Projeto “Viva Pernambuco: Patrimônio, Cultura e Memória” chega à Vitória de Santo Antão com foco na Batalha das Tabocas.

O projeto “Viva Pernambuco: Patrimônio, Cultura e Memória”, que visa promover a valorização do patrimônio histórico e cultural pernambucano e brasileiro chega ao Instituto Histórico e Geográfico de Vitória de Santo Antão, que organizará uma exposição dedicada à Batalha do Monte das Tabocas de 1 a 10 de agosto de 2025, com visitação das 8h às 12h e das 13h às 17h.

O projeto tem como objetivo criar ambientes de aprendizado e reconhecimento cultural, engajando a população na preservação da história, e conta com o apoio cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Ministério da Cultura e do Governo Federal, e da emenda parlamentar da senadora Teresa Leitão.
A iniciativa já contemplou, com exposições, os institutos históricos das cidades de Goiana e Garanhuns e agora segue para outras sete cidades, entre elas Palmares, Igarassu, Caruaru, Olinda, Jaboatão e Limoeiro, além de Vitória de Santo Antão.

O presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Vitória de Santo Antão, Pedro Ferrer, destaca a relevância da mostra para a região. “Nossa exposição sobre a Batalha do Monte das Tabocas apresentará fotos do Monte, dados geográficos com mapas detalhados e um foco especial nos combatentes e seus líderes”, explica Ferrer. “A importância do projeto é incutir na população local e nas circunvizinhas detalhes da batalha, consolidando o sítio como uma referência histórica fundamental.”

Ferrer também enfatiza o significado histórico da Batalha das Tabocas para a identidade nacional. “O feito histórico das Tabocas é a origem e a pulsação dos sentimentos nativistas e nacionalistas no Brasil. É crucial darmos ênfase à origem do Exército Brasileiro, que se deu justamente em Tabocas”, afirma. Para ele, a oportunidade de sediar essa exposição é um motivo de grande orgulho para a instituição, fundada em 19 de novembro de 1950, que continua comprometida com a preservação e difusão da nossa rica história.

Pernambuco é atualmente o Estado com o maior número de institutos históricos em funcionamento, totalizando 33 entidades dedicadas à preservação do patrimônio histórico cultural brasileiro e à garantia do direito à memória.

DATAS DAS EXPOSIÇÕES DO PROJETO VIVA PE
Vitória de Santão Antão – Instituto Histórico e Geográfico de Vitória de Santo Antão
01 a 10 de agosto de 2025
Horário: 8h às 12h e de 13h às 17h

 

Assessoria de Comunicação 

MEMÓRIA DE VITÓRIA – por Sosígenes Bittencourt.

Diz que é de Vitória de Santo Antão, mas não cortou o cabelo com Zezé Barbeiro, na Rua Dr. José Rufino Bezerra, no Bairro do Cajá. É dele, a famosa quadrinha sobre o destino do sertanejo:

O sertanejo, ao nascer,
Tem seu destino traçado,
Se, de sede, não morrer,
Por certo, morre afogado.

 

Sosígenes Bittencourt

Vida Passada… – Afonso Arinos – por Célio Meira.

No longínquo sertão mineiro, sob o céu da pequenina vila de Paracatú, veio, ao mundo, em 1867, Afonso Arinos de Melo Franco. “Toda a  sua primeira infância, até os 9 anos, escreve Tristão de Ataíde, escritor brilhante e erudito, passou-a Afonso Arinos, na vila natal”. Acompanhou o pai, em longas viagens pelos planaltos de Goiás, até que, 3m 81, ao 13 anos, veio residir em São João Del-Rei, onde fez o curso primário, no famoso colégio do cônego Machado. Era um menino triste,  bondoso e inteligente. Trazia, para a cida, tão curta, e luminosa, destino de vitórias.

No Ateneu Fluminense, no Rio, concluiu, Afonso Arinos, o curso de humanidades, matriculando-se, em seguida, na Faculdade de Direito de São Paulo, onde, em 89, conquistou láurea de bacharel. Diplomado, foi vive, saudoso, em Ouro Preto, o cenário grandioso de seus triunfos. Não o fascinou a magistratura e nem o seduziu a advocacia. Enamorou-se, perdidamente, pelo magistério público, obtendo, no Liceu da antiga capital mineira, nu concurso  “que deixou fama” a cadeira de História do Brasil. Foi, mais tarde, informa um biógrafo, um dos fundadores da Faculdade Livre de Direito de Minas, regendo a cadeira de direito criminal.

Na antiguíssima Ouro Preto, solteiro, vivendo como príncipe, porque, na verdade, ele o era, pelo coração boníssimo  e pelo espirito fascinante, viveu, Arinos, a mais ditosa quadra de sua vida. Reuniu, no seu salão, povoado de móveis preciosos, os famosos intelectuais do tempo, e , com eles, observou, estudou e criticou a vida mental do Brasil. E Entre esses homens, poetas, prosadores e artistas, ninguém possuiu, como ele, a finura da frase, a elevação da crítica, e o gosto da ironia.

Prosador magnifico, e jornalista vigoroso, dirigiu, Arinos, por indicação, de Eduardo Prado, informa um historiador, o “Comércio de São Paulo”.

Deixando o Brasil, fundou e dirigiu, em Paris, uma agência bancaria. E numa de suas viagens, morreu, a 16 de fevereiro de 1916, aos 48 anos de idade, em Barcelona. Fechou os olhos na terra hespanhola, à orla do Mediterrâneo, o príncipe dos escritores sertanistas. Finou-se sem ouvir a canção selvagem das ventanias, e sem aspirar o perfume das flores natais, esse, esse homem de sensibilidade, que fora, por toda vida, um noivo amado, e ciumento, da terra sertaneja. Finou-se, na terra estrangeira, o bom Afonso Arinos, que amou e exaltou o homem do campo, os humildes, falando-lhes, muitas vezes, ao espirito e ao coração. Ninguém se esqueceu, ainda, da pena as paginas de “Buritir Perdido” do “Assombramento” e do “Joaquim Mironga”. E ninguém o esquecerá, relendo, agora o Notas do Dia” e o “Lendas e Tradições Brasileiras”, em cujas páginas palpita e freme, como um rio de águas rumorosas, e alma do sertão.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

CASO PLUVIOSO – por Sosígenes Bittencourt.

Esta tromba d’água diluviana ressuscita-me o Caso Pluvioso, do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade.
A chuva me irritava. Até que um dia
descobri que Maria é que chovia.
A chuva era Maria. E cada pingo
de Maria ensopava o meu domingo.
Chuvadeira Maria, chuvadonha,
chuvinhenta, chuvil, pluvimedonha!

CASO PLUVIOSO
Chuvarada de Palmas!
Salve Drummond!
Sosígenes Bittencourt

ARIANO SUASSUNA ESPERANDO O AVIÃO NO AEROPORTO DE BRASÍLIA – por Sosígenes Bittencourt.

Costumava dizer que não ficava espantado quando um avião caía, só não sabia como ele subia.
A originalidade era um traço característico de um dramaturgo da dimensão de Ariano.
A originalidade é uma forma de felicidade, é você encontrar-se consigo mesmo sem se perder.
Eis, como exemplo, uma de suas mais gritantes manifestações de originalidade:
Não troco o meu “oxente” pelo “ok” de ninguém!

Sosígenes Bittencourt

 

O Gavião Encantado realizou o seu primeiro desfile em 2025!

Animado por orquestra de frevo e adornado por elementos carnavalesco pernambucanos, a Agremiação Gavião Encantado realizou o seu primeiro desfile no carnaval antonense. Sua apresentação ocorreu na noite da segunda-feira de carnaval -03 de março de 2025.

Prometendo ser uma mais opção cultural do nosso carnaval, um dos organizadores e principal entusiasta da nossa recém criada troça, Ítalo Moura, segue animado com o sucesso de 2025, já pensando no desfile de 2026.

Fotos da assessoria da troça. 

O VITORIENSE Walther Moreira Santos vence o 9º Prêmio Kindle de Literatura PublishNews, Talita Facchini

Walther – que também foi finalista em 2022 – venceu com a obra ‘O ano do Nirvana’; ele recebe o prêmio de R$ 50 mil, terá a obra impressa por um dos selos do Grupo Editorial Record e ainda será enviado aos assinantes da TAG
O ano do Nirvana, de Walther Moreira Santos, é o livro vencedor da 9ª edição do Prêmio Kindle de Literatura. O anúncio foi feito na noite desta segunda (17) em um evento descontraído para convidados. A obra foi avaliada pelo júri – composto por Cidinha da Silva, Andréa Del Fuego e João Silvério Trevisan – que esteve presente na cerimônia.
Walther recebe o prêmio de R$ 50 mil – sendo R$ 40 mil em dinheiro e R$10 mil em adiantamento de royalties. Ele terá ainda o seu livro impresso por um dos selos do Grupo Editorial Record e será enviado aos assinantes da TAG Experiências Literárias, na modalidade curadoria. Além disso, a Audible premiará todos os cinco finalistas com a produção e publicação de seus audiolivros.
Walther, que foi finalista do prêmio em 2022, leu o mesmo discurso que preparou na época. “Se ainda fizer sentido é porque eu escrevo alguma coisa que vale a pena ser lida”, brincou. “Sempre entendi que escrever é colocar uma mensagem em uma garrafa e soltar no mar. E se isso é uma metáfora, a Amazon transformou essa metáfora em realidade. Sou escritor porque o sofrimento humano me deve explicações, sou escritor porque a maldade me deve explicações, mas sobretudo sou escritor porque o gesto de generosidade dá sentido a vida como nenhum outro gesto”, disse.

Em O ano do Nirvana, apresenta uma narrativa densa e madura, que aborda a perplexidade de duas personagens deslocadas. A atmosfera remete à peça “Esperando Godot”, porém ambientada no Recife. o leitor acompanha quatro personagens: uma pequeno-burguesa, um jovem médico anestesista, um garoto de programa e um general torturador da ditadura militar. Eles formam o núcleo central de uma história de amor improvável, que se passa no último ano do século XX e tem pontos de tensão e paroxismo comparados aos do próprio mar, um dos elementos da trama.

Ao PublishNews, Walther contou que escreveu a obra aos 20 anos e que decidiu inscrevê-la para o prêmio por ver que ela ainda é atual. “Ela faz perguntas do tipo ‘como seria o Brasil daqui a 30 anos?’. É uma máquina do tempo”, definiu.

“O Ano do Nirvana, de Walther Moreira Santos, apresenta uma narrativa densa e madura, que aborda a perplexidade de duas personagens deslocadas. A atmosfera remete à peça Esperando Godot, porém ambientada no Recife. O encontro assimétrico entre uma jovem mulher heterossexual branca e rica e um michê gay negro expõe uma problemática complexa em vários níveis de paradoxo social”, relata o escritor e jurado da premiação, João Silvério Trevisan. “A delicadeza da narrativa espelha a busca de sentido de ambas as vidas, com uma melancolia ácida que perpassa toda a obra e deixa uma interrogação, sem resquício de didatismo”, afirma. Trevisan conclui: “O texto é direto, perspicaz e inspirado, resultando em uma obra instigante e contundente”.

“Desde sua criação, o Prêmio Kindle de Literatura tem se prestado com louvor a uma das tarefas mais nobres no ecossistema literário, a de oxigenar os caminhos da ficção nacional. No contrapé de outros prêmios, que celebram aqueles que já foram celebrados, esta iniciativa se concentra no empurrão inicial tão necessário aos que estão entrando na arena. Para o Grupo Editorial Record é um privilégio poder estar ao lado deste projeto, feito com seriedade e carinho”, pontuou Cassiano Machado, diretor editorial do Grupo Record.

Walther concorria com Desafogo, de Lucas França; da morte sua, de Bruno Crispim; Histórias escritas na água: Romance, de Sonia Zaghetto; e Destinas, de Yara Fers.
O Prêmio Kindle de Literatura é realizado pela Amazon, em parceria com o Grupo Editorial Record, Audible e TAG Curadoria. Além disso, o Prêmio tem dois derivados: o Prêmio Amazon de Literatura Jovem, realizado em parceria com a HarperCollins e o Prêmio Kindle de Vozes Negras, em parceria com a Companhia das Letras. “Ficamos muito felizes em incentivar a literatura independente”, reforçou Ricardo Perez, líder de livros da Amazon Brasil, durante a premiação.

Sobre o Kindle Direct Publishing

O Kindle Direct Publishing, ou KDP, é uma ferramenta rápida, gratuita e fácil para autores e editores publicarem seus livros e disponibilizá-los para leitores em todo o mundo. Com o KDP, os autores têm total controle do processo, desde a concepção da capa até a definição do preço, podendo receber até 70% em royalties. Os eBooks Kindle podem ser comprados e lidos com os aplicativos Kindle gratuitos para tablets e smartphones Android e iOS, computadores, bem como e-readers Kindle.

Assessoria.