Burle Marx, o poeta dos jardins – por Marcus Prado.

Vida Passada… – Ciridião Durval – por Célio Meira.

Nasceu, Ciridião Durval, a 3 de março de 1860, na risonha Tatuamunha, povoação alagoana. Dois municípios escreveram, com orgulho na lista de seus filhos ilustres, o nome de Ciridião, figura preeminente, na família dos pensadores brasileiros. Os homens de Porto Calvo, porque Tatuamunha está encravada nas terras de Porto de Pedras, apontam, à geração de hoje, o sr. Fernandes Lima, pela simples e poderosa razão de pertencer aquela povoação, em 1860, ao municípios de Camaragibe, incluem o Ciridião entre aquelas figuras admiráveis, que honraram, e honram ainda, a terra onde se verificou o “passo” histórico, na rebeldia nativista.

Porto-calvense ou camaragibano, o certo é que Ciridião Durval foi, na sua vida vertiginosa e fulgurante, em Pernambuco, nas Alagoas e na Baia, um desses raros homens de inteligência e de sensibilidade, que tiveram , no julgamento de Fernandes Lima, “rutilações de gênio”.

Acadêmico de direito, na Faculdade do Recife, redigiu, Ciridião, na companhia brilhante de Figueiredo Junior, de Aníbal Falcão, de Francisco Cismontano  e de Gil Amorosa, a “Revista de Pernambuco”, colaborando no “Repórter”, ao lado de Neiva Figueirêdo, no “Jornal do Recife”, no “Diário de Pernambuco” e na “Província”. E na turma de Borges de Medeiros, que seria, mais tarde, um dos eminentes políticos brasileiros, de Carlos Porto Carreiro, poeta e professor, de Raul Pompéia, o maravilhoso escritor de “ O Ateneu”, de Candido Mendes de Almeida, Euclides Malta, Higino Cunha e de Faelante da Camara, recebeu Ciridião Durval, em 1885, aos 25 anos de idade, a carta de bacharel.

Iniciou a sua vida pública, na promotoria de justiça da comarca de Ilhéus, na província da Baia, onde enfrentou, airosaente, na tribuna do júri, conta o biógrafo do “Galeria Nacional”, o conselheiro Carneiro da Rocha, Afonso Celso Junior e Isaias de Melo, advogados de nota, por ocasião do célebre processo de Gentil Castro e seus irmãos. Deu provas provadas, Ciridião, nessa refrega memorável, de cultura jurídica e de grande eloquência. Era, na verdade, orador famoso.

Exerceu, depois, o juizado municipal, numa comarca sertaneja, na mesma província, sendo removido, no mesmo cargo, para a cidade de Salvador. Na capital baiana, subiu à cadeira de mestre de direito, alcançando vitórias.

Morreu Ciridião Durval, poeta lírico e jornalista, aos trinta e cinco anos de idade.

Pernambuco, Alagoas e Baia choraram sobre seu túmulo.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

 

Atividade física nos dia dedicado aos pais…..

No último domingo (10), dia em que  comemorou-se o dia dos pais, aconteceu, aqui em Vitória, a primeira edição da “Corrida dos Pais”. Com concentração, largada e chegada acontecendo no  Pátio da Matriz, o evento ocorreu  bem cedinho.

Numa manhã fria e nublada, por alguns instantes,  os céus nos corou com uma  bonita imagem. O arco-íris emoldurou o obelisco, que aprendemos a chamar de “Pirâmide da Matriz”.

Após os 6km de percurso, com muito suor e determinação, os atletas foram brindados com frutas tropicais, água e bolo. Todos receberam a medalha de participação e os que chegaram nas primeiras posições os respectivos troféus.

O atentado à OAB: 45 anos – por @historia_em_retalhos.

 

Rio de Janeiro, 13h:40min do dia 27 de agosto de 1980.

O país caminhava lentamente para a abertura do regime político, com a promulgação, um ano antes, da Lei da Anistia (1979).

Naquele 27 de agosto, o ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence estava no exercício da presidência da OAB nacional, visto que o titular Eduardo Seabra Fagundes estava viajando.

Pertence retornava do almoço quando percebeu uma movimentação estranha no prédio da entidade, no centro do Rio de Janeiro.

Um atentato acabara de acontecer.

Uma carta-bomba endereçada ao presidente Seabra Fagundes fora aberta por sua secretária Lyda Monteiro (foto), que teve o braço decepado, além de outras mutilações, vindo à morte.

No mesmo dia, outros dois atentados aconteceram no RJ: uma bomba explodiu na Câmara Municipal, ferindo gravemente José Ribamar, assessor do vereador Antonio de Carvalho, e mais quatro pessoas, e uma terceira bomba, de madrugada, foi detonada no jornal Tribuna da Luta Operária.

Quem estava por trás de tais atos?

Em 2015, a Comissão Estadual da Verdade do RJ conseguiu ter acesso a uma testemunha ocular que trabalhava na OAB.

Com base em seu depoimento, a comissão identificou a participação do sargento Magno Cantarino, codinome Guarany, que entregou a bomba pessoalmente na sede da OAB.

Além dele, o sargento Guilherme Pereira, que confeccionou o artefato, e o coronel Freddie Perdigão, que coordenou a ação.

Restou constatado que os agentes militares que participaram da ação contra a OAB foram os mesmos envolvidos no fracassado atentado a bomba do Riocentro.

Em verdade, tais ações eram praticadas por grupos extremistas dentro do próprio governo militar, insatisfeitos com o início da abertura política.

Dona Lyda tinha 59 anos, 44 deles dedicados à OAB.

Cerca de 6 mil pessoas acompanharam o seu enterro, em 8km de caminhada, até o cemitério em Botafogo.

A inocente dona Lyda, que não era o alvo da carta-bomba, transformou-se em um mártir e a sua morte virou um símbolo da resistência à ditadura.

O dia de sua morte tornou-se o Dia Nacional de Luto dos Advogados.

Este fato é considerado um marco na história da OAB.
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CAV – um bom debate sobre as manifestações populares e a saúde mental.

Convidado por um grupo de estudantes  do CAV – Centro Acadêmico de Vitória -, participei, na noite de ontem (07),  de uma apresentação – seminário – sobre saúde, festejos populares e religiosidade,  na turma do 3º ano do curso de Saúde Coletiva.

Em debate, a saúde mental produzida pela memória afetiva, vinculada às manifestações populares locais.  Na qualidade de historiador e pesquisador da história antonense, no contexto,  fiquei livre para sublinhar os acontecimentos marcantes da nossa Vitória de Santo Antão.

Enriqueceu o debate, também na qualidade de convidada, a artista e produtora cultural Hérika Araújo. A mesma jogou um olhar sobre os impactos positivos das artes na vida das pessoas.

Ao final do encontro acadêmico, os professores elogiaram a condução do grupo que propôs a atividade, reconhecendo que o conteúdo foi muito proveitoso e que deveria ser mais explorado em sala de aula, no sentido da ampliação do conhecimento da história local.

Eduardo Campos – por @historia_em_retalho.

Eduardo Campos ocupa a bancada do Jornal Nacional naquela que seria a última entrevista de sua vida.

Diante das câmeras, para milhões de brasileiros, o então candidato à presidência da República mostrou-se firme e sereno, nacionalizando a frase que se tornaria uma marca de sua campanha:

“Não vamos desistir do Brasil”.

À época, comentou-se que Eduardo foi muito cumprimentado no estúdios da Rede Globo, passando muito bem no primeiro teste da campanha.

Saiu dali feliz, pensando nos compromissos do dia seguinte.

Todavia, não houve dia seguinte.

Campos morreu em acidente aéreo na cidade de Santos (SP).

O piloto da aeronave perdeu o controle e colidiu com o solo.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) constatou que a queda ocorreu por diversos fatores, entre eles, falha humana, condições inapropriadas para a operação no aeródromo e desorientação visual.

O episódio trágico mudou o curso das eleições daquele ano e gerou consequências políticas que perduram até hoje.

O jovem e talentoso político perdia a vida no auge de sua carreira, ainda em plena ascensão, aos 49 anos.

Após a sua morte, William Bonner relatara como fora o encontro com o então candidato:

“Comentei que as perguntas que fazemos sempre são as necessárias, que não surpreenderiam os assessores dele.

Eduardo Campos retrucou, sorrindo:

“O problema é quando surpreendem o candidato.”

E todos riram quando Marina completou:

“O media training dele foi com o Miguel”, dando a entender que o candidato tinha dedicado grande parte do tempo ao filho caçula, de 7 meses.

Assim que terminou nosso encontro, pude cumprimentá-lo pelo desempenho.

Brinquei, dizendo que as horas que havia passado com Miguel lhe tinham sido úteis como preparação para o nosso encontro.

O candidato sorriu.

E, com voz firme, virando-se para Patrícia, despediu-se:

“Vejo vocês no segundo turno!” – lembrou Bonner.
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Vida Passada… – Pereira Pinto – por Célio Meira.

Quando o Brasil ainda era colônia nasceu José Pereira Pinto, na terra carioca. Filho de família rica, inteligente, e desejando seguir a carreira das armas, ingressou, aos 17 anos de idade, como aspirante, na marinha de Portugal, e dois anos mais tarde, no século XIX, brilhante, nos punhos da túnica de Pereira Pinto, os galões de guarda-marinha.

Em 1807, quando  D. João VI deixa o Tejo, para não desbaratar os exércitos de Junot, o jovem e esperançoso Pereira Pinto o acompanhou. Regressando ao Brasil, nessa hora aflita, e histórica, em que se solidarizada com Imperante luso, inclinado aos perigos do mar, traçou, esse ilustre carioca, no mapa do seu destino, as linhas da vitória.

Corajoso, e elegante nas atitudes, informa um biógrafo, bateu-se na Cisplatina, e nas lutas famosas da Independência do Brasil. Promove-o, D. Pedro I, pelo mérito e pela bravura, ao posto de capitão de fragata. Viveu, mais tarde, Pereira Pinto,  na cidade do Recife. Durante três anos, de 1825 a 28, conta o ilustrado historiador do Galeria Nacional, exerceu, na formosa terra de Frei Caneca e de Natividade Saldanha, o cargo de Intendente da Marinha. Na Baia, também, serviu, numa Intendência dessa natureza. Alcançou, em 1829, os galões de ouro de capitão de mar e guerra.

Vivendo para seus navios, amando-os como um “patesca”, não pertenceu à camarilha política, que agitou e convulsionou a vida brasileira, nesses nove anos que se seguiram à abdicação do 1º Imperador da terra brasileira. Mas, patriota, quando se extinguiu o pedido da Regência trina permanente, Pereira Pinto prestou serviço à Nação. Foi o 3º ministro da Marinha, no gabinete de 16 de janeiro de 1835. Ostentava, já, a esse tempo, na farda honrada, cruzes e comendas. Ligou seu nome à história da gloriosa marinha do Brasil, na paz e na guerra.

Morreu o eminente marinheiro, e homem público, no dia 2 de março de 1850, beirando os 70 anos de idade.

Recordemo-lo, no dia de hoje.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

Os esquecidos da cidade – por Marcus Prado.

380 anos da Batalha das Tabocas: corrida, história e memória!!!

No feriado municipal do dia 3 de agosto, que esse “caiu” no domingo, celebramos mais uma passagem da épica Batalha das Tabocas. No conjunto da Corrida das Tabocas, que como ponto de partida a Praça Padre Felix Barreto, literalmente, botei o  pé na estrada,  para seguir  o até o Sitio Histórico (cerca de 12km).

Por lá, aproveitei para grava mais um vídeo no nosso Projeto Cultural/Esportivo, que o intitulamos de “Corrida Com História”. Veja aqui:

https://youtube.com/shorts/NVLNg7_Na7A?si=B_RT5mDMkNnyuRt7

Carregado de simbolismo, o  nosso Monte Das Tabocas é um tesouro histórico ainda por ser explorado, no bom sentido da palavra, claro!

Foi a partir da Batalha das Tabocas, lá, ocorrida em 03 de agosto de 1645 – há exatos 380 anos – que demos inicio a chamada “Restauração Pernambucana”, movimento que culminou com a expulsão dos invasores holandês do nordeste do Brasil. Aliás, acontecimento importante do mundo ocidental.

Outro dia, em conversa informal com atual prefeito da Vitória, Paulo Roberto,  alertei-o sobre a necessidade da realização de um trabalho arqueológico no nosso patrimônio histórico (Monte das Tabocas). Precisamos avançar nessa matéria para ratifica-lo como espaço importante para o Mundo.

Portanto, Viva o nosso Monte das Tabocas!!!

2 de agosto de 1989 – por @historia_em_retalhos.

Há 36 anos, o Brasil chorava a morte de Luiz Gonzaga do Nascimento, o “Rei do Baião”, considerado o maior artista nordestino da história e eleito, pelo voto popular, o pernambucano do Século 20.

Gonzaga colocou o Nordeste no mapa do Brasil e do mundo, sendo um precursor, um divisor de águas, que abriu as portas para outras gerações de talentos nordestinos, amplamente influenciados por ele e que o tinham como principal referência artística.

Nasceu em Exu/PE, em 13 de dezembro de 1912, interessando-se, desde criança, pela sanfona de oito baixos do pai, a quem ajudava tocando zabumba.

Saiu de casa em 1930 para servir ao Exército, como voluntário, mas já era conhecido como sanfoneiro.

Em 1939, deu baixa e foi morar no Rio de Janeiro, onde estavam as grandes rádios da época, levando consigo a sua primeira sanfona nova. 🪗

Após ser descoberto por um grupo de cearenses, na região do Mangue, decidiu investir musicalmente nas suas origens, passando a tocar xote, xaxado e baião, o que teve grande aceitação.

A partir daí, a sua carreira decolou!

De 1946 a 1955, foi o artista que mais vendeu discos no Brasil, somando mais de 80 milhões de cópias vendidas.

Poucos sabem, mas uma proeza de Luiz Gonzaga foi a de ter sido o primeiro artista a realizar uma turnê pelo Brasil.

Antes dele, os cantores não saíam do eixo Rio-SP.

Gonzagão gostava mesmo era de viajar, de fazer shows e de tocar para plateias do Brasil inteiro!

Cantou a seca, a chuva, a fauna, a flora, a dor, o sofrimento, o amor, a alegria, o Nordeste, o Brasil.

Na última vez em que esteve em um palco, em 06.06.1989, no Teatro Guararapes (Recife), já com o auxílio de uma cadeira de rodas, com a voz trêmula, disse:

“Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito o seu povo, o sertão, que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor…”.

Você conseguiu, majestade.

36 anos de saudades.

Luiz, pra sempre rei!
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Medalha da Meia Maratona da Vitória – Corrida, História e Memória!

A medalha pós-prova representa a conquista pessoal do corredor. Ela simboliza o esforço, a superação de limites, o cumprimento de um objetivo e serve como lembrança emocional de uma experiência marcante. Também reforça o sentimento de pertencimento à comunidade esportiva e marca a evolução do atleta.

Na 1ª edição da Meia Maratona da Vitória, a medalha  também marca, particularmente, a passagem dos 380 anos da épica Batalha das Tabocas. Corrida, História e Memória! Vamos Correr…..?

 

A ARGO irá “vestir” a Primeira Meia Maratona da Vitória.

Executando o planejamento traçado para efetivar a Primeira Meia Maratona da Vitória, prova de corrida de rua que irá contar com dois percursos desafiadores (21k e 10), que acontecerá no domingo, 21 de setembro, recentemente, fechamos mais uma parceria com a empesa ARGO CAMISARIA, localizada na cidade de Olinda.

Especializada em material esportivo, a  marca ARGO “veste” os melhores e maiores eventos de corrida de rua de Pernambuco. Atleta e empresário, o amigo Hélio Chagas é desses parceiros comprometidos com os resultados.

Assim sendo, mais uma vez, a ARGO terá sua marca estampada em nossos eventos de corrida de rua.

🏅 1ª Meia Maratona da Vitória – 21 por Tabocas
📍 21K e 10K

📅 Data: 21/09/2025
📍 Local: Antiga Estação Ferroviária / Praça Leão Coroado – Vitória de Santo Antão
🕓 Concentração: 4h
🏁 Largada: 5h

🏆 Premiações – Meia Maratona (21km):
🔹 Masculino e Feminino – 1º ao 5º lugar
🔹 Geral e Local
🔹 Faixas etárias:
* 40 a 49 anos
* 50 a 59 anos
* 60+

🏃‍♂️ Corrida 10km:
🔹 Masculino e Feminino – 1º ao 5º lugar
🔹Geral e Local

❗ Obs: Não haverá premiação em dinheiro 💰

📝 Inscrições:
🌐 Online: https://www.uptempo.com.br/event-details/1-meia-maratona-da-vitoria-21-por-tabocas-vitoria-de-santo-antao-pe
📲 Grupos: (81) 9 9198-0437
🏪 Presencial: Loja Monster Suplementos – Vitória

💸 Valores 2º lote:
🔸 21K e 10K: R$ 115,00
🔸 Kit sem camisa: R$ 105,00
🔹 Descontos especiais para grupos: (81) 9 9198-0437

Hosana de Siqueira e Silva – por @historia_em_retalhos.

Este é Hosana de Siqueira e Silva, um sacerdote católico que entrou para a história em razão de um crime terrível.

Hosana entrou no Seminário de Olinda no ano de 1926.

Apresentando comportamentos bipolares, foi afastado do seminário, por ausência de vocação para a vida religiosa.

Transferiu-se, então, para São Leopoldo/RS, onde conseguiu ordenar-se em 1936.

De volta a Pernambuco, foi para a diocese de Pesqueira, onde, em constantes divergências com políticos locais, foi preso por ordem do interventor estadual Agamenon Magalhães.

Hosana era um padre estranho.

Envolvia-se em brigas com frequência e, pasmem, andava armado, com um revólver na cintura.

Em 1944, assumiu a paróquia de Quipapá e, ali, naquela freguesia, protagonizaria um crime até então inédito na América Latina.

Ocorreu o seguinte: o bispo de Garanhuns, Dom Francisco Expedito Lopes, interpelou-o por várias atitudes não condizentes com a sua função sacerdotal.

Ele era acusado de cobrar preços exorbitantes para ministrar sacramentos, além de não cuidar devidamente da paróquia.

Porém, a acusação mais grave apontava para um envolvimento amoroso com a prima, Maria José Martins, que trabalhava na casa paroquial.

O bispo, então, ordenou que o padre não a mantivesse na mesma residência.

Hosana fez pouco caso da determinação, sendo suspenso de sua ordem sacerdotal pelo bispo.

Mesmo suspenso, com a sua desobediência contumaz, continuou atuando como padre, informando a sua decisão a outros sacerdotes locais.

Pois bem.

No dia 2 de julho de 1957, há 68 anos, Hosana foi até o Palácio Epsicopal de Garanhuns  e, ainda na porta, desferiu três tiros de revólver no bispo Dom Francisco, matando-o no local.
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Este crime teve repercussão internacional.
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Submetido a três julgamentos, o padre não apresentava nenhum tipo de remorso, mostrando-se arrogante, soberbo e sorrindo constantemente.
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Dizia-se injustiçado, em uma “via crucis”, mas que tal tormento o levaria ao “caminho da glória”.
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Ao final, foi condenado a 19 anos de prisão.
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Cumprida parcialmente a pena, retornou para a sua cidade natal, Correntes/PE, onde construiu uma capela e continuou rezando missas, mesmo excomungado.
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Ali, foi morto, vítima de vários golpes na cabeça, em 7 de novembro de 1997.
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A sua morte jamais foi elucidada.
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Este é considerado o primeiro caso na América Latina de um assassinato de um bispo por um padre (alguns dizem de toda a história da Igreja Católica).
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Três observações importantes:
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– Dois psiquiatras, Gaudino Loreto e Rui do Rêgo Barros, examinaram Hosana minunciosamente e concluíram que o religioso tinha “uma personalidade doentia”, impossibilitado de controlar seus impulsos, um verdadeiro psicopata.
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– Maria José Martins, a pessoa com quem Hosana convivia, confirmou duas gestações resultantes de relações sexuais com o padre, tendo praticado o aborto uma vez, por ordem dele, e fugido na segunda, dando à luz uma criança.
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– Anos depois, foi aberto no Vaticano o processo de canonização de Dom Francisco Expedito Lopes, sob a égide do martírio.
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Vida Passada… – Marciano da Rocha – por Célio Meira.

A vila de Sirinhaém, que nasceu nos primeiros anos do século XVII, sob a proteção de São Roque, o amigo dos cães, crescendo e progredindo, mais tarde, sob as graças divinas de Nossa Senhora da Conceição, foi o berço, em 1842, de Marciano Gonsalves da Rocha. Viu, esse pernambucano, a luz do dia, na casa grande do engenho S. Braz, que, há quarenta anos, mais ou menos, pertencia ao coronel Manuel Bernardo das Virgens. Acadêmico de direito, na Faculdade do Recife, publicou, Marciano, o Cantos da Alvorada, livro de versos, e no ano seguinte, aos 28 anos de idade, fazendo parte da turma de Joaquim Nabuco. José Mariano, José Vicente Meira de Vasconcelos e de Ulisses Viana, recebeu a láurea de bacharel.

Seis anos depois de formado aceitou, Marciano, no governo do presidente João Pedro Carvalho de Morais, modesto cargo de escriturário da Tesouraria da província natal, e andava, pacatamente, enfileirando algarismo, quando lhe foi oferecida, pelo governo de Santa Catarina, a nomeação de juiz municipal de Itajaí. Homem do litoral, mas não querendo viver perto do mar, recusou a comarca santa-catarinense, debruçada na orla do Atlântico, preferindo a zona quase central, do Estado, de São Paulo, onde foi lavrar sentenças, no juizado de Itatiba. Retirando-se, em 1878, da magistratura paulista, escreveu o Naia, poema dramático, e foi viver na Corte.

Ilustrado e honesto, obteve, do governo, escreve Sebastião Galvão, p alto posto de promotor de resíduos e capelas. Serviu, sempre, com alegria, à coroa e à justiça. E, também, às musas. Ao lado da pena do jurista, nunca se imortalizou a pena do poeta. Exercendo essas promotorias, publicou, antes dos 40 anos, o Dulcina e Oscar, poema de amor e de ternura. Fiel a Casa de Bragança, escreveu sonetos satíricos, em 89, reunindo-os no Facetas. Imaginamos, pelo título do livro, pelo gênero dos versos e pela época da publicação, as perfídias dessas rimas. Gostaríamos de ler esses sonetos monárquicos. Proclamada a República, o governo provisório, informa um biógrafo, demitiu o promotor de resíduos e capelas.

Marciano da Rocha continuou a amar a pátria, mas não cortejou os vitoriosos  da nova era política. Passou a viver, tranquilo, na corte da Poesia, até que a morte, “ a funérea Beatriz da mão gelada”, de Antero de Quental, veio busca-lo, no dia 1º de março de 1916, para uma outra vida, luminosa e eterna.

Morreu, Marciano, aos 74 anos de idade, no Rio de Janeiro, e está sepultado no cemitério São João Batista.

Amai, filhos de Sirinhaém, o poeta do Facetas e do Cantos da Alvorada.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

2º Edição da Mega Corrida – Igreja Batista Memorial

Na manhã do domingo (27), no bairro do Cajá, aconteceu a 2º edição da Mega Corrida, promovida por membros da Igreja Batista Memorial. A concentração, largada e chegada da corrida, aconteceu nas proximidades do templo religioso, localizado na Rua Doutor José Rufino Bezerra, também conhecida como “Principal do Cajá”.

Com percurso de 6km para o público geral, a organização do evento também abriu espaço crianças, ao promover uma corrida para criançada. Após o aquecimento, os atletas seguram até o bairro Maués num percurso “bate-volta”.

10 novas UTIs na APAMI – inauguração em breve!

Em constante processo de melhoramento, no que se refere aos serviços prestados, equipamentos hospitalares  e estrutura  física, podemos dizer que, hoje, a APAMI  celebrou de mais um gol de placa.

Referência em atendimento médico assistencial em nossa cidade e na região,  desde a metade do século passado (XX), a APAMI investiu na construção de 10  novas UTIs.

Com as obras  concluídas e já com os devidos equipamentos prontos para serem acionados, na manhã de hoje, sexta-feira, 25 de julho, a instituição recebeu uma vistoria dos  técnicos  dos órgãos competentes,  no sentido da aprovação para a devida ativação do novo espaço.

Vencido as questões burocráticas, naturais para processos dessa envergadura, a direção da APAMI, representada pela gestora Socorrinho da Apami, juntamente com toda equipe funcional, deverão, em breve,  receber a governadora do estado,  Raquel Lyra,  para em ato inaugural,  acionarem o botão do play  dessa marcante e importante operação,  na referida instituição hospitalar. Vale salientar, que o governo do estado jogou papel importante na materialização desse arrojado empreendimento.

Portanto, eis aí, uma notícia que gera uma positiva expectativa na população antonense e nos nativos das cidades circunvizinhas, nas  questões relacionadas ao atendimento da chamada saúde pública. Essa é uma daquelas iniciativas que todos saem ganhando. Parabéns para APAMI Vitória. 

O Brasil vivia o início do regime militar – por @historia_em_retalhos,

Manhã do dia 25 de julho de 1966.

O Brasil vivia o início do regime militar.

Era época de eleições indiretas, algo apenas formal e ritualístico, já que tudo era decidido pelo partido dos militares.

O marechal Arthur da Costa e Silva era candidato à presidência e anunciara uma visita ao Recife para fazer campanha.

No saguão do Aeroporto dos Guararapes, muitas pessoas o aguardavam, momento em que, de repente, uma mala foi percebida abandonada no local.

O guarda civil Sebastião de Aquino seguia para entregá-la no balcão, quando, inesperadamente, dentro dela, uma bomba explodiu.

O clima de caos tomou conta do saguão.

Aquino e outras 13 pessoas ficaram feridas.

Já o jornalista Edson Régis e o vice-almirante Nelson Gomes morreram.

Finalmente, o que aconteceu naquele dia?

Três versões pairam no ar.

Segundo a versão oficial dos militares, tratou-se de um ato terrorista, que tinha como objetivo atingir Costa e Silva.

Em pouco tempo, a polícia apresentou dois acusados: Ricardo Zarattini e Edinaldo Miranda.

Ambos carregaram por toda a vida o estigma de terroristas, até que, em 2013, a Comissão Estadual da Verdade apresentou documentos do próprio regime, datados de 1970, que desmentem a versão oficial.

Uma segunda corrente atribui a autoria a militantes da Ação Popular (notadamente, a Raimundo Gonçalves e ao ex-padre Alípio de Freitas), que teriam agido por conta própria, sem autorização dos dirigentes.

Por fim, uma terceira linha sustenta que a versão oficial conflitava com o próprio inquérito militar que apurava o caso.

Historiadores afirmam que, em verdade, o crime foi planejado pelo governo para criar um clima de pânico na população, abrindo o caminho para o recrudescimento da ditadura e a criminalização da esquerda.

Fatos como esse preparariam o terreno para, dois anos mais tarde, nascer o AI-5.

Dois detalhes importantes:

– Costa e Silva não desembarcou no Guararapes, optando por vir de carro pela PB.

– no mesmo dia, duas outras bombas explodiram, sem vítimas, na sede da UEE e na sede do Serviço de Informação dos EUA (USIS).

Cada um tire as suas próprias conclusões.

Até hoje, o episódio segue sem elucidação.
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8ª Festa da Saudade – restam poucos espaços……

Praticamente faltando 30 dias para o encontro dançante mais esperado da cidade, que ocorrerá no Clube Abanadores “ O Leão”, com a Orquestra Super OARA, podemos dizer que a noitada já está garantida!

Restando apenas um camarote e pouco menos de 30% das mesas,  para ocupação total dos espaços do casa, informamos aos interessados que ainda não garantiram seus respectivos “ingressos”, que o contato oficial do evento é o whatsapp 9.9188.3054.

A Festa da Saudade –  que chega a sua 8ª edição – se configura numa excelente opção de lazer e entretenimento, sobretudo  para as pessoas mais maduras e que curtem um repertório musical romântico e mais qualificado.

Serviço:

Evento: 8ª Festa da Saudade.

Quando: 23 de agosto de 2025.

Local: Clube Abanadores “O Leão”.

Hora: 21h.

Informações e reservas: 9.9188.3054.

Otoni Rodrigues e o boato que “Tapacurá Estourou!” – há 50 anos.

Em  tradicional jornal da capital – Jornal do Commercio -, na coluna assinada pelo conceituado jornalista Fernando Castilho, no dia de ontem (22), artigo destacou a importante participação do renomado  comunicador da nossa terra, Otoni Rodrigues, atinente aos desdobramentos do famoso boato que a “Barragem de Tapacurá Estorou!”, ocorrido exatos meio século.

Portanto, abaixo, segue reprodução do artigo do Jornal do Commercio.