MEIO AMBIENTE – por Pedro Ferrer.

Aconteceu nesta segunda feira, dia 07, o lançamento do Plano Municipal de Arborização do município, pela Agência Municipal de Meio Ambiente que tem à frente o dr. Péricles Austregésilo. O plano prevê o plantio de mais de 50 mil mudas de espécies nativas nas zonas rurais e urbanas. A cerimônia ocorreu no Monte das Tabocas e contou com a presença do prefeito, dr. Paulo Roberto Leite de Arruda, vice prefeito, Edmo Neves, secretários e vereadores. O Instituto Histórico prestigiou o louvável gesto e torce pelo sucesso do projeto.

Pedro Ferrer – presidente do Instituto Histórico e Geográfico da Vitória. 

Professor Severina Moura: uma vitoriense arretada!!

Ainda na noite de ontem, domingo, o6 de junho de 2021, circulou a notícia que Dona Severina Andrade de Moura havia falecido. Uma triste notícia. Professora Severina, como era mais conhecida, foi uma figura que atuou no nosso espaço social muito além da sua nobilitante missão de lecionar.

Com origem na zona rural, desde muito nova, Dona Severina desbravou novos horizontes com força e determinação. Para estudar, confessou ela várias vezes: “saia do sitio sozinha, seguia caminhando até a cidade todos os dias porque eu queria ser professora”.

Filha de José Elias dos Santos e Doralice Andrade dos Santos, a então jovem  Severina estudou no Colégio Nossa Senhora da Graça. Formada em licenciatura plena em letras (1976) e pós-graduada em língua portuguesa (1982),  a mesma exerceu o magistério  em vários educandários da Vitória e de outras cidades, assim como no ensino superior.

Dona Severina casou com Severino Gonçalves de Moura (Vivi Moura) em 1962. Viúva e com 6 filhos para criar Dona Severina demonstrou sua fibra e garra no encaminhando familiar. Bem relacionada, a mesma sempre foi atuante nos clubes de serviços e causas sociais. Dentre outras atividades,  foi presidente da AVLAC – Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência.

Dotada de um bom humor estremo, Dona Severina era a “animação” em pessoa. Contadora de anedotas das melhores ela sempre se divertia nas mais diversas ocasiões. Poetisa por natureza, gostava de presentear os mais chegados com seus versos,  quase sempre produzidos “em cima da hora”.

Conheço “Dona Vina” desde que me entendo por gente – foi assim que aprendi lhe chamar. Meu pai, Zito Mariano, foi amigo/irmão do seu marido. Tanto que ambos tomaram o casal amigo como padrinho de um dos filhos (Lauro/Betânia).

Acometida de algumas dificuldades de saúde, há anos, Dona Severina teve várias internações hospitalares e retorno ao tecido familiar. Aos 85 anos, recém comemorado, Vitória perde uma pessoa que lutou para construir uma cidade melhor, sobretudo na educação escolar. Com o seu bom humor “exagerado, por assim dizer, o céu, hoje e sempre, será animado por Dona Severina Moura.

Por ocasião do seu aniversário de 80 anos (2016),  uma comissão do Instituto Histórico  foi até a residência de Dona severina para lhe parabenizar. Aproveitei a oportunidade para gravar um alongado vídeo com a professora em que ela conta um pouco da sua vida. Veja o vídeo.

EMENDA  PARLAMENTAR  X  MUSEU  X  ACERVO: um parabéns ao deputado Raul Henry.

Emenda é uma prerrogativa, com amparo legal, que permite aos deputados e senadores destinarem subsídios aos seus redutos eleitorais. Tal iniciativa é criticada por muitos; creem eles que dinheiro nas mãos de políticos é tremendamente perigoso. Outros a defendem; estes pautam-se pelo princípio que ninguém mais que os políticos para conhecerem as carências da sua região. Impulsionado por essa alternativa, nosso Instituto Histórico e Geográfico, através do empresário Alexandre Ferrer, vice-presidente do PMDB estadual, acenou ao deputado federal Raul Henry. A acolhida foi deveras positiva.

Expusemos algumas das nossas deficiências ao dr. Raul Henry o qual em análise com o  dr. Alexandre Ferrer concluiu e atendeu nosso pedido, repassando R$ 100.000,00 (cem mil reais) para a “CASA DO IMPERADOR”. Com a graciosa e valiosa contribuição de Viviane Lima, bióloga lotada na Secretaria de Planejamento, preparamos em tempo recorde nosso projeto e o encaminhamos para o INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS. O projeto foi acatado plenamente. Passa agora para a fase de análise.

A verba da emenda tem objetivos específicos:

1-conservação, catalogação e digitalização dos documentos manuscritos e impressos (inquérito da Hecatombe do Rosário, registros de escravos, atas dos séculos XIX e XX da Câmara de Vereadores, escrituras públicas, jornais, revistas e fotos);

2- treinamento de monitores para acolhimento dos visitantes do Museu;

3 – divulgação do rico acervo do Museu e publicação de revistas e livros;

4 – montagem de exposições e de peças teatrais abordando temas de nossa rica e extraordinária História.

Museu é escola. Museu é vida e esperança. Fomos educados em sentido inverso: Museu é lugar de coisa velha. Que bobagem; quanta insensatez!  As peças de um museu são espelhos do nosso passado. Cada peça tem seu significado, um valor intrínseco. Os óculos de Aragão não são simplesmente óculos. Eles são (foram) de Aragão. O diploma de prefeito de José Augusto Ferrer não é meramente um diploma. É diploma do ex-prefeito. Um título de eleitor é peça banal, mesmo antigo. Todavia, o título de Martha de Holanda tem um significado e sabor diferentes.

Alardeiam que nosso acervo é rico e plural. Sim, ele é rico e plural. Todavia pouco explorado e curtido por nossos conterrâneos. Adianta um rico acervo, sem visitantes? Salva-nos as escolas que levam suas crianças para nos visitar. Temos próximo de 3 mil visitantes anualmente; 97% de escolares.

Os objetivos do projeto visam incutir no público infanto-juvenil o espírito nativista e o amor ao torrão natal. Todos conhecem e repetem o adágio: só se ama o que se conhece. Vamos abrir as cortinas da História, trazer nossas crianças ao Museu para que elas desfrutem de maneira saudável e prazerosa do nosso acervo.

Os visitantes serão acompanhados de monitores caracterizados com roupas das épocas colonial, imperial e republicana (primeiras décadas do século XX). Está, a diretoria do Instituo, ansiosa em dar o primeiro passo para incrementar o turismo cultural em nossa urbe.

Enfim, agradecemos o simpático e operoso gesto do deputado Raul Henry, coadjuvado pelo empresário Alexandre Ferrer. Que outras emendas pousem sobre nosso Instituto.

Pedro Ferrer – presidente do Instituto Histórico e Geográfico da Vitória. 

Com apoio da Pitú, o comunicador Caxias Jr comanda a abertura dos festejos juninos em Vitória.

Não fosse o momento pandêmico, que “derruba” pela segunda vez a maior festa do Brasil, ou seja, “ Os Festejos Juninos”, os vitorienses já estariam  “aquecido” para adentrar no mês mais dançante. Na nossa cidade, são promoções festivas das mais variadas: grupos de igrejas, escolas, eventos profissionais e etc.

Sem deixar a “peteca’ cair e animado com o sucesso da promoção carnavalesca remota,  ocorrida em fevereiro de 2021,  o comunicador “Caxias Jr”, agora, convoca os casais dançarinos para aproveitar o “São João Virtual da Vitória de Santo Antão” que será exibido pelo canal do youtube do programa “Sua Excelência o Frevo” (Rádio Tabocas).

Com a presença confirmada de várias atrações musicais, locais e da capital, o referido evento junino ira acontecer a parir das 16h do próximo domingo (6). Com apoio total do Engarrafamento Pitú, “Caxias” promete abrir “oficialmente” a temporada remota do São João 2021 na terra que Luiz Gonzaga deixou seu coração.

Hospital João Murilo: agradecemos as mensagens….

Por ocasião da nossa postagem ocorrida ontem (01), em que realçamos a importância do nosso Hospital João Murilo e do seu corpo funcional para o atendimento dos conterrâneos e de moradores de cidades circunvizinhas,  em que “condenamos”  fofocas e  inverdades que tem circulado nas redes sociais sobre a referida unidade de saúde pública, recebemos alguns telefonemas e algumas mensagens  parabenizando-nos.  Portanto, abaixo, reproduzimos algumas dela.

 

“Brilhante comentário, meu caro Cristiano Pilako. Não diria melhor.”

Luiz Bezerra de Carvalho Jr.

 

“Excelente explanação da situação. Não há como culpar uma instituição por conta de um problema generalizado. Quem trabalha no HJMO sabe que a luta é incessante para atender de forma digna cada cidadão que necessita do hospital. Não é com difamações, mas sim com apoio e ideias que se consegue superar essas adversidades que estamos passando. Um hospital para uma população de aproximadamente 140.000 habitantes, sem contar com as cidades vizinhas, é de se esperar que esteja lotado e com uma fila de espera imensa.”

Richardson Bezerra de Lima.

 

“Verdade, ninguém vai e fala q seu parente saiu com vida depois de um internamente com este vírus.Meu irmão é a prova viva q foi feito o q se pode por sua vida e graças a Deus passou 29 dias internado só 10 dias ficou entubado na UTI. Esta em casa se recuperando.”

Ilza María do Nascimento. 

 

“Muito bom comentário
Obrigada pela justiça aos funcionários do hjmo
Valeu.”

LAURA MELO.

 

“Exatamente ,chega de mimimi e aprenda a dar valor aos nossos trabalhos árduo e que estamos nos esforçando ainda muito mais para dar sempre o nosso melhor pra cuidar de quem precisa de nossos cuidados…”

Rosinete Maria dos Santos Avelino Silva.

 

“Foi impecável o tratamento ao meu marido, todos juntos conseguiram salvar a vida dele. Com muito carinho pelos paciente. Deus permitiu que meu marido sobrevivesse para testemunhar esse fato. O grande problema dessa maldita doença e que ela vence o psicológico e quando o paciente chega ao hospital e é diagnosticado com COVID, ele já está se condena, e isso não ajuda. Serei eternamente agradecida ao hospital João Murilo. E a toda equipe.”

Jane Nogueira. 

 

 

BASTA DE MIMIMI – O HOSPITAL JOÃO MURILO É A NOSSA SALVAÇÃO!

Começo essas linhas dizendo: não fui “escalado” nem muito menos tenho procuração para defender o Hospital João Murilo de Oliveira. Mas, por uma questão de justiça,  sobretudo nesse momento agudo de  incertezas e extrema vulnerabilidade da sociedade vitoriense, me sinto na obrigação de levantar algumas questões.

Adianto, também, que não sou médico muito menos especialista na área da gestão pública de saúde. Nesse momento,  coloco-me,  apenas, como um observador atento do cotidiano antonense.

Com efeito, não é novidade para ninguém que o  caos pandêmico planetário,  e com mais gravidade em terras tupiniquins,   em que beiramos o meio milhão de vidas ceifadas, é público e escandalosamente notório.

Assim sendo, gostaria de perguntar ao internauta:

nesse momento,  em que lugar do território nacional existe uma unidade de saúde pública promovendo um atendimento de excelência?

Aliás, acrescento outra pergunta: 

mesmo antes do inicio dessa praga  chegar por aqui,  qual hospital de emergência do interior do  Nordeste Brasileiro poderia ser usado como um  exemplo,  no chamado  atendimento “padrão FIFA”?

Bom! Se você acabou de ler essas perguntas e não tem a resposta na ponta da língua, lhe digo que também não tenho condições de responder afirmativamente.

Pois bem, de um tempo para cá, venho  notando uma crescente onda de críticas e até, por que não dizer, versões fantasiosas envolvendo e tentando denegrir a imagem da nossa principal unidade pública de saúde. Ou melhor: a unidade hospitalar “made in Vitória” que  é a principal referência na nossa região.

É bom que se diga que  o HJMO nasceu de um  duplo sentimento: da larga ação de um político dessa terra que honrava  “as calças que vestia” e  da perda prematura que produziu uma verdadeira ferramenta de salvar vidas. João Cleofas de Oliveira eternizou sua marca na cidade  ao emprestar o nome do seu filho à referida unidade de saúde pública.  Hospital João Murilo de Oliveira.

Se atualmente  as UTIs, as enfermarias e até os corredores do “nosso hospital” estão abarrotados  de pacientes, precisamos entender que a culpa não é do “corpo funcional” do hospital, muito pelo contrário. A direção,  médicos e enfermeiras,  e todos os outros funcionários se configuram  na SOLUÇÃO dos nossos problemas. Que aliás, não são poucos…

Xingar, reclamar, fazer vídeo, áudios e postagens reclamando do atendimento na atual conjuntura pandêmica, tenha certeza: SE CONFIGURA NUM BRUTAL DESSERVIÇO À VITÓRIA DE SANTO ANTÃO E UMA INJUSTIÇA COM  TODOS OS PROFISSIONAIS  QUE LÁ ESTÃO, LUTANDO E SE ARRISCANDO PARA SALVAR  VIDAS, EDIFICANDO ASSIM SEUS RESPECTIVOS JURAMENTOS.

Se tá ruim com o Hospital João Murilo lotado, imagina sem ele?

Portanto –  minha gente – parem de falar mal do Hospital João Murilo nesse momento!!

Estamos todos sob a mesma tempestade. Precisamos, sim, NA HORA CERTA,  cobrar dos políticos locais por mais ações públicas para equipar e melhorar a estrutura física e humana do nosso “hospital salvação”.

Ano que vem tem eleição para governador, senador, deputado federal e estadual. Que tal criarmos uma pergunta padrão para todos esses candidatos que desfilarão por aqui pedindo voto: O QUÊ O SENHOR VAI FAZER PARA MELHORAR O HOSPITAL  JOÃO MURILO?

Portanto, precisamos dá um basta nessa campanha difamatória e injusta. Precisamos, sim,  entender que o HOSPITAL JOÃO MURILO NÃO É O PROBLEMA. ELE É A NOSSA SOLUÇÃO E, AO MESMO TEMPO,  SALVAÇÃO!!!

Corrida Com História: pelourinho no Pátio da Matriz.

Ao que parece o projeto cultural “Corrida Com História” tem sido um revolucionário método  de ensino pedagógico exatamente  na direção dos conterrâneos que nutre  algum tipo de curiosidade sobre o nosso  antepassado.

  De maneira simples e objetiva, em menos de um minuto, o internauta se depara com um conjunto de informação sobre a cidade que desconhecia. “Tá! Essa eu não sabia”. “Nunca tinha ouvido falar nisso”, essas, portanto, são frases recorrentes que tenho recebido dos que acompanham nossas postagens. Na última sexta-feira, dia 28 de maio, dia do aniversário da nossa autonomia política/administrativa, ocorrida em 1812 (209 anos) anunciamos que no Pátio da Matriz um pelourinho já teve  morada. Surpresa quase que total para um sem número de internautas. Assim sendo, na medida do possível, estaremos produzindo mais conteúdo de qualidade e sem data de validade.

Alta no preço: o Papa, o decreto e o livro do professor Pedro Ferrer.

Vem repercutindo  bastante  nas redes sociais uma fala do Papa Francisco em que, num tom descontraído e amistoso, interagiu com um padre brasileiro da cidade de Campina Grande: “vocês não têm salvação,  É muita cachaça e pouca oração”.

Evidentemente que, dentro do devido respeito, a interpretação é livre. Quem sou eu para discordar ou questionar o Pontífice?

Coincidência ou não, na nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão – no mesmo dia, ou seja, quarta-feira, dia 26 de maio de 2021, o chefe do executivo local  emitiu decreto proibindo, dentre outras coisas, o consumo de bebidas alcoólicas em vias públicas,  durante dois finais de semana consecutivos – (29/05 – 06/06) praças, parques, pátios e etc.  Tais determinações estão  inseridas  no pacote de medidas atenuantes ao grave momento pandêmico em que estamos atravessando.

Salvo pesquisa mais aprofundada, acredito ser a primeira vez na nossa história que o Poder Municipal toma tal atitude  sintonizado com questões profiláticas, relacionadas à saúde pública.  Como resultado, fotos que circularam em grupos de whatssapp, demonstraram que o Pátio da Matriz virou um deserto nesse final de semana.

Ligando os dois acontecimentos aqui relatados, ocorridos no mesmo dia e independente entre si, em que  o primeiro teve  repercussão internacional e o segundo apenas com efeito   paroquiano, ressaltemos que  a formação do nosso lugar, que atualmente  atende pelo nome “Vitória de Santo Antão”, estão intimamente ligada aos dois temas: fé católica e produção de cachaça.

 Aliás, sobre um dos  principais elementos  da nossa formação econômica – engenhos de cana de açúcar e rótulos de cachaça – o eminente presidente do nosso Instituto Histórico, professor Pedro Ferrer, escreveu o premiado livro “República da Cachaça”. Nele, o “Pedoca” relata com riqueza de detalhes os  “sabores e dissabores” desse recorte temporal da economia  do nosso lugar.

Para concluir ( não sei se pela “polêmica” causada pelo Papa Francisco) o aludido livro do professor Pedro deu uma “disparada” no preço nas lojas virtuais, ou seja: ninguém compra por menos de R$ 220,00. “A água só corre para o mar……”

Há 209 anos fomos elevados à Vila de Santo Antão!

Hoje, 28 de maio de 2021, exatamente  há 209 anos, nosso lugar  – então Freguesia de Santo Antão – efetivava uma mudança na sua estrutura política/administrativa/social que dava inicio, em definitivo, ao que entendemos como  “feição” atual. Foi justamente no dia 28 de maio de 1812 que demos o nosso grito de  “independência”, ou seja:  fomos  elevados à categoria de  “Vila de Santo Antão”.

Naquele tempo, por assim dizer, ascender ao patamar de “vila autônoma” era tomar as rédeas do próprio destino. Nessa configuração (vila), no nosso caso, materializou-se a Câmara de Vereadores. Eleitos os primeiros vereadores (3),  daí por diante,  passamos a ter nessas figuras (vereadores), num só tempo, a encarnação do poderes constituídos, ou seja: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Na época aludida – primeiras décadas do século XIX – nosso lugar era uma espécie de “terra sem lei”. Ou melhor: vigorava a famosa “Lei dos Mais Fortes”- Aliás, aqui e acolá, esse mesmo regramento continua  em voga no século atual. O comércio teve que se adaptar às regras gerais. Por exemplo:  pesos e medidas tiveram  que ser padronizados. Um tempo de muitas mudanças e conflitos constantes.

Portanto, se hoje, 28 de maio de 2021, estamos encarando  dias com mais decretos (estaduais e municipais) restritivos, por conta das medidas sanitárias em função da nova onda de contaminação pandêmica do novo coronavírus, lembremos que o mar de incertezas e imposições, no nosso lugar,  já foi bem maior.

Para concluir essas  linhas celebrativas e comemorativas, lembremos que desde o  “tempo lembrando” já éramos antonenses de nascença.  

O VITORIENSE DEFINITIVO – por Ronaldo Sotero.

 

Qual o vitoriense que nascido no século 19 ainda continua mencionado diariamente em sua terra natal? Nome de rua, de escola, ocupou na República os mais importantes cargos. De senador a ministro, inclusive no âmbito local, prefeito na década de 20. A memória de seu filho, prematuramente morto em acidente aéreo, deu nome à importante hospital regional no município: João Murilo de Oliveira. De 31.1.1951 a 08.6.1954, foi ministro da Agricultura do governo Getúlio Vargas. Naquele mesmo ano, em 24.8.1954, como registrado na carta- testamento, o presidente escreveria:”Saio da vida para entrar na história”. Nenhum outro vitoriense ocupou um cargo de ministro por tanto tempo. Nascido em 22.9.1889, faleceu em 17.9.1987, no Rio de Janeiro, JOÃO CLEOFAS DE OLIVEIRA é O VITORIENSE DEFINITIVO.

Ronaldo Sotero – jornalista. 

LIVE 102 – ao vivo – Projeto Maio Antonense – Elevação à Vila de Santo Antão – com George Cabral e Hely Ferreira.

Dentro do Projeto “Maio Antonese” – o mês azul e branco produzimos na tarde de hoje a 5ª   e ultima “Live”- Elevação à Vila de Santo Antão.  Inicialmente, mais uma vez, sintonizamos o internauta sobre o nosso projeto que tem como principal objetivo realçar os fatos marcantes da história da nossa cidade, sobretudo os  que ocorreram justamente num mês de maio.

Apoio cultural: 

O presidente do Instituto histórico e Geográfico, professor Pedro Ferrer, na sua introdução,  cuidou de traçar uma espécie de “linha do tempo”, desde à chegada do fundador, Diogo de Braga, até a nossa elevação à categoria de Vila, exatamente em 28 de maio de 1812. .

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Na qualidade de convidado, o historiador, professor universitário e atual presidente do Instituto Histórico da cidade de Olinda, George Cabral, descreveu o conjunto de modificações operacionalizadas,  sob o ponto de vista da autonomia política/administrativa, ocorridas nos “lugares” em ascendeu à condição de vila. Com nossa Vila de Santo Antão, evidentemente não foi diferente.

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Já o professor universitário, advogado e cientista político, Hely Ferreira, antonense da “gema”, nos proporcionou um olhar mais político, por assim dizer, na conjugação das forças por ocasião das importantes modificações históricas. Na questão do chamado “código de postura”, realçou ele: “deixava bem claro que a sociedade era formada por pessoas diferentes. 

Assim sendo, com essa “live de hoje”, encerramos o nosso Projeto “Maio Antonense” – o mês azul e branco, no qual produzimos um vasto conteúdo histórico sobre a nossa cidade. Aproveitamos para agradecer o apoio cultural do Instituto Histórico e Geográfico da Vitória e o patrocínio da Prefeitura da Vitória, através da Secretaria de Cultura e do Ferrer Diagnóstico.  

ASSISTA A LIVE COMPLETA AQUI. 

Viva os 80 ANOS DO MESTRE ZÉ DE VINA!

Viva o Mestre Zé de Vina! Viva! Vai começar mais uma grande ação no Museu do Mamulengo de Glória do Goitá e você pode participar de toda a programação gratuitamente! O projeto ’80 anos do Mestre Zé de Vina – o derradeiro ato’ tem uma missão: homenagear um dos maiores brincantes da Cultura Popular brasileira: José Severino dos Santos, o Mestre Zé de Vina.

Para isso, terá espetáculos, oficinas e uma exposição especial com a coleção de bonecos do Mestre Zé de Vina e o Mamulengo Riso do Povo. São quase 70 anos de história! Nesses próximos cinco meses, as ações serão ONLINE, pois a Pandemia obrigou a coordenação do projeto a readaptar as ações. Então, fica ligado nas redes sociais do @museudomamulengo.

O projeto começa no dia 01 de junho de 2021 e vai até o dia 30 de março de 2022. A Coordenação Geral do projeto é de @pablodantasoficial e a Produção Executiva é de @mestratitinha. Este projeto conta com o incentivo do Funcultura/Fundarpe – Governo do Estado de Pernambuco e tem o apoio da Associação Cultural dos Mamulengueiros e Artesãos de Glória do Goitá.

Quer saber mais sobre o Mestre Zé de Vina?

José Severino dos Santos nasceu no sítio Queceque, em Glória do Goitá, no dia 14 de março de 1940, filho de Severina Antônia da Conceição e de Manuel Firmino dos Santos. A família de seu pai era de Glória do Goitá, tendo sempre vivido no sítio em que Zé nasceu. Seus parentes maternos eram do Engenho de Queimados, no Município de Moreno, em Pernambuco. Quando sua mãe chegou em Glória do Goitá, ficou conhecida pelo apelido de Vina, por isso em Glória do Goitá todos o conhecem pelo nome de Zé de Vina. Ainda criança, ele era levado pelo seu irmão, Sebastião Cândido, para brincar Mamulengo. Em Lagoa de Itaenga, e em alguns lugares da Zona da Mata, é conhecido também pelo nome de Zé do Rojão.

O Mestre Zé de Vina é fonte de estudos acadêmicos, colaborando com pesquisadores de todo o Brasil. Já fez inúmeras reportagens e deu centenas de entrevistas, participou de dezenas de catálogos e fez milhares de apresentações durante todo esse tempo. Ele fundou o Mamulengo Riso do Povo em 10 de outubro de 1957 e junto com os seus bonecos marcaram a história das festividades da Zona da Mata pernambucana, visto que em praticamente todas as edições dos últimos 50 anos das festas do calendário tradicional, lá estava ele e seu brinquedo para garantir a animação do povo.

Ele é considerado como um dos mais importantes mestres mamulengueiros vivos do nosso Estado. “O Riso do Povo apresenta um espetáculo puro, original e absolutamente autêntico, na medida em que se desenrola na vertente criadora de séculos de tradição. O resultado é extremamente gracioso, divertido e importante para o conhecimento do que seja a tradição brasileira do teatro de bonecos”, depõe o pesquisador Fernando Augusto Gonçalves. Em 2016 o Mestre Zé de Vina recebe do IPHAN o Prêmio Teatro de Bonecos Popular do Nordeste.

Em 2017 ele foi agraciado com o prêmio Cultura Populares – edição Leandro Gomes de Barros, do Ministério da Cultura. No dia 14 de março de 2020, o Mestre Zé de Vina completou 80 anos e comemorou junto com a Associação Cultural dos Mamulengueiros e Artesãos de Glória do Goitá. Dedicou a sua vida ao Mamulengo e, por isso, é o brincante mais antigo em atividade. Por seu gigantesco conhecimento sobre a brincadeira, é reverenciado por todos os artistas, estudiosos e amantes da Cultura Popular brasileira. Viva os 80 ANOS DO MESTRE ZÉ DE VINA!

FICHA TÉCNICA:

Coordenação Geral: Pablo Dantas.

Produção Executiva: Edjane Lima (Mestra Titinha).

Designer: Java Araújo.

Intérprete de Libras: Janaina Maria.

Produção fotográfica e audiovisual: Vinícius Dantas.

Transmissão ao vivo (live): Mió TV Comunicação.

Oficina de Mamulengo: Tamires do Nascimento e Stéfani Leite.

Grupos:

Mamulengo Riso do Povo (Mestre Zé de Vina).

Mamulengo Arte da Alegria (Mestre Bel).

Teatro História do Mamulengo (Mestre Bila).

Mamulengo Nova Geração (Mestra Titinha).

ATIVIDADES:

Exposição de Bonecos.

Segunda à sexta / 9h às 12h e 14h às 17h.

Espetáculo de Mamulengo.

Mediante agendamento ou quantitativo de público presente.

Oficina de Mamulengo: A arte do boneco popular brasileiro.

Mediante agendamento.

Exposição:

De segunda a sexta: 9h às 12h e 14h às 17h.

Espetáculos (sempre às 15h).

20 junho de 2021 (online).

25 de julho 2021 (online).

29 de agosto 2021 (online).

27 de setembro 2021 (online).

25 de outubro 2021 (online).

24 de novembro 2021 (presencial).

23 de dezembro 2021 (presencial).

27 de janeiro de 2022 (presencial).

24 de fevereiro de 2022 (presencial).

24 de março de 20221 (presencial).

Oficinas aos domingos (14h às 15h).

20 junho de 2021 (online).

25 de julho 2021 (online).

29 de agosto 2021 (online).

27 de setembro 2021 (online).

25 de outubro 2021 (online).

Oficinas as terças-feiras (09h às 12h).

09 de novembro 2021 (presencial).

07 de dezembro 2021 (presencial).

11 de janeiro de 2022 (presencial).

08 de fevereiro de 2022 (presencial).

15 de março de 2022 (presencial).

CONTATOS:

Pablo Dantas: (081) 9 8803-4169.

Edjane Lima: (081) 9 9993-0139.

@museudomamulengo

Assessoria de imprensa. 

“Maio Antonense” – Elevação à Vila de Santo Antão – com George Cabral e Hely Ferreira.

Na “Live” de amanhã, quinta-feira, 27 de maio, além do presidente do nosso Instituto Histórico, professor Pedro Ferrer, teremos, também, dois professores que irão, justamente, realçar o processo de transformação e  seus respectivos desdobramentos no sentido da nossa elevação à categoria de vila – Vila de Santo Antão, a parir de maio de 1812. George Cabral e Hely Ferreira nos brindarão com boas explicações.  Portanto, reforçamos o convite aos internautas para acompanhar mais esse bate-papo, promovido pelo Blog do Pilako dentro do Projeto “Maio Antonense”, o mês azul e branco. 

 

ROCHINHA – por Pedro Ferrer.

Eulâmpio Valois da Rocha. Fomos vizinhos na Praça Diogo Braga. Após a mudança do dr. Edgard Valois, seu primo, para a nova casa na Rua Melo Verçosa, próximo ao Damas, Rochinha ocupou a casa da Diogo Braga. Tive boa convivência com seus filhos: Cláudio, Cleide e Roberto, amigos de infância. Na época”Seu” Rochinha era sócio de Inácio no Cine Braga e aprendiz de farmacêutico na Farmácia Galeno,  situada na Praça Duque de Caxias, de propriedade do primo Edgard Valois. Conta-se um fato interessante sobre sua aprendizagem na Farmácia.

Dado dia, um matuto aprumado chegou à farmácia, conversou com Rochinha e explicou o estado de saúde da esposa: “fraca, debilitada, sempre cansada”. Rochinha manipulou um produto e passou ao cliente com as devidas recomendações. Dois dias depois o matuto,  riscando brasa e cuspindo fogo,  adentrou o estabelecimento gritando: “minha mulher morreu e o culpado foi aquele moço.” Dr. Edgard aproximou-se,  pediu calma, mandou o aborrecido sentar-se. Chamou Rochinha que já estava escondido no laboratório.

Foi este que lhe vendeu o produto?

– Sim, senhor.

-O senhor trouxe o remédio?

– Claro, aqui está.

– Rochinha, sente-se aqui ao lado deste senhor.

Rochinha atendeu de pronto. Não tinha outra alternativa. Dr. Edgard tomou do frasco e o agitou bem. Agora beba Rochinha. Cegamente, o aprendiz o atendeu. Dr. Edgard serviu uma dose super forte. Agora fiquem os dois aí juntos para esperarem o resultado. Duas horas se passaram e o Rochinha nada de anormal apresentou.

– Sentiu, senhor, disse dr. Edgard. Sentiu, viu que a causa da morte da sua mulher não foi o remédio?

O matuto baixou a cabeça e sem nada falar ganhou a rua. Montou ao cavalo e sumiu.

Recentemente Rochinha confirmou-me esta história.

Eulâmpio tinha outras facetas: gostava de artes e amava compor poesias. Tenho três poemas que ele me repassou. Uma delas é sobre o Sobradinho.

Instituto prestou-lhe uma homenagem outorgando-lhe a COMENDA INSTITUTO HISTÓRICO. Homenagem justa. Um homem probo e íntegro. Obrigado Rochinha pelo seu exemplo como esposo, pai, amigo e bom farmacêutico. Para muitos dos nossos,  Dr. Rochinha. Fica o exemplo e a saudade.

Pedro Ferrer – presidente do Instituto Histórico e Geográfico da Vitória. 

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Projeto Maio Antonense – Elevação à Vila de Santo Antão – com George Cabral e Hely Ferreira.

Dando sequência ao Projeto “Maio Antonense” – o mês azul e branco, na próxima  quinta-feira, dia 27, estaremos promovendo a 5ª e última  LIVE,  com o tema: Elevação à Vila de Santo Antão. Abordaremos, entre outras coisas, o conjunto de mudanças  ocorridas em nosso lugar, justamente a partir de 28 de maio de 1812 – quando mudamos da categoria de Freguesia à Vila.

Apoio Cultural: 

Além do presidente do nosso Instituto Histórico, professor Pedro Ferrer, contaremos com dois convidados: os professores George Cabral e Hely Ferreira. Na medida do possível, sob o olhar dos Mestres, iremos avançar naquilo que marcou, definitivamente,  à consolidação e autonomia, sob todos os sentidos, dos antonenses nas questões locais.

Patrocinador: 

Professor da Universidade de Federal de Pernambuco, George Cabral, representando o Instituto Arqueológico Pernambucano, em outras ocasião, já proferiu palestra em nossa cidade sobre o tema aludido.  Já o professor universitário e renomado cientista político, Hely Ferreira, é antonense da “gema” e detentor de conhecimento histórico sobre nossas transformações políticas/administrativas.

Patrocinador:

VIVA O MAIO ANTONENSE – O MÊS AZUL E BRANCO!!!

SERVIÇO:

LIVE  5/5– “Maio Antonense”- o mês azul e branco.

Tema:  – Elevação à Vila de Santo Antão.

Canal – Blog do Pilako.

Dia – 27 de maio. Horário – 17h.

FALECIMENTO DE ROCHINHA DA FARMÁCIA – por Sosígenes Bittencourt.

 

Há pessoas que nasceram para morrer. Rochinha da Farmácia nasceu para viver. E foi fácil ter vivido 99 primaveras. Eulâmpio Valois da Rocha era um homem do seu tempo todo tempo. Não sofreu o impacto das mudanças, do choque de gerações. Simples, simpático e sério, com afeto e sem afetação, passou-nos a impressão de que ser feliz é simples como viver; difícil é procurar felicidade.

A vida é feita de tempo e daquilo que fazemos com o tempo que temos. Ademais, morreremos. Contudo, uma vez vivos no mundo, não tem mais jeito, o jeito que tem é viver. Agora, amigo Rochinha, és detentor de um segredo só a ti revelado. Um dia, fostes como nós somos; um dia, seremos como tu és. E segue-se um mistério profundo, nunca mais retornaremos a este mundo.

Até breve! Requiescat in pace!

Sosígenes Bittencourt