Dentro do cronograma de reuniões da ABTV – Associação dos Blocos de Trio da Vitória – aconteceu, na noite de ontem (10), na sua sede, no bairro do livramento, uma reunião que, além dos afiliados, contou com presença da diretoria da ACTV – Associação do Carnaval Tradicional da Vitória -, dos secretários municipais Bio da Morepe e Coronel Targino, além de representantes da AGTRAN e de mais auxiliares.

A pauta, basicamente, girou nas questões do planejamento e execução das atividades dos agentes públicos, no que se refere à organização da nossa festa maior (carnaval).

Vários pontos foram levantados: comércio ambulante, iluminação do circuito oficial da folia, limpeza pública as ruas principais, nos dias dos festejos, fechamento das ruas, estacionamentos para veículos, poda de árvores e etc. Questões ligadas ao cruzamento de agremiações também foram discutidas.

Ao final do encontro podemos observar claramente à boa vontade dos agentes públicos envolvidos nesse contexto. Nós que fazemos a ABTV agradecemos a todos. Com a mudança da gestão municipal, estabeleceu-se, de fato,  um ambiente favorável para os debates e ações, envolvendo ABTV, ACTV, Polícia Militar e representantes da prefeitura.

Recebemos recentemente na nossa redação os diretores da Agremiação Carnavalesca “O Pereirinha”. De maneira sugerires essa brincadeira, por assim dizer, começou  com o pai de um dos diretores, que juntava os amigos para tomar umas e outras, sempre no sábado de Zé Pereira.

Particularmente tenho uma relação próxima com tudo isso. Todos os anos, com as sobras dos kits da Cavalgada Fest,  fazia a doação das camisas para o amigo Javan, de maneira original e brincalhona, tirar a sua onda e fazer do Pererinha  “O Bloco do Javan”, como bem realçou, na composição do hino da agremiação, o saudoso carnavalesco, Zeca de Abelardo.

O tempo passou e hoje “O Pereirinha” ganhou um novo formato, uma nova performance, até porque os tempos são outros e muitos dos convidados do Javan já estão brincando o carnaval no baile da eternidade.

De sorte que “O Pereirinha” continua firme. Esse ano tem seu encontro marcado para o dia 10 de fevereiro, no Restaurante Gamela de Ouro, 19h, com o super open bar e o open caldinho, mais orquestra de frevo. No palco, Helton Lima e Long Neck.

Segue, abaixo, o depoimento de quem tem “carnaval nas veias”. Andressa Carneiro postou na sua página do Facebook uma “memória afetiva”, uma construção ideias, uma verdadeira declaração de amor ao carnaval, sobretudo  ao seu histórico familiar. Vale apena ler:

As melhores Histórias
Os melhores carnavais
Minha vida!

Silvano hj contou, talvez mais uma vez, que Seminha e Painho na terça feira de carnaval, subindo a duque, no último desfile do Camelo, faziam os músicos tocarem mesmo que com a boca sangrando!

Imaginei que se fosse dentista naquela época, usando alguns recursos , pudesse ajudar!

Que nada!

Era muito gelo, muita vaselina, nem lembro minha idade (7?), mas lembro mainha me dando a pomada para distribuir entre eles!

E eles lá, tocando!!!
E mesmo que com a boca sangrando:
“Frevão” “Lágrimas de fogo”
“Bomba relógio” saiam daqueles instrumentos!

Vi bocas sangrando, mas ouvi os melhores frevos que jamais ninguém escutou!

Subi a duque, pequena, muito pequena, rodeada de músicos e me esquivando das brigas!

Talvez qdo a gente chora ouvindo um frevo ninguém entenda!
Ou qdo a gente quer está naquela muvuca do etesão, nos chamem de loucas!

Pq ninguém sente o frevo como parte de sua vida!

Não é só uma música!
É amor!

É amor!
Amor por uma época!
Amor por uma música!
Amor pelo frevo!

Andressa Carneiro.

Em recente missão especial na nossa polis, o amigo e parceiro Elaque Amaral (Super Oara) juntou-se a nós para contribuir e, ao mesmo tempo, concluir com o novo projeto musical da SAUDADE, visando o carnaval 2018. Agradeço, mais uma vez, pela sua doação e entrega nessa empreitada.

Na outra ponta, os também parceiros Aldenisio Tavares e Samuka Voice, compositores da referida canção, seguem enriquecendo Vitória de Santo Antão com suas produções musicais. Nossa terra, em tempo pretérito, em função da sua rica produção literária e artística, já recebeu o codinome de “Atenas Pernambucana”.

No próximo desfile da SAUDADE, porém, estaremos sendo brindados com mais uma música genuinamente vitoriense ou antonense, como gosta de chamar o eminente presidente do nosso Instituto Histórico e Geográfico da Vitória, professor Pedro Ferrer. Concluo, contudo, repetindo a seguinte frase: fazer carnaval não é só vender kit…

Escute o áudio completo.

Registramos, mais uma vez, o amigo Fabinho Godofredo fazendo seu show particular. No sábado (06), na Cascatinha do Daniel, face ao ensaio do Etesão, ao ouvir a execução da música (hino) da sua agremiação de coração – “Os Barrigas Dágua” – levantou-se da cadeira, rapidamente, e danou-se, tal um qual um passista adolescente, a pular, dançar e exibir sua peculiar coreografia. Eis aí, portanto, indiscutivelmente, um autêntico folião pernambucano, “made in Vitória”. Veja o vídeo: