CARNAVAL DE ORQUESTRA, CARNAVAL DE TRIO

Todo ano, surge essa discussão. Obviamente que, se a invenção de Dodô e Osmar não houvesse se espalhado por outras regiões, não haveria essa celeuma entre os ritmos regionais. Mas, marketing é marketing. A mídia apoiou e a praga se disseminou. O que não aconteceu com o frevo pernambucano, que não se difundiu e, portanto, ficou um espetáculo doméstico, de nossas tradições e de nossas plagas. Evidentemente que, se o Trio pegou o universo adolescente, passou a fazer parte de sua história. Resta, apenas, preservar o Carnaval tradicional, com execução de nossas músicas, do ritmo mais genuinamente nacional – segundo Gilberto Freyre – que é o “frevo”. Afinal, não devemos sepultar nossas tradições, nossa cultura, em nome de produtos importados. Vale ressaltar, no entanto, que essa convivência deve ser pacífica, não resvalar para aquele posicionamento radical e binário: ou isso, ou aquilo. O respeito deve imperar, em nome do humanismo. O radicalismo exacerbado é o prelúdio do fundamentalismo intolerante. E se o Carnaval de Trio passar – tenham certeza – surgirá coisa mais estranha aos admiradores dos velhos Carnavais, o Carnaval das orquestras de frevo. Sempre haverá esse choque, entre gerações, difícil de administrar, tendo como único caminho a tolerância e o diálogo. É como aquela velha polêmica: o que é melhor, The Fevers, ou Calcinha Preta? O que sabemos é que The Fevers parece ser eterno. Ainda hoje, toca. Não sabemos, evidentemente, se o forró eletrônico permanecerá, ao longo de tantas décadas, a tocar. O que promove certa reação é que a música está se traduzindo em ensurdecedores batuques, sem variantes, sem literatura, como se a arte estivesse em crise, ou o verdadeiro artista, aquele reconhecidamente inspirado, estivesse em extinção. Essa melancólica constatação merece especial abordagem, pois os sublimes valores do ser humano devem ser preservados, o que sempre o distinguirá dos demais seres vivos do planeta.

Sosígenes Bittencourt

Orquestra Ciclone com CD novo praça.

Recebemos na tarde de ontem (16) na nossa redação, em visita de cortesia, o Maestro e comandante da Orquestra Ciclone, Givaldo Barros. Além da programação para o carnaval 2017 – a partir do dia 12 de fevereiro ao dia 05 de março – o amigo Givaldo também me ofertou o novo cd produzido pela Orquestra Ciclone.

Com clássicos pernambucanos e hinos das mais variadas agremiações vitorienses, o cd também trás, na sua faixa 03, a música produzida homenageando o diretor do Engarrafamento Pitú – Alexandre Ferrer no Frevo. A Orquestra Ciclone está na estrada desde de 1997 e é, junto com a Orquestra Venenosa, uma referência em frevo da nossa cidade.

“Os Barrigas da Água”: UM CARNAVAL PARA O POVO.

Configurando-se como uma das maiores força do carnaval tradicional da nossa cidade a Agremiação Carnavalesca, “Os Barrigas d’Água”, promove no domingo, dia 19, seu já tradicional desfile. Partindo da sua concentração, na comunidade do Sítio do Meio e adjacências, a multidão segue até o percurso oficial do carnaval, área central da cidade para marcar sua participação no carnaval vitoriense 2017.

Animados por duas orquestras de frevo – Ciclone e Venenosa – a agremiação produz, na sua essência, a mais pura tradução do carnaval popular, ou seja: UM CARNAVAL PARA O POVÃO.  Sua diretoria, unida e comprometida, é um exemplo de amor à causa. Recentemente, por exemplo, registramos a animação e expectativa de alguns dos seus diretores por ocasião da execução do hino da agremiação, Veja o Vídeo:

ABTV 20 anos – Virgens e Baby Alegria desfilam nesse final de semana.

Duas agremiações que são afiliadas a ABTV – Associação dos Blocos de Trio da Vitória irão desfilar nesse final de semana. No sábado, dia 18, “As Virgens da Vitória” promete manter a tradição de colorir o percurso oficial do carnaval vitoriense com  muito brilho confete e purpurina. A artista Vânia América é quem anima a festa.

Já na tarde do domingo, dia 19, a Agremiação Carnavalesca Baby Alegria  promove, a partir do Pátio da Matriz, uma grande festa para criançada. Com peça teatral, guloseimas e distribuição de vários produtos voltados para o público infantil, o cantor Serginho promete tocar músicas para agradar pais e filhos.

Batfino é a cara do carnaval vitoriense.

Indiscutivelmente o nosso amigo Batfino é um dos grandes foliões da nossa cidade. Sua presença é a confirmação de animação e criatividade. Recentemente, por ocasião da prévia dos “Monges”, Batfino interagiu com os componentes da Orquestra Temperada fazendo uma coreografia digna daqueles foliões que se entregam de corpo e alma ao Reinado de Momo. Veja o Vídeo: