Demolições necessárias

Necessidade. Em muitas circunstâncias a necessidade obriga-nos a tomar decisões muitas vezes antipáticas e aparentemente injustas. O progresso chegou à Vitória de Santo Antão de forma galopante e a cidade não estava estruturalmente preparada. Para melhorar seu trânsito e humanizar a cidade o gestor teria que remover barracas e até construções de alvenaria que invadiram impiedosamente e desordenadamente artérias importantes. Só se obtém omelete quebrando-se os ovos. Que se faça o principal e que a população seja beneficiada.

Segue uma reportagem do jornal “O Centro” de janeiro de 1937. Na data era prefeito o Coronel Sebastião Carneiro da Cunha  que teve a coragem de derrubar imóveis para abrir ruas e melhorar a qualidade de vida da população e o aspecto urbanístico da cidade. Segue o exemplo, Elias Lira!!!!!!!!!!!!!!! Aqui estamos para registrá-los e incentivá-lo a realizar melhorias no nosso trânsito.

Pedro Ferrer

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Nota do Instituto Histórico e Geográfico da Vitória

A diretoria do Instituto Histórico e Geográfico tem a alegria de comunicar-lhe o belo e exemplar gesto da professora Maria do Carmo Tavares de Miranda, vitoriense recém falecida, que nomeou nosso IHGVSA, como seu principal herdeiro em “Testamento Público”. Coube ao IHGVSA sua residência, dois terrenos, sua rica e vasta biblioteca, móveis, obras de arte e muitas outras peças.

maria do carmo tavares de miranda

Maria do Carmo Tavares de Miranda era professora de Filosofia aposentada da UFPE, doutora pela Universidade de Sorbonne , Paris, autora de vários livros e filósofa reconhecida internacionalmente. Sem sombra de dúvida, independente do gesto, a maior inteligência surgida até então na República das Tabocas.

Era filha do professor André Tavares de Miranda que manteve um educandário em nossa cidade por muitos anos. Seu irmão, Tavares de Miranda, era membro da Academia Paulista de Letras e cronista social da Folha de São Paulo.

Antecipadamente agradecemos a divulgação

Prof. Pedro Ferrer
Presidente do IHGVSA

Cópia de trechos do testamento da Professora “Maria do Carmo Tavares de Miranda”.

1- Maria do Carmo Tavares de Miranda

2 - Maria do Carmo Tavares de Miranda tres

Alcatraz

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alcatraz 005Quem não conhece esta famosa prisão americana de alta segurança que serviu de inspiração a famosos e vibrantes livros e filmes policiais?

Alcatraz é um rochedo (ilha) dentro da baia de São Francisco, na Califórnia. Fica a 10 minutos, de barco, da importante cidade que leva o nome da baia. A ilha foi comprada ao governo mexicano, no ano de 1847. Ela foi usada para diversos fins, primeiramente foi uma fortaleza militar, passando no ano de 1859 a ser utilizada como prisão militar. Nessa ocasião serviu para aprisionar os soldados desertores, traidores e delatores durante a Guerra de Secessão (guerra ocorrida nos Estados Unidos, nortistas\sulistas). Durante a Primeira Guerra (1914\1918) serviu de prisão para os cidadãos que se negavam a ir combater na Europa. Na década de trinta, período da grande recessão no país, foi comprada pelo Ministério da Justiça ao Ministério da Guerra e transformada em penitenciária federal de alta segurança. Em 1963 ela encerrou sua atividade e hoje é uma das atrações turísticas de São Francisco, se não a mais importante, a mais visitada. Entre os 1545 prisioneiros que por ela passaram, o mais famoso foi Al Capone, chefe mafioso sonegador de impostos e responsável por inúmeras vítimas. Durante seu funcionamento houve apenas 14 tentativas de fuga, quase todas fracassadas.

Suas principais edificações e instalações permanecem bem conservadas: setores de administração e de guardas, refeitório, cozinha, biblioteca, teatro, celas, solitárias e pátio de recreação. Durante a visita escutamos depoimentos de ex-presidiários que elogiam a organização e a boa alimentação de Alcatraz enquanto prisão.

 Pedro Ferrer

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Comentários – Por Pedro Ferrer

Dentro de alguns dias o senhor Elias Alves de Lira assumirá pela quarta vez, os destinos da Prefeitura. Uma grande distinção. Maior ainda, a responsabilidade. Elias Lira tem a oportunidade de fechar este ciclo político com louvor e distinção, de entrar para a História local, como o gestor mais operoso e eficiente. Nenhum outro ficou tanto tempo à frente da administração municipal.

A cobrança é e continuará grande. Cabe lembrar a máxima cristã: “a quem muito foi dado, muito será cobrado”.

Para os eleitores independentes e esclarecidos, (muitos deles eleitores de carteirinha do atual prefeito), que tem senso crítico e que anseia por uma cidade mais humanizada, mais segura e organizada, seus três mandatos foram frustrantes. Somos conscientes que suas administrações foram intercaladas por outras, tão ou mais retrógadas que as suas, mas tal não lhe justifica a inoperância e a falta de iniciativa em vários setores.

Inegável que ele realizou obras importantes e conseguiu atrair indústrias, todavia isto some ou perde sua referência, por incrível que pareça, diante dos “pequenos problemas” que nos afligem no quotidiano. Pequenos problemas que por imperícia, ou falta de visão, ou por falta de decisão política, se agigantaram: trânsito caótico, invasões de calçadas, de terrenos e de praças, animais soltos, lixos acumulados nos bairros periféricos, ruas esburacadas, iluminações deficientes, segurança precária, feira desorganizada, falta de apoio à cultura e à tradição e mais, mais e mais. Estamos nos transformando na cidade do JÁ. Já era, já foi, já teve: o melhor carnaval do interior, única cidade com zoológico, o mais folclórico São João do Estado, a mais concorrida procissão da Sexta da Paixão, matadouro etc.

Tornou-se tradição, nos momentos de transmissão do cargo, o prefeito que assume acusar seu antecessor de má administração e de outras mazelas:  cofre limpo, saldo bancário zerado, débitos acumulados: previdência, FGTS, funcionários e fornecedores. O prefeito Elias Lira fez muitas vezes menção à “herança maldita” que havia recebido do seu antecessor neste mandato que ora se encerra.

E agora, quem ou qual será o bode expiatório? A presidente Dilma? Aí no caso será uma cabra expiatória. Ou será a redução do IPI ou do FPM?

Mãos à obra senhor Elias Alves de Lira, o eleitorado da Vitória de Santo Antão deu-lhe uma vantagem de 3 mil votos no último pleito, porque ainda faz fé na sua capacidade e experiência como gestor. Aproveite a oportunidade para passar para História como o prefeito mais operoso e dinâmico da Vitória de Santo Antão. Encerro esta crônica transcrevendo o clamor do mais novo “cidadão vitoriense”, doutor Luís Carlos Ferrer Carneiro, em discurso proferido por ocasião da outorga do título pela Câmara de Vereadores. Seu clamor é um décimo daquilo que gostaríamos de sugerir-lhe para ser analisado e decidido em conjunto com a sociedade vitoriense:

“Aproveito hoje, como cidadão “oficial”, para fazer um pedido às autoridades políticas aqui presentes: nossa cidade está um caos na urbanização e no trânsito, sobretudo em seu Centro, precisamos resgatar algo simples, que pertence “à toda população, “ruas”, e o direito básico de todo cidadão, neste caso, ” literalmente falando”, que é o direito de ir e vir. Eu sei que não é um trabalho fácil e que implica em questões sociais, mas o Pátio da Feira tem que voltar a ser um Pátio de Feira, as ruas e calçadas que sempre o rodearam têm que voltar a ser transitáveis, nem que seja mantendo os comerciantes fixos, mas apenas no centro do Pátio, reabrindo a circulação destas ruas e calçadas que o cercam, bem como os largos em volta do Mercado de Farinha, de um lado onde estão as feiras da sulanca e do “Paraguai”, e do outro lado, com circulação em pleno Pátio da Feira. Ainda sobre este magnifico prédio secular do referido Mercado, livrar as suas calçadas de construções fixas em alvenaria, também livrando a Rua André Vidal de Negreiros (mais famosa por Rua do Barateiro, ou mesmo Rua da Águia). Eu sei que não é uma tarefa fácil, mas tem que haver uma transferência dos comerciantes ali irregularmente instalados, afinal tudo aquilo é terreno público. Não adianta ficar discutindo como foi e quem permitiu o início de tudo isso, precisa haver uma ação de resgate da cidade e da cidadania..

Notícias de Sacramento, na Califórnia

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Pilako, você fala tanto de lixo e animais na rua. Hoje pela manha meu filho perdeu a hora da coleta, que acontece 3 vezes ao mês.

– E agora Pedro Tiago,o que fazer?
– Vou telefonar para a empresa vir busca-lo.
– Oi, e eles vem?
– Claro.
– Paga?
– Sim. O recolhimento do lixo e pago. Pago 150 dólares por mês.
– Empresa particular?
– Não, a empresa pertence a Prefeitura de Sacramento. Não tem boquinha.

Aqui, meu amigo Pilako é assim. Se nossos gestores sabem vão querer nos tributar e o serviço continuará com a mesma precariedade. No nosso caso a coleta é ou deve estar embutida em outro imposto.

O que importa e que a população de Sacramento e bem atendida e não ha lixo acumulado nas esquinas, tão pouco animais soltos nas ruas.

Abraço e ate outra vez

Pedro Ferrer
De Sacramento, Califórnia – EUA

Notícias da Califórnia

pedro

Olá, Pilako

Encontro-me em Sacramento, capital da Califórnia. Frio de matar, inclusive nevou.

Cheguei ontem de Arcata,  cidade ao norte da Califórnia. É a região da conhecida Floresta Vermelha (Red Wood) onde podemos observar as maravilhosas e gigantescas sequoias, árvores que atingem mais de cem metros de altura. Anteriormente conheci uma e a fotografei, que foi cortada para formar um túnel, por onde dá para  passar  um veículo de passeio. Outro destaque da região é a Universidade de Humbold. Nome em homenagem a um cientista holandês que percorreu o Brasil realizando pesquisas na área da Botânica, inclusive esteve em Pernambuco. Visitei mais uma vez o Laboratório Marinho da Universidade.

Pedro Ferrer

CEM ANOS DO NASCIMENTO DE GONZAÇÃO

Os alunos da rede municipal (Escola Weigélia Galvão e Comercial Prefeito José Joaquim da Silva), sob a coordenação e orientação do professor Johnny Retamero, tiveram a magnífica ideia de mandar rezar e participar de uma Missa oficializada na paróquia de Nossa Senhora do Livramento, em sufrágio da alma do Rei do Baião. Graças a estes jovens, ao dinâmico professor Johnny Retamero e ao Instituto Histórico e Geográfico local, os cem anos de Gonzagão não passaram em branco na República das Tabocas. Luís Gonzaga bem que merecia um pouco mais de atenção por parte dos vitorienses. Vale ressaltar que  nossa Vitória de Santo Antão foi tema de músicas do Rei do Baião. Lembro ainda, que ele compôs um baião, (BALANÇA EU), com o jornalista e escritor vitoriense, já falecido, Nestor de Holanda Cavalcanti Filho.

Pedro Ferrer

Silogeu à disposição da população vitoriense

Tem sido notória a participação do Instituto Histórico nos eventos culturais e escolares da cidade. A entidade tem aberto seu auditório, o Silogeu, em apoio às escolas, sindicatos, entidades de classe, movimentos artísticos, apresentações teatrais etc. Neste final de ano, praticamente, esteve aberto três vezes por semana. É uma grande marca. Não foi em vão que nossos antepassados investiram no Instituto Histórico e Geográfico.

Educação, sempre Educação. Pobre Brasil.

Educação, sempre Educação. Pobre Brasil. Há anos é a mesma cantoria: ONGs, associações, entidades, gestores de todas as esferas, afinal, o diabo a quatro e nosso nível lá embaixo. Muita farofa e pouco peito. Para não dizerem que estou com inveja porque não estou inserido neles e mamando, faço questão de dizer que gostaria imensamente de fazer parte desses grupos. Todavia, com os medíocres resultados em pauta, não sei se teria saco em ficar.

Pesquisa encomendada à consultoria britânica, Economist Intelligence Unit (EIU), pela Pearson, empresa que produz sistemas de aprendizado e vende seus produtos a vários países, analisou os sistemas educacionais de 40 países. Apresentou nosso Brasil, um resultado bem pequeno, nanico de fazer medo. Ficamos no penúltimo lugar, “incluído na lista dos piores sistemas de educação do mundo”. Ganhamos (ou verbinho mal empregado) apenas para a Indonésia, última colocada. Melhor dizermos, perdemos para 38 países (agora o verbinho está correto).

“Para Michael Barber, consultor-chefe da Pearson, as nações que figuram no topo da lista valorizam seus professores e colocam em prática uma cultura de boa educação”.

Os critérios de avaliação, tecnologias adotadas no levantamento dos dados, comentários, críticas e sugestões podem ser lidos nos jornais de grande circulação, em 28 de Novembro, Jornal do Commercio, por exemplo. Adianto, para aqueles, que não têm tempo de ler o artigo, que os testes foram efetuados nas áreas de matemática, ciências e habilidades linguísticas.

Tidas como “super potências” da educação, a Finlândia e a Coreia do Sul dominam o ranking, e na sequência figura uma lista de destaques asiáticos, como Hong Kong, Japão e Cingapura. Alemanha, Estados Unidos e França estão em grupo intermediário. México, Brasil, e Indonésia integram os mais baixos”.

Sem desprezar a importância dos investimentos, o estudo dá maior ênfase ao respeito e à manutenção de uma cultura nacional de aprendizado que valoriza professores, escolas e educação como um todo.

O estudo demonstra o bom desempenho das nações asiáticas: “nesses países o estudo tem um distinto grau de importância na sociedade e as expectativas que os pais têm dos filhos são muito altas. Comparando a Finlândia e a Coreia do Sul, por exemplo, vê-se enormes diferenças entre os dois países, mas um “valor moral” concedido à educação muito parecido”.

Não é fora de propósito repetir, repetir, repetir à exaustão as consequências negativas produzidas por um fraco sistema educacional no progresso de um país. Os problemas que flagelam nossa educação têm início na época colonial, entraram pelo primeiro império, arrastaram-se pelo segundo e chegaram engatinhando à república. Todas nossas medidas são paliativas, curativos de esparadrapo. Político algum corta os problemas na carne. Sabem cortar, isto sim, os investimentos do setor. Desviam até dinheiro e fazem mirabolantes maracutaias. Ainda há brasileiros com pena dos malandros da quadrilha do mensalão. O dinheiro surrupiado para fins escusos com certeza faz falta às nossas crianças.

“Há ainda menções às consequências econômicas diretas dos sistemas educacionais de alto e baixo desempenho, sobretudo em uma economia globalizada baseada em habilidades profissionais”.

Finalizando, o relatório destaca a importância de se contratar professores qualificados e obviamente com excelente remuneração.

Eu de minha parte finalizo relembrando que, no último senso do ME, dois educandários vitorienses tiveram péssima performance no ranking nacional. Não li, não vi, tão pouco ouvi comentários sobre uma proposta de discussão,  a respeito desse catastrófico resultado apresentado por essas duas de nossas escolas. Por que a Secretaria de Educação do Município não abriu um sério debate para expor aos vitorienses o por que de tamanho fracasso e sobretudo abrir os corações e as mentes para uma análise do nosso sistema educacional?

Educação é um tema e uma tarefa que diz respeito a todos segmentos da sociedade.

Pedro Ferrer

Edgard Valois será um dos homenageados pelo IHGVSA na noite de hoje (23)

O Instituto homenageará hoje três personalidades vitorienses com importante contribuição para sua história. Um deles é o doutor Edgard Valois. E quem foi Edgard Valois?

Edgard Valois, membro de tradicional família vitoriense, nasceu  no ano de 1896. Formado em Farmácia, exerceu sua profissão com denodo, competência e aplicação. Sua farmácia, Farmácia Galeno, situava-se na praça Duque de Caxias e estava sempre aberta aos menos favorecidos. Homem profundamente religioso, kardecista e dedicado ao lar. Teve três filhas: Lúcia, Sara e Berta. Além da atividade atinente à sua formação científica, doutor Edgar foi co-fundador e presidente da Cooperativa Banco Popular da Vitória. Além desses afazeres profissionais, encontrava tempo de escrever para nossos periódicos, tendo ocupado a direção de alguns deles. Edgard Valois era um homem modesto, sereno e de uma grande firmeza de caráter. Esta homenagem, decidida há anos e só agora concretizada, é o testemunho do reconhecimento do Instituto Histórico e da sociedade vitoriense a este valioso filho da República das Tabocas.

Pedro Ferrer

Lixo de luxo

Cidade de Kristianstad, na Suécia, gera 98% da energia com o prórpio lixo

A Suécia desde a década de quarenta assumiu o compromisso de minorar as agressões ao meio ambiente. Uma das medidas foi a reciclagem do lixo. Desde então a Suécia adota o lixo como matéria prima para várias finalidades e uma delas é a produção de energia. O aproveitamento do lixo atingiu um alto nível e uma grande dimensão. Lá está faltando lixo e o país terá que importá-lo neste inverno para produzir energia para aquecer as residências e locais de trabalho. Lixo de luxo. Enquanto a Suécia importa lixo, aqui, alguns seres humanos nem lixo tem para comer.

Professor Pedro Ferrer

Julgamento que incomoda.

Lendo a Folha de São Paulo na manhã de ontem (30), fiquei preocupado e com a pulga atrás da orelha. José Dirceu e Delúbio Soares organizaram um churrasco para festejar a vitória de Haddad, candidato do PT, à prefeitura de São Paulo. Ao churrasco compareceram entre outros o senhor José Genoíno. Sabemos que os três foram condenados no processo conhecido como mensalão. Festejar a vitória do Haddad, nada demais. Bastante justo. Mas eles dois, Dirceu e Genoíno, soltaram esta blasfêmia:”os dois se preparam para se lançar numa ofensiva pela reforma do Judiciário e a regulação da mídia a partir de amanhã”.

A reforma do Judiciário até que cabe. Aliás, especialistas e até mesmos juízes proclamam e defendem uma reforma do mesmo. Mas controlar a imprensa! Preocupa-me esta satânica ideia de “regulação da mídia”. O deus miniatura, Lula da Silva, já aventou esta ideia.

Por que regular a mídia? A imprensa tem que ser livre. Livre e responsável. Quem se sentir ofendido ou prejudicado recorra aos Tribunais. Regular a mídia jamais. A liberdade de imprensa incomoda aos corruptos e desonestos. Deixa-me triste essas insinuações partirem do PT. Do PT, porque ele veio para moralizar a política brasileira e anda claudicante. Além de entrarem no esquema de corrupção (conclusão do Supremo, não minha) querem regular a imprensa. Pega um aeroplano e dá um pulinho do outro lado do Atlântico. Caminha pelas ruas de Paris, toma uns porres de democracia e liberdade, depois volta para a aldeia.  

Professor Pedro Ferrer

Eleições 2012

Estamos chegando à reta final do processo eleitoral. Alguns versículos do Eclesiastes, um, entre os vários livros bíblicos, considerado da sabedoria, calham perfeitamente neste final e no período pós-apuração. O capítulo 3 inicia assim:

Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus”…

Um pouco mais adiante lemos:

“tempo para calar, e tempo para falar” .

falamos demais, soltamos impropérios, agredimos, levantamos falsos, mentimos, prometemos o impossível, iludimos com vãs palavras os eleitores. Afinal, digerimos e expelimos palavras felinas. Chegado é, o momento de calar.

O escritor sagrado continua:

Tempo para chorar, e tempo para rir; tempo para gemer, e tempo para dançar”…

No dia 7, saberemos quem vai chorar e gemer. Quem rirá e quem dançará.

Meu instinto profético diz-me que, quem chorará e gemerá será o povo.

Que meu vaticínio não se concretize. Que o Senhor ilumine o vencedor. Abra seus olhos. Que ele trilhe pelo caminho da honestidade e da responsabilidade. Que faça uma administração voltada para a coletividade e consiga atender os anseios básicos da população vitoriense.

Paz para todos os vitorienses.

Pedro Ferrer

Manaus e Vitória

Como não poderia ser diferente, a capital amazonense está fervilhando. Os políticos, no mesmo ritmo dos nossos, fazem promessas mirabolantes, impossíveis de serem atendidas.

Manaus é uma cidade com lixo em vias centrais, falta de água, praças abandonadas, prédios mal conservados. No quesito praças, elas se assemelham. Assim como Vitória, Manaus (refiro-me ao centro da cidade) só tem uma praça organizada (praça da Polícia) conservada, florida e bonita. Esta praça lembra a nossa da Matriz, só que a nossa é bem superior. As demais praças de Manaus, que eu conheci, estão tão abandonadas quanto as nossas outras. Mas há um detalhe, amigo Pilako, no qual Manaus perde para Vitória, não há animais soltos nas ruas.

Vamos aos aspectos positivos da capital amazônica: o teatro da Amazônia, fruto do tempo áureo da borracha, é lindo e gigantesco. A visita custa R$ 10,00. Do teatro descemos a pé até o porto fluvial, passando e visitando a catedral, o velho relógio e a alfândega.

No final conheci a Academia Amazonense de Letras. Lembrei-me, com entusiasmo e saudade dos acadêmicos vitorienses. Mais do que saudade de Severina Moura, Serafim, Fátima Santos, Savana, Egídio, Lúcia Martins, Aldenísio, Gasparina, Arquiles, Rafael, Valdinete e Luciene Freitas, a tristeza invadiu-me e um sentimento de frustação e revolta aflorou no meu interior. Sede organizada, reformada e bem conservada, tudo com o apoio do poder público. Fiz um paralelo com a mísera situação do Sobradinho da rua Imperial que aguarda a complacência do nosso gestor municipal.

Pilako, seguem fotos: uma do teatro e duas da Academia. Abraço e recomendações a todos.

Pedro Ferrer

O buraco da fechadura

A disputa política acelerou. Entrou, mais cedo do que eu esperava, em um ritmo alucinante. Carreatas e passeatas diariamente. Haja folego para tanto. Hoje vou dar uma de cientista politico. Tá achando pouco?

Amarre seu cavalinho atrás da minha carroça que eu amanheci inspirado. Baixou em mim o espírito do Zé Bufa, analista político do bom. Pense em um analista político! Zé Bufa era um misto de cientista político, sacristão e doido. Doido 22 horas ininterruptas, por dia. Morava ele na Silva Jardim, defronte à casa dos pais do Pilako, próximo da Matriz de Santo Antão, sua cátedra e local de trabalho.  Zé Bufa corria doido nas noites do sábado de Aleluia. Mais doido ainda quando alguém gritava que ele roubara a aleluia. Nunca entendi o que vinha a ser roubar a aleluia. Diziam os entendidos que se a aleluia não aparecesse o mundo se acabava. Eu morria de medo com essas invencionices populares.  Padre Renato explica?. Voltemos ao Zé. Zé era doido, todavia não tinha nada de burro. Nisto me acho muito parecido com ele: doido, mas não burro. Voltemos ao assunto pertinente. Regressemos, para não ficar repetitivo. Sim, caro leitor, regressemos à República das Tabocas ou como querem os Ferrer, à República da Cachaça.

Na corrida eleitoral temos dois alazões que provocam uma acirrada disputa. “Ambos os dois” têm chance de vitória. Um corre na raia interna. Interna do poder. Vai de arreios e sela amarelos. Ele é irmão gêmeo, uni vitelino, do ex-deputado federal que está sempre ao seu lado e que irá tentar a reeleição para a Câmara Federal. É o deputado que prometeu um computador para o Instituto. A bem da verdade, prometeu e cumpriu. Só que o cpu do computador, usado, refugo da Câmara, chegou oco. Fizemos-lhe ciência do ocorrido. Prometeu averiguar e providencias seriam tomadas. Estamos à espera. Essa história de computador oco parece história da carochinha e nada tem a ver com nosso tema. Eu me propus fazer uma análise política do estágio atual da campanha eleitoral e fico divagando. Voltemos.

Dentro de uma linha de raciocínio aristotélico e cartesiano, estamos diante de dois fieis discípulos do guru Maciel. Reservados, circunspectos, como gosta e recomenda o mestre. Cumprimentam com deferença os eleitores e os subalternos. O azalão de arreios amarelos está no trono. Tem a chave do poder. Poderá ganhar, tem chances reais. Depois deste magnifico raciocínio e extraordinária colocação filosófica, sou ou não sou cientista político? Eu disse, poderá ganhar.

O outro corre na segunda raia. Vai todo de vermelho e chegou com força total. Como diz o dr. Bione, o “véio” entrou com gosto de gás. Forte. Muito forte. Tem chance. Sua astúcia, sua inteligência, sua matreirice, sua esperteza, sua malícia e experiência metem medo. É uma experiência secular desde a época do velho avô. DNA político e ambição pelo poder não lhe faltam. A reboque trás outra “caiga” de DNA político, só que modernizada e  intelectualizada, cheia de fetiche, a filha.

O quadro é este, vejam como eu sou sabido, observem como sou “inteligente” . Um dos dois ganhará. Os dois vencerem é impossível ou outro cientista, tem como defender esse axioma? Não precisa comer merda de cigano para anunciar tal profecia e tirar tão fantástica conclusão.

O terceiro cavalo é fraquinho em relação aos dois alazões. Mas deve competir. Oportuna ocasião, mesmo tardia, para lançar uma terceira via. Veste-se também de vermelho.

Finalmente, recomendo aos cruzados, correligionários, guerreiros, interesseiros, babões,  parasitas, sugadores e malabaristas, que lutem até o último instante. A eleição só acaba depois de computada a última urna. Recordam-se de 2008?

Pedro Ferrer

Feira de arte e artesanato

A Feira de Arte e Artesanato promovida pela Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência com o apoio do Instituto Histórico e Geográfico foi um sucesso em termos de qualidade e variedade artísticas. No primeiro dia o ponto alto foi a apresentação do grupo “Literatos Poemas da Zona da Mata” liderado pelo professor Rafael Oliveira que encenou poemas de Ascenso Ferreira e de João Cabral de Melo Neto. Nessa mesma tarde tivemos uma demonstração de maquiagem com três manequins magnificamente trabalhados pelo Bruno Ramalho (Bruninho).

No segundo dia, sábado, a programação foi mais recheada, recheada de arte e cultura populares. O primeiro a se apresentar foi Rildo de Deus e Melo que esbanjou arte e sensibilidade, declamando poemas de sua autoria e de outros, acompanhado por violão e percussão. Em seguida tivemos a sensação da noite, o Pastoril da Terceira Idade da Paróquia da Matriz. As belas e desenvoltas pastoras dançaram e cantaram para alegria e emoção de todos os presentes. Paralelamente os visitantes da feira circulavam para observar o artista Clayton Cordeiro realizando suas belas maquiagens. Em seguida tivemos momentos de cantorias, “Natureza em Versos”, interpretadas pelo violeiro Zé Francisco (Chico). Fechando a noitada do sábado o Mamulengo de Glória do Goitá com alegria e espontaneidade levou o riso a todos os presentes.

No domingo, as barracas, logo cedo já estavam armadas: bonecas, almofadas, toalhas, blusas, doces e salgados eram disputados pelos visitantes. À tarde, a partir das 15 horas tivemos uma sequência de várias apresentações: Exibição de Anime Japonês, Caluas de Pirituba, Maracatu Leão das Tabocas, Ciranda e Banda Livre de João Felix. O ponto alto da tarde, pela beleza e pela novidade, foi a dança do ventre apresentada por Simone Mahayla e duas alunas. O encerramento ocorreu no Silogeu com “Andarilhos da Poesia Pernambucana”.

Apesar de um bom movimento de púbico, creio que a afluência poderia e deveria ter sido  melhor. O lado positivo foi a ausência total dos políticos. Já que eles não desenvolvem, nem nutrem simpatia pela verdadeira arte, pela autêntica tradição e pela cultura, melhor que fiquem  afastados, só assim não atrapalham.

Pedro Ferrer

Caso Preocupante

Foto ilustrativa

Hoje tive a confirmação de um fato preocupante que reflete um momento difícil do nosso sistema educacional. A FAINTVISA não realizou vestibular para os cursos de licenciaturas e por uma razão, diria até vexatória: número de candidatos insuficientes para formação de uma turma.

Para quem não sabe: licenciaturas são os cursos destinados à formação de professores. Portanto, o primeiro período das licenciaturas não funcionará no segundo semestre de 2012. Dado repassado por colegas professores da entidade.

Minha preocupação está alinhada mais ao problema do magistério secundário e não ao fato da FAINTVISA ter mais alunos ou menos alunos. A FAINTVISA tem outros cursos que são os chamados puxadores de matrículas e que funcionam com matrícula plena. A falta de alunos nas licenciaturas será compensada por esses cursos locomotivas. Mas, a direção do estabelecimento tirará de letra e encontrará soluções para o caso. Elas existem. A FAINTVISA sairá ilesa. Até aí, tudo bem.

O que me aflige é o reverso da medalha.

A pouca procura pelas licenciaturas é um sintoma grave: POUCOS QUEREM SER PROFESSORES. Cada dia que passa diminui o número de candidatos qualificados e antenados com o magistério. Classe desprestigiada, mal remunerada, mal assistida, mal preparada, mal, mal … Bote mal nisto. Os professores em aula são agredidos pelos alunos e desrespeitados pelos pais. Acabou-se a hierarquia e o professor tornou-se uma figura decorativa. O magistério já não exerce fascínio sobre os jovens. Ficou para as “calendas gregas” aquela imagem do magistério ser um sacerdócio. Os professores têm família, deveres, direito ao lazer, necessitam especializar-se e nada disto se faz sem dinheiro.

A política educacional dos governantes brasileiros, em todas as esferas, continua capenga e rasteira. Sem ambição e sem compromisso com a sociedade vai de mal a pior, engatinhando ou se arrastando na horizontal. As greves estouram em todas as regiões do país e os políticos estão rindo à toa e a macaca descendo em cima dos professores. Como diz o Pilako, TOME PAIMA, TOME PAIMA E TOME PAIMA.

Reflitam sobre estas  duas questões: – teremos professores suficientes no futuro, caso o governo permaneça com esta politica educacional? Se a resposta for sim, qual será a qualidade dos profissionais que serão lançados no mercado?

Cuidado, cuidado, senhores gestores, um  dia poderá prevalecer a sábia e filosófica sentença emitida pela pequena lagartixa, ao ver  os jacarés  nadando e brincando na lagoa, zombando dos menos favorecidos:  “deixa estar jacaré, a lagoa há de secar”.

Pedro Ferrer

Um tiro no próprio pé.

Foto: Divulgação

Sei que nosso blog trata exclusivamente ou especialmente de assuntos atinentes à nossa cidade. Mas o caso, e por se tratar de Lula, merece uma avaliação. O ex-presidente faz parte também de nossa história. Há dois dias Lula selou uma aliança com Paulo Maluf em apoio ao seu candidato (PT) à prefeitura de São Paulo.  O gesto provocou a renúncia de Erundina que havia aceito ser vice-prefeita. Todos sabem que Maluf há anos é caçado pela Interpol, pela Polícia Federal, pela Procuradoria Federal  etc. Como pode Lula aceitar o apoio de um desqualificado de tal categoria? Desqualificado que foi rejeitado pelo PFL e pelo DEM?

Será que nosso ex-presidente se acha intocável, blindado e inoxidável. Será que se acha um deus?

Em Vitória de Santo Antão temos alguns políticos que também se acham blindados e que se consideram estar acima do bem e do mal.

Pedro Ferrer

VIA CRUCIS

O caminho da cruz do Sobradinho permanece. São quase seis meses de reivindicações.

Preocupado com a situação, o Instituto Histórico vem efetuando todas as “démarches” necessárias: 4 requerimentos foram protocolados e encaminhados; vários contatos com a Secretaria de Obras; três vezes fomos recebidos  na Secretaria de Governo; 4 contatos com a Procuradoria, dois deles pessoalmente e dois por telefone; três contatos diretos com o prefeito e seu chefe de gabinete; um contato com a FUNDARPE. O prefeito concorda e promete sanar os danos. Entretanto nada de concreto se realizou. O Instituto não dispõe de recursos.

No momento a situação se encontra no seguinte patamar: – no dia 28 de maio protocolamos um requerimento à Prefeitura solicitando ajuda; – na ocasião, solicitei pessoalmente ao secretário do prefeito, que o encaminhasse ao procurador para ele emitir um novo parecer, já que o empecilho legal tinha sido removido; – o secretário achou melhor devolvê-lo ao Instituto, ao mesmo tempo em que solicitava, de acordo com instruções do prefeito, novo requerimento (ver abaixo).

Diante do novo fato, os diretores do Instituto se reuniram e decidiram por unanimidade:

– o Instituto não enviará nenhum outro requerimento; – para a direção da entidade o que tinha que ser feito, já foi feito; – a prefeitura sabe o caminho e sabe como sanar os danos; o empecilho, alegado pela Procuradoria, o imóvelser tombado pela  FUNDARPE, foi removido.

Este documento será encaminhado ao Prefeito e Secretário. Ficaremos no aguardo de uma solução mais rápida e menos burocrática.

Lembramos que o Instituto acompanhará, caso sejam realizados, todos os serviços de intervenção no imóvel Sobradinho.

Cópia do encaminhamento da Prefeitura