IBAMA CANTA DE GALO NO RIO GRANDE DO NORTE

No Alto do Rodrigues, oeste potiguar, o Ibama manda a polícia fechar uma rinha de galo. A polícia obedece, chega ao local e bota moral. Em meio a gritos e disparos, um idoso, que tinha a coragem de ver galo brigando, toma um susto e morre no hospital. Dos 145 galos apreendidos, alguns foram sacrificados sem serem interrogados, num verdadeiro “galicídio” ambiental. Ademais, a macacada vai responder por tráfico de drogas e porte de arma ilegal.

Um cidadão ainda tentou se justificar. Foi pior. Contou que aquela “cultura” era praticada naquele ringue, desde seus tataravós. Ou seja, cultura, na sua visão, não é teatro, literatura, folclore, etc, é apenas pega pra capar entre galos de briga.

Jânio Quadros, o homem da vassoura, que pretendia varrer a corrupção no país, durou pouco na Presidência da República. Depois de proibir o uso de biquíni, tomar porre de lança-perfume e rinha de galo, ficou tão antipático que terminou renunciando à presidência e espalhando que foi por causa de “forças ocultas.” Aí, posteriormente, as mulheres voltaram a mostrar as fronteiras das coisas proibidas, e os homens a tomar porre de lança e botar galo pra brigar.

Em resumo, no Rio Grande do Norte, quem canta de galo é o Ibama. Resta apenas esperar para saber se os autuados ainda terão coragem de voltar a ganhar dinheiro com rinhedeiros.

Sosígenes Bittencourt

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