Momento Cultural: Nesse café refifence (poesia) – por Rildo de Deus

No tempo que eu era elfo
e não sentia cheiro da morte,
comia flor e semente,
nozes, muitas nozes

Bebia néctar nas flores,
vivia na luz do sol
QUENTE
Topei certa vez com uma vampiro
Que me achou pelo rastro
de meu sangue ardente
Bebeu-me a vida
Depois limpou a boca
como se limpa precedendo a lapada
do quartinho de aguardente

Gula vampiresca,
estupidez de ignorantes
No meu corpo só corria ambrosia
Comida de deuses

Ela caiu envenenada
Melhor que tivesse me engolido,
como fazem com os bois,
as serpentes.
Fomos amaldiçoados,
mesmo assim, eu inocente
Aqueles dente afiado
me tirou o sangue ardente

Já era, eu imortal,
elfo só tem precedente
Vampiro é tipo fino
Pena que come gente

Entre os vampiros
me considerarão pária.
Entre os elfos
eu caminhava pueril.
Era um ser do dia,
beijava girassóis,
Imortal, ser como um rio,
Pincel, pincéis, rouxinóis
Considerado entre eles
não é o que foi transformado
Mas, o que se tornou, por si;
Nobre, bonito, inteligente
A primeira noite que passei acordado,
foi por causa que me cresciam os dentes;
caninos felinos,
Unicúspides, alvo, crescentes

Grito, pro sol quando ele nasce:
Não me mate!
Me salve! Me salve! Me Salve!
Mãe foi quem desceu
logo, seu nome é Aurora
Só olhava e dizia:
Se afaste!, se afaste!, afaste!

Tu eis filho meu,
por Eu eis amado
Você agora é notívago
do escuro faça seu reinado
Nas trevas tem luz,
você precisa encontrar
Espelho não tem, ali não procure
Primário e secundário, reflexo você já perdeu

Seja feliz meu filho,
todo mudou e você cresceu
Agora eis vampiro
Vá embora, vá embora
Já amanheceu.

Rildo de Deus é Escritor e Estudante de Filosofia da UFPE

IBAMA CANTA DE GALO NO RIO GRANDE DO NORTE

No Alto do Rodrigues, oeste potiguar, o Ibama manda a polícia fechar uma rinha de galo. A polícia obedece, chega ao local e bota moral. Em meio a gritos e disparos, um idoso, que tinha a coragem de ver galo brigando, toma um susto e morre no hospital. Dos 145 galos apreendidos, alguns foram sacrificados sem serem interrogados, num verdadeiro “galicídio” ambiental. Ademais, a macacada vai responder por tráfico de drogas e porte de arma ilegal.

Um cidadão ainda tentou se justificar. Foi pior. Contou que aquela “cultura” era praticada naquele ringue, desde seus tataravós. Ou seja, cultura, na sua visão, não é teatro, literatura, folclore, etc, é apenas pega pra capar entre galos de briga.

Jânio Quadros, o homem da vassoura, que pretendia varrer a corrupção no país, durou pouco na Presidência da República. Depois de proibir o uso de biquíni, tomar porre de lança-perfume e rinha de galo, ficou tão antipático que terminou renunciando à presidência e espalhando que foi por causa de “forças ocultas.” Aí, posteriormente, as mulheres voltaram a mostrar as fronteiras das coisas proibidas, e os homens a tomar porre de lança e botar galo pra brigar.

Em resumo, no Rio Grande do Norte, quem canta de galo é o Ibama. Resta apenas esperar para saber se os autuados ainda terão coragem de voltar a ganhar dinheiro com rinhedeiros.

Sosígenes Bittencourt

Compesa da Vitória: COMITÊ ELEITORAL ROTATIVO.

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No dia de ontem (16) foi postada uma matéria no blog do Jamildo com o seguinte título: “Em Petrolina, prefeitura apreende máquina da Compesa  por esburacar rua sem autorização”. No bojo da informação da matéria disse ainda o gestor municipal de Projetos Especiais, Rogério Valença: “diversos ofício foram encaminhados e protocolados na Compesa, o primeiro em março, deste ano, quando davam ciência dos trabalhos que seriam realizados no centro da cidade, ao mesmo tempo que solicitava da empresa um relatório sobre a atuação da mesma nas vias”.

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Pois bem, como podemos observar, neste acontecimento, fica claro que na cidade de Petrolina o prefeito Júlio Lóssio tem pulso, tem planejamento e gerencia a cidade  verdadeiramente, bem diferente do nossa, que é uma verdadeira “TORRE DE BABEL” cuja agenda administrativa do prefeito  é regida, basicamente, pela perseguição política  e pelo calendário eleitoral.

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Não posso afirmar, porque não conheço todas as gerencias da Compesa no Estado, mas, é possível que o comando dos negócios da empresa, estabelecido aqui, seja um dos mais esculhambados de Pernambuco, ou seja: Em Vitória político é que manda, gerente  regionais aqui,  são meras peças decorativas.

Outro dia, escutei na Rádio Vitória FM uma entrevista do gerente regional da COMPESA – escritório Vitória – salve engano de nome Hermes, onde o deputado Henrique Queiroz, bem ao seu estilo, tratou o referido funcionário público como se fosse um dos seus “cabos eleitorais”, ou seja, fez proselitismo político em cima de uma funcionário de alto escalão da empresa para se promover publicamente.

O deputado Aglailson júnior, enquanto  esteve “mandando” na Compesa daqui,  até as barreiras da frente do escritório foram cortadas para servir  de abrigo para os “invasores” do grupo vermelho,  com total conivência da gestão do Governo Que Faz, à época, comandada por seu pai, o folclórico ex-prefeito José Aglailson.

Hoje, segundo informações, os “manda chuvas” da Compesa,  daqui,  é o prefeito Elias Lira e o seu filho,  que além  de usar os serviços da empresa como se fosse uma espécie de “sucursal” da prefeitura, tal qual no passado, também “liberou” as barreiras para novos invasores.

O curioso é que na história política recente da Vitória nunca ocorreu de os três grupos políticos locais, com assentos no parlamento estadual, ficarem em um  mesmo lado, ou seja: em Vitória não existe  político de oposição ao governo do Estado , motivo pelo qual, as rádios e a TV não podem meter o cacete na Compesa. Tempos bem diferentes daquele que a TV Vitória dizia que a Barragem de Águas Claras não existia. já em outra época, a Rádio Vitória FM fora apelidada de “Rádio Compesa” por baixar a lenha,  diariamente,  na empresa, nesta ocasião, a composição política já era inversa, ou seja,  Elias  é que fazia oposição ao governo do estado.

Portanto, fica aí provado,  mais uma vez,  que este pessoal – Elias, Aglailson, Henrique e filhos – não tem nada a dá para nossa cidade. Muito pelo contrário, estes sujeitos já vem “sugando”,  há décadas,  nosso município.

Vitória só avançará quando tirar do poder esses sujeitos que criaram um “clube”, cujo objetivo, entre outras coisas, é se apropriar de tudo que existe no município para manter o feudo e o curral eleitoral familiar.

ATHAYDE LOPES - Trazendo a boiada - Óleo sobre tela - 50 x 70

“Armadilha para animal selvagem” no Centro Comercial da Vitória.

Em pleno “coração da cidade” permanece aberto, há meses, um bueiro que deixa os transeuntes, sobretudo crianças e idosos, vulneráveis ao acidente. Qualquer pessoa desatenta que enfiar o pé nesta “armadilha’ para animais selvagens, com toda certeza terá problema sério.

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O curioso é que o  prefeito Elias Lira, para os empresário “bombados” do Shopping, ele dá terreno e os trata com todo privilégio. Já o tratamento dispensado aos empresários do Centro Comercial, depois que Elias transferiu seu comercio para a BR, é o pior possível. Os comerciantes precisam acionar as entidades representativas – ACIAV, CDL e Sindicatos – à praticarem a chamada “boa pressão”. Se deixar, o prefeito só vai ajeitar isso só quando tiver para acontecer uma caminhada política em favor do seu filho…

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Palinha do Léo dos Monges

País Tropical (Jorge BenJor)
Autor: Jorge BenJor


Moro num país tropical, abençoado por Deus
E bonito por natureza, mas que beleza
Em fevereiro (em fevereiro)
Tem carnaval (tem carnaval)

Tenho um fusca e um violão
Sou Flamengo
Tenho uma nêga
Chamada Tereza

Sambaby
Sambaby

Sou um menino de mentalidade mediana
Pois é, mas assim mesmo sou feliz da vida
Pois eu não devo nada a ninguém
Pois é, pois eu sou feliz
Muito feliz comigo mesmo

Moro num país tropical, abençoado por Deus
E bonito por natureza, mas que beleza
Em fevereiro (em fevereiro)
Tem carnaval (tem carnaval)

Tenho um fusca e um violão
Sou Flamengo
Tenho uma nêga
Chamada Tereza

Sambaby
Sambaby

Eu posso não ser um band leader
Pois é, mas assim mesmo lá em casa
Todos meus amigos, meus camaradinhas me respeitam
Pois é, essa é a razão da simpatia
Do poder, do algo mais e da alegria

Sou Flamê
Tê uma nê
Chamá Terê
Sou Flamê
Tê uma nê
Chamá Terê

Do meu Brasil

Sou Flamengo
E tenho uma nêga
Chamada Tereza
Sou Flamengo
E tenho uma nêga
Chamada Tereza

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Leo dos Monges

Botão RSB

POR FAVOR, ANDRÉ CARVALHO (PSOL), NÃO SE CANDIDATE!

Esta carta aberta é direcionada ao meu amigo André Carvalho, mas, é claro, deve alcançar todo o Movimento ‘Aposente um Vereador Vitoriense’. Tenho grande apreço pelo Movimento e sei que todos que o compõe são dignos do meu respeito. E, como eu sei que poucos irão ler essa carta até o final, convido a todos para comparecerem na sessão do Cine Avalovara, dia 19/07, às 17h no Silogeu/Matriz. Será um dia muito importante!

O ‘Movimento Aposente’ começou em crise. Isso é óbvio demais. Cansados da mesmice política da cidade, o grupo começou a pensar e agir politicamente para propor mudanças. Nesse sentido, a criação do próprio movimento – em abril de 2012 – foi uma atitude transformadora. Mas, será que uma aposentadoria é sinônimo de renovação? Será mesmo que aposentar os vereadores Bau Nogueira (PSD) ou Edvaldo Bione (PMDB) nos garantirá uma Câmara mais ativa e competente? São perguntas que eu gostaria de ouvir (ou ler) a resposta. Pode ser, André?

Ora, o grupo ficou conhecido na cidade como ‘Movimento Aposente’. Apesar de soar bem humorado, o nome me faz a pensar num ciclo vicioso onde tudo que sai é bem parecido com tudo que entra. Entende? Quem são os ‘novinhos’ da Câmara dos Vereadores? Não me diga que Irmão Duda (PSDC) e Toninho (PROS) são a marca da renovação política. Percebo, portanto, que aposentadoria não é sinônimo de renovação. Nem renovação é sinônimo de competência. A Casa Diogo de Braga é uma prova!

Conta pra mim: é verdade que Zé da Juliana vai ser o candidato a prefeito pelo PSOL? É verdade também que você irá apoiá-lo? Se por quaisquer circunstâncias você declarar apoio a Zé da Juliana, o sentido do Movimento Aposente entrará em profunda contradição. Pois, desde quando Zé da Juliana representa a RENOVAÇÃO? Desde nunca. Zé da Juliana, assim como Zé Catinga, assim como Zé Aglaílson, assim como Zé Joaquim, assim como Zé Ozaias… Enfim, todos esses Zés são um mau presságio. Você acha, André, que dessa forma a metáfora do ‘aposente’ prevalecerá?

(Vale lembrar que, como disse meu amigo Luan Ribeiro, essas eleições de 2016 serão as eleições dos PATRÕES. Os empresários vitorienses estão com muita sede e, diante da crise, que tal uma poderosa máquina pública para aliviar o bolso? Todos estão de olho no exemplo de um mega empresário da educação que, em breve, vai inaugurar uma obra milionária que promete não só arranhar o céu, como colher água direto das nuvens).

Por outro lado, o ‘Movimento Aposente’ faz dura crítica aos interesses hereditários que pairam há séculos nessa cidade. Afinal, esse micróbio genético parece não ter fim. É óbvio que Elias Lira (PSD) não morrerá sem deixar Joaquim Lira (PSD) totalmente amparado e aparelhado, armado até os dentes para vencer e comandar a cidade. Não tem jeito! Os pais, por mais que não amem os filhos, não querem perder a liderança. Coisas de macho, adulto, branco… sempre no comando! Isso tudo se repete: José Aglaílson e Aglaílson Júnior; Henrique Queiroz e Henrique Filho… só falta Zé Catinga e Zé Catinga Filho.

Não vamos perder o humor, André, pois as eleições estão próximas e já sentimos o mau cheiro. O Movimento Aposente já lançou candidaturas; já contribuiu na criação de outros grupos; já lançou manifestos; promoveu protestos e discussões; realizou eventos como o Aposente in Concert e feiras de livro; recentemente criaram o programa de rádio AposenteNews e conquistaram espaço nos blogs e sites da cidade e, na minha opinião, fizeram o principal: ocuparam a Câmara de Vereadores para fiscalizar os trabalhos e incentivar a participação política. Incrível! Isso foi tão importante, tão eficiente, que levou um vereador a ameaçá-los de MORTE em plena sessão ordinária.

Sabe o que vai acontecer quando você se eleger, André? Tudo vai ruir. Todo esse movimento lindo e grandioso que mete medo nos chefões da cidade vai desmoronar. Toda essa energia incrível vai ser canalizada no mandato e o mandato vai engolir a verve do Movimento. Eu não escrevi esse título à toa. É um pedido de socorro! A cidade precisa do Movimento enquanto movimento e não enquanto partido-eleito-mandato-sistema-câmara-dinheiro-ficha-apoio-suja…  Só nos livraremos dessa realidade quando da realidade nos livrarmos.

Por isso, André, eu penso que o movimento que você ajudou a criar vai te servir mais tarde. Será você mesmo um velho vereador pronto para ser APOSENTADO. Estarás velho e cansado, triste e abatido, infeliz e maltratado… Esse será o teu fim, caso você não opte pelo movimento das ruas, sincero, revigorante, honesto, suado e gratuito. Então, meu amigo, proponho que NÃO SE CANDIDATE.

Abraço,

Pablo Dantas.

Momento Cultural Aprofundamento – GUSTAVO FERRER CARNEIRO

Gustavo Ferrer Carneiro

Tira-me da ignorância
Mostra-me tua palavra
O verbo inconsciente
De quem sente
Ou mente
Algum demente

Mostra-me o amor
Na despedida
Um dia encontraremos
Na falha da vida
De quem fez
A falha de Santo Andrez

Perdidos dentro de si
Em busca do alguém
Confesso que não sei
Ou sei

Quem sabe?
Bebo de suas dúvidas
E compartilho
Exploro nas próprias veias
No sabor dos gestos
Mesmo indigesto

Descubra
Me cubra, me cobra
Essa é minha obra
Em busca do meu
Do seu
Do nosso
Amor…

(MOSAICO DE REFLEXÕES – GUSTAVO FERRER CARNEIRO – pág. 16).

Almoço Comemorativo…

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Por ocasião da passagem natalícia do Presidente do Instituto Histórico e Geográfico da Vitória, professor Pedro Ferrer, ocorreu, ontem (16), um almoço comemorativo na sua residência com amigos mais próximos. Bom tira-gosto, bebida gelada e uma dose de Pitú Gold para brindar. Parabéns, mais uma vez, ao amigo “Pedoca”.

Pedro Ferrer: “Parabéns pra você e muitos anos de vida”

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Hoje é o dia do aniversário do amigo “Pedoca”, como lhe chama os mais íntimos. Atual Presidente do nosso Instituto Histórico e Geográfico, professor Pedro Ferrer deverá ser bastante lembrado no dia de hoje (16). Sobre Pedro, no dia da passagem natalícia, não irei comentar nada sob pena de cometer equívocos e exageros, é que tenho por este sujeito muito respeito, consideração e admiração. Portanto, vou apenas contar uma história curiosa sobre ele.

Existia na cidade do Recife, nos anos 80 e 90, uma dupla folclórica conhecida como “Irmãos Eventos”. Abrahão e Joel Datz eram irmãos gêmeos e se notabilizaram por ser figuras carimbadas nos eventos da cidade. Lançamento de Livro, abertura de exposição, eventos políticos e tudo que fosse badalado os “Irmãos Eventos” marcavam presença.

Com barba farta e roupas surradas, normalmente carregando uma mochila qualquer, os Irmãos Abrahão e Joel também  eram figuras conhecidas dos  garçons mais tarimbados. Naquela época o professor Pedro Ferrer também usava uma exuberante barba.

12 - foto pedro pai e pedro filho
Pois bem, não sei por qual motivo os irmãos já conhecia Pedro inclusive a sua ligação com o Engarrafamento PITÚ. Vez por outra, nas festas onde a Pitú era patrocinadora, o que não era uma coisa rara, os irmãos, vez por outra, eram  confundido com “o homem da Pitú” (Pedro Ferrer) e daí por diante não lhes faltavam nada no que diz respeito à bebidas e petiscos.

Houve uma ocasião, inclusive, que depois de um dos irmãos ser bem cevado, com comida e bebidas diversas, foi abordado por um garçom que lhe fez um pedido de uma placa da Pitú para colocar no seu Bar. Foi quando um dos gêmeos arrematou: “você está me confundindo com Pedro Ferrer, eu num sou o dono da Pitú não”.

Em 1995 um dos irmãos faleceu. Outro dia, por ocasião da posse do professor Pedro Ferrer na UBE – União Brasileira dos Escritores – nossas lentes registraram o encontro dos velhos amigos, desta vez, um com barba e o outro sem.

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Ruas da cidade estão servindo de “deposito de mercadorias”.

Na tarde de ontem (15) trafeguei pelo bairro da Mangueira. No local conhecido como “Largo da Mangueira” o motorista tem que redobrar a atenção, isso porque tem uma verdadeira montanha de metralha no meio do local.

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Como bom observador, acredito que esta metralha deve está esperando “freguês”. Pegando carona na operação da Polícia Federal, deflagrada ontem, com toda certeza nossa cidade, Vitória de Santo  Antão, não é uma POLITÉIA.