Momento Cultural: Caveira – por Henrique de Holanda

Henrique-de-Holanda-Cavalcanti-3

Da nudez em que vive na demência,
traduzes bem o desmoronamento.
lar que serviu de abrigo à inteligência
e onde hoje reside o esquecimento.

Outrora tu vivias na opulência:
carne, vaidade, amor, deslumbramento,
beijo, pecado, embriaguez, ardência,
e hoje, de tudo isso, o isolamento.

No mundo, tu viveste mascarada.
Hoje, porém, com a face descarnada,
Tens do teu rosto a máscara caída…

Retrato original da humanidade:
Ressaca para toda a eternidade
depois da grande dança desta vida!…

(Muitas rosas sobre o chão – Henrique de Holanda – pág. 12).

Momento Cultural: Maio – por Corina de Holanda

Corina de Holanda

Maio chegou. E toda a Natureza

Feliz, se enfeita para recebê-lo.

Faz gosto ver, com que capricho e zelo

Procura dar as flores mais realeza.

E elas, muito se alegram, na certeza

Do seu destino neste mês tão belo:

Vão adornar da cândida Princesa

O trono, ou vão servi-lhe de escabelo.

O canto que em voz alta a terra entoa,

Não se houve nela só, nos céus ecoa,

Indo unir-se aos acordes de alegria.

Que os Anjos, como sempre, hoje irmanados,

Tangem nas suas harpas, sublimados,

Sincronizando as glórias de Maria.

Maio de 1970
(Entre o céu e a Terra – 1972 – Corina de Holanda – pág. 28).

Momento Cultural: Quando – por Stephem Beltrão

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Quando você pensa que estou triste

Estou alegre

Quando você pensa que estou mal

Estou bem

Quando você pensa que estou perdido

Estou no rumo

Quando você pensa que estou dormindo

Estou acordado

Quando você pensa que estou só

Estou acompanhado

Quando você pensa que estou embriagado

Estou sóbrio

Quando você pensa que estou caído

Estou erguido.

Enquanto você achar que estou quebrado

Prosseguirei inteiro

Enquanto você achar que sou apagado

Serei acesso

Enquanto você achar que vivo doente

Estarei sadio

Enquanto você achar que fico preso

Serei libertado

Enquanto você achar que ando sofrendo

Permanecerei feliz

Enquanto você achar que ando chorando

Seguirei sorrindo

Enquanto você achar que já morri

Continuarei vivo.

Momento Cultural: A ILUSÃO – por José Miranda

Jos+® Tiago de Miranda

Para vivermos nós contentes pela vida
sem essa mágoa que tortura tanto a gente
da culpa de Eva no Édem, um dia nascia.
O Senhor deu-nos a ilusão constantemente.

Quanto seria: a alma por tudo entristecida
e o coração ensimesmado e até doente
se a ilusão fosse deste pélago banida
se não houvesse, não o sonho doce e ingente!

De assalto sem se esperar conta do destino
a ilusão toma para nos dar prazer na dor
para nos fazer o espiamento pequenino.

Da nau de crença a vela enfuna com vigor
e fortifica quando sofre, o coração:
toda beleza está da vida na ilusão.

José Tiago de Miranda, vitoriense, nascido a 9 de junho de 1891 e faleceu a 29 de maio de 1960. Foi professor primário na Vitória, em Moreno e em Limoeiro, exercendo, em todas as cidades, o jornalismo. Foi proprietário e diretor de O LIDADOR a partir de 1932 até sua morte. Cronista, poeta e jornalista de alto valor. Seus filhos (Ceres, Péricles e Lígia) reúnem em volume muitas de suas crônicas e poesias, em livro “Antologia em Prosa e Verso”, comemorando o centenário de seu nascimento, aos 9 de junho de 1991. Do casamento, com D. Herundina Cavalcanti de Miranda, houve ainda um filho, Homero, falecido logo após a morte do Prof. Miranda.

Momento Cultural: Perto do mar, anoitecia… por Célio Meira.

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Perto do mar, anoitecia…

Corria o mês de novembro,

– Era Dia da Bandeira,

fomos ver a lua cheia,

ao lado da ribanceira.

Depois, descemos. Na praia,

ficamos a reparar:

– Havia esteira de prata,

nas águas mansas do mar.

Ali, olhando o mar, a lua,

recebemos a lição:

– Jesus Cristo está presente,

na glória da criação.

(migalhas de poesia – Célio Meira – pág. 25).

Momento Cultural: ÁRVORE AMIGA – por José Teixeira de Albuquerque

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Ei-la aqui derrubada! Esta árvore que outrora
era o ponto melhor dos ninhos da floresta,
vivendo a proclamar a beleza da flora
altaneira, copuda e ramalhuda e erecta.

Farfalhando – acordava os pássaros na aurora
protetora – abrigava os pássaros na sesta…
Então eles cantavam uma canção sonora
uma canção de amor, de gratidão, de festa!

Mas um verme a roer-lhe as fibrosas entranhas
deu-lhe dores cruéis, estúpidas, tamanhas
fazendo-a vacilar… esmorecer e cair…

de pássaros deixando a procissão chorosa!
– José de Barros foi como esta árvore frondosa
deixou Vitória toda enlutada a carpir.

“O LIDADOR” 24.VI.1926

José Teixeira de Albuquerque, nasceu na fazenda Porteiras, Vitória de Santo Antão aos 23 de agosto de 1892. Seus pais: Luiz Antonio de Albuquerque e Dontila Teixeira de Albuquerque. Estudou medicina na Faculdade da Bahia, porém desistiu do estudo no 3º ano. Casou em segundas núpcias com a conterrânea Marta de Holanda, também poetisa e escritora. Publicou o livro de versos MINHA CASTÁLIA e colaborou em várias revistas e jornais; tanto da Vitória como do Recife. Foi funcionário do Arquivo da Diretoria das Obras Públicas do Estado,com competência e zelo. Faleceu no Recife, no dia 2 de outubro de 1948. Não deixou filhos. Sua morte foi muito sentida entre os intelectuais, que não se cansaram de elogiar sua prosa e seus versos.

Momento Cultural: APRENDIZ DE MIM – por Valdinete Moura

Este é meu mundo encantado
no qual você também pode entrar.

Então meu mundo passa a ser nosso.

E, levados pela imaginação poderemos ir
a qualquer lugar
dentro ou fora de nós.
Não conhecemos limites.

Porque Eu sou Eu e
Você seja lá quem for é a
Pessoa mais importante do Mundo
porque é com você que estou agora.

do livro “Voz Interior”.

Maria Valdinete de Moura Lima, filha de Manoel Severino de Lima e de Lindalva de Moura Lima, nasceu em Vitória de Santo Antão. Bacharela e Licenciada em Letras. Professora de Português da Faculdade de Formação de Professores da Vitória de Santo Antão. Poetisa e contista, tem um livro publicado VOZ INTERIOR – 1986. Tem vários prêmios, entre os quais: José Cândido de Carvalho, contos: Jeová Bittencourt, contos, menção honrosa (Araguari, MG). Concursos promovidos pelo “Timbaúba Jornal”, contos e poesia. É membro da Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência.

Momento Cultural: Admoestação Reverente – por Corina de Holanda

Corina de Holanda

(Ante um quadro da Virgem que estreitando ao colo o Divino Filho, fita, súplice, os céus.)

És a Mãe da eterna Aurora.

Nem precisavas Senhora,

Erguer os olhos aos céus.

Que as outras mães façam isto…

Mas, tu, Mãe de Jesus Cristo,

Que queres desses espaços

Para teu filho? – Ele é Deus.

E tu, Mãe Imaculada.

Tendo em teus braços, Jesus,

Embalas a própria Luz

Do amor envolta nos véus.

Baixa os Olhos, Mãe amada,

Sobre a terra, o pecador…

Diz a teu Filho adorado

Que nos livre do pecado!

Salve, ó Mãe do Puro Amor!

1971

(Entre o céu e a Terra – 1972 – Corina de Holanda – pág. 38).

MOMENTO CULTURAL: CORDEL DO CONTRADITÓRIO/09 – POR Egídio Timóteo Correia

egidio-poeta

Coração não se escraviza
Não se prende sentimentos.
Ideias precisam de asas
Pra voar no firmamento
Ninguém deve controlar
A força do pensamento.

Um poeta social
Preso à sociedade,
Proibido por etiquetas,
Esconde as suas verdades.
Poetas precisam ser livres
De ódio, mágoas e vaidades.

Um poeta religioso
Tem seus versos algemados,
Tem medo de se expandir,
Cometer alguns pecados.
Poemas querem ser livres
E nunca ser censurados.

Por isso é que a poesia
Deve ser independente.
Falar do fundo da alma
Como ela pensa e sente
Ser uma interprete da vida
E das coisas de sua gente.

Egídio Timóteo Correia

 

Momento Cultural: Grito da Juventude – por ALBERTINA MACIEL DE LAGOS

Profª Albertina Maciel de Lagos

Ao longo da estrada,

à margem do caminho,

topei numa pedra,

cotovelos apoiados aos joelhos

e mãos o rosto encobrindo.

Cautelosamente,

aproximei-me devagarinho,

daquela criatura

que ali estava

como que concentrada

a meditar…

talvez, quem sabe?…

– uma alma envolta na cerração

Do mais cruciante abatimento,

carpindo bem triste solidão,

presa aos grilhões do sofrimento

E ali, esperando fiquei

té que aquele alguém falasse

e se pronunciasse…

Era preciso esperar, Senhor!

E, enquanto o silêncio perdurava

entre os dois,

pude, extasiada,

contemplar a tarde

num cenário de beleza

no palco da Natureza.

– o Sol, rubro agonizando

no Ocaso, a estrertorar

enquanto

num saudoso pipilar

que se confundia

como o toque da Ave Maria,

o passaredo, o espaço entrecortando,

os ninhos buscavam regressando.

E, ali, estacionada permaneci

Aguardando a sua voz.

De repente…

eis que, o rosto descobrindo,

meio sobressaltado,

pude contemplar

aquele alguém

a quem

eu quisera tanto

a sua dor amenizar

Logo perguntei: – Quem és?…

E ele, enfaticamente, jogando a basta cabeleira:

– Sou a Juventude…

essa juventude (segundo afirmam):

“transviada”… “má”, “fútil”… leviana…

cuja vida – um conflito!…

e, nessa luta insana,

fracassada, desiludida,

mas… gargalhando como o palhaço

sem jamais saciar

a sua sede de Felicidade,

vai em busca das tavernas,

beber, fumar, jogar,

e… numa ânsia incontida

disfarçando os seus fracassos, a sua Dor,

ei-la que se atira

cantando, sacacoteando

a fazer o “passo”

à loucura bacanal

do carnaval.

E por repudiada no seu idealismo,

a juventude sente,

no vazio coração

(todo egoísmo, toda ambição),

que algo lhe está faltando,

algo essencial,

sublime… (sei lá)!

– Algo que amenize os dias seus…

(respondi incontinente):

– Está lhe faltando – Deus!

– Não! (refuta o moço)

a Juventude ainda crê…

apesar do abismo que a ameaça

ela exclama, olhando o Infinito:

– Senhor, escuta a nossa prece,

prece de jovens esquecidos,

incompreendidos,

famintos de apoio e proteção,

de tolerância e sobretudo,

de… Amor!

Vê, Divino Amigo:

a mor parte dos pais

não nos compreende…

recusam dissipar as nossas dúvidas,

resolver os nossos problemas,

e, jamais querem ser nossos confidentes,

nossos melhores amigos!

– Também, na nossa Faculdade,

não Te encontramos, ó Deus!

Porque o ambiente estudantil

sempre hostil,

(pura atmosfera de laicismo)!

nada mais é

que um triste baquear da Fé!

– Eles, os mestres,

eles, os nossos amigos

não nos mostraram a tua Face…

Mas!

E os jovens que já andavam fracos,

quase sucumbiram, Senhor,

sob a influência dos outros,

dos maus,

durante muito tempo!

E, a “uma voz”

Resolveram então,

com os companheiros desajustados,

exigir dos governantes

as suas reivindicações

os seus direitos postergados…

Norteada, erradamente,

pela estrela vermelha

do Comunismo dissolvente,

a Juventude vacilante,

longe da senda do Bem,

assim, exaltada,

desenfreiada,

não soube pedir!…

– Saiu a gritar, a plenos pulmões,

em praça pública,

amotinada,

declarando greves,

depredando, apupando, vaiando…

– Daí, Senhor,

quase tudo perdido

e, pouco ou nada conseguido!

E agora?…

Resta-nos as prisões, duros castigos

em represália!

– Por quem És, ó Deus,

transforma o coração da gente,

– o coração altivo da Juventude

conservando-o intangível

aos ataques do Mal!

e, numa Altitude, bem ao lado Teu,

ela saberá, mais forte, regenerada,

feliz, instruída, varonil

tornar mais glorioso o Brasil!

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

E o jovem quedo, silenciou!…

– Obrigada, Juventude, (disse-lhe eu).

Agora o meu conselho previdente,

amigo, experiente:

para seres sadia e venturosa,

para na vida, feliz, sempre venceres,

continua a pedir, a gritar,

mas… com toda prudência

e veemência

da tua força jovem:

– Queremos Luz, Senhor,

e dos homens compreensão

e, sobretudo – Amor!

(SILENTE QUIETUDE – ALBERTINA MACIEL DE LAGOS – pág. 55 a 59).

MOMENTO CULTURAL: América Latina – por GUSTAVO FERRER CARNEIRO

Gustavo Ferrer Carneiro

América Latina bela

Pelas lutas e sofrimento

Por passar os mesmos tormentos

De fome e castração

Somos irmãos

De beleza e de tortura

De amor e ditadura

De hermanos e sofrimento

Em busca a cada momento

Somente de igualdade

Não queremos nos sobrepor

Mas queremos felicidade

Respeito e liberdade

Pelos países mais ricos

Queremos equilíbrio

Na riqueza e na pobreza

Para podermos acreditar

Em um mundo mais justo

Temos que pensar em unidade

Na tríade francesa

Liberdade

Igualdade

Fraternidade

Principalmente nos países emergentes

Que coisa linda

Que coisa divina

Somos únicos

Somos nós

Viva a América Latina

(MOSAICO DE REFLEXÕES – GUSTAVO FERRER CARNEIRO – pág. 15).

Momento Cultural: Lenda – por Corina de Holanda

Corina de Holanda

Contam que a Virgem Maria

Que é Deus a jardineira,

Planejou no céu, um dia,

Uma festa brasileira

Na celestial floreira

Já muitas flores havia…

Porém, a Virgem, queria

Por mais uma… E a maneira,

Foi dizer para os Arcanjos:

“Mandem à terra dois anjos.

Mas, quero flor sem espinho”.

Então dois Anjos desceram,

E entre os jasmins escolheram

E levaram – Socôrrinho.

1970

(Entre o Céu e a Terra – Corina de Holanda – pág. 44).

Momento Cultural: Negro – por Henrique de Holanda

Henrique-de-Holanda-Cavalcanti-3

Homem negro: se o sol – nessa ansiedade bruta
de quem quer e não pode, – o teu corpo procura,
com o instinto cruel de te vender na luta,
a queimar, ainda mais, a tua pele escura…

Se resistes ao sol, nessa heroica disputa,
fertilizando a terra estéril, seca e dura,
esta cor a tingir a tua carne impoluta
é a rija encrustação de tua rude bravura.

Nem o branco encoraja e nem o negro assombra.
Tanto nos vale a luz, quanto nos vale a sombra.
Desta cor morrerás e morrerás exangue

na luta, que nos dá, pelo teu maior gosto,
a flor que floresceu do suor do teu rosto,
e o fruto que nasceu do vigor do teu sangue!…

(Muitas rosas sobre o chão – Henrique de Holanda – pág. 23).

Momento Cultural: Assunção da Virgem – por Corina de Holanda

Corina de Holanda

Deve ter sido pela madrugada:
– Em torno da modesta sepultura,
Daquela dentre as puras a mais pura,
Anjos, em graciosa revoada,

Como a medir, de céu, a imensa altura,
Vão de estrelas formando a linda escada
Por onde subiria a Imaculada…
– Jamais se viu tão régia iluminada.

(Se Deus é o Autor de tão custosa tela…).
Rasga a morte seus véus! Eis que esplendente,
Surge Maria, a quem Gabriel conduz.

Astros se apagam diante da mais bela…
E todo o Céu saúda alegremente,
A que trouxe em seu seio a própria Luz.

1969

(Entre o céu e a Terra – 1972 – Corina de Holanda – pág. 33).

Momento Cultural: Maio – por Corina de Holanda

Corina de Holanda

Maio chegou. E toda a Natureza

Feliz, se enfeita para recebê-lo.

Faz gosto ver, com que capricho e zelo

Procura dar as flores mais realeza.

E elas, muito se alegram, na certeza

Do seu destino neste mês tão belo:

Vão adornar da cândida Princesa

O trono, ou vão servi-lhe de escabelo.

O canto que em voz alta a terra entoa,

Não se houve nela só, nos céus ecoa,

Indo unir-se aos acordes de alegria.

Que os Anjos, como sempre, hoje irmanados,

Tangem nas suas harpas, sublimados,

Sincronizando as glórias de Maria.

Maio de 1970
(Entre o céu e a Terra – 1972 – Corina de Holanda – pág. 28).

Momento Cultural: Caveira – por Henrique de Holanda

Henrique-de-Holanda-Cavalcanti-3

Da nudez em que vive na demência,
traduzes bem o desmoronamento.
lar que serviu de abrigo à inteligência
e onde hoje reside o esquecimento.

Outrora tu vivias na opulência:
carne, vaidade, amor, deslumbramento,
beijo, pecado, embriaguez, ardência,
e hoje, de tudo isso, o isolamento.

No mundo, tu viveste mascarada.
Hoje, porém, com a face descarnada,
Tens do teu rosto a máscara caída…

Retrato original da humanidade:
Ressaca para toda a eternidade
depois da grande dança desta vida!…

(Muitas rosas sobre o chão – Henrique de Holanda – pág. 12).

Momento Cultural: FORÇA ESTRANHA – por Adjane Costa Dutra

Adjane Costa Dutra (2)

Imagino nas imagens espelhadas no tempo e no vento,

forças estranhas a percorrerem o espaço…

Do ar que eu respiro,

Do mar por onde piso…

Imagino imagens soltas e desconexas ao vento.

Imagino as pessoas, do que possam imaginar:

Dos instantes da vida.

Imagino os pensamentos soltos a evolarem como imagens;

simples imagens.

Imagino forças estranhas…

Estranho nas estranhezas e sutilezas dos amores falsos,

dos falsos amigos.

Imagino nas teias de uma rede feita por aranhas.

Imagino a melodia que estou a ouvir.

Imagino todos os meus sonhos soltos, dispersos como simples

castelos de areias.

Imagino o que eu escrevo e a fonte de inspiração que jaz numa

lápide fria dos meus sonhos.

Morreram sepultadamente:

sentimentos, esperanças, amores, dores,

e até a força estranha do que não imagino.

(TAPETE CÓSMICO – ADJANE COSTA DUTRA – pág. 47).

Momento Cultural: O PODER DA PALAVRA – por MELCHISEDEC

Melchisedec
A palavra no estado pleno de sinceridade e pureza atua com uma força vibratória capaz de mudar o comportamento do homem diante das Leis Cósmicas, removendo toda e qualquer dificuldade, operando uma verdadeira transformação no pensamento humano.

É de bom grado evitar-se pronunciar palavras desagradáveis e ofensivas, mesmo quando se é obrigado afirmar fatos verídicos, visto que, as afirmações devem ser sinceras, sem disfarce, sem sofisma, falando francamente a verdade, procurando não ofender as pessoas. Deve-se proceder de maneira positiva e franca, para que se processe a ajuda da Onipresente Força Cósmica Vibratória desfazendo qualquer dúvida.

Com a Onipresente Força Cósmica Vibratória sobre a terra, a semente da palavra bem pronunciada e repleta de afirmações corretas terá o poder de destruir toda mentira, toda calúnia e todo mal, porque a Verdade prevalecerá sempre como luz diáfana que ninguém poderá ofuscá-la.

É o poder superior da palavra que mudará o mundo.

(VERDADES FUNDAMENTAIS – MELCHISEDEC – pág. 79).