O GRANDE ESPELHO  – por Marcus Prado.

A PROPÓSITO DO GRANDE ESPELHO  DA CASA VITORIENSE DA JOVEM  SENHORA GELDA.

MEU CARISSIMO AMIGO Joércio Lira, de Andrade, JUNTOS teríamos uma imensidão de causos a contar, feitos e celebrados no nosso tempo vitoriense. Fazíamos muitos barulhos e não dizíamos nada, como duas abelhas numa janela de vidro. Vivíamos sempre com pressa. Juntos, você, eu, Ubiraçu, Umberto Lins, Jailton Moura, Claudio Holanda, Myrtes, Gelda… a mulher mais bela da Rua Imperial. Já escrevi sobre ela, você e eu. Sobre os lances de pernas de Gelda por meio do espelho dela, que existia na sala de visitas,

Jamais vi pernas iguais nas minhas andanças daqui e além-mar.

Marcus Prado – jornalista. 

O gigante e a Restauração – por @historia_em_retalhos.

Finalmente, por que o maior e principal hospital de Pernambuco chama-se “Hospital da Restauração”?

Eu vou te explicar!

Em verdade, havia um clima de insatisfação generalizada com as condições precárias do antigo Pronto Socorro do Recife, que funcionava na Rua Fernandes Vieira.

A necessidade de um novo equipamento era urgente.

Assim, em 1952, o então governador Agamenon Magalhães baixou dois decretos: um para a desapropriação de imóveis no bairro da Baixa Verde (atual Derby), em uma área de 21.400m², e outro para custear as despesas do novo hospital.

Apenas um mês depois, Agamenon faleceu e o processo percorreu um longo e tortuoso caminho, até 1965, quando o governador Paulo Guerra lançou a primeira pá de argamassa na obra, dando execução ao projeto do renomado arquiteto Acácio Gil Borsoi.

Mas… e o nome? Qual a razão?

Nessa época, viviam-se as comemorações pela passagem do tricentenário da expulsão dos holandeses do Brasil (1654).

Para esse fim, PE recebera da União a cifra de 20 milhões de cruzeiros.

Convicto de que um novo hospital era algo bem mais importante para a população, Aníbal Fernandes publicou um artigo no Diário de PE, em 18.08.1953, propondo que esse valor não fosse gasto apenas com festividades, mas revertido para o novo equipamento.

E ainda teve a sábia ideia de sugerir que o novo nosocômio fosse chamado “Hospital da Restauração”, em alusão à forma pela qual também é conhecido o processo de expulsão dos holandeses (além de “insurreição”).

Ou seja: a sua ideia destinava parte do dinheiro para a saúde e ainda mantinha viva a homenagem ao tricentenário da Restauração Pernambucana, de uma forma permanente, no nome do novo hospital.

Jogada de mestre, que foi acolhida!

5 milhões foram destinados para as obras e a nova denominação foi consolidada em 1971.

Convenhamos, foi uma saída bem melhor para o interesse coletivo.

Em Olinda, também há um hospital cuja denominação guarda a mesma motivação histórica: o Hospital do Tricentenário!

Sabias dessa?

Salve o gigante e a Restauração!

Fonte: COSTA, Veloso. Alguns aspectos históricos e médicos do Recife (1971).
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SEDE AO POTE – por Sosígenes Bittencourt.


Eu sei que chocolate faz bem à saúde, sei que contém polifenóis, flavonóides; que combate os radicais livres, é antioxidante, previne inflamações; que escavaca as coronárias, descolando-lhes a borra, desentupindo a hidráulica sanguínea, enxaguando nosso sangue;sei que auxilia a peristalse intestinal, fazendo a tripa colear que nem uma cobra;sei até que funciona como antidepressivo, liberando feniletilamina, ocitocina, serotonina e dopamina, promovendo alegria e calmaria; eu sei de tudo da chocolatria, da chocofilia, mas não precisa ir com tanta SEDE AO POTE.

Sosígenes Bittencourt

“Diretas Já”: uma nova leitura a partir da cidade de Abreu e Lima.

Entre outras coisas, a vida é uma linha constante de aprendizado. Nesse sentido, por assim dizer,  o processo de amadurecimento nos proporciona ressignificar acontecimentos e fatos, antes, já cristalizados e acabados, muitas vezes de maneira pública. O dia 31 de março, por exemplo, doravante, a partir de novas leituras, possivelmente ganhará uma roupagem diferenciada no cenário estadual e nacional.

Na manhã da última sexta (31) participei de um determinado evento em Recife, precisamente no Sítio da Trindade (Casa Amarela) que, na qualidade de “eterno estudante de história”,  provocou-me novas reflexões.

Bem prestigiado pelas autoridades constituídas do nosso estado, por estudantes e público pensante em geral o evento aludido  – “ 40 anos do primeiro ato público pelas Diretas Já” – doravante, possivelmente,  desencadeará novos contornos históricos. Trata-se do primeiro ato público em favor dos movimentos que ficaram catalogados na historiografia nacional como “Diretas Já”.

Pois bem, na então recém-criada cidade de Abreu e Lima, em 1983, em pleno regime militar, alguns vereadores  – José da Silva Brito, Antônio Amaro (ambos in memorian), Severino Farias e Reginaldo Silva – organizaram um comício,  para uma plateia resumida, pedindo  a volta das eleições democráticas. Eis aí, portanto, a centelha que acedeu, naquela ocasião,  o desejo nacional pelas eleições diretas para presidente da república.

Entre tantas autoridades envolvidas nessa verdadeira cruzada cívica, no sentido de jogar luz ao ato heroico e corajoso dos parlamentares da cidade pernambucana,  destacamos a figura do promotor de justiça José Soares, pela sua sensibilidade e acendrado sentimento de fazer justiça histórica.

Portanto, como todos sabem, a história é dinâmica e de tempos em tempos faz-se necessário um “frei de arrumação” para exalar das suas entranhas verdades e novos sentimentos que precisam ganhar formatações mais fidelizadas. Parabéns aos organizadores do evento.

Tony Nogueira – lançamento do Álbum Samba no Ponto…

Toda minha gratidão por todos que compareceram no lançamento do Álbum Samba no Ponto e fizeram parte de um momento que, certamente, não vou esquecer tão cedo! Vocês fizeram dessa noite ainda mais especial! A todos, um caloroso e sincero abraço do fundo do meu coração! Impossível nomear todos que participaram de forma direta e indireta desse trabalho, mas minha Gratidão à todos!
Vamos em frente porque é só o começo da caminhada. Antes de tudo, graças ao nosso Deus, e pude contar com a força, determinação e apoio de pessoas como minha esposa Alexsandra Nogueira, meu amigo, parceiro, padrinho, Maestro e Produtor Jorge simas, o Diretor e roteirista Túlio Feliciano, Ynah Nascimento, Delbert Lins, Alex Walker, Fernando Honaiser, todos os músicos e profissionais que fizeram o Show e ao Manhattan Café Theatro.
Valeu!
Tony Nogueira

Os 25 anos do Jornal Folha de Pernambuco!!!

Através da postagem do Blog do Magno Martins, tomei conhecimento da “Boda de Prata” do Jornal Folha de Pernambuco que justamente é hoje – 03 de abril de 2023. Não sabia que havia sido nesse dia (03/04), mas lembro-me bem que comprei um exemplar no dia da sua estreia nas bancas. Acredito que se procurá-lo nos meus arquivos encontrá-lo-ei.  Salve engano, custava $0,25 ou $0,50  – o preço era anunciado com a foto de uma moeda.

Incialmente,  seu conteúdo era eminentemente policial. Dizia-se à época que se espremesse as folhas da “Folha” escorria sangue. Era uma espécie de “bandeira 2” impresso.  Após esse ¼ de século em circulação o referido veículo de informação cresceu e se modernizou. Viva os 25 anos da Folha de Pernambuco!!!

Kleber Duarte: mais um aquecimento na Corrida e Caminhada da Vitória!!!

A exatamente um ano – no dia 03 de abril de 2022 – estávamos vivenciando a 1ª edição da Corrida e Caminhada da Vitória. Ainda no contexto das medidas sanitárias que, entre outros impedimentos, naquela ocasião, colocava limite de 500 participantes para eventos dessa natureza, o referido encontro esportivo foi coroado de êxito,  tanto no conjunto da  organização quanto ao número de participantes – esgotamos as inscrições com antecedência.

Pois bem, por uma feliz coincidência, no dia 03 de abril de 2022, o nosso amigo Kleber Duarte, competente profissional da área esportiva, promoveu o chamado aquecimento para a corrida. Naquela ocasião, no retorno dos atletas ao ponto de concentração, teve um tradicional “parabéns pra você”. Portanto, aproveito o ensejo para enviar felicitações natalícias ao amigo e lembrar que na 2ª edição da Corrida e Caminhada da Vitória, que em 2023 ocorrerá no dia 23 de abril, teremos o profissional Kleber comandando o “aquecimento dos atletas”.

Talvez – por Marcus Prado.

TALVEZ O QUE RESTOU DA CASA DE RODIN E CAMILE CLAUDEL DEPOIS DO FIM DO CASAMENTO.
TALVEZ DA CASA DOS PRAZERES E DAS QUIMERAS DA RUA DO LIMA,
TALVEZ DO CABARET VOLTAIRE, EM ZURICH
TALVEZ DA CASA DE FRIDA KALO E DIEGO RIVERA, DEPOIS DAS TRAIÇÕES,
TALVEZ DO MOLIN ROUGE, EM RECIFE
TALVEZ DO BAR SAVOY
TALVEZ DA CASA DOS BANHOS, NO RECIFE
POR FIM, TALVEZ DO SALÃO AZUL, DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO.

Marcus Prado – jornalista. 

Ivan Rocha e Jonas Albuquerque – por @historia_em_retalhos.

Estes são os estudantes Ivan Rocha e Jonas Albuquerque, as primeiras vítimas fatais da ditadura militar em Pernambuco.

Naquele 1.° de abril de 1964, estudantes estavam reunidos na Faculdade de Engenharia do Recife.

Por volta das 14h, expulsos pelos militares, saíram em marcha pelas ruas da capital, com o objetivo de chegarem até o Palácio do Campo das Princesas, protestando contra o golpe militar e buscando apoio popular.

Na esquina das ruas Dantas Barreto e Marquês do Recife, os soldados formaram uma barreira.

Os estudantes entoavam palavras de ordem.

Deflagrou-se um clima de tensão.

Um disparo para o ar foi realizado.

Os estudantes continuaram a gritar e, a partir de então, passaram a ser os alvos dos disparos.

Dois caíram mortos.

Jonas tinha 17 anos e era estudante secundarista do Colégio Estadual de Pernambuco.

Ivan, de 23, era acadêmico de engenharia.

Jonas foi atingido por um tiro mortal de revólver na boca, que estilhaçou o seu maxilar (“O caso eu conto como o caso foi”, de Paulo Cavalcanti).

Enquanto isso, Miguel Arraes resistia no Palácio do Campo das Princesas, recusando-se a aceitar as ofertas apresentadas pelos militares para que renunciasse ao seu mandato.

Mais tarde, à noite, os coronéis João Dutra Castilho e Ivan Rui de Andrade chegaram ao Palácio para prender Arraes, levando-o para o 14.º Regimento de Infantaria, no bairro de Socorro, em Jaboatão dos Guararapes.

Arraes deixou o Palácio em um fusca dirigido por Valdir Ximenes, seu primo e diretor da Companhia de Revenda e Colonização (foto).

No mesmo dia, em uma sessão extraordinária, acompanhada por militares, a Assembleia Legislativa, por 45 votos a 16, declarou a vacância do cargo de governador.

No dia seguinte, Arraes seria mandado para Fernando de Noronha, que funcionava como prisão.

O vice-governador Paulo Guerra (Arena) foi empossado governador de Pernambuco.

Assim foi o triste dia 1.° de abril de 1964 no Recife.

Jamais aceitemos revisionismos históricos de ocasião.

#ditaduranuncamais
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Doutor Gamaliel da Costa Gomes – por Pedro Ferrer.

Gamaliel da Costa Gomes, antonense filho do comerciante Severino Gomes, mais conhecido como “Seu” Biu Nova Seita, em virtude de  pertencer à Igreja Evangélica Pentecostal. “Seu” Biu, membro ativo,  junto ao deputado federal Aurino Valois e do comerciante Dilermando da Cunha Lima ajudou a erigir o atual templo.

Gamaliel da Costa Gomes era diplomado em Direito tendo ocupado os cargos de Promotor e Procurador do Estado. Assíduo membro do Instituto Histórico e Geográfico da Vitória e do Círculo  dos Amigos da Vitória. Em vida foi casado com a sra. Palmira Cândido Carneiro, filha do industrial Joel Cândido Carneiro, um dos fundadores da Pitú com a qual teve quatro filhos: Severino, advogado do Engarrafamento Pitú, Cláudia, residente em New York, nos USA, Leonardo, gerente industrial do Engarrafamento Pitú e Davi,  industrial estabelecido no ramo de artefatos plásticos. Gamaliel faleceu, recentemente,  aos 93 anos na cidade do Recife. O sepultamento ocorreu no cemitério local, São Sebastião.

Pedro Ferrer – presidente do Instituto Histórico e Geográfico da Vitória