se dizia “São João em Vitória é com muita tradição. Mantendo essa tradição a Prefeitura apresenta os buracos de Junho. Esse na subida da Rua Maria Bezerra de Sena, Bela Vista.” – disse internauta, que pediu para não ser identificado.

Momento Cultural: Faceirice Precoce – por ALBERTINA MACIEL DE LAGOS

Profª Albertina Maciel de Lagos

– Escutem: (mostrando cinco dedos)

Hoje completo cinco aninhos!…

E o meu nome?… todos o conhecem.

Vou pronunciá-lo: – Daciana!…

Lindo!… que melodia dimana!

E quanto a minha pequena – grande personalidade,

Vou (modéstia à parte), descrevê-la:

– Tenho a beleza da flor

e já, de imponente sultana

é o meu todo encantador!

Tenho uma boa mãezinha,

um painho carinhoso,

manos, avós, tiazinhas…

quanto o meu lar é ditoso!

– Duas estrelas, os meus olhos,

dois mundos, dois paraísos…

Da vida, entre os abrolhos,

fulguram os meus sorrisos (olhando o próprio tamanho):

Reparem como estou crescendo!…

No colégio vou entrar

para ir logo aprendendo

a ler, escrever e contar!

Passem bem

Tchau!

(SILENTE QUIETUDE – ALBERTINA MACIEL DE LAGOS – pág. 52).

Prof. Pedro Ferrer comenta no blog

Comentário postado na matéria “Internauta Rogério Albuquerque comenta no blog“.

Rogério. Fui cruzado dessa causa. O desânimo gerado pelos nossos gestores levaram-me a um certo mutismo. Resolvi concentrar minha energia no Instituto Histórico e Geográfico. Não morri e pode contar comigo nessa luta insana. Não seremos Sísifo condenado pelos deuses do Olímpio a empurrar a pedra ladeira acima eternamente. Vamos quebrar essa pedra, tirá-la do meio do caminho. Havia uma pedra no caminho dizia o poeta… Amanhã poderemos dizer: havia uma pedra e nós a removemos. Permita-me não seria mais fácil remover os gestores?????????????? Para o ano temos eleição.

Pedro Ferrer

SÃO JOÃO – NO TEMPO DE EU MENINO

Das três maiores festas anuais, o São João é a mais singela e tradicional. O Ano Novo nos trespassa de tristeza, porque sugere a contagem do tempo e amontoa os mortos. Abrimos álbum de retrato e botamos pra choramingar. O Carnaval é uma festa perigosa, de extravasar frustrações. O pessoal só falta correr nu pela rua. 

O São João é uma festa mais pacata, que relembra nossas tradições mais atávicas, nossas raízes culturais. Lembro-me do São João das ruas sem calçamento. O mundo parecia um terreiro só. As mulheres cruzavam as pernas, enfiavam as saias entre as coxas, para ralar omilho e o coco, enquanto os homens plantavam o machado nos toros de madeira para fazer as fogueiras. À tardinha, a panela virava uma lagoa de caldo amarelo onde fervia o maná das comezainas juninas. A meninada ensaiava o jeito de ser homem e mulher. De chapéu de palha, bigode a carvão e camisa quadriculada, era quando podíamos chegar mais perto das meninas sem levar carão nem experimentar a sensação de pecado. O coração se alegrava quando sonhávamos com a liberdade de adultos que teríamos um dia. Batia uma gostosíssima impressão de que estávamos bem próximos de fazer o que não podíamos fazer. Os ensaios de quadrilha relembravam a tristeza do último dia. Pois um ano durava uma eternidade, as horas eram calmas, podíamos acompanhar a réstia do sol e contar estrelas. Pamonha, canjica e pé de moleque eram tarefas de dona de casa prendada, de quem o marido se gabava. Tudo era simples e barato, ninguém enricava com a festa. A novidade era a radiola portátil, e os conjuntos eram pobres de tecnologia, mas os instrumentos ricos de som e harmonia, manuseados com habilidade e gosto, na execução do repertório da festa do milho. Quando São Pedro se ia, ficava um aroma de saudade na fumaça das derradeiras fogueiras e no espocar dos últimos fogos.

Sosígenes Bittencourt