Vida Passada… – Esmeraldino Bandeira – por Célio Meira.

“Guarda-livros de uma grande casa comercial, conta Adelmar Tavares, numa formosa oração, é o que desejo ao meu filho Esmeraldino, costumava dizer João Vicente Torres Bandeira aos seus amigos”. O destino contrariou, graças a Deus, essa vontade paterna, e  Esmeraldino se fez acadêmico de direito, bacharel, doutor, e mestre, alcançando a glória de ser, entre os criminalistas, o “Príncipe da Escola Positiva no Brasil”.

Contemporâneo de Epitácio Pessoa, Graça Aranha, Gumercino Bessa e de Nilo Peçanha, de quem seria, vinte e três anos mais tarde, ministro da Justiça, recebeu, Esmeraldino Olímpio de Torres Bandeira, a carta de bacharel, no ano de 89, na companhia de Alfredo Valera, Sebastião Galvão, e de Gervásio Fioravanti. Batalhou pela abolição da escravatura, e , ouvindo a voz eloquente de Martins Junior, fez propaganda da República.

Diplomado, iniciou sua vida pública na Intendência Municipal e na delegacia de polícia de Olinda, e do Recife. Elegeu-se deputado estadual em 92, e dois anos depois, dirigiu a chefatura de polícia do Rio Grande do Norte. Distingui-o, em 1894, o governo de Santa Catarina, com o juizado de direito da comarca do Tubarão. Não ingressou, porém, na magistratura santa-catarinense, pois a esse tempo, aceitou a 2ª promotoria de justiça, no Distrito Federal. Na Capital do País, ascendeu, aos 31 anos de idade, ao posto de procurador da República. E conquistou, nessa época, na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, a cadeira de direito criminal.

Governando, Correia de Araújo, o Estado de Pernambuco, mereceu, Esmeraldino, em 98, o cargo de prefeito do Recife. Encerrando a administração da prefeitura de sua terra natal, esse pernambucano, figura destacada do partido republicano, que obedecia à orientação de Rosa e Silva, passou a representar o povo, a partir de 1900, na Câmara Federal. Foi, Esmeraldino, na bancada pernambucana, e no seio do parlamento, um dos vultos figurantes, pela irradiação de sua cultura e pela firmeza do seu caráter. Assumindo a presidência da República, em 1909, Nilo Peçanha não se esqueceu do antigo condiscípulo, e o fez ministro da Justiça. Nesse ministério, Esmeraldino, que cultuou, sempre, no dizer de Afonso Celso, “ a religião do trabalho, da hora, do dever, da família e da pátria”, elevou, bem alto, o nome de seu berço, enobrecendo-o, porque em verdade, esse filho do Recife, “como Anteu, na observação de Ademar Tavares, seu discípulo bem amado, tirou da terra natal toda a força e toda pureza do seu ideal e das suas energias”

Advogado notável, parlamentar, jurista e ministro, teve, Esmeraldino, vida intensa e luminosa, Nasceu no dia 27 de fevereiro de 1865, e morreu aos 63 anos de idade. Tornando maior a lista de suas obras de direito, escreveu, em 1928, o “Reflexões”, livro de máximas e de sentenças. Há, nesse livro, experiências e ensinamentos de quem viveu e venceu. “Felizes, escreve ele, os que podem morrer convictos de ter ocupado, com dignidade, o seu lugar na vida”. Morreu feliz, o mestre.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

O PENSADOR – por Sosígenes Bittencourt.

De Mário Sérgio Cortella: O conhecimento serve para encantar as pessoas, não para humilhá-las.
De Millôr Fernandes: O dinheiro não traz felicidade, mas permite que você vá ser infeliz em Paris.
De Mário Quintana: A arte de viver é, simplesmente, a arte de conviver.
De Marcos Pereira da Silva: A cocaína é o demônio ralado.
De Machado de Assis: Toda cidade tem de ter um louco, para chamar as pessoas à razão.
Sosígenes Bittencourt

Centro Educacional Ethos alcançou a melhor nota no ENEM 2024.

Iniciado no ano de 2020, período em que o mundo vivenciou um dos piores momentos dos últimos séculos (pandemia), o Centro Educacional Ethos, localizado no bairro da Bela Vista, aqui, em Vitória de Santo Antão, após 5 anos de funcionamento, focados, prioritariamente,  no resultado elevado dos alunos e  se valendo de metodologia diferenciada, acaba de comemorar expressiva vitória coletiva. Ou seja: direção, professores, alunos e familiares.

Recentemente, por ocasião do anuncio dos resultados do ENEM 2024, elencados por escolas, o Centro Educacional Ethos, no recorte Vitória de Santo Antão, alcançou a melhor média de nota entre todos os educandários antonenses, quer sejam eles público ou privado.

Fruto da competência, do trabalho e da busca constante pelos  melhores resultados, a referida unidade de ensino – Centro Educacional Ethos -,  idealizada pelos experientes educadores, Michele Siqueira e Aluísio Oliveira, reafirma seu compromisso com os mesmos ideais, renovando o entusiasmo e “correndo atrás” dos  excelentes resultados concretos.

Peças fundamentais nessa engrenagem, os alunos do ETHOS, que se entregaram de corpo e alma nesse projeto, também são merecedores de todos os aplausos. Vale sublinhar, inclusive,   que mais de 85% dos alunos foram aprovados em universidades públicas. Uma vitória coletiva que  deve ser compartilhada com toda sociedade!

Como nasceu o sentimento de subjugação dos EUA com o Brasil? – por Siga: @historia_em_retalhos.

A história explica!

Ainda no século 19, o então presidente norte-americano James Monroe lançou a sua conhecida “Doutrina Monroe”.

Com o discurso de “América para os americanos”, Monroe baseava a sua doutrina no princípio da não intervenção externa nos assuntos internos dos países americanos.

Porém, ao mesmo tempo em que buscava manter a região livre da interferência estrangeira, Monroe queria, na verdade, afirmar a influência norte-americana na região.

E, de certa forma, conseguiu.

Esta política externa de controle das américas acentuou-se no século 20.

Inicialmente, temendo a influência nazista na região, por meio de fortes incentivos financeiros e de uma calculada aproximação cultural, os EUA promoveram, por exemplo, personagens estereotipados, como Zé Carioca, na esteira da chamada “política da boa vizinhança”.

Esta medida, dentre outras, garantiu o apoio do Brasil aos aliados na Segunda Guerra Mundial, tornando o nosso país, a partir daí, ainda mais imbrincado à influência norte-americana, notadamente, após o fim do conflito armado, com a configuração da Guerra Fria entre os EUA e a antiga URSS.

Vencedor da guerra e consolidado como grande potência mundial, os EUA levaram o seu expancionismo ao extremo, ao ponto de apoiarem golpes militares em diversos países, como fizeram no Brasil em 1964 (“Operação Brother Sam” e “Operação Condor”).

Este é, em poucas palavras, o pano de fundo histórico, que trouxe consigo efeitos colaterais negativos.

Tal sentimento de subjugação, olhando para o Brasil como parte de seu quintal, gerou nos brasileiros aquilo o que Nelson Rodrigues sabiamente denominou de “complexo de vira-lata”.

Trata-se de uma percepção negativa, da falta de autoestima dos brasileiros com relação à própria identidade nacional.

Como consequência, este complexo de inferioridade induz o brasileiro a autodepreciar-se, a acreditar que o Brasil, a sua cultura, o seu povo e as suas realizações são inferiores aos de outras nações, especialmente aos dos EUA.

Não é raro assistirmos à postura de alguns reconhecendo e até buscando como legítima a tutela norte-americana em assuntos internos brasileiros, malferindo a soberania nacional.
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Isto é vira-latismo puro.
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É consenso em matéria de relações internacionais que a primeira condição para uma nação tornar-se realmente respeitada é não abrir mão de sua soberania plena.
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Para tanto, a bandeira brasileira jamais poderá ser a norte-americana.
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Aqui é o Brasil.
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E o Brasil é soberano.

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AVLAC – 20 anos de fundação…

Na manhã do domingo (13), em sua sede, localizada no bairro da Matriz, aconteceu mais uma reunião ordinária da AVLAC – Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência.

Na ocasião, além do “espaço do acadêmico”, o encontro também serviu para o presidente, professor Serafim Lemos, repassar algumas informações visando o aniversário de 20 da entidade, que ocorrerá no próximo mês de outubro.

EUA ao Golpe Militar de 1964 – por @historia_em_retalhos.

Circunstância muito decisiva, que nem sempre é explicitada com a importância histórica que deveria, foi o apoio dos EUA ao Golpe Militar de 1964.

Poucos sabem, mas foi montada uma operação militar por parte dos EUA com esse objetivo, a chamada operação “Brother Sam”.

A operação Brother Sam consistiu em um movimento da Marinha norte-americana em auxílio aos militares que depuseram o governo de João Goulart, no dia 31 de março de 1964.

Quando as tropas lideradas pelo general Olímpio Mourão deslocaram-se de MG para o RJ, na madrugada do dia 31, havia o receio, por parte dos EUA, de que o golpe falhasse ou de que as forças que apoiavam Goulart, inclusive militares, ensaiassem algum tipo de resistência.

Em março de 1964, o então secretário para Negócios Interamericanos dos EUA, Thomas Mann, declarou que “os Estados Unidos não mais procurariam punir as juntas militares por derrubarem regimes democráticos”.

Era a carta branca para o golpe.

A operação consistiu no deslocamento da frota da Marinha norte-americana estacionada na região do Caribe para o litoral brasileiro, sendo solicitada pelo embaixador dos EUA no Brasil, Lincoln Gordon (na foto, entre Castelo Branco e Costa e Silva).

Os americanos autorizaram o envio de cem toneladas de armas leves e munições.

Além disso, o apoio logístico também contou com aviões de caça, porta-aviões, navio de transporte de helicópteros, com 50 unidades a bordo, petroleiros, tripulação e armamento completo, entre vários outros suportes.

Ao fim e ao cabo, nem tudo chegou a ser enviado e o que foi não chegou a ser utilizado.

Para evitar um derramamento de sangue, com a deflagração de uma guerra civil, Jango optou por não resistir, exilando-se no Uruguai.

Em um outro retalho, explicarei o que foi uma segunda operação de repressão política e terror de Estado apoiada pelos EUA no Brasil: a “Operação Condor”.

Valeu, gente!

Um grande abraço a todos!
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8º Festa da Saudade – com Orquestra Super OARA – dia 23/08

O melhor da música dançante, no encontro romântico 💕 mais esperado da cidade da Vitória de Santo Antão.

Para participar, os interessados deverão entrar em contato para reservas de mesas e camarotes, pelo Whatsapp 9.0188.3054.

Serviço:

Evento: 8ª Festa da Saudade.

Quando: 23 de agosto de 2025.

Local: Clube Abanadores “O Leão”.

Hora: 21h.

Informações e reservas: 9.9188.3054.

“Corrida do Orgulho Autista” – mais 5km para somar….

Promovida por uma empresa privada, na manhã do domingo (13), aconteceu mais uma corrida de rua de na nossa cidade – “Corrida do Orgulho Autista”. Com percursos diferenciados, o evento também contou com uma caminhada, no sentido da inclusão para os iniciantes. Prestigiamos o evento e  somamos mais 5km, realizados com sucesso!

 

“Xou da Xuxa 3” – por @historia_em_retalhos.

Em 11 de julho de 1988, há exatos 37 anos, Maria da Graça Xuxa Meneghel lançava o álbum “Xou da Xuxa 3”, o disco infantil mais vendido da história.

Com mais de três milhões e duzentos mil cópias vendidas, o álbum consagrou hits como “Ilariê”, “Arco-Íris”, “Abecedário da Xuxa”, “Brincar de índio” e “Dança da Xuxa”, sendo, também, o disco mais vendido da história do Brasil por uma artista feminina.

A canção “Ilariê” (Cid Guerreiro) permaneceu em primeiro lugar nas paradas durante 20 semanas, como a mais executada em rádios, ao lado de “Faz Parte do Meu Show” de Cazuza.

Incompreendida por muitos e constantemente atacada por setores conservadores da sociedade, Xuxa é, até hoje, um fenômeno de sucesso infantojuvenil jamais alcançado no Brasil.

No início da década de 1990, chegou a apresentar programas de televisão no Brasil, Argentina, Espanha e EUA, simultaneamente, alcançando 100 milhões de telespectadores.

Aos 62 anos, a gaúcha de Santa Rosa segue ativista e militante de causas nobres, como a violência contra as crianças e o direito dos animais.

Salvem a Rainha dos Baixinhos. 🙌🏼

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ESTUDANDO PORTUGUÊS – Hipérbato – por Sosígenes Bittencourt

O Hino Nacional Brasileiro utiliza o hipérbato, uma figura de linguagem que inverte a ordem direta das palavras na frase, em diversos trechos.
Ouviram do Ipiranga
as margens plácidas
De um povo heroico
o brado retumbante
(hipérbato)
As margens plácidas
ouviram do Ipiranga
o braço retumbante
de um povo heroico.
(Ordem direta)
Obs: Com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, o acento da palavra heroico foi suprimido.

Sosígenes Bittencourt

Instituto Histórico e Geográfico de Pombos – a semente foi lançada!

Por uma feliz iniciativa de alguns iluminados munícipes da vizinha cidade de Pombos, outrora distrito da cidade da Vitória de Santo Antão,  até 1963, na noite de ontem, quinta-feira, 10 de julho de 2025, foi constituído, oficialmente, o Instituto Histórico e Geográfico de Pombos.

A Sessão Solene aconteceu na Sede da Banda Padre Galdino e teve início por volta das 19:30h. O evento contou com um bom número de pessoas. Além dos nativos, envolvidos na causa da preservação e educação patrimonial,  o encontro também celebrou  a presença da  senhora Claudia Pinto (RIHPE) e o doutor José Soares (IAHGP), ambos representando o movimento vinculado à consolidação da pauta da preservação histórica,  em nível estadual.

Na qualidade de figura central e emblemática para a historiografia da cidade de Pombos, a ativista e semeadora das boas causas, professora Gasparina, com a autoridade dos seus 84 anos, deu o tom do evento. Empolgou a todos  com o seu entusiasmo, com a sua mente privilegiada e o seu amplo conhecimento sobre os fatos marcantes e o  cotidiano local.

Portanto, a semente foi lançada em campo fértil e certamente irá vingar, crescer e florescer, até porque a cidade de Pombos tem uma rica história, um povo animado e vibrador. Elementos necessários de que precisa um Instituto Histórico e Geográfico, para avançar e se consolidar. Desejamos boa sorte e sucesso para todos os envolvidos nessa verdadeira empreitada  cívica e cultural.

Dia 23 de agosto – Orquestra Super OARA em Vitória de Santo Antão.

Chegando para sua oitava edição, a Festa da Saudade acontecerá na noite do sábado, 23 de agosto, no tradicional Clube Abanadores “ O Leão”. Voltado para o público mais maduro, o bom repertório musical se configura numa das atrações do encontro dançante.

No palco, duas atrações musicais. Na qualidade de banda mais esperada, a internacional Orquestra Super OARA – Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos.

Para participar, os interessados deverão entrar em contato para reservas de mesas e camarotes, pelo Whatsapp 9.0188.3054.

Serviço:

Evento: 8ª Festa da Saudade.

Quando: 23 de agosto de 2025.

Local: Clube Abanadores “O Leão”.

Hora: 21h.

Informações e reservas: 9.9188.3054.

 

 

ALEMANHA 7 x 1 BRASIL – 9 de julho de 2014 – (Há 11 anos).

A esperança alimenta-se de vitórias, não de derrotas. De que nos serve esta derrota, para nutrir a esperança de sermos os melhores do mundo, pelo menos em termos de futebol, o que sempre julgamos ser?
Quão ingênuos somos nós. Os alemães nunca se julgaram os melhores do mundo, mas se consideraram capazes de vencer, pelo bom uso da inteligência, aqueles que apenas se sentiam os melhores, repousados nas glórias do passado.

E o que fizeram os nossos sapientes competidores? Foram buscar na inteligência aplicada, organizada, disciplinada, no estudo, na ciência, o triunfo almejado. O futebol, faz 6 anos, virou, para os alemães, um tabuleiro de xadrez. Foi uma arrumação tática, comparável a uma imbatível estratégia de operacionalidade de guerra. Foram cinco disparos certeiros, concatenados, em curto espaço de tempo, para abater o inocente inimigo.

E nem precisaram ser violentos, usar a força, nenhuma malícia, o que mais nos humilhou. Aliás, o que pode a malícia contra a sabedoria? Eis o que nos ensina o provérbio: sapientiam autem non vincit malicia.

E, agora, só nos resta uma saída: aprender com a lição. Este é o conselho milenar de um tantra indiano: Quando perder, não perca a lição.

O homem nasceu para ser derrotado, não para ser vencido. Portanto, aprendamos com os alemães, vamos estudar, imitemos nossos inimigos, sejamos humildes e alegres na derrota, que é a melhor forma, o melhor caminho para transformar a inteligência em sabedoria.

Sosígenes Bittencourt

A Meia Maratona da Vitória homenageia os 380 anos da Batalha das Tabocas.

Por iniciativa da equipe que organiza a “Corrida da Vitória” – evento esportivo já consagrado na cidade e região – no próximo dia 21 de setembro acontecerá a Primeira Meia Maratona da Vitória. No conjunto, além dos 21km, haverá, também,  um percurso de 10km.

Para enriquecer o referido evento de corrida de rua, no conceito, a equipe introduziu a seguinte expressão: 21 POR TABOCAS. Além do suor, da superação e da emoção que só a corrida de rua pode proporcionar, a Meia Maratona da Vitória também se propôs a divulgar o maior patrimônio histórico da cidade da Vitória de Santo Antão. Ou seja: o Monte das Tabocas e sua importância histórica. 

Em 2025, ano em que estamos comemorando os 380 anos da Batalha das Tabocas, refrega armada entre  holandeses e luso-brasileiros, ocorrida, exatamente,  em 3 de agosto de 1645, será estampada, nas medalhas e troféus, uma arte exclusiva alusiva aos  épicos acontecimentos daquele tempo. Portanto, se prepare,: além de muitos  kms temos muitas histórias para contar!!!

 

🏅 1ª Meia Maratona da Vitória – 21 por Tabocas
📍 21K e 10K

📅 Data: 21/09/2025
📍 Local: Antiga Estação Ferroviária / Praça Leão Coroado – Vitória de Santo Antão
🕓 Concentração: 4h
🏁 Largada: 5h

🏆 Premiações – Meia Maratona (21km):
🔹 Masculino e Feminino – 1º ao 5º lugar
🔹 Geral e Local
🔹 Faixas etárias:
* 40 a 49 anos
* 50 a 59 anos
* 60+

🏃‍♂️ Corrida 10km:
🔹 Masculino e Feminino – 1º ao 5º lugar
🔹Geral e Local

❗ Obs: Não haverá premiação em dinheiro 💰

📝 Inscrições:
🌐 Online: https://www.uptempo.com.br/event-details/1-meia-maratona-da-vitoria-21-por-tabocas-vitoria-de-santo-antao-pe
📲 Grupos: (81) 9 9198-0437
🏪 Presencial: Loja Monster Suplementos – Vitória

💸 Valores 2º lote:
🔸 21K e 10K: R$ 115,00
🔸 Kit sem camisa: R$ 105,00
🔹 Descontos especiais para grupos: (81) 9 9198-0437

Vida Passada… – Antônio Estevão – por Célio Meira.

No ano de 1845, em fevereiro, no bairro do Recife, na capital da Província de Pernambuco, nasceu Antônio Estevão de Oliveira. Matriculou-se na Faculdade de Direito do berço natal, aos 18 anos de idade, e no ano de 1867, figurando ao lado de José Higino, Generino dos Santos, Maciel Pinheiro, Augusto Guimarães, o cunhado de Castro Alves, Gonsalves Ferreira e do sirinhaense João Barbalho Uchôa Cavalcanti, o futuro constitucionalista brasileiro, recebeu Antônio Estevão, a carta de bacharel. Iniciou a vida pública na promotoria de justiça de Quixeramobim, na província do Ceará. Moço, inteligente, altivo, não entregou os pulsos às algemas da política, e abandonando, airosamente, a cadeira de promotor, regressou à terra onde nasceu.

E ao lado de José Bernardo Alcoforado, advogado de nota, escreve um cronista, Antônio Estevão, começou a pelejar, no fôro, alcançando, rapidamente, porque Deus lhe havia concedido a graça da eloquência, grandes e retumbantes vitórias, nas tribunas do júri. Conquistou renome, também, no cível e no comercio. Foi, no seu tempo, figura de prôa, na família dos advogados do Recife.

Político na monarquia, servindo à Corôa porque servia à pátria, ouviu, sempre, a voz de comando das fortalezas liberais. E sustentando, bravamente, as ideias de seu partido, ingressou, aos 34 anos de idade na Assembleia de sua província, honrando, pelo caráter, pela coragem e pelo patriotismo, o mandato livre do povo.

E quando deixou, em 1885, a cadeira de deputado, em que fora grande, foi para tornar-se maior, na praça pública, defendendo a liberdade dos escravos. Nessa abençoada e memorável campanha da abolição da escravatura negra, a mais nobre das que se processaram na monarquia, e a mais cristã, em toda a terra brasileira, pertenceu, Antônio Estevão, pelo espirito fulgurante e pelo coração amável, à geração dos batalhadores românticos. Não combateu, porque lhe adviesse, da refrega, fama e glória; bateu-se, porque lhe era doce o sacrifício, na libertação de uma raça.

Proclamada a República, voltou, em 1890, à Assembleia provincial, para defender, como outrora, o direito e a justiça. O regime político havia sido mudado, o deputado, porém, era o mesmo que ali estivera, em 79, sereno nos debates, e independente nas atitudes.

E em 1895, aos 50 anos de idade, obteve, na Faculdade de Direito de sua terra natal, em concurso brilhante, a cadeira de prática do processo. Mestre, foi um dos ídolos da mocidade acadêmica. Na cátedra, era eloquente, elegante, e por vezes, irônico. E daí a admiração comovedora dos discípulos.

Morreu, na cidade de Olinda, em 25 de fevereiro de 1904, nove anos depois da última vitória, no mundo largo da ciência jurídica. Adormeceu, nesse dia, um varão pernambucano.

Antônio Estevão de Oliveira, advogado, jornalista, orador, parlamentar e professor de direito, merece as homenagens da geração de hoje. Foi um homem de bem.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.