1.° de dezembro: Dia Mundial de Combate à AIDS – por @historia_em_retalhos.

Para marcar a campanha, falaremos um pouco sobre a vida do cartunista mineiro Henrique de Souza Filho, o Henfil (foto), uma das primeiras personalidades brasileiras a contrair o vírus do HIV.

Henfil faleceu em 04 de janeiro de 1988, aos 43 anos, no auge de sua carreira artística.

Herdou da mãe a hemofilia, distúrbio que impede a coagulação do sangue, tornando o paciente mais suscetível a hemorragias.

Contraiu AIDS em uma das transfusões de sangue a que era obrigado a se submeter periodicamente.

O seu irmão, Betinho, o famoso “irmão do Henfil”, da canção “O bêbado e a equilibrista” de Aldir Blanc & João Bosco, também foi vítima do HIV.

Henfil passou toda a sua vida a defender o fim da ditadura militar brasileira.

Uma passagem marcante aconteceu no ano de 1972, quando Elis Regina fez uma apresentação para o Exército.

Na ocasião, Henfil publicou em “O Pasquim” uma charge criticando a cantora, apelidando-a de “regente”, junto a outras personalidades que, na visão dele, estavam a agradar os interesses do regime militar, como Roberto Carlos, Wilson Simonal, Pelé, Paulo Gracindo, Tarcísio Meira e Marília Pêra.

A crítica reverberou muito na época.

Depois de Henfil, outros artistas famosos também perderam as suas vidas por conta do vírus do HIV, como Lauro Corona (29.07.1989), Cazuza (07.07.1990), Freddie Mercury (24.11.1991) e Renato Russo (11.10.1996).

A AIDS ainda mata e muito.

A prevenção será sempre o melhor caminho.
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HOMENAGEM A DILSON LIRA – por Sosígenes Bittencourt

(Há 7 anos – 02/12/2016)
Essa história de homenagear Dilson Lira é uma invenção arretada. E não custa parabenizar a Academia Vitoriense de Letras que promoveu Recital em sua memória. Se lá onde estiver, puder me ler, estará sorrindo, como sempre sorriu com minhas expressões.
Faz pouco tempo, eu ia atravessando a Avenida Mariana Amália, com o poeta Dilson Lira, quando ele parou no meio do trânsito e disse que havia sonhado com a Constelação de Eridanus, o Rio Celeste. Aí, eu, conduzindo-o pelo braço, relembrei: Nós somos do tempo em que havia tempo de acompanhar a réstia do sol e contar estrelas.
Eu dizia a Dilson que não era muito chegado a CASAMENTO nem SEPULTAMENTO, talvez pela semelhança que enxergava entre as cerimônias. E ele botava pra rir.
Geralmente, lá na padaria, onde comia pão com bolo e chupava caramelo de café.
Aí, eu comentava: “Dilson, você vai viver muito porque não come e vai morrer porque não come.” E ele botava pra rir.
Mas, Dilson não deu asas ao Mal de Alzheimer, decorou todas as poesias que confeccionou. E, falando-lhe sobre ser poeta, eu o homenageava com meus versos, a saber:
Essa história de ser poeta é dom.
Um bom dom.
O poeta não faz poesia com as flores,
com o mar,
com o céu,
sem a intenção de que você
habite sua poesia.
Ou seja,
sinta o aroma das flores,
a imensidão do mar,
o mistério do infinito.
Sosígenes Bittencourt

Corrida Com História: unanimidade antonense!!!

Sucesso consagrado pela “critica” coletiva como algo curioso, informativo, dinâmico, inovador e etc o nosso Projeto Cultural/Esportivo, que atende pelo simpático nome de “Corrida Com História” se configura numa ação eficaz e eficiente,  naquilo que conhecemos como “EDUCAÇÃO PATRIMONIAL”, com amplitude gratuita e disponível ao público de todas as idades.

Já me disse o professor, pensador e poeta antonense, Sosigenes Bittencurt,  que o “Corrida Com História” é uma espécie de “aula a céu aberto”.

Já outro amigo, vinculado ao mundo político, atestou-me que se juntássemos  a atuação da secretaria de cultura da nossa cidade, desde o inicio do  século 21, sob o ponto de vista da chamada “educação patrimonial”, mesmo assim,  o nosso projeto ainda ganharia  de goleada, do somatório geral, ou seja: desde o governo do Zé do Povo até o atual, comandado por Paulo Roberto.

Pois bem, deixando de lados os elogios, o fato é que o nosso conteúdo nas redes sociais e grupos de WhatsApp pode ser compartilhado sem moderação, ou seja: apropriado para grupos da família, do trabalho, da igreja, da “pelada” e de todos aqueles que congregam  pessoas ligadas ao nosso torrão.

Detalhe: não anotamos comentários contrários ou mesmo depreciativos quanto ao conteúdo.  Algo muito raro no mundo livre da internet.

Presencialmente, já perdi as contas de quantas vezes já fui abordo,  nas mais diversas situações, por pessoas que nem as conheço,  parabenizando-me pelo conteúdo.

Dias atrás, na mais recentemente gravação, no bairro da Mangueira, uma professora, com nome de Paulina, ao chegar perto de mim, com entusiasmo,  disse: “eu estava caminhando na outra rua. Mas quando lhe vi aqui, mudei o caminho só para poder lhe parabenizar,  pessoalmente,  por esse trabalho”.

Evidentemente que  agradeci a gentileza, ao mesmo tempo que pedi-lhe  para registrar,  fotograficamente,  o momento, dizendo que iria, oportunamente, postar no blog o nosso  casual encontro.  Detalhe: até então, eu não conhecia a professora Paulina.

Portanto, aproveito para agradecer a todos que acompanham o nosso quadro – Corrida Com História – e que o compartilham nos seus grupos e redes sociais o nosso conteúdo, fruto de um longo estudo e de uma pesquisa aprofundada sobre a história dos nossos antepassados antonenses.  FORTE ABRAÇO!

Rotary Clube da Vitória – palestra com o ex-jogador de futebol Zé do Carmo.

Em mais uma ação social liderada pelo Rotary Clube da Vitória, amanha (sábado, 02), acontecerá uma palestra motivacional/educativa direcionada às crianças e adolescentes que são vinculados à Escolinha de Futebol do Campo do Botafogo, localizado no bairro Cajá.

Na ocasião, um dos ídolos do futebol de Pernambuco, sobretudo para os torcedores do Tricolor do Arruda, Zé do Carmo, “entrará em campo” para repassar suas experiências e contar um pouco da sua vitoriosa trajetória como jogador de futebol profissional.

ESPAÇO BRENNAND – por Marcus Prado.

FUI AO ESPAÇO BRENNAND, de minha cara amiga NENEN BRENNAND, na Avenida Domingos Ferreira, celebrar a memória do gênio inspirador desse lugar e os 50 anos de um tapete, com a marca de FB, que considero um dos mais belos do Senhor da VÀRZEA. Parece feito hoje para ser visto daqui a outro meio século.

Sobre esse tapete com suporte para parede, que já pertenceu a um colecionador de arte do Rio de Janeiro, e o que consta do acervo, belíssimo, da exposição coletiva A NATUREZA VIVA, escrevi um texto de APRSENTAÇÃO e outro maior, a sair em artigo de Jornal.

A CIDADE DO RECIFE fechou com chave de ouro o ano 2023, o seu panorama de arte, com essa coletiva do Espaço BRENNAND.

Reúne, além de Brennand, com numerosas peças, obras inéditas de João Câmara, Reynaldo Fonseca, Zé Claudio, Antônio Mendes, Álvaro Caldas e um exemplar assinado por Roberto Ploeg.

Marcus Prado – jornalista. 

NA FOTO, detalhe do tapete.

 

O Tempo Voa: Inauguração.

Inauguração da Vila Cohab – ano não registrado – entre outros o ex-prefeito Nô Joaquim. Arquivo do Instituto Histórico. 

Contribuição do amigo Nôzinho:

Grande Pilako, só a nivel de curiosidade. Essa “Vila da Cohab” a que se refere é o atual bairro de Redenção. Passava na antiga TV TUPY uma novela com esse nome (Redenção) onde as casas eram muito parecidas com essas construídas e que vemos na foto, dai popularizou-se com esse nome e virou a denominação do bairro.

Clube Arena JB – promete revolucionar o entretenimento na Vitória de Santo Antão.

Pensado, planejado e executado de forma profissional, em breve, nossa cidade – Vitória de Santo Antão – contará com um empreendimento que se propõe marcar um novo tempo, no que se refere ao lazer casual, à prática de atividade física e também ao entretenimento social. Trata-se do Clube Arena JB.

Com previsão para o inicio das atividades ao público para o inicio do segundo semestre de 2024 (mês de julho), as obras estão a todo vapor. O Clube Arena JB, segundo informações dos empreendedores, contará com uma área de cerca de 20 mil metros.

Agregado ao clube, que contará com quadras esportivas de multiuso (areia), campo society, piscina com área de 250 m², o restaurante funcionará aberto ao público, aliando preço convidativo ao melhor da nossa cozinha regional.

Já no contexto dos grandes eventos festivos, o Clube Arena JB contará com um palco fixo –  modelo 360º com altura de 6 metros –  disponível à apresentação de atrações musicais para o mais diversos shows.

Portanto, eis ai, uma boa notícia para os antonenses e também para a população em geral das cidades da nossa região que, em breve,  poderá usufruir de um novo espaço que promete incrementar o lazer, as atividades esportivas, os grandes eventos  e também oportunizar um espaço de  convivência social mais humanizado e seguro.

Napoleão Bonaparte para Pernambuco – por @historia_em_retalhos.

O tema do nosso retalho de hoje parece uma história de ficção, mas não é!

O desejo de trazer o imperador Napoleão Bonaparte para Pernambuco realmente aconteceu!

Em verdade, uma vez deflagrada a Revolução Pernambucana de 1817, o governo provisório instalado enviou Antônio Gonçalvez Cruz, o “Cabugá”, aos Estados Unidos, em busca de apoio e reconhecimento internacional.

O nosso primeiro “embaixador” não obteve a ajuda necessária do governo americano, mas despertou a simpatia de bonapartistas que estavam exilados na Filadélfia, entre eles, José Bonaparte, irmão do ex-imperador francês.

Foi neste contexto que surgiu o plano para resgatar Napoleão da ilha de Santa Helena a partir de Pernambuco.

Segundo o saudoso professor Leonardo Dantas Silva, falecido recentemente, “Cabugá conseguiu com os franceses cerca de US$ 1 milhão para formar uma pequena esquadra que iria resgatar Napoleão. Ele chegou inicialmente a mandar dois navios à costa do Nordeste trazendo não só enviados bonapartistas, como também armas e suprimentos”.

O plano, todavia, não prosperou.

Ao chegarem ao Brasil, em agosto, a República de 1817 já havia sido derrotada.

Os franceses que para cá vieram foram, então, detidos e expulsos do Brasil.

Em seus escritos, Dantas sustentava que os bonapartistas até “acreditavam na Revolução Pernambucana”, mas o principal objetivo deles era soltar Napoleão, que não iria, se o plano desse certo, para o Recife, mas, sim, para os Estados Unidos.

Já imaginaste o imperador Napoleão Bonaparte com uma corôa de rei do maracatu e uma sombrinha de frevo na mão?

É muita história por essas bandas!

Dedico este retalho de hoje à memória do professor Leonardo Dantas Silva, um dos maiores estudiosos da história do Recife e de Pernambuco.
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Fonte: “A fracassada fuga de
Napoleão para o Brasil”, Leonardo Dantas Silva.

Para bodegueiro no sertão pernambucano, melhor investimento é estocar milhares de litros de Pitú

por Géssica Amorim, do Coletivo Acauã.

Há quem possa e queira fazer seu dinheiro render fazendo aplicações nas variadas opções de investimentos com riscos mais ou menos elevados, como planos de previdência privada, ações na bolsa de valores, fundos imobiliários, tesouro direto e moedas e bancos digitais. Já o comerciante Edivaldo Paiva Ferreira, 78 anos, morador do Distrito de Sítio dos Nunes, em Flores, no sertão pernambucano, prefere investir o seu dinheiro em Pitú.

A cachaça pernambucana, produzida em Vitória de Santo Antão desde 1938, é vendida pelo bodegueiro (como Edivaldo gosta de ser chamado) há mais de 50 anos e ele garante que guarda, nos poucos metros quadrados da sua bodega e depósito de bebidas, mais de R$ 70 mil da bebida, que, segundo ele, dá mais quatro mil litros de aguardente.

E não adianta fazer a conta, multiplicar, por cima, o preço da garrafa pela quantidade de cachaça que Edivaldo garante possuir, porque, no seu bar, os preços variam de acordo com a data de fabricação da bebida. Entre as tantas garrafas e latinhas de Pitú comercializadas por ele, muitas estão armazenadas há mais de 15 anos, no mínimo.

“É porque eu gosto de estoque. Toda vida eu gostei de comprar mercadoria e guardar. Dinheiro, meu, é empregado em mercadoria, mesmo. Eu nunca paro de comprar. Hoje, eu vendo uma garrafa nova de Pitú por R$ 12, mas eu tenho garrafa, aqui, guardada há 17 anos. São as que eu vendo por R$ 65 e tenho certeza que, dessas, passam dos 2 mil litros aqui. Delas, vendi pra muitos lugares do Brasil. Já passaram por aqui compradores do Tocantins, do Paraná, do Pará, Maranhão e Brasília. Pouca gente vende Pitú tão antiga quanto eu”, argumenta o bodegueiro.

Nas prateleiras da bodega de Edivaldo é possível identificar rótulos de outras cachaças à venda, mas é evidente a sua preferência  pela Pitú. “Aqui, eu também tenho a Serra Grande, a 51 e a Caranguejo, mas eu gosto de empregar o dinheiro na Pitú. Em 12 de dezembro, agora, vai fazer 13 anos que eu ganhei um caminhão F4000 e troquei por duas casas com 20 mil Reais de torna [de retorno]. Na época, eu peguei esse dinheiro e comprei todo dela [a cachaça Pitú]. Não tem jeito, quando sobra um trocado, eu emprego nisso. Eu ainda deixo uma reservinha no banco, pra um caso de doença ou de morte, mas continuo comprando”.

Nas modalidades mais comuns de aplicações financeiras, é relativamente simples resgatar o dinheiro aplicado, mesmo com prazos de resgate distintos. Em alguns casos, como os de investimentos de liquidez diária, em que não é necessário esperar uma data específica para resgatar o dinheiro investido, basta solicitar o resgate ao banco ou corretora de valores e as instituições cuidarão de todo o processo para que o dinheiro retorne a quem fez o investimento. Com Pitú não é bem assim.

Quando perguntado sobre o que poderia fazer, caso precisasse resgatar o dinheiro que investiu em Pitú, Edivaldo garante que isso seria simples, mesmo não sendo tão movimentado o comércio do Distrito onde mora. “Basta eu botar uma promoção, que isso aqui vai embora ligeiro. O movimento por aqui [em Sítio dos Nunes], hoje, comparando com o que já foi, é pouco, mas essa é uma coisa fácil de vender. Em todo canto, vai ter alguém que queira comprar se eu oferecer”.

Edivaldo vive sozinho. Os seus dois filhos moram em outros estados e a sua esposa trabalha e mora no município vizinho, vindo lhe visitar aos finais de semana. A casa do bodegueiro é praticamente dentro do seu depósito. Entre os cômodos, não há divisórias para conter as caixas e garrafas que já começam a tomar parte da sala.

O ritmo e quantidade das compras de cachaça de Edivaldo chegam a preocupar os seus familiares. “Eu vou comprando e guardando tudo aqui. A gente arruma espaço em todo canto. Agora, pelo gosto dos meus meninos e da minha mulher, eu vendia tudo e fechava a bodega. Mas é o que eu gosto de fazer, com o que eu gosto de negociar. Meu nome é Edivaldo Paiva Ferreira, mas, em todo canto, eu sou conhecido como Edivaldo da Pitú. Não penso em parar de fazer o que eu faço antes de morrer”.

Site Marco Zero Conteúdo

Avalovara: 50 anos de uma obra-prima – por Ronaldo Sotero.

Em um dia como hoje, 26 de novembro de 1973, há meio século, o romance Avalovara, do pernambucano de Vitória de Santo Antão, Osman Lins,(1924-1978) ,era lançado em São Paulo.

Considerado um dos três maiores nomes do romance latino-americano, ao lado do prêmio Nobel de literatura, o colombiano Gabriel Garcia Márquez (Cem Anos de Solidão) e do argentino Júlio Cortázar, segundo o tradutor de Osman para o inglês, o norte-americano Gregory Rabassa, da Universidade de New York, e também de mais de 40 livros entre as quais obras de Machado de Assis, Jorge Amado ,Clarice Lispector e Guimarães Rosa.

Para Osman Lins, “avalovara” é o nome de um pássaro imaginário. O vitoriense nascido em 5 7.1924, na Rua do Rosário, bairro da Matriz, é o exemplo do homem de origem humilde, como Machado de Assis, Lima Barreto, João Antônio que conseguiu superar seus limites ao construir uma obra oceânica, universal, com temas que não perderam a atualidade.

Falecido, precocemente, aos 54 anos, em 8 de julho de 1978, São Paulo, em pleno vigor literário, de longa enfermidade, cultivou os principais gêneros literários: romance, conto, narrativa, teatro, com a peça “Lisbela e o Prisioneiro” , levada ás telas anos mais tarde.

A máxima de que “santo de casa não faz milagres”, em Osman Lins não prosperou. Ele inverteu a expressão ao construir um conjunto de obras consagradas, mediante esmerado emprego da palavra, da ideia, da crítica, do sentimento, no inesgotável mundo ficcional.

Seus livros estão nas bibliotecas de Washington, Berlim, Harvard, Paris, além de centenas de instituições e entidades culturais pelo mundo. A Universidade de Brasília chegou manter o Grupo de Estudos Osmanianos. Em 2024, o Ano Osman Lins, marcará o centenário de seu nascimento , orgulho não somente dos vitorienses e Pernambuco, referência nos meios intelectuais brasileiros e exterior, o que vem a justificar série de homenagens e comemorações das entidades e segmentos representativos..

Ronaldo Sotero

Corrida Com História – 1º Blizzard Of Rock – há 30 anos.

Mais que um gosto musical, o rock in roll se configura num estilo de vida. Consagrado no mundo inteiro a “cena do rock”, nas terras desbravada pelo português Diogo de Braga, no inicio dos anos de 1970.

Naquela ocasião, a população em geral, devido aos altos preços dos discos e outros materiais, tinha dificuldade para “mergulhar” no mundo do rock, sobretudo nas cidades interioranas da Região Nordeste.

Foi pelos microfones da então Radio Cultural AM, com produção e apresentação do professor Cristovão e Pedro Júnior, a partir de 1983 (há 40 anos),  que  iniciou-se um  trabalho de divulgação na cidade,  através do programa “Os Feras do Rock”. Naquela ocasião, além de tocar as músicas, eles também contavam história e curiosidades sobre as bandas e etc.

Pois bem, doravante, o estilo musical começou a ganhar simpatia popular entre os nativos de todas as classes sociais. Algumas festas foram promovidas e até algumas  bandas com formação local surgiram – Banda “Mercúrio Cromo” foi uma delas.

Nesse contexto, no sábado, 27 de novembro de 1993 – há exatos 30 anos -, com muita dificuldade, o professor Cristovão,  promoveu  um evento  que viria, definitivamente, cravar a história do rock in roll na nossa cidade. No Restaurante “Toca do Coqueiro”, localizado no bairro da Mangueira, surgiu a 1ª edição do Blizzard Of Rock. Evento esse que, com algumas interrupções e também por conta da pandemia, segue em “cena” nos dias atuais.

Portanto, ao nosso amigo professor Cristovão, verdadeiro Dinossauro do Rock antonense, tributamos esse quadro do Corrida Com História de hoje, pela seu amor a causa,  perseverança e determinação.

Veja o vídeo completo aqui: https://youtu.be/SNJVzJYN70o?si=_zScQZ7xjqI8zd9V

O PEQUENO BERNARDO – por Sosígenes Bittencourt.

Em Tabira, no Sertão Pernambucano, o pequeno Bernardo, com 3 meses e 8 kilos, abismado e de mão no queixo, de tanta curiosidade, sem saber 1/3 da missa. Neto de dona Alvaneide Leite de Melo, descendente da tribo fulni-ô, de Águas Belas; ela, crendo-me um Cacique, e eu, nas turvas Águas Brancas, caprichando pra Pajé.
Vitória de Santo Antão/PE.
Sosígenes Bittencourt

Espaços públicos invadidos: até quando?

Símbolo maior do atual descompasso histórico urbanístico  da nossa cidade, o “Mercado de Farinha”,  outrora,  construído e inaugurado  como  “Mercado de Cereais”, justamente para atender as reivindicações dos comerciantes da época, hoje, se configura num exemplo, pronto e acabado, de como é vantajoso  – para os invasores –  invadir e se utilizar de espaços públicos na nossa cidade.

Tudo isso com a complacência do Poder Publico Municipal de plantão, que apenas serve para  “validar” construções irregulares nos espaços reconhecidamente públicos, suprimindo, assim,  o sentimento coletivo em detrimento do privado.

Ao longo das décadas os maus exemplos se multiplicaram: o atual Fórum da cidade, é bom que se diga,  repousa sob a Praça Professor Juca. Nos vários loteamentos da cidade,  áreas destinadas ao lazer – exigência legal –,  muitas vezes,  foram “negociadas” pelos próprios políticos ou mesmo pelos seus representantes (legais) para assuntos de natureza  eleitoral. Puxadinhos em calçadas e até prédios inteiros construídos sob o passeio público,  em nosso lugar,  foi quase  “normatizado”…..

Num passado não muito distante, aqui pelo blog, publicitamos as invasões e posteriores construções na “Barreira da Compesa” (2011). No centro da cidade, próximo à Estação Ferroviária, onde existia uma parada regular de ônibus, virou uma espécie de “shopping de irregularidades” (2015). Detalhe: divulgamos uma sequencia de fotografias mostrando o “dia a dia” do andamento das obras.

Para não ficar apenas olhando pelo retrovisor, dias atrás, no Cruzamento da Rua 15 de Novembro com a via conhecida como “Estrada Nova”, justamente onde tem uma faixa de pedestre, uma construção no passeio público, que elevou o nível do mesmo em quase meio metro, está obrigando os pedestres a circularem na faixa de rolamento, dividindo o espaço com carros, motos e ônibus.

O curioso, intrigante e contraditório, é que no referido local  funcional uma unidade educacional, que aliás deveria calibrar os seus  esforços às boas práticas de acessibilidade e segurança.

Para encerrar, fica-nos algumas perguntas: até quando nossa cidade será vítima desse tipo de procedimento? Será que a sociedade, mesmo em tempos de internet e redes sociais, terá que se sujeitar a  esse expediente nocivo ao bem comum? E o Poder Publico, vai continuar omisso?