EU E MEU MENINO NO TEMPO DELE MENINO

Filhos são relógios, por onde contamos o tempo.
Quanto mais jovens, mais envelhecemos.

O menino: – Pai, estou com medo.
Eu: – Começaste a sentir a dor da alma.
O menino: – O que é alma?
Eu: Para ter alma, não precisa explicação.

O menino: – Pai, eu penso que quando o senhor era menino, o mundo era preto e branco.
Eu: – Cometeste o teu primeiro poema.

O menino: – Pai, eu estava com saudade.
Eu: – Saudade é um sentimento que não morre quando se mata. É a gente matando saudade e morrendo de saudade.

O menino: – Pai, uma menina me beijou.
Eu: – Cuidado, meu filho, eu ainda não estou na idade de ser avô.

Sosígenes Bittencourt

O NATAL PERTENCE A TODOS

Manhã, cedinho, mulher aporta na minha porta:

– Moço, me dê um trocadinho para ajudar uma criança que nasceu e não tem nadinha…

Na realidade, toda criança nasce sem nadinha. Maneirinha, pouco cabelo, sem dente, o cérebro vazio. Contudo, toda criança nasce de alguém que tem tudinho para fabricar uma criança, inclusive um cérebro cheio de vontade, cheio de apetite.

Vou lá dentro, pego um trocado e lhe dou. Prefiro considerar que todo mundo é honesto até que prove o contrário, do que imaginar que todo mundo é desonesto até que prove o contrário.

Imaginar que todos que batem na porta são salafrários e mentirosos, ou querem nos matar, pode ser um tipo de esquizofrenia, delírio persecutório. Até já cheguei a pensar que, no Natal, era preciso um certo cuidado, pois Jesus estava na lapinha, e a rua cheia de Judas Iscariotes.

Olhei para aquela mulher e ainda me sobrou inspiração para desejar-lhe um Feliz Natal. Afinal, o Natal pertence a todos; a felicidade é que depende de cada um de nós.

Sosígenes Bittencourt

Rosto de japonesa

Esta é uma foto postada num site erótico japonês. Longe de ser uma imagem pornográfica, sugere o mais inebriante erotismo. De tão sugestiva, serviria até para enfeitar uma mensagem natalina, pela expressão angelical da menina. Nela, cabem todos os pensamentos. O erotismo difere da pornografia porque permite pensar. A pornografia é a degradação do nu, o erotismo é a sugestão do prazer. Um verdadeiro espetáculo!

Erótico abraço!

Sosígenes Bittencourt

O CARNICEIRO DA BAIXADA FLUMINENSE

“Matar para se acalmar” é o resumo da confissão do truculento carniceiro da Baixada Fluminense.

Saílson José das Graças, de 26 anos, é um cidadão nervoso, cujo medicamento é matar. Não consegue ser feliz sem matar, entra em pânico, ficava deprimido, capaz de morrer, se não matar.

O último remédio para o seu desespero, foi uma senhora de 64 anos, chamada Fátima Miranda, abatida a golpes de faca, em Nova Iguaçu, o que o deixou tranquilo e contente.

Nem o Conde Drácula matava para se distrair, posto que chupava sangue para manter-se vivo, preservar o frescor da juventude. O Vampiro de Bram Stoker, de 1897, fincava seus caninos na jugular ou na carótida de suas vítimas com um certo romantismo, uma certa elegância.

Achando-se meio louco e, às vezes, considerando-se bom do juízo,Saílson não vai a médico nem toma ansiolítico, porque não resolve. Tipo assim: ou mata, ou morre de tristeza.

Saílson não sabe desde quando sofre desta miséria d’alma, mas começou a se distrair, esganando a maioria de suas vítimas, aos 17 anos de idade. Diz que ficou traumatizado, aos 11 anos, com a morte do seu pai, eletrocutado na empresa onde trabalhava. Quer dizer,Saílson José das Graças chega à chocante conclusão de que matou 43 pessoas, porque seu pai morreu de um choque. Quanta desgraça!

Perguntado se tinha previsão de se recuperar, o bárbaro refletiu e advertiu: “Acho que é um vício. Quando for solto, voltarei a matar.”

Aproveitando o ensejo, bem que se poderia experimentar a Prisão Perpétua em cima da autocondenação deste condenado.

Saílson é bom de memória e só fala a verdade, confessando haver matado 38 mulheres, 4 homens e 1 criança, contabilizando 43infelizes, não adiantando querer lhe imputar mais do que isto.

Ultimamente, Saílson também assassinava, engolindo corda de dona Cleusa Balbina e seu José Messias, que apontavam os sentenciados e o contratavam, oferecendo-lhe, em troca, casa e comida.

Apesar do prazer quase orgástico em apertar pescoço de mulher,Saílson confessa não ter estuprado suas vítimas, revelando, com sinceridade, um certo fastio sexual.

Impõe-se, porém, uma indagação: a quantas anda a Segurança Pública de nossa nação? Saílson não é um “serial killer” tão rocambolesco, tão fantasmagórico, que não pudesse ser visto, ao longo de 9 anos, tripudiando sobre suas vítimas, encarapitado numa bicicleta, pelas vielas da Baixada Fluminense.

Assombroso abraço.

Sosígenes Bittencourt

GRATIDÃO E REMORSO

Muitas vezes, é preciso perder os pais, para refletir sobre sentimentos.

O sentimento predominante, na perda dos pais, não é de GRATIDÃO, e, sim, de REMORSO, não é a gratidão pelo que nos fizeram, mas o remorso pelo que deixamos de fazer.

Filhos devem frutificar sob a redoma protetora do amor, embora não sejam gerados para amar seus pais. O amor filial independe, pois há filhos desprezados e maltratados que nunca desrespeitaram seus pais. Agora, o luto é mediador na relação familiar, é mais eloquente do que as festas, porque desperta reflexões profundas, advindas de sentimentos profundos. Pode dobrar a cerviz do ingrato, despertar-lhe, tardiamente, a misericórdia. É preciso crer na advertência, em Êxodo 20:12, “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias, na terra, que o SENHOR, teu Deus, te dá.”

Sosígenes Bittencourt

EU NÃO CONSIGO RESPIRAR

Com 300 milhões de habitantes, os norte-americanos contabilizam 15 mil assassinatos por ano. No Brasil, 200 milhões de habitantes produzem mais de 50 mil vítimas no mesmo período, sem contar com o número de desaparecidos que “supostamente” engordam essa estatística.

Nos Estados Unidos, o brado de revolta pelo assassinato cruel do afro-americano Eric Garner gerou uma onda de protestos, cuja bandeira é o grito de socorro do asfixiado nos estertores da morte: Eu não consigo respirar.

No Brasil, o medo corta a respiração dos cidadãos, sem policial, sem mão no pescoço, sem complicação cardiorrespiratória. Não seria demais concluir que nossa atmosfera, do ponto de vista criminal, é covarde e irrespirável. Covarde pela inação, e irrespirável pelo temor da morte.

Sosígenes Bittencourt   

O coração que ri

O sofrimento é um prolongamento da dor, ele sobrevive à dor. Sofrimento é deixar de agradecer pelo amor recebido e resmungar pelo amor que deixou de receber.

Pessoas que amam a vida são pessoas que agradecem e, por isso, são pessoas calmas. A calma promove harmonia, porque a calma organiza a vida. E um dos benefícios dessa postura diante da vida é fundar no convívio a esperança.

O coração que ri não dá asas ao sofrimento porque palpita deesperança.

Sosígenes Bittencourt

MAMÃE, EU QUERO SER NEGRA

Mamãe, eu quero ser negra

No vídeo, uma menina chora, dizendo para sua mãe que quer ser negra, porque acha uma negra linda.

Talvez, o exemplo servisse para embasar a teoria do líder rebelde e ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela (1918-2013): Ninguém nasce odiando uma pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.

No mundo da menina, uma negra é uma coisa linda. Duvidamos que permitam que ela conserve essa percepção de beleza. Mas, enquanto for criança, irá revelar o que sente. Criança não precisa de conceito desinceridade para ser sincera. Quer um exemplo? Queres saber o que pensa teu vizinho, olha para a fisionomia das crianças. E a criança poderá ser teu filho, ou o filho dele próprio. Se o teu filho descobrir que estás mentindo, o efeito poderá ser maior do que todo os os anos do Ensino Fundamental na vida dele. Compreende?

Sosígenes Bittencourt

DICAS VESTIBULARES

Os estudantes do Vestibular estão carecas de saber que não se passa em Vestibular sem saber.

O estudante que não souber, por exemplo, que “dicas” é palavra dissílaba, paroxítona, não estará afiado para a prova de Língua Portuguesa.

Os nutricionistas avisam que os feras não devem comer como um bicho. Também não devem jejuar como um faquir, porque o cérebro precisa de glicose. No entanto, se estiver acostumado a ingerir uma buchada no breakfast, não deve trocá-la por uma jaca para evitar indisposição.

Se aparecer um verso de Carlos Drummond de Andrade, não deve pensar que seja “uma pedra no meio do caminho”.

Nada de pressa. Depressa, não irão a nada. Só deve marcar o gabarito quando estiver gabaritado para isto.

Esqueça coisas pós-vestibulares como “habeas corpus” e “bioengenharia genética”, pois isso será visto depois.

Boa sorte e aquele abraço!

Sosígenes Bittencourt

Gostaríamos de falar de amor

O amor sempre na berlinda. E como ninguém ousa discordar, quem fica famosa é Laura Kipnis, que põe em xeque-mate essa história de que o amor é um sentimento maravilhoso, que dá felicidade e ninguém pode passar sem tamanha dádiva. Todos ficam embasbacados com seus argumentos, mas ao mesmo tempo claudicantes na altercação, porque as reflexões da professora e escritora norte-americana têm a limpidez de um cristal. Laura, inclusive, é corajosa quando denuncia que alguém tira proveito da negociação do amor. Acusa os vendilhões do amor de reduzirem-no a mercadoria barata. E, conseqüentemente, nos acusa de, infantilmente, comprá-la sem observar-lhe a posologia e as contra-indicações, sem debruçar-se sobre sua bula. Sim, gostaríamos de falar sobre o amor, mas o que mais nos chama a atenção é exatamente o ódio. O amor parece uma coisa intocável e resolvida, ou seja, o grande sentimento, o mais importante, o caminho para a felicidade, a própria felicidade. Mas o ódio não, todos pregam o seu exorcismo, todos querem aboli-lo de suas vidas na mais variada gama de manifestações. Atribuem a Érico Veríssimo haver dito que “o contrário do amor não é o ódio, mas a indiferença”. Então, na busca de uma explicação para tanto ódio, quando o lema é amar, esbarramos no entrelaçamento das emoções. Gostaríamos de falar de amor, mas impossível abordá-lo sem pensar no ódio, o lado do amor que nos incomoda tanto. Talvez, Laura tenha razão quando nos acusa de buscar no outro a satisfação de todos os nossos desejos, todos os caprichos e, ao defrontarmos com a óbvia limitação do objeto amado, esperneamos de insatisfação, passando ao sentimento limítrofe do amor, que é exatamente o ódio. Sim, como gostaríamos de falar de amor, em meio a tanto sofrimento, no sentido que sonhamos, como bálsamo para a dor, passaporte para a salvação, sinônimo de felicidade.

Sosígenes Bittencourt

Mistérios de Bordéu

De coisas bizarras que já vi, as experimentadas pelo repórter da Record, em Bordéu, foram campeãs. E olha que eu já vi índio comer formiga viva e papa de carne de macaco.

Bordéu é uma ilha asiática que fica dividida entre a Indonésia e a Malásia. Coincidentemente, ao chegar em Bordéu, o chefe da tribo havia falecido. Segue-se, portanto, um período de festividades pelo seu falecimento. O defunto fica sendo velado, enquanto apodrece, e é proibido filmar o seusepultamento. Ninguém pode vê-los chorando nessa hora.
Se você não acredita, o repórter bebeu água de embrião de bicho e vinho de arroz no fundo de umcrânio humano. Na água de embrião havia até um morcego mergulhado. O odor era insuportável, tendo o visitante que bebê-la, com os dedos em forma de pegador no nariz.

O que de melhor havia na ilha eram os Orangotangos. Dóceis e familiares, o repórter revelou que os animais mantêm uma relação sexual por ano. Tendo 12 vezes mais força do que o homem, vivem em média 35 anos, chegando a pesar 140 quilos. Millôr Fernandes disse que “Quando Deus criou o homem, os animais não caíram na gargalhada por questão de respeito.
Misterioso abraço!

Sosígenes Bittencourt

CUIDADO COM JANEIRO

Obviamente que eu não diria “cuidado com o Natal”, porque o nascimento de Jesus não tem nada a ver com isso. Porém, diria que é preciso segurar a emoção com o lado consumista da festividade, para em janeiro não estar com a mão na cabeça, por causa da farra financeira. Segundo alguns discursos evangélicos ou pastorais, Jesus é razão.

Não há riqueza maior no ser humano, força mais criativa do que a emoção, mas é preciso administrar seus excessos com a intermediação da razão. Napoleon Hill já o disse: “O entusiasmo é a maior força da alma.” Contudo, ‘entusiasmo’ deriva de “em + Teos”, ou seja, com Deus na alma, em estado de graça. Não adianta você cobrir-se do supérfluo, para depois carecer do essencial.

“Cuidado com Janeiro” significa “cuidado com as dívidas”. Outro dia, vi um economista dizendo que ninguém trabalha para pagar contas, trabalha para se manter. Quem recebe para pagar, não recebe, transfere. Ademais, é preciso confeccionar um colchão de segurança, para nas vacas magras ter como se socorrer. Não vá com tanta sede ao panetone, lembre-se do pão nosso de cada dia.

Prudente abraço!

Sosígenes Bittencourt

TABAGISMO E MEDO DE FALTA DE AR

O cigarro é um ansiolítico e, como tal, acalma e inspira. Tudo que retira você de uma ansiedade, instala uma paz, um sossego inspirador. Eu fui fumante e conheço esses efeitos e artimanhas do tabaco, cujo bem-estar que promove estipula cobrança onerosíssima. Sobretudo quando, ele próprio, produz ansiedade, num covarde efeito cíclico.

Contudo, deixei a “Chupeta do Satanás” para não morrer de falta de ar. Provavelmente, um médico me convenceu, quando o procurei para me socorrer de uma dispneia.

Morrer é melhor do que falta de ar. Morrer é uma vez, falta de ar é morrendo, é o gerúndio da morte. É como se você morresse várias vezes.

Um dia, um aluno me perguntou: – Professor, o senhor tem medo da morte?

Ao que respondi: – Não, meu filho, tenho medo de falta de ar.

Sosígenes Bittencourt

A televisão na minha visão

A televisão é uma concessão de serviço público. No Brasil, não cumpre sua finalidade primordialmente educativa, que é obrigação, busca apenas o lucro. Qualquer fiscalização no intuito de coibir baixaria é logo tachada de “CENSURA”. O Estado se omite, e a mídia fica totalmente ao bel-prazer de empresas privadas. O escritor norte-americano Roger Shattuck (1923-2005) resumiu o descaso: Evitar que a pornografia chegue às crianças pela TV não é limitar a liberdade de expressão, é cuidar da saúde pública e da educação.

A televisão sexualiza a adolescência e escandaliza com a consequência. A meninada se cria assistindo a beijos de desentupir pia, vendo gente se escanchando ao meio-dia, quando faz neném, a própria televisão deita sensacionalismo em cima. Quer dizer, ganha dos dois lados. Tanto na teleaudiência da influência quanto na teleaudiência da consequência. Manchete: Menino de 13 anos engravida menina de 12 anos que dá à luz bebê de 7 meses.

Depois da Internet, a Televisão virou um radinho de pilha para mim. Sobretudo porque a Internet disponibiliza todo acervo cultural da humanidade para todo mortal. E eu não sou nenhum abestalhado para gastar todo o meu tempo ocupado com fuleiragem. Se você resolver endoidar, a internet o ajudará, mas se você quiser virar santo, ou sábio, a internet também o ajudará. Na Internet está o Bem e o Mal, só depende de sua formação educacional.

Sosígenes Bittencourt

REMÉDIO E VENENO

Há quem beba só no final de semana e pense que não é alcoólico. Ele começa no Sábado e entra em casa no Domingo à noite, carregado numa maca.

Contudo, vale salientar, a embriaguez não é culpa do vinho, é culpa dohomem. Droga é fármaco. O álcool é um deles. A diferença entre o remédio e o veneno está na dosagem. O dependente exagera na dosagem e paga um tributo oneroso pelo exagero, arcando com os efeitos.

O filósofo Sêneca dizia: Procura a satisfação de ver morrerem os teus vícios antes de ti.

E o poeta romano Horácio advertia: É prejudicial o prazer, comparado ao preço da dor.

Sosígenes Bittencourt

FRAGMENTOS (TÚNEL DO TEMPO)

tunel-do-tempo

(Há 26 anos)
*Deus deu ao homem a água, e o homem deu ao homem a conta d’água.
*No Dia de Finados, choramos por nossos mortos e por nós mesmos um dia.
*Na orla marítima, em tempo de fio-dental, o binóculo procurava um biquíni.
*O que mais aconselharia à polícia era não botar a mão no preso com o ódio do contracheque.
*Agiota até no amor, só dá um beijo por dois.
*Só nas Provas de Recuperação é que se conhece o pai do aluno irrecuperável.
(Novembro – 1987)

(Há 25 anos)
*120 dias de licença-maternidade são mais do que o suficiente para a mulher retornar grávida ao trabalho.
*O preço do tira-gosto tira o gosto de beber.
*No dia das eleições, é proibido vender bebida alcoólica e fugir da cachaça de votar.
*Urge que se crie o Pronto Socorro do tempo, para socorrer as vítimas do Horário de Verão.
*Mais um avião cai na Cordilheira dos Andes. Impõe-se um conselho: não andes pela Cordilheira.
(Novembro – 1988)

Sosígenes Bittencourt

ENVELHECER

envelhecerCerta vez, eu perguntei a uma senhora de idade:

– Quantos anos a senhora tem?

E ela: – Meu filho, faz tanto tempo que eu nasci que já nem sei mais.

Em seguida, perguntei-lhe: – Como é o seu nome?
E ela: – Olhe, já me chamaram de tanto nome que eu já nem sei mais.

Contudo, seu ânimo parecia preservado, talvez porque sua idade e o seu nome não a incomodavam. Preocupar-se com a idade e com a morte também envelhece.
Se eu não soubesse o ano em que nasci, eu me daria menos idade.

Sosígenes Bittencourt