A 4º Corrida e Caminhada da Vitória homenageia a passagem dos 120 anos do Anjo da Vitória.

4ª Corrida da Vitória – 27 de abril de 2025.
Corrida 7km – Caminhada 3km – Concentração às 6h – Largada às 7h.
PREMIAÇÕES
Troféu – 1º ao 5º colocado – masculino e feminino.
Categorias: Geral – Local e Faixa Etária –
Primeira faixa etária: até 39 anos.
Segunda faixa: dos 40 aos 49 anos.
Terceira faixa: dos 50 aos 59 anos.
Quarta faixa: dos 60 aos 69 anos.
Quinta faixa: dos 70 em diante.
Troféu – Maior equipe (grupo) local e visitante.
OBS: NÃO HAVERÁ PREMIAÇÃO EM DINHEIRO!
Inscrições on-line: www.uptempo.com.br
Inscrições para grupos: 81-9.9420.9773
Inscrição presencial: Loja Monster Suplementos – Rua Valois Correia – 96 – Matriz – Vitória.
Valor da Inscrição no 1º lote
Kit completo – corrida ou caminhada – R$ 95,00
Kit sem a camisa – corrida ou caminhada – R$ 80,00

 

PENSANDO NA PRAÇA – por Sosígenes Bittencourt.

Este é o milênio da Solidariedade.
ou seremos soli(D)ários,
ou seremos soli(T)ários.

Deus fez o MUNDO para o homem viver,
o homem não entendeu, fez o IMUNDO.

Sem comédia, o homem sucumbe à TRAGÉDIA.
Com comédia, a tragédia vira TRAGICOMÉDIA.

Cuidar-se para achar-se belo é AUTOESTIMA.
Cuidar-se para ser achado belo é VAIDADE.
A Autoestima depende de nós.
A Vaidade depende dos outros.

Paixão é sentimento abdominal,
o cérebro não dá opinião.
Paixão é safadeza carnal,
abomina a intromissão da razão.

Sosígenes Bittencourt

Um patrimônio histórico e suas capacidades evocativas – por Marcus Prado.

“Cancelar o passado é a única coisa que nem aos deuses havia sido permitido”. (Aristóteles). 

Pernambuco foi um dos estados pioneiros e mais contemplados na esfera Federal, a partir de 1937, com a criação do IPHAN, entidade que tem a finalidade de proteger o conjunto de bens móveis e imóveis históricos existentes no País, de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico e cultural.

Gilberto Freyre teve um papel relevante, raramente lembrado, na implantação desse organismo: tornou-se um dos pioneiros, ao lado de celebridades como Rodrigo Melo Franco de Andrade, Mário de Andrade, Graça Aranha, Carlos Drummond de Andrade, Abgar Renault, Oscar Niemeyer, Sérgio Buarque de Holanda, Vinícius de Morais, Lúcio Costa. Os pernambucanos: Airton Carvalho, Aníbal Fernandes, Aluísio Magalhães, Antenor Vieira, Leonardo Dantas, Rosa Bonfim muito contribuíram para a preservação dos valores fundamentais do nosso patrimônio cultural. Temos, entre os da nova geração pernambucana: Vera Millet, Amélia Reinaldo, Juliana Barreto, Jorge Tinoco, Marcos Galindo, Natália Vieira Araújo.

Sabe-se do esquecimento destas contribuições. Muitas arestas passam a protagonistas que convivem lado a lado com o olhar indignado da população. As conclusões apontam para um leque alargado de decepções, demoras, desvios de toda ordem, falta de continuidade de excelentes projetos interrompidos, que custaram uma fortuna (dinheiro do contribuinte) quando na mudança de gestões governamentais.
Enche de inquestionável importância para os que acompanham a trajetória do DP, a decisão do governo federal em tombar como Patrimônio Cultural do Brasil as coleções do DIARIO, desde o seu primeiro número, até os dias atuais. Já é um começo dos Anais dos 200 anos do Jornal da Pracinha.

Chegar aos 200 anos em plena atividade, reinventando-se e mantendo a essência e os valores definidos em sua fundação, do compromisso com o leitor à defesa da democracia e da liberdade de expressão, é bastante significativo. Dois séculos de páginas noticiosas, impressas, preservadas, é história que faz história, é testemunho não apenas no sentido vulgar de que o passado é o passado de seu presente. O Tombamento Federal releva a importância que está sendo dada na UFPE, à frente o professor Marcos Galindo, para digitalização das páginas seculares do DP. A ação tem o objetivo de proteção e a acessibilidade à coleção, que foi iniciada no século XIX.
Em tempos desafiadores para a Imprensa, o jornalismo não morreu, seja qual for o seu formato, o seu papel civilizatório será de eterna contemporaneidade.

Marcus Prado – jornalista. 

1ª Corrida do Full Body Studio foi um Show de Bola!!!

Após experiência gratificante no mundo da corrida de rua, com participação apenas dos próprios alunos, ocorrida em 2023,  o pessoal  do Studio – Full Body -, na manha do domingo (01), promoveu a   1ª edição da Corrida Full Body Studio.

O evento teve como ponto de concentração, largada e chegada o Pátio da Matriz. Bem cedinho, a partir das 6h, após o necessário e tradicional aquecimento, os corredores e caminhantes percorreram os 6 e 3km, respectivamente, pelas vias centrais da cidade.

Com a participação dos alunos do Studio, corredores da Vitória e de outras cidades, o evento cumpriu seu objetivo, ou seja: incentivar à prática da atividade física regular no sentido da busca pela vida saudável. Na ocasião, foram premiados com troféus os três primeiros colocados, masculino e feminino, em duas categorias: geral e aluno.  Parabéns aos organizadores….

“Conversando Com o Passado” – o podcast da turma do 9º E.

Após os primeiros contatos via WhatsApp, ocorridos há mais ou menos um mês, em que as conversas giraram em torno de uma entrevista para servir como tarefa escolar, finalmente, na tarde de ontem (28), o ato foi efetivado.

Os alunos do “9º E”, da Escola Josefa Alvares da Silva, sob a liderança do professor de língua portuguesa, Rafael Camelo Lins, realizaram o seu desafio, ou seja: gravar a primeira edição do Podcast “Conversando Com o Passado”.

O grupo com idade entre 14 e 15 anos,  formado pelos alunos Thamyres Victória, Ana Karolina, Syêndrilly Kethillyn, Maria Victorya, José Neume e Gerson Gonçalves se dividiram nas várias tarefas que envolvem uma ação dessa natureza. Ou seja:  roteiro, filmagem, entrevista, cenário,  direção e etc.

No conteúdo das gravações, rolou um pouco de quase tudo, por assim dizer. Um breve perfil do entrevistado, uma introdução sobre a rica história do nosso lugar, desde a sua fundação até os dias atuais e passando, inclusive, por questões políticas, sociais e  relativo à sustentabilidade.

Ao final dessa jornada  pedagógica, a turma saiu satisfeita. Fizemos uma self para marcar o momento e fica-nos, doravante,  a expectativa dos resultados da apresentação que deverá acontecer em breve,  no ambiente escolar.

Para concluir, reafirmo que o Blog do Pilako é o espaço mais visitado,  quando se trata de pesquisa na internet sobre a história dos nossos antepassados e do nosso torrão.

Professor Pedro Ferrer tomou posse como sócio do Instituto de Jaboatão.

O Instituto Histórico da vizinha cidade  do Jaboatão dos Guararapes promoveu na noite ontem (28) a 15ª edição do evento festivo “Famílias Tradicionais & Personalidades Jaboatonenses”

Dentro da programação da referida Sessão Solene constou, também, um momento especial dedicado à posse de novos sócios. Nesta lista, constou o nome do atual presidente do Instituto Histórico e Geográfico da Vitória, professor Pedro Ferrer.

Ronaldo Sotero: uma mente brilhante!!!

Na medida do possível, diariamente, procuro enviar conteúdos qualificados para os meus contatos de WhatsApp, levando em consideração o interesse particular de cada sujeito. Isso faz parte da boa convivência na internet e “aperta”, também,  o chamado  “laço de amizade”.

Pois bem, após receber do  amigo Paulo Lima conteúdo sobre um fato curioso, envolvendo os efeitos da Segunda Guerra Mundial em solo brasileiro, ontem, acabei encaminhando o referido  material  para o  amigo e sempre atualizado, detentor de uma cultural geral agigantada, Ronaldo Sotero.

Em ato contínuo, na manhã de hoje, o mesmo (Ronaldo) me brindou com um texto extraordinário, digno de quem é um profundo conhecedor da matéria em tela. Ao que, em tom brincadeira, no zap, respondi: dando de lapada na IA.

Segue o texto:

NATAL: TRAMPOLIM DA VITÓRIA – Ronaldo Sotero. 

Quem ainda não sabe o papel que a cidade de Natal, Rio Grande do Norte representou para os Aliados na 2a Guerra Mundial precisa ler, de início, o excelente livro de Roberto Muylaert, de título 1943 -ROOSEVELT E VARGAS EM NATAL.

Sua localização estratégica foi um trunfo para os americanos que ali chegaram em 1942 para preparem as grandes operações aéreas e navais. Daí a cidade ter ganho o alcunha de TRAMPOLIM da VITÓRIA.

O Departamento de Guerra americano classificou Natal como um dos quatro pontos mais estratégicos do mundo junto com Suez, Gibraltar e Bósforo.

O Brasil passou a ser o quarto país a consumir Coca-Cola depois dos EUA, Inglaterra e Canadá, com a instalação em 1941 da primeira filial brasileira em Recife e, em seguida, em Natal, outra fábrica do refrigerante.

Em 1943, o presidente americano Franklin Roosevelt se reuniu com o presidente brasileiro Getúlio Vargas na capital do Rio Grande do Norte. Ali foi selada a adesão do Brasil com os aliados, demovendo o ditador Vargas de sua simpatia ao nazismo. Roosevelt, por sinal, teve quatro filhos alistados nas forças armadas americanas na 2a Guerra Mundial. Um exemplo de patriotismo.

O aeroporto de Natal foi o mais movimentado do mundo em 1944 com um avião em pouso, ou decolagem a cada quatro minutos, dia e noite. As super-fortalezas voadoras B29 eram vistas nessa base aérea de Parnamirim, quando iam para áreas de conflito no Pacífico ou voltavam da Índia e Ásia.

A logística da base durante a guerra movimentou cerca de 2.400 veículos, entre caminhões e jipes.

O deslocamento para o teatro de operações na guerra contra os alemães dos aviões americanos a localização de Natal favorecia, porque o mar ali está mais próximo da África que de São Paulo.

Uma ironia da guerra. Com o final do conflito, quem mais lamentou a partida dos americanos foi a população de Natal, que durante o período da permanência das tropas a cidade ganhou hábitos, desde a alimentação, a moda, a cultura (o interesse pelo inglês foi alto), namoros com os militares, que resultaram em casamentos.

A economia favoreceu a todos, com muitos empregos e circulação da moeda americana no comércio. Vários atores famosos de Hollywood chegavam a cidade para shows com o objetivo de levar ânimo aos soldados. Natal nunca mais foi a mesma.

LER PARA ENTENDER.

Intentona Comunista – por @historia_em_retalhos.

Em 23, 24 e 27 de novembro de 1935, eclodia, respectivamente, em Natal/RN, no Recife/PE e no Rio de Janeiro/RJ, a Intentona Comunista, um levante militar de inspiração marxista, liderado pelo capitão do Exército e líder tenentista Luís Carlos Prestes (foto).

Com o lema “pão, terra e liberdade”, o movimento tinha como pautas a luta contra as oligarquias e o autoritarismo, o não pagamento da dívida externa, a nacionalização de empresas estrangeiras e a reforma agrária.

A movimentação foi intensa e chegou a transformar o Rio Grande do Norte em um estado oficialmente comunista, por 4 (quatro) dias, com o afastamento do governador Rafael Fernandes e a dissolução da Assembleia Legislativa.

Este governo revolucionário provisório potiguar pode ser considerado o primeiro e único governo oficialmente comunista da história do Brasil.

Dos três levantes, o de Pernambuco foi o mais violento, com um tiroteio que durou 28 horas no Largo da Paz (foto), resultando em muitas mortes.

Segundo a professora Marly Vianna, doutora em história pela USP e autora do livro “Revolucionários de 35”, a versão de que os militares revolucionários teriam assassinado covardemente oficiais do governo Vargas, enquanto estes dormiam, não é verdadeira, tendo sido desmentida em um discurso do senador Jarbas Passarinho no Congresso Nacional.

Segundo a professora, esta versão foi criada por Filinto Müller, Chefe de Polícia de Vargas, com o objetivo de criar as condições políticas para a decretação do Estado Novo.

O historiador Hélio Silva diz o mesmo em seu livro “O Ciclo de Vargas: 1935 – A Revolta Vermelha”.

A questão, todavia, é controversa.

Há vozes em sentido contrário.
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MOSTEV – segue até o 1º de dezembro….

Promovido pelo Grupo Teatral Vid’Art desde 1998, a 27º edição da MOSTEV – Mostra de Teatro da Vitória -, iniciada no último dia 22, segue até o dia 1º dezembro. A  iniciativa envolve grupos da Vitória de Santo Antão e de outras cidades, inclusive da Capital pernambucana.

Os espetáculos seguem acontecendo no Teatro Silogeu José Aragão, em vários horários. Abaixo, portanto, segue programação completa.

 

NO TEMPO DE MINHA MOCIDADE – por Sosígenes Bittencourt.

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Período em que morei na Rua Martins Júnior, n° 40, popularmente conhecida como Rua de Otoni, Bairro da Matriz, em Vitória de Santo Antão.
Professor no Colégio Nossa Senhora da Graça, por indicação de prof. Pedro Moura, a convite de Madre Tarcísia, Dalka Pitanga de Mesquita.
Professor no Colégio Municipal 3 de Agosto, por indicação do Dr. Ubirajara Carneiro da Cunha, a convite do Bel. Mário Bezerra da Silva.
Cadeiras: Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Técnica de Redação.
Estudante na Escola Agrotécnica de Barreiros.
Estudante de Direito na Universidade Católica de Pernambuco.
Funcionário Público do INPS, por Concurso Público.
Criador da Revista Fragmentos.
Copydesk da Vitória Link, Provedor da Internet na cidade, a convite de Dr. Geraldo Guerra.
Atualmente, aposentado, cronista, memorialista e “conversólogo”.
Conselho: Leia em forma de oração. Sem leitura, não há salvação.
Sosígenes Bittencourt

O Tempo Voa – inauguração no Instituto Histórico.

O JORNALISTA vitoriense Marcus Prado, ao pronunciar discurso na cerimônia de inauguração de novas instalações do INSTITUTO HISTÓRICO DE VITÓRIA, a convite do Presidente José Aragão, que se encontra ladeado do prefeito Ivo Queiroz, dona Maria Aragão, secretários de estado, historiadores, dirigentes do Instituto Arqueológico Pernambucano (entre os quais, o professor e escritor Amaro Quintas).Outubro de 1970.

Vida Passada… – Pinto Junior – por Célio Meira

Na paróquia recifense do Pôço da Panela, onde veiu, ao mundo, naquela casa de 7 janelas, o lírico Maciel Monteiro, e onde morou, dilatados anos, o democrata José Mariano, João José Pinto Junior, a 2 de fevereiro de 1832, no dia de Nossa Senhora da Saúde. Em junho desse ano, frei José Damásio, abade da Igreja de São Bento, o fez cristão, à pia batismal da igreja de São Sebastião, na terra olindense. E aos 18 anos, matriculou-se, o jovem Pinto Junior, na Faculdade de Direito de Olinda, recebendo, no Recife, em 1855, a carta de bacharel, pertencente à turma de Salustiano Orlando de Araújo Costa, o grande Orlando, do Código Comercial. Diplomado, abriu banca de advogado, e defendeu tese, ao lado de Liberato Barroso, ilustrado cearense, nascido no Aracati.

Exerceu o cargo de juiz municipal, na comarca do Recife. Inscreveu-se, em 1858, conta um “admirador”, em excelente biografia, num concurso, na Faculdade de Direito. Foram companheiro de Pinto Junior, nessa formosa batalha de inteligência e cultura, João Capistrano  e Aprígio Guimarães. Pinto Junior alcançou o 1º lugar, e Capistrano o 2º, que obteve a nomeação. No ano seguinte, voltou Pinto Junior, ao lado de Aprígio e de Pinto Pessoa, a pleitear a cadeira, na velha escola. Coube-lhe, ainda, a vitória, no primeiro plano. Não viu realizado, dessa vez, o sonho alcandorado. E entrou no 3º concurso. E com a mesma classificação, foi nomeado lente substituto, a 20 de agosto de 1859. Tinha 27 anos. Era o triunfo.

Em 1870, deu-lhe, o governo, a cadeira de professor catedrático de Direito Romano. E em 1855, agraciou-o, a Corôa, com o título de conselheiro. Jornalista, colaborou, em 1857, na “Regeneração”, à tribuna desassombrada de Jerônimo Vilela de Castro Tavares e, em 64, no  “Liberal”, a trincheira de Cunha Teixeira, servindo,  patrioticamente, às ideias dos liberais “históricos”. Fundou, e dirigiu a “Revista de Instrução Pública de Pernambuco”. E entre os nobres fundadores da “Sociedade Propagadora de Instrução Pública”, foi, Pinto Junior, a alma e o cérebro.

Escreveu, Pinto Junior, o “Curso Elementar de Direito Romano”, livro precioso, àquele tempo, e recomendado aos estudantes de São Paulo, por Américo Brasiliense, grande romanista. Dirigiu, duas vezes, interinamente, a Faculdade de Direito. Jubilou-se, em 1891, e morreu, dois anos depois, aos 61 anos de idade.

Professor de Direito, idolatrado pela mocidade acadêmica, homem de coração, no dizer de Clóvis Bevilaqua, paladino da instrução pública, defensor das tradições históricas do torrão nativo, pertence, Pinto Junior, à galeria dos pernambucanos preclaros. Seu nome, graças a Deus, tem resistido à ação destruidora do tempo. Está gravado na fachada de uma Escola, no Recife. E,  a mocidade de saia amarela e de blusa branca, na Escola Normal Pinto Junior, tem, na sua jornada, um destino histórico – o de glorificar a memória do Mestre.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

A FELICIDADE – por Sosígenes Bittencourt.


A felicidade não é um grande evento que irá acontecer um dia. A felicidade é feita de momentos felizes. Portanto, a felicidade pode ser a qualquer momento, em qualquer lugar.

É ilusório pensar que trabalhamos a semana inteira para sermos felizes no domingo. A felicidade é uma alegria, uma emoção, um entusiasmo, logo, você não poderá ser feliz, a todo instante, senão você não perceberia a felicidade. Só existe felicidade porque existe ausência de felicidade, é a ausência que destaca sua presença.
Feliz Dia! Um abraço!

Sosígenes Bittencourt

André de Bau: todos na torcida pela mais rápida recuperação…….

É com apreensão e esperança que familiares, amigos, eleitores, correligionários e o “mundo político” local acompanham o estado de saúde do vereador e atual presidente da Câmara, André Saulo, popularmente conhecido por André de Bau.

Articulado e bem quisto por atores políticos das mais variadas linhas ideológicas,  André, após AVC, segue internado em UTI,  sob os cuidados rigorosos das equipes médicas, na cidade do Recife.

Todas orações seguem no sentido da sua mais rápida recuperação……

Poesia de Deborah Brennand inspira exposição de arte – por Marcus Prado.


É notório que a curadoria no contexto das artes visuais consiste de uma cadeia de complexas etapas, desde a concepção até a finalização: a multiplicidade de linguagens, a inserção da obra no espaço, a relação entre obra e espectador. Não há diferença de rigores, competência, escolhas, diálogo entre artistas e mediação cultural com o público, bom gosto da primeira à última etapa.

Uma das etapas primordiais, além de uma qualificada e bem produzida curadoria, é o Catálogo de apresentação, não só pela excelência gráfico-visual, mas pela qualidade do texto, que determina, entre as demais etapas, o sucesso de uma amostra. Dou como exemplo o Catálogo da monumental exposição “O Tesouro dos Reis. Obras-primas do Terra Sancta Museum”, da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, 2023). Elogiado por sua primorosa edição de texto e qualidade gráfica de altíssimo nível, o catálogo mostra como foi o esforço da diplomacia internacional para a produção da rica amostra. O projeto, que durou cinco anos para a sua inauguração na Fundação lisboeta, destaca obras artísticas de ourivesaria, têxteis e mobiliário reunidos durante séculos para o culto e ornamentação da Basílica do Santo Sepulcro e de outras igrejas supervisionadas pela Custódia da Terra Santa, localizada na Cidade Velha de Jerusalém. As peças são únicas no mundo.

Neste final de 2024, como é tradição todo ano no Espaço Brennand (Avenida Domingos Ferreira, 274) numa iniciativa de Neném e Maria Helena Brennand, filhas de Francisco, vemos mais uma exposição de sua Galeria, composta de obras do patrono e de artistas do acervo: João Câmara, Roberto Ploeg, Reynaldo Fonseca, Zè Cláudio, Antônio Mendes, Álvaro Caldas, Lula Cardoso Ayres, Siron Franco, Marlene Almeida (Galeria Marco Zero), Clara Moreira (Galeria Amparo 60), Monica Piloni (Galeria Número). “Sem baixar a vista”, poema antológico de Deborah Brennand, é o tema do Espaço Brennand 2024

O texto de abertura é de autoria da professora doutora Virginia Leal (UFPE). Ela escolheu como epígrafe as palavras de Georges Didi-Huberman, filósofo, historiador da arte, professor da École de Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris, também com experiência de curadoria (Centro de Arte Contemporânea do Museu da Universidade Nacional Três de Fevereiro – Muntref). A infinidade de possibilidades que o artista contemporâneo traz dentro de si, acha-se resumida nas palavras da mestra, doutora em Semiótica e Linguística pela USP/Université Paris X, Virginia Leal, ao opinar sobre as peças em exibição que vai fechar com chave de ouro o calendário artístico de 2024 nesta capital

Ao longo das suas edições o Espaço Brennand tem se consolidado no cenário artístico do Recife. Um espaço de “partilha do sensível” (pastage du sensible), como vejo no filósofo e exegeta da obra literária, Jacques Ranciére.

Marcus Prado – jornalista

A história de Alcides do Nascimento – por @historia_em_retalhos.

A história de Alcides do Nascimento: o jovem negro e periférico que se tornou um símbolo para vestibulandos pobres.

Filho da ex-catadora de lixo Maria Luiza do Nascimento, o jovem Alcides conseguiu ser aprovado em primeiro lugar da rede pública no vestibular da UFPE para o curso de biomedicina (2007).

A Rede Globo captou ao vivo o momento em que mãe e filho comemoravam emocionados a divulgação da lista dos aprovados (foto).

Foi uma linda cena de superação pessoal, protagonizada por dois atores que costumam ocupar espaços secundários e subalternos em um país marcado pelo passado perverso da escravidão.

A luta incansável da ex-catadora para educar o seu filho chegou a ser matéria do Fantástico.

Maria Luiza puxava a sua carroça para garantir a alimentação de Alcides, que almoçava a quentinha levada pela mãe encostado na parede de uma biblioteca do Recife.

Porém, esta história de vitória diante das adversidades terminou com um final terrível.

O triunfo heróico de Alcides e de sua genitora foi violenta e covardemente interrompido.

Em 5 de fevereiro de 2010, o criminoso João Guilherme Nunes, detento fugitivo da Penitenciária de Itamaracá, procurava por um vizinho de Alcides, na comunidade onde moravam, a Vila Santa Luzia, no bairro da Torre.

Não localizou o vizinho e indagou a Alcides por seu paradeiro.

Alcides não soube informar.

Nas palavras do próprio João, “para não perder a viagem”, matou Alcides com dois tiros na cabeça, em frente à casa onde residia.

João foi condenado a 25 anos de prisão.

A mãe de Alcides processou o Estado de Pernambuco, invocando a omissão do ente público no seu dever de garantir a segurança.

Após 7 (sete) anos, o TJPE negou o pedido de indenização de Maria Luiza.

Alcides foi morto aos 22 anos e estava prestes a se tornar um biomédico.

Particularmente, foi uma das histórias de superação e dor mais trágicas que já vi na vida.

Alcides do Nascimento dá nome à Escola Técnica Estadual de Camaragibe/PE e à biblioteca do Campus IFPE do Cabo de Santo Agostinho/PE.
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