Tempo de Renovação – por Sosígenes Bittencourt.

Se hoje é dia de renovação e esperança, é dia de filosofar. Renovar é bom para nutrir esperança quando a renovação é inteligente, refletida sobre a experiência.

Existe uma lenda oriental que resume uma inteligente lição: Escreve o mal que te fizeram na areia, e o bem que recebeste na pedra.

Em resumo, hoje é dia de relembrar os bons momentos e drenar o lixo da memória.

Há, em Mateus – 6:22, um sapientíssimo conselho: São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso.

Sosígenes Bittencourt

Pelo menos um elo de ligação entre o Cais do Imperador (Recife) com a Rua Valois Correia, em Vitória de Santo Antão.

Em recente circulada pelo Centro do Recife, mais uma vez, fiz parada num dos lugares mais emblemáticos da nossa Região. O Cais do Imperador (Cais 22 de Novembro), local que desembarcou o Imperador Pedro II, em 1859, é um lugar agradável e cheio de simbolismo, hoje, meio que invisibilizado.

Após colocar os pés pela primeira e única vez na nossa Região, praticamente um mês depois, adentrava em nossa cidade, a cavalo, com toda sua comitiva, pela via que depois ficou conhecida como a “Rua dos Arcos” – hoje Valois Correia –  a figura mais importante do Brasil de então (Dom Pedro II). História é isso. Não existe fato isolado. Se bem observado,  estudado  e pesquisado, logo logo ele se aproximará de você…..

Momento Cultural: Amar – por João do Livramento.

Não afirme o que é o amor

Nada diga e nada fale

Se você ainda vive

É melhor então que cale

Se está vivo não sentiu

O perfume da ilusão

Embebido no amor

Exalado na paixão

A quem indaga o que é o amor

Não preciso responder

Mostro apenas uma flor

Todas nascem pra morrer

Ah, essa morte é enganadora

E de amor tem apelido

Cabelos longos, corpo belo

Escondido num vestido

Me enganou o coração

Me enganou o pensamento

Quando achei que estava vivo

Já morrera há muito tempo

Mas se nascesse novamente

Ao início eu voltaria

Sem amor não sei viver

E assim amando morreria.

 

João do Livramento.

Instituto Histórico 70 anos: Medalha Eunice Xavier

Dentro da programação festiva dos seus 70 anos de fundação, na noite do último sábado, dia 07 de março, aconteceu,  no Teatro Silogeu José Aragão, reunião solene para entrega da medalha Eunice de Melo Xavier a cinco mulheres de destaque nas mais diversas da nossa cidade.

Duas médicas – Ana Regina Ferrer e Marilda Prohaska,  uma professor – Jarba Albuquerque,  uma escritora – Luciene Freitas e uma comerciante – “Dona” Birina, foram agraciada com a honraria. Todas escolhidas em pelos sócios do Instituto. A noite ainda contou com a palestra da professora Ivana Andrade.

As outorgas foram entregues pelos familiares  da “Dona” Eunice Xavier. Professora Eunice, que tem uma lista de serviços prestados a Vitória de Santo Antão, por duas décadas, presidiu o nosso Instituto Histórico e Geográfico. Em nome da família, falou o advogado Aloísio José:

AVLAC promoveu mais uma reunião ordinária…

Na manhã do domingo (08) aconteceu mais uma reunião ordinária da AVLAC – Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência. Além dos despachos administrativos o presidente, professor Serafim Lemos, realçou o Dia Internacional da Mulher. Na tribuna, no momento acadêmico, os “imortais”, cada qual ao seu estilo, navegou, um pouco, pelo universo feminino.

CARMINHA COMETE “HYBRIS”- por Sosígenes Bittencourt.

Em termos de artes cênicas, dramaturgia, nós não assistimos ao filme, à novela, ao teatro, mas participamos, amamos e odiamos por identificação com os personagens. Na novela Avenida Brasil, a megera Carminha encarna um animal muito encontradiço, que é quem comete o que os gregos chamavam de hybris, ou seja, descomedimento, excesso, arrogância, indo de encontro aos deuses. Ora, na visão da mitologia, os deuses, ultrajados, não punem quem comete hybris, porque não precisa, a própria hybris volta-se contra quem a praticou. Seria uma espécie de “o ruim por si se destrói.”

Carminha comete hybris quando o seu erro é consequência de uma paixão descontrolada, não querendo avaliar, com prudência, a relação de causa e efeito sobre o que pratica. Carminha não pede perdão por querer o perdão, mas por querer continuar enganando Tufão para manter seu namoro com Max.

Em Rei Édipo, de Sófocles, a hybris cometida por Édipo foi desafiar Tirésias, um cego que enxergava a verdade, teimando em não reconhecer que, mediante evidências, ele havia matado o próprio pai e desposado a própria mãe, terminando por furar os olhos com um alfinete.A novela é extremamente bem confeccionada, levando o telespectador a se mexer na cadeira de tanto que identifica o personagem ou se identifica com o personagem.

Sosígenes Bittencourt