
A histórica cheia de 1975.
Há 50 anos, 80% do município do Recife esteve debaixo d’água, naquela que é considerada a pior tragédia geográfica da história da cidade.
107 mortos, milhares de desabrigados.
A expansão urbana desordenada fez a natureza recobrar o seu espaço, retomando áreas antes ocupadas pelas quatro principais bacias hidrográficas da cidade: Capibaribe, Beberibe, Pina e Tejipió.
Por terra, o Recife ficou incomunicável com o restante do país por dois dias.
Isso mesmo: o Recife ficou ilhado.
Nesta ocasião, surgiu a famosa frase:
“No Recife, o que não é água, foi água ou lembra água”.
E como se não bastasse, ainda criaram uma fake news.
No dia 21 de julho de 1975, espalhou-se o boato de que as barragens de Tapacurá e Margot Fonteyn haviam rompido-se, gerando um clima de desespero e pânico na cidade.
Houve registro de pessoas que morreram de ataque no coração, diante da aflição com a falsa notícia.
Isso tudo aconteceu há 50 anos, mas, na essência, pouco mudou. A cidade precisa compreender que o aterramento indiscriminado retira da água o seu curso natural, o qual, um dia, será cobrado.
Não nos esqueçamos de que o Recife nasceu em uma grande “planície encharcada”, com 94 cursos d’água naturais.
Uma sexta-feira de paz a todos, gente!
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MEMÓRIA DE VITÓRIA:







Registro da Rua Doutor José Rufino Bezerra Cavalcanti – também conhecida pelo nome popular: “Principal do Cajá” – década de 1970 – antes da construção do viaduto.











O homem se encanta com a beleza da mulher. A mulher se encanta com a inteligência do homem. Nisso, a mulher é mais inteligente. O filósofo francês Jean-Paul Sartre (1905-1980), embora insuportavelmente feio, tendo sido comparado a uma caixa de rapé ou um minúsculo Buda, dizia que “Ninguém dá a menor importância ao fato de que um escritor célebre seja bonito ou feio.” Ei-lo!

