Eleições 2024: quem poderá nos salvar? Aglailson Victor, Socorrinho da Apami, André Carvalho, Joaquim Lira…….Quem, quem….? 

Acompanhado de amigos, recentemente, estive na vizinha cidade de Gravatá. Fomos, exatamente, “saborear” o efervescente e representativo Mercado Público, uma espécie de cartão postal da vida do povo nordestino.

Já perdi a conta de quantas vezes estive por lá, mas confesso que, invariavelmente, ao recolocar meus pés ali,  por um determinado tempo, meus pensamentos transportam-me de volta para o nosso Mercado Público, outrora,  um gigante – imponente e locomotiva econômica local -,  hoje, ignorado e sem serventia alguma……

Apenas para sintonizar o leitor no contexto histórico do seu surgimento,  foi no inicio do século XX (1913) que o mesmo foi inaugurado, pelo então prefeito Eurico do Nascimento Valois. Naquele local, antes, se levantou o primeiro prédio público da cidade, ou seja: a cadeia pública ( térreo) + sala de júri (1ª andar). O Mercado de Gravatá (1919) e  tantos outros, espalhados  pelo interior de Pernambuco,  foram surgindo ao longo das primeiras décadas do século passado e até hoje,  bem ou mal – alguns  reconfigurados -, continuam cumprindo sua função.

Fixando no exemplo do Mercado de Gravatá, em relação ao triste destino do nosso, imposto pelos senhores  prefeitos antonenses, é   como se comparássemos  a vida atual  dos que moram na Suécia com os que estão vivendo na Faixa de Gaza.

O “coração” do Mercado Público de Gravatá bate feliz, ritmado pelo bom destino lhe atribuído. O “coração” do Mercado Público da Vitória, tal qual em Gaza, apenas soluça e agoniza. Desidratado e humilhado o mesmo  segue em depressão profunda…

Em ano com eleições municipais (2024), quem poderá nos salvar desse conflito? Aglailson Victor, Socorrinho da Apami, André Carvalho, Joaquim Lira…….Quem, quem….? 

Vale lembrar que o atual gestor, Paulo Roberto, desde sempre, “plantou e irrigou” a esperança no coração dos eleitores de que se um dia chegasse a ser prefeito, com ele,  o referido equipamento público teria melhor destino….

Calma! Ainda faltam 6 meses para o fim da gestão do atual prefeito e o mesmo ainda poderá dizer que,  em relação ao Mercado da Farinha, com ele foi diferente dos demais………..

 

O santo casamenteiro – por @historia_em_retalhos.

Fato inédito no Brasil e no mundo: um santo vereador!

Pois é, acredite se quiser: o santo casamenteiro do dia de hoje é representante perpétuo do parlamento municipal de Igarassu/PE, na região metropolitana do Recife.

Parece brincadeira, mas não é.

O título é real: textos de resoluções da Câmara Municipal referem-se ao santo como “vereador perpétuo”.

Mas, gente, convenhamos: como pagar salário a um santo?

Todo mês uma freira vai à casa legislativa receber em mãos o salário de Santo Antônio, aplicando o dinheiro na manutenção de uma escola e de um orfanato.

E quanto ganha o santo-vereador?

A quantia é de um salário mínimo.

Alguns defendem que Santo Antônio deveria receber o mesmo salário dos demais vereadores!

Justo, né?

Reajuste pra Santo Antônio já!

Pérolas de Igarassu/PE.
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Figueiredo e a Bandeirantes – por @historia_em_retalhos.

O ano era 1984.

Em janeiro daquele ano, acontecera um evento muito importante da campanha pela redemocratização do país: o megacomício da Praça da Sé, em São Paulo.

Naquele momento, a campanha nacional das “Diretas Já” estava tomando os seus contornos e, no que diz respeito aos veículos de comunicação, ainda havia uma certa divisão: de um lado, os reticentes; de outro, os mais entusiastas.

A Rede Globo, por exemplo, pela primeira vez, difundira as imagens de um comício, porém nas manchetes do Jornal Nacional informou apenas que o acontecimento tinha sido um evento musical por ocasião do aniversário da cidade de São Paulo, não mencionando a natureza política do ato no telejornal de maior audiência do país.

Já a Bandeirantes, por decisão de João Saad, dono da emissora, foi muito mais além: transmitiu ao vivo, a partir das dezenove horas, as imagens do comício no jornal de sua maior audiência em âmbito nacional.

Pois bem.

De acordo com o relato de José Augusto Ribeiro, chefe de redação, “seu João”, como era chamado, reuniu a cúpula do jornalismo e disse:

“Olha, nós temos que pôr essas imagens no ar (…) sejam quais forem as consequências”.

E as consequências, infelizmente, não tardaram.

Na época, Saad tinha obtido todos os pareceres favoráveis para a Bandeirantes ter uma emissora em Brasília e estava aguardando apenas a assinatura do presidente João Figueiredo.

O general, no entanto, chamou Saad em seu gabinete e, fiel ao seu estilo, disse o seguinte:

“Olhe, João, isso aqui é o decreto da tua televisão em Brasília. Olhe o que eu vou fazer com ela”.

E simplesmente rasgou o documento na frente de João Saad.

Nas ditaduras, a primeira vítima sempre é a imprensa.

Pra jamais esquecer.

#ditaduranuncamais
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Mais uma “missão cultural” ao Mercado Público de Gravatá….

Aproveitando o início da festividade popular mais importante do Brasil, o São João do Nordeste, o grupo intitulado “Corriola da Matriz” promoveu uma “missão cultural’ à vizinha cidade de Gravatá, mais precisamente ao Mercado Público. Por lá, muita movimentação. Aquilo que podemos chamar de um espaço nordestino.

André Felippe Falbo Ferreira, o “Pampa” – por @historia_em_retalhos.

Campeão olímpico de vôlei, pernambucano Pampa morre de câncer aos 59 anos.

André Felippe Falbo Ferreira, o “Pampa”, foi medalhista de ouro nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992, e, até hoje, detém o recorde mundial da cortada mais veloz já registrada, com 197km/h, na Liga Mundial de 1995.

Não sem razão, Pampa foi apelidado com o nome de uma raça de cavalo, logo no início da sua carreira, devido à força com que cortava as suas bolas.

Poucos lembram, mas Pampa também esteve na Olimpíada de Seul/1988, na qual a seleção brasileira ficou perto do pódio, com o quarto lugar.

Naquela ocasião, ele foi eleito o melhor atacante brasileiro da competição.

Pampa lutava contra um câncer no sistema linfático e a sua jornada chegou ao fim nesta sexta-feira, 7 de junho.

Penso que esse grande atleta merecia ser mais reconhecido em sua terra natal.

Descanse em paz, campeão.
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Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips – por @historia_em_retalhos.

Em 5 de junho de 2022, eram assassinados em Atalaia do Norte/AM (Vale do Javari) o indigenista pernambucano Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips.

Bruno era considerado um dos maiores especialistas em indígenas isolados do país, já Phillips estava produzindo um livro sobre a atuação de grupos criminosos na região.

Além de indigenista, pessoa que reconhecidamente apoia a causa indígena, Bruno era servidor licenciado da Funai.

Também dava suporte à União dos Povos Indígenas do Vale do Javari, sendo alvo frequente de ameaças de pescadores e garimpeiros que atuam ilegalmente na região.

Coordenou um projeto para equipar indígenas visando à defesa de seus territórios, por meio de drones, computadores e treinamento.

Afirmava que os invasores sentiam-se mais à vontade em decorrência da permissividade do poder público.

E ele tinha razão.

Segundo o laudo da PF, as vítimas foram baleadas com munição de caça.

Dom faleceu por traumatismo na região abdominal, enquanto Bruno foi baleado na cabeça e no tronco.

O MPF denunciou os três suspeitos por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Mas ainda havia algo mais inacreditável: o momento que o país vivia no que diz respeito à política ambiental.

O governo federal da época minimizou o desaparecimento e, inacreditavelmente, culpou as vítimas, tachando-as de “imprudentes” e as suas profissões de uma “aventura”.

Paralelamente, sem nenhum tipo de compaixão com a dor das famílias, o crime também foi pauta de notícias falsas disseminadas por grupos extremistas.

Dentre as desinformações, destacou-se que ambos entraram no Vale do Javari sem autorização, informação que, pasmem, foi postada pela Funai em nota oficial.

Naquele ano, a Funai foi severamente criticada por dar as costas para a causa fundamental de sua criação, vale dizer, a proteção dos povos originários.

Todas as notícias falsas foram retiradas do ar por ordem judicial.

Bruno nasceu no Recife.

Era filho de paraibanos que vieram morar na capital pernambucana, estudando no antigo colégio Contato.

Aos pais de Bruno, à viúva Beatriz Matos e ao seu filho Pedro, eu dedico este retalho de hoje.
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Eleições 2024 – recomendação….

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por intermédio da Promotoria de Justiça Eleitoral da 18ª Zona Eleitoral de Vitória de Santo Antão, recomendou aos prefeito, vice-prefeito, secretários municipais, vereadores e demais agentes públicos do Município, não realizarem qualquer tipo de promoção pessoal, mediante exposição de nomes, imagens ou voz de quaisquer pessoas, através de faixas, cartazes, fotografias, vídeos, gravações, redes sociais, sites (particulares ou oficiais) ou quaisquer meios de divulgação que venham a ferir o Princípio da Impessoalidade. A orientação vale, também, para os diretórios municipais dos partidos políticos de Vitória de Santo Antão.

As Recomendações 01/2024 e 02/2024, publicadas na edição do Diário Oficial Eletrônico do MPPE do dia 16 de maio de 2024, também orientam os agentes públicos a não realizarem discursos, falas de agradecimentos ou exposições pessoais do prefeito, vice-prefeito, vereadores, dirigentes de partidos políticos ou de pré-candidatos durante a realização dos eventos festivos municipais. Inclui-se, ainda, a proibição da confecção e distribuição de brindes, camisetas, bonés e abadás que contenham pedido explícito ou implícito de votos, números ou símbolos de pré-candidato ou partidos políticos.

A Promotora de Justiça Eleitoral da 18ª Zona Eleitoral, Kivia Roberta de Souza Ribeiro, ressalta que a propaganda eleitoral para o pleito de 2024 só será permitida após o dia 16 de agosto, conforme a Resolução TSE nº 23.738/2024. De acordo com o artigo 73, inciso IV, da Lei nº 9.504/97, é proibido “fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido político ou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo poder público”. Os partidos políticos também deverão atentar para o conteúdo das normas dispostas nas Resoluções nº 23.671/2021/TSE e nº 23.610/2019/TSE, ambas com as alterações da Resolução nº 23.732/2024/TSE e arts. 36 a 47 da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97) que versam sobre propaganda eleitoral.

Ministério Público – Vitória de Santo Antão. 

Vida Passada… – Tenreiro Aranha – por Célio Meira

Nasceu o paraense João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha, em 1790, na cidade de Belém. Aos 14 anos de idade, informa um biógrafo, era “ escrivão a bordo de uma escuna de guerra”, e porque morou no sítio “Memória”, nos arredores da cidade natal,  foi o “João da Memória”, na boca do povo. Espirito rebelde, inclinado às agitações partidárias, vestindo a farda de soldado, teve, Tenreiro Aranha, papel saliente, na marulhosa política do Pará. Obteve, nas revoluções paraenses, vitórias e derrotas.

Reconhecida, a 15 de agosto de 1823, no Pará, a Independência do Brasil, travou-se, pouco tempo depois, luta feroz,  e sangrenta, entre aqueles que apoiavam o jovem D. Pedro I e os que se batiam, impatrioticamente, pela restauração da velha tirania portuguesa. Batalhou, Tenreiro, ao lado dos nacionalistas do primeiro Império. O jornal “Opinião”, foi o reduto de suas convicções políticas. Perseguido, exilou-se nos Estados Unidos, e depois , no Rio de Janeiro, donde regressou ao torrão nativo, na época tormentosa da regência. Herdeiro de da veia poética do pai, o poeta Bento de Figueiredo, escreveu, na viagem triste para o exílio, conta um historiador,  o poema “Suspiro de três proscritos”.

Desencadearam-se, na terra paraense, de 1831 a 36, da abdicação de Pedro I à derrota fragorosa da Cabanagem, motins e rebeldias. Reinou, nesse quinquênio de sangue e de maldições, a anarquia política. Passaram, pela cadeira do poder, vários presidentes, que experimentaram triunfos e revezes, apoiados, ora, nas armas do exército, e ora nas armas do povo. E ao lado, às vezes, do governo, e às vezes, guiando as multidões, esteve, sempre, Tenreiro Aranha, ao lado da boa causa, defendendo as ideias da liberdade. Amigo dedicado do bravo Cônego Batista de Campos, chefe corajoso dos “filantrópicos”, o acompanhou, Tenreiro, nos combates vitoriosos e nas lutas desafortunadas.

Trazia, nos punhos da farda, os galões de capitão da cavalaria, em 1838, escreve um biografo, quando serviu, no Pará, ao presidente Andréa. Representou, em 48, o povo de sua terra, na Assembleia da Província, e em 1852, recebeu Tenreiro, a distinção de ser o 1º presidente, em 1852, da Província do Amazonas, instalada nesse ano.

Morreu o lutador paraense, no dia 19 de janeiro de 1861, aos 72 anos de idade. Na história gloriosa do Pará, ninguém esquecerá o nome de Tenreiro Aranha.  Figurará ao lado de Patroni, do cônego Campos, e de Eduardo Francisco Nogueira, o Angelim, o bravo cearense, que mereceu, da pena de Dilke de Barbosa Rodrigues, jovem e brilhante historiadora, palavras de afeto e elogio.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

Os Querálvares “dobra” o time para 2024…

No espaço conhecido como “Ponto 40”, na noite do último sábado (01), aconteceu o evento que confirmou a união política/eleitoral dos grupos liderados pelo ex-deputado e ex-prefeito Aglailson Junior e pela ex-vice-prefeita e atual suplente de deputada federal, Socorrinho da APAMI.

Na composição, o atual deputado estadual Aglailson Victor foi anunciado como o  “cabeça de chapa” e Socorrinho na vice. Indiscutivelmente, duas forças já testadas nas urnas.

Independente de qualquer coisa a referida  movimentação deu significativa musculatura ao projeto do grupo vermelho em retornar ao comando do município. Antes,  no isolamento político, doravante de “braços” dados com um ativo importante do mundo político local.

Pois bem, nessa recomposição das forças políticas locais, visando o próximo pleito municipal, quem já saiu perdendo  – eleitoralmente –  foi o pré-candidato a prefeito André Carvalho, que já contava com Socorrinho no seu conjunto político. Mas poderá ser recompensado no “calor” da campanha, já que poderia reconfigurar o seu discurso, tornando-o mais atrativo aos que rejeitam, num só tempo, os políticos com algum tipo de degaste administrativo.

Nas redes sociais e nos grupos de WhatsApp o que mais se comentou foi a tentativa do deputado Victor  em “esconder” a figura do pai (Aglailson Junior), certamente, temendo algum tipo de  desgaste. Essa tática, é bom lembrar, já foi usada na eleição anterior (2020),  aqui em Vitória, quando o então candidato Paulo Roberto mudou de partido, escondeu o “amarelo” e fez de conta que nem conhecia Elias Lira. Resumo da ópera: deu certo!

Para o atual prefeito, Paulo Roberto, como já falei anteriormente, quanto mais candidaturas no campo opositor, melhor para o seu projeto à reeleição, desde que não surja candidatura dentro do seu conjunto. Aliás, segundo comentários, a governadora ainda não “engoliu” sua travessia para o grupo liderado pelo prefeito do Recife, João Campos.

Desse “mal-estar” com a governadora, por assim dizer,  o atual prefeito poderá ter que administrar algumas dificuldades no seu próprio grupo, isto é: e se Raquel “obrigar” o deputado Joaquim Lira ser candidato a prefeito? E se o atual vice-prefeito  for escalado pela governadora para dificultar a reeleição de Paulo? E se os dois (Joaquim/Edmo), por vingança da governadora,  formarem uma chapa competitiva?

Bom! Em campanha eleitoral tudo pode acontecer, sobretudo quando o ingrediente “vingança” aflorar nos atores envolvidos.

Estamos a pouco mais de um mês para o inicio das chamadas convenções partidárias, espaço em que o processo se afunila e se define concretamente. Ressaltemos, contudo,  que o recente movimento, entre Victor e Socorrinho, não deixa de ser algo importante, mas vala salientar, também,  que normalmente as “edificações eleitorais”  são construídas sob a areia movediça  da conveniência e,  aqui e acolá,  algumas delas poderão sofrer algum tipo de  alteração,  no sentido de novas acomodações. Esse é o quadro do inicio de junho, deste ano eleitoral……

O HUMOR DE BOM HUMOR – por Sosígenes Bittencour.

1) De analfabeta bem casada: – Casado é quem bem veve.
2) Em orla marítima ensolarada, há quem esteja com a vida por um fio dental.
3) O difícil em conquistar uma mulher bonita é que o coração atrapalha o raciocínio.
4) De solteirão inveterado: – Eu não me casei ainda por causa das outras.
5) O beijo entre os atores da TV Globo é real, falso é o emprego do pronome oblíquo.
6) Há quem cometa casamento por amor ao PIS.
7) Agiota até no amor, só dá um beijo por dois.
8) A questão do crescimento populacional é que a zona de prazer fica muito próxima da câmara de fecundação.

Sosígenes Bittencour

1ª Corrida e Caminhada das Fraldas – Show de Bola!

Com criatividade e muita disposição a amiga atleta,  Gislane Oliveira, conseguiu marcar sua gestação promovendo uma corrida de rua na nossa cidade. A 1ª Edição da Corrida e Caminhada das Fraldas materializou-se num evento curioso e agregador.

Com organização e animação o referido encontro esportivo, que também arrecadou fraldas para outras gestantes, no contexto, promoveu, no coreto do Pátio da Matriz,  o chamado “Chá Revelação”, aumentando ainda mais a dose de emoção nos presentes. Veja o vídeo:

A corrida de rua, ao longo do tempo, além de configurar-se  em modalidade esportiva, se transformou num espaço de convivência salutar e colaborativo. Diferentemente do que pensam muitas pessoas a disputa pelo pódio, nesse tipo de competição,  é algo muito restrito, se comparado ao número de participantes. Ou seja: manter-se ativo, regulamente, na referida atividade física é o grande desafio…..Parabéns a Gislane e toda equipe pela iniciativa e organização.

Tony Tornado – por @historia_em_retalhos.

Tony Tornado ao lado de Elis Regina no Festival Internacional da Canção de 1971.

Naquele ano, Tony ainda era um artista pouco conhecido na mídia e participava do Festival Internacional da Canção ao lado de grandes nomes da música brasileira.

Um fato, porém, mudou o rumo dos ventos.

Durante a apresentação de Elis Regina, no momento em que a cantora começou a cantar “Black is Beautiful”, mais especificamente no trecho “eu quero um homem de cor”, Tony não resistiu, subiu ao palco por impulso e ergueu o braço esquerdo com o punho cerrado, reproduzindo o gesto dos panteras negras norte-americanos.

Os militares foram atrás e algemaram o artista, retirando-o preso.

Apesar de tudo, o ato chamou a atenção no mundo da música e Tony começou a destacar-se após o ocorrido.

Em 2022, Tony declarou em entrevista:

“Agi com o coração. Quando ela cantou: ‘Eu quero um homem de cor…”. Pensei: ‘Sou eu!’. Subi ao palco, fiquei do lado da Elis Regina, ergui o braço e o punho. E claro, já desci com ele algemado. Apesar da truculência, eu tinha conseguido o meu intento, que era o esclarecimento geral, que o negro é lindo, né? Tenho muito orgulho de ser negro. Fui preso, mas com muito prazer, muita satisfação”.

Este grande artista brasileiro chega aos 94 anos em plena atividade.

Vida longa é o que lhe desejamos.

Parabéns e muita saúde, @tonytornadooficial!
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Vida Passada… – Bernardino de Campos – por Célio Meira

Bernardino de Campos, uma das figuras de prôa do movimento republicano, na terra paulista, e um dos vultos preclaros na administração do poderoso Estado bandeirantes, nasceu em Porto Alegre, a sudeste de Minas Gerais, no vale do Sapucai. Deixando, na meninice, a terra natal, fixou-se em Campinas, cidade de São Paulo, onde nasceu Carlos Gomes, o gênio da música brasileira, conquistando, aos 22 anos de idade, na Faculdade de Direito desse Estado, a carta de bacharel.

Diplomado, iniciou-se nas lutas da advocacia e nas agitações policiais. Elegeu-se deputado provincial, conta um biógrafo, em 1878, alistando-se nas fileiras dos combatentes que sitiavam e destruíam o governo da Casa de Bragança.

Proclamada a República, foi, Bernardino de Campos, narra um historiador, o 1º chefe de polícia do Estado de São Paulo. Figurou, ao lado de Francisco Glicério, Adolfo Gordo, Sousa Mursa, Alfredo Elis e Rodrigues Alves, na Constituição 1890, e , um ano depois, na presidência da Câmara Federal, ao tempo da “legalidade” florianista, ajudou, na companhia de Campos Sales, de Glicério e de Prudente de Morais, a depor Américo Brasiliense, da presidência do governo paulista.

Morais se afastou, por doença, da presidência da República, o vice-presidente, Manoel Vitorino Pereira, entregou, a Bernardino, a pasta da fazenda. Reassumindo o poder, Prudente, prudentemente, o manteve no ministério. Em 1902, voltou Bernardino a presidir os destinos de São Paulo.

Jornalista, batalhou no Diário Popular, o baluarte de José Maria Lisbôa, “português de origem e paulista de caráter”, no conceito de Aureliano Leite, e por onde passaram, entre outros, cheio de talento e de coragem, Brasílio Machado. Aristides Lobo, Teófilo Ottoni, Quirino dos Santos, Martin Francisco, Urbano Duarte e Rangel Pestana.

A palavra de Bernardino, foi, durante trinta anos, no seio do partido republicano paulista, a palavra da reflexão e sabedoria. Ouviram-na, e acataram-na, os moços que estiveram na liça, e os velhos que repousavam, nas linhas da retaguarda. Bernardino de Campos passou, pela terra, amado respeitado. Era nobre pelo caráter, e generoso pelo coração.

Morreu aos 74 anos de idade, no dia 18 de janeiro de 1915.Perderam, nesse dia, os dois grandes Estados. Minas e São Paulo, um general do exército branco das democracias.  E “seu nome, escreve um biógrafo, citado pelo ilustrado historiador do “Galeria Nacional”, há de sobreviver , na historia, como um dos patriarcas da República.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reuno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

Instituto Histórico: projeto regional….

Na qualidade de vice-presidente do Instituto Histórico da Vitória, participei, na tarde de ontem (27), de uma reunião, ocorrida no Salão Nobre do nosso sodalício, que visa congregar em torno de um mesmo projeto institutos de nove cidades do nosso estado. .

O ponto de partida para essa “maratona institucional”, por assim dizer,  tem como epicentro uma emenda parlamentar disponibilizada pela senadora por Pernambuco, Teresa Leitão, do Partido dos Trabalhadores. Entre outras particularidades, o projeto visa alcançar um público de mais de 10 mil pessoas.

Padre Antônio Henrique Pereira da Silva Neto – por @historia_em_retalhos.

Na noite do dia 26 de maio de 1969, era sequestrado no bairro do Parnamirim, no Recife, o padre Antônio Henrique Pereira da Silva Neto, assessor direto do arcebispo de Olinda e do Recife Dom Hélder Câmara.

Na manhã do dia seguinte, 27, o corpo do religioso foi encontrado na Cidade Universitária, com marcas de espancamento, queimaduras, cortes profundos e três ferimentos produzidos por arma de fogo.

Era clara a motivação do crime: calar Dom Hélder Câmara.

O país vivia o pior período da repressão, conhecido como “anos de chumbo”, intervalo compreendido entre a assinatura do AI-5 (13.12.1968) e o início do Governo Geisel (15.03.1974).

Dom Hélder era uma personalidade internacionalmente reverenciada, integrando a linha da Igreja Católica que se opunha à ditadura militar, ao lado de outros clérigos, como Dom Paulo Evaristo Arns, Frei Beto e Frei Tito.

Um eventual atentado contra a vida do próprio arcebispo provocaria o clamor da comunidade internacional, desnudando, para o mundo, o regime autoritário brasileiro.

Era preciso evitar essa exposição, buscando-se um meio indireto.

A vida do jovem padre Henrique, então, aos 28 anos, foi escolhida para esse fim.

Após o reconhecimento do corpo, o velório foi realizado na matriz do Espinheiro.

A censura impediu a imprensa de divulgar o fato.

Nos arredores, um numeroso aparato policial intimidava quem desejasse aproximar-se.

Mesmo assim, dezenas de sacerdotes e uma multidão de pessoas seguiram a pé até o cemitério da Várzea, enfrentando a presença ostensiva das forças policiais.

À porta do cemitério, Dom Hélder pediu à multidão que deixasse que apenas a família adentrasse, conclamando os presentes a promoverem um silêncio profundo.

Anos depois, declarou o Dom da Paz: “era um silêncio que gritava”.

O hino da Campanha da Fraternidade “Prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão” virou um símbolo daquele trágico acontecimento, marcando a resistência à ditadura no Recife.

Passados 55 anos, a memória do padre Henrique permanece viva, inspirando todos aqueles que lutam pela causa dos direitos humanos neste país.

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São João: a marcha é danosa e destrutiva……..

Por iniciativa espontânea, por assim dizer, sem qualquer marcação prévia ou ensaio os brincantes improvisaram uma quadrilha junina. Sem a menor preocupação com a performance individual ou coletiva,  eles apenas deram vasão à essência,  através do maior patrimônio de um povo, ou seja: sua cultura.

O fato mencionado no parágrafo anterior, concretamente, ocorreu no último sábado (18), no do Clube Abanadores “O Leão” – Vitória de Santo Antão -, por ocasião da 43ª edição do Forró do Coelho. Isso é a essência,  concretamente praticada. Certamente todos eles (dançantes), quando crianças, de alguma forma, absorveram, incorporaram e se apropriaram do maior ativo festivo do Brasil, isto é: o São João do Nordeste.

No transcorrer das últimas três décadas, em marcha lenta e contínua, um conjunto de pessoas “sabidas” estão delapidando, desfigurando e ferindo de morte a maior festa popular do Brasil. E o que é pior: ação perpetrada sob a égide do dinheiro público.

Gestores nas três esferas do poder –  federal, estadual e municipal – se uniram para desfigurar o São João do Nordeste. Possivelmente  estão levando muita vantagem nessa “balada”.

Na qualidade de matuto nordestino não consigo imaginar como pode, numa noite de São João, um DJ subir ao palco para se apresentar na cidade que conseguiu imprimir uma marca invejável –  O Maior São João do Mundo. É algo inimaginável!!!

No período junino, na atualidade, a moda é vestir-se de preto e se possível brilhoso, para celebrar as duplas que se apresentam como sertanejas e dançar ao ritmo da ocasião,  que estiver “estourado” no sudeste maravilha.   É triste, termos que constatar que o São João do Nordeste virou um festival de vantagens para os senhores gestores públicos,  que acabam “surfando”  no varejo, no atacado e nos negócios que são realizados por trás dos palcos.

Os jovens de agora, coitados! Não tiveram e, ao que parece, não terão a oportunidade de conviver com as músicas juninas que revelam o contexto da maior expressão do povo nordestino. Suas histórias  – crenças, vitórias, derrotas,  ensinamentos e  etc…

Portanto,  não se enganem: a marcha é continua,   viva,  e cada dia mais forte para transformar o nosso São João do Nordeste em um festival musical, ao qual, no nosso próprio chão,  deveremos ser  apenas consumidores irracionais da chamada cultura tutti-frutti.

E o que é pior: pago com o dinheiro que deveria ser usado justamente  para promover a nossa cultura e o nosso patrimônio musical, diga-se: os  artistas genuínos.  Viva o  São João do Nordeste!

Graf Zeppelin – por @historia_em_retalhos.

Em 22 de maio de 1930, há exatos 94 anos, o Graf Zeppelin pousava no Recife, pela primeira vez.

Vindo da Europa, aterrisou no Campo do Jiquiá, no bairro de mesmo nome.

Não sei se todos sabem, mas esta é a primeira estação aeronáutica para dirigíveis da América do Sul e é o único exemplar do seu tipo ainda de pé no mundo inteiro.

O espaço apresenta-se pouco cuidado, é verdade, porém a área em seu entorno é verde e muito bonita, com potencial para atrair interessados na visitação à torre.

Entre 1930 e 1938, o Recife foi uma das primeiras cidades nas Américas com conexão direta (non-stop) para a Europa, especialmente para a Alemanha.

Dois dirigíveis vieram a Pernambuco neste período: o LZ-127 (Graf Zeppelin – foto), que realizou 252 viagens com Pernambuco como destino ou saída, e o LZ-129 (Hindenburg), que era maior, mas que realizou um número menor de viagens.

Em 2013, a torre passou por um cuidadoso trabalho de restauro, sob a condução do escultor e restaurador Jobson Figueiredo.

Em nossa visão, é urgente a melhoria da sinalização do acesso ao espaço e a visitação por escolas das redes pública e particular, para que crianças e adolescentes apropriem-se da história da torre.

Ah, e um último detalhe, o multi-instrumentista Jackson do Pandeiro (foto) costumava cantar assim:

🎼 Eu Vou Prá Lua
Eu vou morar lá
Sair do meu Sputnik
Do Campo do Jiquiá…

Boa quarta-feira, gente!
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Vida Passada… – Mariana Amália – por Célio Meira

Desencadeada a guerra do Paraguai, Mariana Amália do Rêgo Barreto, nascida na cidade da Vitória, Estado de Pernambuco, abraçou-se, em setembro de 1865, no amor da pátria, e , na alegria esvoaçante dos 19 anos, apresentou-se ao governo da sua província, pedindo licença para alistar-se nas fileiras dos voluntários. Administrava Pernambuco o sr. João Lustosa da Cunha Paranaguá, piauiense ilustre, e que servia à Coroa, nos ministérios de Zacarias, em 1866, de Sinimbú, em 78, e de Saraiva, e 85, organizando, em 82, o gabinete de 3 de julho. Aceitou, o presidente, o oferecimento da patriota vitoriense, autorizando-a, escreve o desembargador Henrique Capitolino no Pernambucanas Ilustres, usar uniforme e insígnia militar.

Vestindo, vaidosamente, “um saiote amarelo, bordado de verde”,  e ostentando “no braço, a estrela de 1º cadete”, voltou à terra natal, e emocionada, falou ao povo, concitando-o a servir à pátria e ao Imperador. Disse, numa passagem de sua oração cívica:  – “Sim, Vitorienses! Mariana é, hoje, um soldado da Pátria!” E o povo, ouvindo, fremente, é Anita Garibaldi de Pernambuco, organizou o voluntariado , que, em outubro daquele ano de 65, marchou para o Recife, incorporando-se aos bravos do 5º Batalhão.

À frente desse voluntariado, veio Mariana Amália, garbosa, exuberante de mocidade e de beleza. E duas mil pessoas, no Recife, conta o Diário de Pernambuco de 11 de outubro de 1865, receberam os intimoratos filhos da Vitória. Marchava, ao lado de Mariana, o coronel Tiburtino Pinto de Almeida, velha e prestigiosa figura da sociedade vitoriense, na primeira metade do século XIX.

Recebeu, Mariana Amália, festas retumbantes. Voaram, pelas ruas da cidade, retratos da heroína. E o teatro Santa Isabel abriu suas portas para um espetáculo de gala. Altaneira e sorridente, apresentou-se,  ao público, da tribuna do presidente da Província, a formosa pernambucana, que no dia 17 de janeiro de 1846, no dia de Santo Antão, viu luz do sol, na mesma terra histórica, onde se iniciou a Restauração Pernambucana, no Monte das Tabocas, e onde explodiu, em madrugada de novembro de 1710, a guerra dos Mascates.

Não aceitou,  o governo central, o sacrifício da linda vitoriense, mas seu exemplo fortaleceu, na alma de seus conterrâneos, o amor sagrado à terra brasileira.

Mariana Amália era nobre. Pertenceu à família de Conde da Bôa Vista.

É, seu nome, na gleba vitoriense, relíquia da Pátria.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reuno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.