Fragmentos – ESSE CARA É NEYMAR.

Do Brasil à Europa,
enguiçando ou singrando o mar,
o assunto é Neymar. 
Na novela, no cinema,
no rádio ou celular,
na roda de samba ou tourada,
o negócio é Neymar.
Se driblar, ou não driblar,
se a bola não der bola
para o craque rebolar,
se enrola, ou não enrola,
a bola é para Neymar.
As meninas mais ardentes
soltam gritos estridentes,
só faltando se urinar.
O mundo todo enlouquece,
esquecendo o que aborrece,
só querendo se alegrar.
Quanto mais dinheiro ganha,
mais o povo se arreganha,
só querendo bajular.
Tirando ouro do nariz,
pagando pra se amostrar,
a voz do povo é que diz:
esse cara é Neymar.

Sosígenes Bittencourt.

Apelidos Vitorienses – ZÉ DO POSTO.

Após vários apelidos, em referência ao nome do pai, da fisionomia e também várias atividades relacionada ao trabalho, o nosso amigo  José Benedito dos Santos,  recebeu várias alcunhas. Hoje, totalmente adaptado ao seu nome social, o Zé do Posto é também um dos “apelibiografados”  que é mais conhecido pelo apelido do que pelo próprio nome.

Chamado inicialmente por “Zé de Bonifácio” – nome do seu pai – e depois por “Zé da Padaria” – por ser gerente de uma padaria -, passando também por “Zé Bigode”, o senhor José Benedito dos Santos, há mais de três décadas,  é chamado pelo apelido de “Zé do Posto”.

Oriundo da vizinha cidade do Limoeiro,  “Zé do Posto” veio para Vitória para trabalhar numa padaria. Sujeito honesto e trabalhador desenvolveu,  com afinco e de terminação,  todas as atividades que lhe foram confiadas.

Com mais de três décadas trabalhando num movimentado posto de combustível na cidade o senhor José Benedito dos Santos, definitivamente virou o “Zé do Posto”. Segundo ele, apenas uma pessoa na cidade lhe chama pelo nome de batismo. Eis aí, portanto, mais um participante  do nosso  projeto cultural Apelidos Vitorienses.

AGTRAN: continua apenas “respirando”……..

Ao condutor de veículo que trafega pela Avenida Silva Jardim, no sentido Matriz/Henrique de Holanda, segundo a legislação aplicada no local, resta-lhe, no cruzamento das mencionadas vias pública, virar à direita, no sentido Recife. Não existem outras opções – Nem seguir em frente (oficinas), nem virar à esquerda (Gravatá).

Dias atrás fui obrigado a esperar, pacientemente, por manobras de motoristas displicentes – para não dizer infratores. Aliás, essa sinalização não é coisa recente. Foi aplicada, ainda, na gestão municipal anterior, pela AGTRAN.

Passados mais de 15 meses da gestão do prefeito Aglailson Junior, já temos um forte indicativo de que a mesma (gestão), sob a coordenação da nova diretoria da AGTRAN, não dará prioridade ao nosso bagunçado trânsito.

No que se refere ao tema mobilidade urbana, ao que parece, teremos mais quatro anos sendo levado “com a barriga”. Até o presente momento –  a AGTRAN –  apenas continua “respirando”. Nenhuma ação consistente na área da educação do trânsito, no aumento do efetivo dos agentes, na estrutura e muito menos no conjunto viário. Essa é uma triste constatação!!!

PRISÃO: Políticos com biografias distintas, seguem na mesma direção…….

No contexto atual não seria razoável imaginar que algum brasileiro, por mais ingênuo que possa ser, imagine que há políticos em Brasília com boas intenções. É verdade que não devemos generalizar em 100%, mas, como todos nós sabemos, o sistema é cruel e colocam todos na mesma vala.

Apenas como um pequeno recorte, se pegarmos três políticos de vultos nacionais, com  histórias bem distintas – Lula, Maluf e Temer – veremos que há muitas semelhanças nos seus argumentos.  Além de desonestos, eles se utilizam dos mesmos argumentos, quando acuados pelas barras da justiça.

Com os amigos e pessoas próximas envolvidas até o pescoço com esquemas pesados, tanto Lula, Maluf ou Temer fazem de conta que não são com eles. Mentem descaradamente e ainda querem passar uma imagem de honestos.

Na qualidade de eleitor da primeira eleição presidencial pós-regime militar, nunca poderia imaginar que, três décadas depois, dois dos principais candidatos – com biografias tão distintas – poderiam estar juntos, no mesmo barco, ou seja: condenados pela justiça como ladrões e se utilizando dos mesmos argumentos…….

 

Momento Cultural: Meu pecado – Henrique de Holanda.

Eu não posso saber qual o pecado
que, irrefletido, cometi; suponho
seja, talvez, porque te fosse dado
meu coração, – a essência do meu sonho..

Se amar é crime, eu vou ser condenado
e toda culpa, em tuas mãos, eu ponho.
– Quem já te pode ver sem ter amado?!…
Quanto é lindo o pecado a que me exponho!

Se tens alma e tens sangue, como eu tenho;
se acreditas em Deus, dizer-te venho,
– Que pecas, tens amor, és sonhadora…

Deus deu a todos coração igual.
Se eu amo, sofres desse mesmo mal.
– O teu pecado é o meu, – és pecadora!

(Muitas rosas sobre o chão – Henrique de Holanda – pág. 22).

Mesmo perto de ser campeão pernambucano, o Náutico continua decepcionado os torcedores……

Eu já estou vacinado. Futebol profissional, atualmente, movimenta a maior Indústria de Ilusão do mundo. Muito antes “da bola rolar” nos gramados, há um grande “jogo” por trás de tudo isso,  que envolve algo muito mais profundo, muito mais além da capacidade dos torcedores envolvidos e apaixonados despertarem do sono profundo e da hipnose,  no qual estão submetidos………..

Estou sempre a falar de futebol como o meu filho, Gabriel, mas, aqui e a acolá, não perco a oportunidade de mostrar-lhe os pontos nebulosos dessa engrenagem. Por incentivo do avô materno, ele acabou virando torcedor do Náutico, não obstante estar mais ligado nos times da Europa, algo inevitável, em função da grande exposição da mídia.

Muito bem, após insistente investida para irmos ao campo, prometi-lhe, caso o Náutico chegasse à partida final,  sem perder o primeiro jogo, iríamos, mesmo a contra gosto,  ao duelo final, na Arena Pernambuco.

Após algumas atividades na Capital pernambucana, na tarde de ontem (02), estive na sede do Náutico para comprar os ingressos. Por lá, estampava um aviso: ingressos esgotados. Confesso  que, emocionalmente,  para mim não altera em nada. Mas, já para o meu Gabriel, não foi uma boa notícia.

Moral da história: a máfia é grande e está em todas as partes. Eu, já resolvi que não irei mais. O curioso é que existe bastante ingresso nas mãos dos cambistas. Apenas uma pergunta: como é que esses cambistas conseguiram comprar tantos ingressos? Ou seria a máfia dos ingressos operando, partindo dos próprios diretores do clube?

Não à toa, hoje, a cúpula do futebol brasileiro está toda enrolada com a justiça. Alguns sujeitos, inclusive, já estão presos. É esquema nos ingressos para copa do mundo,  é propina para dirigentes da FIFA, é rolo nas construções dos estádios, é presidente de federação esportiva com barras de ouro no cofre de casa e por aí vai……

Para finalizar essa narrativa decepcionante, apenas dois comentários: o Clube Náutico Capibaribe faz treze anos que não ganha nada e parece que é igual a todos……..

Obs: aproveito para republicar uma postagem que fiz (há dois anos)  realçando à relação entre o torcedor de futebol e o funcionários terceirizado, por ocasião da polêmica votação no Congresso   Nacional.

Será que somos “torcedores” funcionários ou terceirizados?

Para as pessoas que são apaixonadas por futebol –   que convenhamos não é um número reduzido – no momento em que terminar de ler  essas linhas, certamente darão uma boa gargalhada, ou mesmo,  me chamarão de louco! Isso porque, doravante, irei aventar que um torcedor de  time de futebol (Sport, Santa Cruz, Flamengo, Corinthians e  etc) é uma espécie de funcionário (terceirizado) que paga para trabalha.

Adianto, contudo, que gosto de futebol. Sei das regras, conheço um pouco da história dos clubes brasileiros e trago na memória  o nome de todas as seleções vencedoras da Copa da FIFA. Mas, sou obrigado a reconhecer que a esmagadora maioria dos torcedores são “presas fáceis”, verdadeiros instrumentos de massas de manobra que movimenta essa indústria bilionária – futebol –  e que gera muito lucro para uns poucos “sabidos”.

Pois bem, não é novidade para ninguém que desde da chamada Antiguidade os governantes promoviam a tão atualizadíssima política do pão e circo. Naquele tempo, os espetáculos eram constantes e cumpriam, entre outras coisas, a função de manter o povo entretido. Atualmente, o futebol, cumpre muito bem este papel. Os torcedores “apaixonados” nunca pensaram nisso. O sistema é sútil.

Aliás – apenas para ilustrar – na maioria dos países as pessoas que se identifica com  um time de futebol são catalogadas como fãs. Aqui no Brasil a palavra torcedor deriva da mania das mulheres cariocas – no início do século XX – que ficavam TORCENDO suas luvas e lencinhos durante as partidas de futebol. Daí em diante,  todos nós brasileiros,  viramos TORCEDORES.

Voltemos, no entanto,  ao nosso assunto principal que é discutir a verdadeira função dos torcedores de time de futebol. Você, torcedor apaixonado, prefere ser um  funcionários ou  terceirizados?

Falando um pouco agora das relações do Capital X Trabalho e suas tendências, somos obrigados a acreditar que, devido a uma visão mais flexível nesta relação, nunca antes tantas pessoas passaram a trabalhar em casa (home office) ou seja, as empresas começaram a entender que manter o funcionário trabalhando na sua residência é promover o jogo do “ganha-ganha”.

Com isso, quero dizer: seja lá aonde for ou em qualquer horário,  a pessoa pode estar trabalhando. Vale salientar,  também,  que na relação trabalhista a empresa é obrigada a lhe pagar  salário e, se for o caso, fornecer o devido fardamento. Isso é o básico.

Pois bem, é partindo desse raciocínio que começo a dizer que um torcedor de time de futebol (Sport, Santa, Flamengo, Corinthians e etc) é um funcionário (terceirizado) cuja relação é inversa, ou seja:  o funcionários é que paga para trabalhar. Vejamos:

Dia ou noite e em qualquer local o torcedor estará sempre falando do seu time e o defendendo contra possíveis ideias de que ele não presta ou coisa parecida. Frequenta locais aonde tem roda de bate-papo de futebol só para falar  do seu time (de bem),  e ainda por cima, custeia todas as despesas.

Outra coisa: eu nunca ouvi dizer que um funcionário paga pelo próprio fardamento na empresa. Já na atividade empresarial futebolística, onde o torcedor é um  “funcionário  apaixonado” – terceirizado – ele paga para trabalhar e ainda compra o fardamento! Ou será que algum diretor  de  time de futebol envia  camisas para você ficar “fardado” nos dias de jogos?

A coisa mais curiosa que ocorre nesta relação, e que o torcedor apaixonada  (terceirizado) não se dá conta, é que ele quando vai à sede da empresa (estádio de futebol no dia jogo),  pagando do seu próprio bolso o transporte, só  poderá ter acesso ao seu local de trabalho (arquibancada) se pagar, ou seja, para entrar na empresa que ele trabalha dia e noite, sábado, domingo e feriado, e que também é obrigado a compra o seu próprio fardamento, o “torcedor apaixonado”  (terceirizado) é obrigado a desembolsar mais uma vez.

Agora responda rápido: algum diretor de time de futebol quando vai negociar algum jogador, lhe consulta para algum coisa? Você, torcedor apaixonado (terceirizado), pelo menos sabe para aonde está indo o dinheiro que entra nos cofres do seu  clube? Você poderia então perguntar: e por acaso algum funcionário “normal” sabe para aonde vai o dinheiro da empresa que ele trabalha?

Eu, então, responderia que não. Mas, na relação trabalhista “normal” o funcionário comum tem jornada de trabalho definida e pelo menos RECEBE PARA TRABALHAR enquanto que na relação TRABALHISTA FUTEBOLÍSTICA” É O FUNCIONÁRIO APAIXONADO QUE PAGA PARA TRABALHAR E AINDA  POR CIMA ELE MESMO É QUE COMPRA O SEU FARDAMENTO (camisa do seu time do coração).

Toda essa ideia, inicialmente, parece um absurdo, mas não é. Os pensadores do negócio milionário, pessoas sabidas que são os donos do dinheiro que circula nessa engrenagem toda, estão cada dia mais rico e você (torcedor apaixonado – funcionário ou terceirizado),  juntamente com o seu clube  (empresas falidas) estão na PINDAÍBA.

Portanto, se você não alcançou a explicação, não fique com raiva de mim, apenas estou lhe ajudando a raciocinar noutra  direção. Se possível,  investa seu suado dinheiro em alguma coisa que traga mais retorno,  para você e toda sua família, pois esses  diretores de time de futebol estão roubando o que você tem de mais precioso: SEU TEMPO, SUA BOA FÉ E O SEU DINHEIRINHO.

Obs: Faça uma rápida conta; quanto você gasta por semana com o seu time de futebol? Veja quanto você já gastou neste últimos 12 meses e observe se num daria para comprar um bom objeto para sua casa e que,  com certeza, teria serventia para você e toda sua família? Todo esse prejuízo, claro, além de não computar os riscos, pois, nos dias de jogos você poderá ser violentado pelos torcedores rivais,  em qualquer lugar,  afinal, você é um torcedor apaixonado e poder MORRER PELO SEU TIME,  enquanto os diretores estão tomando uisque juntos,  para resolver se é melhor ganhar, perder ou empatar na próxima partida. Para eles o importante nesta equação  futebolística  É  SIMPLESMENTE GANHAR O DINHEIRO DOS TORCEDORES APAIXONADOS:  OU SERIA FUNCIONÁRIOS TERCEIRIZADOS?

1ª Baile da Família – Orquestra Popular Multicultural

Na organização do 1ª Baile da Família, que será realizado no Clube dos Motoristas, no dia 12 de maio (22h), encontra-se o amigo Maestro Freire. Com repertório variado, desde o sertanejo dos anos 80 ao bolero, passado por clássicos de Luiz Gonzaga e da jovem guarda a Orquestra Popular Multicultural será a atração da festa. As “mesas” poderão ser adquiridas pelos fones 9.8852.2597 e 9.8471.9198.

MOMENTO CULTURAL: Entre a Cruz e a Espada – por Severina Andrade de Moura

Eu sofro porque sou balança
equilíbrio entre o cheio e o vazio.
Paredão onde acham confiança
homens de bem, mulheres de brio.

Ouço de lá e de cá os desabafos.
Fico no meio, entre a cruz e a espada.
Não quero destruir jamais, os laços
que se criaram em longas caminhadas.

Às vezes sou mal interpretada.
Que importa! Jesus também o foi
Quero ser útil em toda minha estrada

E quando eu me for, quero que digam
nela eu tive uma grande aliada
e se esquecer de mim jamais consigam.

Profª Severina Andrade de Moura, nasceu em Vitória de Santo Antão. Foram seus pais: José Elias dos Santos e Doralice Andrade dos Santos. Viúva de Severino Gonçalves de Moura, com quem se casou em 1962. Fez o curso Pedagógico no Colégio N. S. da Graça. Lecionou em Glória do Goitá e Carpina. Concluiu Licenciatura Plena em Letras em Caruaru (1976). Pós-graduação em Língua Portuguesa na Univ. Católica (1982). Ensinou em várias escolas estaduais e municipais na Vitória e ensina atualmente na Escola Agrotécnica e na Faculdade de Formação da Vitória de Santo Antão. Poetisa por vocação. Colabora na imprensa loca.