MOMENTO CULTURAL – Arquivo Morto – por STEPHEN BELTRÃO.

 

Duro de matar
Duro de morrer
Assim é o meu amor
Por você.

 

Lembro-me que
Todo amor é assim…
Quando nasce é de um só
Depois os dois o jogam na lama
Após morrer em uma cama
Chega ao fundo do poço
Depois de se tornar frio e fosco.

 

Que pena!
Nasce lindo
Vive insistindo
E ser totalmente encostado
Sem mais nem menos
É jogado em um arquivo morto.

STEPHEN BELTRÃO.

 

Recordar é Viver: No tempo de eu menino – por Sosígenes Bittencourt.

Dentre as figuras lendárias e bizarras das quais tive notícias e algumas conheci, em Vitória de Santo Antão, espero que alguém relembre MANÉ CAPÃO, MÃO DE ONÇA, CAFINFIM, PAPA-RAMA, DIDI DA BICICLETA, BIU LAXIXA E O CORCUNDA ANÍBAL.

MANÉ CAPÃO tinha os trejeitos de um primata. Haja vista que andava de pernas arqueadas, pendendo para os lados, erguendo a cabeça e fazendo bico com a beiçola. Às vaias e insultos que recebia, respondia na pedrada. Não é preciso dizer que lascou cabeça de gente, estilhaçou vidraças e botou muito sujeito pra correr. Recordemo-lo. Penso que quem o insultava era pior que ele.

MÃO DE ONÇA nunca deu um soco num atrevido para não vê-lo estatelado no chão. PAPA-RAMA brigava com 4, na braçada. Parecia um viking. DIDI DA BICICLETA tinha o corpo fechado, porque a caixa dos peitos era rendada de tiros sem ter baixado à sepultura.CAFINFIM dava óleo queimado para os presos beberem, e BIU LAXIXA era tão doido que, quando corria na frente, ninguém corria atrás. E ainda tinha FERRO, um negão que dava beliscão em menino.

Não sei quem se lembra, mas eu conheci a figura cinematográfica do CORCUNDA ANÍBAL. Andava pelas ruas resmungando e exalando um nauseante aroma de pão e banana, como se fosse um personagem de filme de terror. Aníbal tinha o hábito de apalpar  o seio das mulheres, o que o tornava mais apavorante. Não sei do que morreu nem exatamente quando, o que lhe empresta uma feição misteriosa e hugoana, à la O Corcunda de Notre Dame.

Sosígenes Bittencourt

Momento Cultural: ESPAÇO – por MELCHISEDEC

 

Para nós, seres humanos, o nosso espaço no cosmos, começou a três milhões e quatro centos mil anos, porém, só a trinta mil anos, começamos a entender onde vivíamos e o que éramos.

Conquistamos o fogo, iniciamos plantio das sementes, aprendemos lidar com os animais, aplicamos nosso primitivo talento para criar os instrumentos de trabalho, usando a pedra, depois descobrimos o ferro e o bronze que permitiam um avanço significativo na nossa arte de fazer as coisas.

Com o ajuntamento das pessoas, formamos as tribos, as comunidades agrícolas que foram evoluindo até a formação das cidades.

Nesse vasto espaço cósmico, a nossa memória parece confinada no estreito lugar do planeta em que vivemos. Pouco a pouco vamos aparecendo em forma de escritos históricos para dizer à posteridade o que fomos, o que somos e o que seremos.

Hoje, todas as pessoas de quem ouvimos falar, viveram e lutaram em algum ponto deste planeta.

Todos os reis, sábios, nobres e plebeus, batalhas, guerras, migrações, invenções, tudo que há nos livros, sobre a história do homem, aconteceu aqui.

Dentro desse imenso espaço do universo de onde emergimos, somos um legado de vinte bilhões de anos de evolução cósmica.

Agora vemos nosso planeta à beira da destruição. As máquinas mortíferas inventadas pelo homem para sua própria destruição. É a inversão de valores.

A maldade tomou conta do coração do homem. Agora temos que melhorar a vida na terra e conhecermos o universo que nos criou, sem desperdiçar nossa herança de vinte bilhões de anos numa autodestruição insensata.

O que acontecer no próximo milênio, dependerá do que fazemos aqui a agora, usando a nossa inteligência e a nossa vontade para salvar o planeta.

Lembremos que: “há mais coisas entre o céu e a terra de que supõe vã filosofia”.

(VERDADES FUNDAMENTAIS – MELCHISEDEC – pág. 61).

Momento Cultural: ASAS DO CORAÇÃO – Por Egidio T. Correia.

Um poeta tem FOGO no cérebro,
Tem ASAS no coração,
Um foguete espacial
Quando chega inspiração.
Trouxe consigo um destino,
Viajar no infinito
Estando alegre ou aflito,
Quando tem, ou não, razão.
Seu combustível é um verso
Estreitando o universo
Polindo imaginação.
Ou pra registrar sentimentos
Com a caneta na mão.

Egidio T. Correia é poeta.

Momento Cultural: Visitando o Nosso Colégio.

(Confrontando Luís Guimarães Filho no seu soneto: “Visita a casa paterna”. Composto para o Colégio Nossa Senhora da Graça na fundação do dia da “ex-aluna”, em 9 de julho de 1947)

Como ao porto quando voltam as jangadas
após bem forte e cerrado temporal,
rever, quisemos, num elo fraternal,
o nosso Colégio de emoções sagradas!/

Chegamos!… Ao nosso encontro maternal,
vem Madre Superiora muito amada
que, sorridente, institue, mui dedicada,
da ex-aluna o áureo dia magistral!/

Entramos!… – Era esta a sala de estudo!…
Oh! a Capela!… ali, o açude!… e, de tudo,
sentimos que a Saudade a alma nos invade!/

Ei-las, as boas Mestras!… as caras companheiras!…
revemo-los, hoje, alegres, prazenteiras…
e, de Gratidão, quem palpitar, não há-de?…/

(SILENTE QUIETUDE – ALBERTINA MACIEL DE LAGOS – pág. 42).

Momento Cultural: São João – Por Célio Meira (em 1977)

Crônica publicada na Revista do Instituto Histórico e Geográfico da Vitória de Santo Antão – Vol. 7º – em 1977.

SÃO JOÃO – Meu pai, falecido há 30 anos, gostava da festa de Santo Antonio. Adorava festejos de São João. Era devoto fervoroso de taumaturgo de Lisboa de Pádua, que pregara os peixes. Acendia velas no santuário, nas noites de 23 e 24 de junho, iluminando a estampa colorida de Batista.

Parece que estou a vê-lo, quando era menino, no quintal de nossa casa, na rua do Meio, ensinando-me a fazer fogueira de barrica. Enchia-se uma barrica velha de lenha seca e ateava-se fogo com papeis embebidos em álcool ou querosene. Subiam as labaredas, ouviam-se estálidos da lenha, e, decorrido pouco tempo, tudo era braseiro. Retirávamos tições, e quando a cinza os cobria, nós os soprávamos, a plenos pulmões, até que o fogo se tornasse vermelho.

Começava, então, o brinquedo de fogos. Acendiam-se as “estrelinhas”, queimavam-se os “mosquitos” e besouros “quebra-canela”, soltavam-se, com a mão a tremer, “pistolas” de quatro e cinco “balas”, “rodinhas” presas com um alfinete numa flecha, “chuveiros de ouro e prata” e “cartas” de traques debaixo de latas e panelas. Riscavam-se caraduras encarnado e verde e ajeitava-se a subida de balões de papel, para que, aos caprichos do vento, eles cabeceassem, sem destino, dentro da alvoroçada noite sanjoanesca. Nas ruas e nas praças prosseguiam, fagulhantes, batalhas de busca-pés. Chegavam, amortecidos, na cidade, estrondos de bacamartes, disparados nas propriedades agrícolas.

Nestes últimos tempos, no São João da minha terra, depois de olhar fogueiras sem mamoeiro “macho”, sem cordões de bandeiras de papel; de conversar com meia dúzia de pessoas do meu tempo de rapaz, e de espiar gente moça e desconhecida a dançar, nos clubes, procuro repousar o espírito, nas horas de silêncio. E na meditação, parece que estou ouvindo, a descer de mundos siderais, a voz amada do meu pai:

 – Está muito diferente o São João da nossa terra. Já não existe a casa onde, no quintal, fazíamos fogueira de barrica. Não maldigas os tempos novos: são passagens renovadas da vida, são as leis divinas na evolução do mundo.

Momento Cultural: LEI DE JUSTIÇA – por MELCHISEDEC.

No transcurso das existências, o Ser Humano desenvolve muitas qualidades boas e más. As boas são registradas no Corpo Causal, as más são gravadas nos veículos inferiores. A Lei da Justiça dá como herança cada Ser Humano, o fruto das suas próprias ações. Os efeitos das más ações se esgotam necessariamente nos planos inferiores, porque suas vibrações pertencem a matéria desses planos e não podem ser registradas no Corpo Causal. Por conseguinte, sua energia se atualiza por completo em seu próprio nível e se relaciona com a vida astral e física do Ser Humano, o que ocorre na presente existência ou nas vindouras.

Uma boa ação ou um bom pensamento produz também efeitos benéficos nos planos inferiores, porém, é no Corpo Causal que seu efeito se torna permanente e elevado, com poderosa influência na evolução do Ser Humano.

Toda vez que o Ego reencarna, encontra-se frente ao mal, até que consiga vencê-lo, eliminando dos seus corpos inferiores todos os resquícios do mal.

(VERDADES FUNDAMENTAIS – MELCHISEDEC – pág. 14).

Momento Cultural: A ILUSÃO – por José Miranda.

Para vivermos nós contentes pela vida
sem essa mágoa que tortura tanto a gente
da culpa de Eva no Édem, um dia nascia.
O Senhor deu-nos a ilusão constantemente./

Quanto seria: a alma por tudo entristecida
e o coração ensimesmado e até doente
se a ilusão fosse deste pélago banida
se não houvesse, não o sonho doce e ingente!/

De assalto sem se esperar conta do destino
a ilusão toma para nos dar prazer na dor
para nos fazer o espiamento pequenino./

Da nau de crença a vela enfuna com vigor
e fortifica quando sofre, o coração:
toda beleza está da vida na ilusão./

José Tiago de Miranda, vitoriense, nascido a 9 de junho de 1891 e faleceu a 29 de maio de 1960. Foi professor primário na Vitória, em Moreno e em Limoeiro, exercendo, em todas as cidades, o jornalismo. Foi proprietário e diretor de O LIDADOR a partir de 1932 até sua morte. Cronista, poeta e jornalista de alto valor. Seus filhos (Ceres, Péricles e Lígia) reúnem em volume muitas de suas crônicas e poesias, em livro “Antologia em Prosa e Verso”, comemorando o centenário de seu nascimento, aos 9 de junho de 1991. Do casamento, com D. Herundina Cavalcanti de Miranda, houve ainda um filho, Homero, falecido logo após a morte do Prof. Miranda.

Momento Cultural: A Alvorada – POR GUSTAVO FERRER CARNEIRO.

O sol se descortinava na praia
Brilhando em meus olhos
Caminho só
Ar imóvel, quente
Vento assobiando ardente
Com o som da minha respiração
Um monte de pensamentos
Um toque agudo sibilante
Suspirando com prazer
O nascer de um novo dia
Uma alvorada arredia
De momentos de introspecção/

Um aroma gostoso de terra molhada
Ou maresia,
Um delicada lua ornamentando o amanhecer
Em uma fantasmagórica poesia,
Plenitude
O vento zunindo
Um sentimento de dignidade
Uma visão do encanto
Insondável graça no rosto
No perplexo momento
Da percepção da vida/

O que ele diz
estará dentro do seu peito
Todo tempo
Para sempre…/

Seja longe, seja perto
Não sabemos o exato, o correto
Para tudo tem um tempo/

Mas quando será esse tempo certo?

 

(MOSAICO DE REFLEXÕES – GUSTAVO FERRER CARNEIRO – pág. 14).

Momento Cultural: Cérebro – por Henrique de Holanda.

Na mocidade, a razão quase sempre se encandeia, tornando a vida uma mera ingenuidade. O cérebro da humana criatura – quem é moço concebe ser uma taça de ilusões bem cheia que o coração segura e a alma bebe. Mas, a velhice vem fermentando a bebida outrora pura… e o coração, que forças já não tem, vendo a alma fugir, derrama a taça, que ao se precipitar de grande altura no chão se despedaça… (Muitas rosas sobre o chão – Henrique de Holanda – pág. 25).

 

Momento Cultural: Êxtase – Corina de Holanda.

Escancaro a janela de meus sonhos

E me debruço sobre o mundo, rindo,

Ao ver que até nos pantanais medonhos

Estrelas se refletem, traduzindo

 

A presença de Deus em tudo… Brindo

Então, com meus cantares mais risonhos,

O esplendor dessa lua que, surgindo

Enche de luz recantos tão tristonhos…

 

E já nem sei onde demore a vista:

Se no infinito azul, em que artista

Faz das estrelas trono da beleza,

 

Ou se na terra, mares e montanhas,

Rios, vales, florestas… Que tamanhas

Maravilhas pôs Deus na Natureza!

 

Agosto de 1972

Momento Cultural: Caridade – por Célio Meira.

Não te pergunte, Senhora,
como se faz caridade:
– venha ver a dor alheia,
nos recantos da cidade/

Repare bem o mendigo,
que se arrasta pelo chão,
é nosso irmão condenado,
nas grades da provação./

Veja crianças famintas,
e os olhos que não tem luz:
– seja irmã de Caridade,
na doutrina de Jesus./

(migalhas de poesias – Célio Meira – pág. 34).

Momento Cultural: ESPAÇO – por MELCHISEDEC.

Para nós, seres humanos, o nosso espaço no cosmos, começou a três milhões e quatro centos mil anos, porém, só a trinta mil anos, começamos a entender onde vivíamos e o que éramos.

Conquistamos o fogo, iniciamos plantio das sementes, aprendemos lidar com os animais, aplicamos nosso primitivo talento para criar os instrumentos de trabalho, usando a pedra, depois descobrimos o ferro e o bronze que permitiam um avanço significativo na nossa arte de fazer as coisas.

Com o ajuntamento das pessoas, formamos as tribos, as comunidades agrícolas que foram evoluindo até a formação das cidades.

Nesse vasto espaço cósmico, a nossa memória parece confinada no estreito lugar do planeta em que vivemos. Pouco a pouco vamos aparecendo em forma de escritos históricos para dizer à posteridade o que fomos, o que somos e o que seremos.

Hoje, todas as pessoas de quem ouvimos falar, viveram e lutaram em algum ponto deste planeta.

Todos os reis, sábios, nobres e plebeus, batalhas, guerras, migrações, invenções, tudo que há nos livros, sobre a história do homem, aconteceu aqui.

Dentro desse imenso espaço do universo de onde emergimos, somos um legado de vinte bilhões de anos de evolução cósmica.

Agora vemos nosso planeta à beira da destruição. As máquinas mortíferas inventadas pelo homem para sua própria destruição. É a inversão de valores.

A maldade tomou conta do coração do homem. Agora temos que melhorar a vida na terra e conhecermos o universo que nos criou, sem desperdiçar nossa herança de vinte bilhões de anos numa autodestruição insensata.

O que acontecer no próximo milênio, dependerá do que fazemos aqui a agora, usando a nossa inteligência e a nossa vontade para salvar o planeta.

Lembremos que: “há mais coisas entre o céu e a terra de que supõe vã filosofia”.

(VERDADES FUNDAMENTAIS – MELCHISEDEC – pág. 61).

MOMENTO CULTURAL: Jaqueira do caminho – por Célio Meira.

Olha, Amada, esta jaqueira,
na beira dêste caminho:
– na ponta daquele ramo,
as aves fizeram ninho./

Lembras-te? Certa manhã,
cheia de sol, perfumada,
à sombra da ramaria,
fizemos longa pousada./

Esta jaqueira bem velha,
tem vigor e tem beleza:
– É graça de Deus na terra,
– É benção da Natureza./

(migalhas de poesia – Célio Meira – pág. 21).

Momento Cultural: O imortal – por João do Livramento.

Hoje chora triste o meu livramento
Pois ruiu o Camelo ouvi o lamento
Onde antes foi tudo grande beleza
Hoje resta somente enorme tristeza

Foram tantos anos de agremiação
Foram tantos bailes naquele salão
De muita rodolo era o cheiro no ar
Mulheres bonitas conosco a bailar

Nas alegorias a beleza era imensa
O povo gritava dizendo a sentença
Se camelo passava leão não rugia
A praça do santo inteira aplaudia

Aquele estandarte Arnaldo a girar
O frevo tocando e o povo a pular
Da minha memória jamais sairá
Eu quero Camelo eu quero frevar

És Camelo valente pra se levantar
Mais este deserto vais atravessar
A folia de momo vai ser bem maior
E Vitória gritando o Camelo é o melhor!

João do Livramento.

Momento Cultural: Poética – Por Marcelo De Marco

Passeio por dentro do sono
provo dos pomos
negaceio sonhosq
ando por fora da ala-
meda
e de vez em quando erro
invertendo os elos
das lexias tônicas
dizendo: ala-meta!/
Aparo arestas e recomponho
a letra
pulo
e ponho palavras sem
alcance
deliro ao lance
perfume extenso da orquídea./

Oh, por favor me digam
qual foi o anjo-esperma suicida
que agradou tanto um óvulo-olfato
e foi para um mesmo alvéolo
potássio, fosfato, curva e linha;
sobrevoou tipo… abelha-rainha
polinizando lua-de-mel no deserto
e em pleno sol fotossintético
fez vôos léxicos no prosaico ar./

 

Marcelo de Marco é escritor, poeta e professor.

Momento Cultural: Seja forte! Desarme-se. – por Stephem Beltrão.

Seja Forte! Dê adeus às armas!
Porte apenas documentos, pistola não atira sozinha.
Bala boa é de chocolate, faca bem usada é na cozinha.

Pancada bem dada é de chuva,
Tanque maneiro lava e enxágua,
Rajada esperta é de vento, bomba potente puxa água.
Quadrilha animada é de São João, armadilha de amor
Só faz ruído.
Partido infantil é o de pastoril, flecha bonita é a do cupido.

Plano divino é o de paz, golpe legal é o de ar
Torpedo demolidor é o que sai do celular
Guilhotina moderna só corta papel.
Cadeia interessante é a cadeia alimentar.

Briga, nem de galo, arma, nem de brinquedo
Combater só nossos erros, guerra nem de nervos.
Lutar só em legítima defesa, atacar a fome.
Bater só o cartão de ponto, matar calmamente o sono.

Seja forte!

Abra o sorriso, ele cura
Use a palavra, ela salva
Estenda a mão, ela ajuda
Dê um abraço, ele acalma.

 Stephem Beltrão