Dois foliões embriagados de sentimentos e lamentações…..

Um registro para a eternidade. Aliás, aos olhos de quem é sensível à história todos os registros são dignos de um artigo ou uma nota. No aludido registro, por assim dizer, poderíamos contextualizar em vários prismas. A partir do nosso Instituto Histórico e Geográfico, poderíamos falar da sintonia entre o atual presidente com o vice – Pedro e Pilako, respectivamente.

A partir do cenário que emoldura as duas criaturas citadas,  Praça Dom Luis de Brito e ao fundo Igreja do Rosário, poderíamos lembrar da Hecatombe do Rosário, ocorrida em 1880. Sobre o eminente religioso  – Luis de Brito – que protagonizou um dos grandes debates na cidade,  envolvendo uma homenagem à vitória dos luso-brasileiros na épica Batalha das Tabocas, poderíamos dizer que o mesmo vem sendo esquecido, pois a “turma mais jovens” só lembra da “Praça da Matriz”.

Já numa perspectiva mais momentânea, a partir do tempo presente com vistas ao tempo futuro, poderíamos dizer que dois foliões, vestidos adequadamente, trocavam lamentações por estarem  impedidos de  cair na folia como costumeiramente, no sentido duplo da palavra embriaguez (sentimental e alcoólica). Vale salientar: registro fotográfico ocorreu na noite de uma terça-feira de carnaval (2021).

O comunicador Caxias foi um dos destaques do Carnaval 2021.

Um carnaval inesquecível! Indiscutivelmente – “queiram ou não queiram os juízes”- os festejos de momo em 2021 foram únicos. Nosso País, “o país do carnaval”, festejou em marcha lenta. Na nossa Vitória de Santo Antão, terra de carnaval secular, os brincantes se recolheram  numa vibração silenciosa.

Nas poucas iniciativas privadas, por assim dizer,  ocorridas na Terra de José Marques de Senna, no sentido carnavalesco,realizada dentro das exigências legais, destaco aqui o amigo carnavalesco e folião e também comunicador do frevo, Caxias, pela programação musical empreendida em LIVE com a intenção de promover as orquestras de frevo da nossa terra. O evento – ocorrido na manhã do domingo (14) de carnaval – foi transmitido pela internet, a partir do Clube dos Motoristas e contou com uma boa participação dos internautas/foliões.

Além de muita música, com o revezamento das orquestras de frevo no palco, o amigo Caxias também abriu espaço para os diretores de clubes expressarem suas opiniões e o seu sentimento, sobretudo com o cancelamento da festa, em virtude  da pandemia do novo coronavírus. Vale ressaltar, também, a homenagem realizada pela passagem do centenário do Clube Vassouras “O Camelo”, fundado em 1921.

Na qualidade de folião, juntamente com o meu filho Gabriel, da nossa casa, aprovamos a iniciativa do amigo Caxias. Aliás, fizemos até uma pequena doação financeira para incentivar o projeto que, diga-se passagem, cumpriu e alcançou o seu objetivo. Parabéns amigo Caxias,  pela iniciativa  corajosa  e pela sua devoção ao carnaval antonense. Você merece respeito!

Projeto Carnaval na Live – Agremiação “Boi Dela”: origem, histórias e curiosidades – com Sandro, Roberto e Lula.

Projeto Carnaval na Live –  Agremiação “Boi Dela”: origem, histórias e curiosidades  – quarta-feira (117), às 17h.

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Dando continuidade ao nosso projeto que tem, entre outros objetivos, produzir conteúdo sobre o nosso carnaval convidamos diretores da Agremiação Carnavalesca “Boi Dela” para narrar a historia do seu surgimento e suas curiosidades. Com as ostentação de ser 100% FREVO, o “Boi” tem uma diretoria forte e animada. 

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LIVE 80 – AO VIVO – Projeto Carnaval na Live – SAUDADE: música e emoção – com o artista Elaque Amaral – Orquestra Super Oara.

 

Dando andamento  ao Projeto Carnaval na Live,  hoje, produzimos conteúdo sobre a  Agremiação Carnavalesca SAUDADE. Tivemos 3 momentos: no primeiro momento com o artista Elaque Amaral, depois com  os coordenadores da agremiação e depois um conjunto de foliões. 

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Na qualidade de uma das mais importantes agremiações carnavalesca da nossa cidade a “SAUDADE” vem, musicalmente, educando gerações. Elaque Amaral, entre outras revelações, disse que no carnaval 2021 completou 40 anos de carreira. Com a “turma da  saudade”, o sentimento que ficou claro foi o do profissionalismo. Já os folões, externaram suas histórias e suas paixões pelo projeto carnavalesco que emociona gerações. 

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O Pereirinha – o bloco do Javan!!!

Estranho um sábado de Zé Pereira em casa. Hoje estaríamos correndo e ansiosos para o @blocoopereirinha acontecer. Paixão pelo carnaval vem de berço e nunca imaginei passar um ano sem a folia. Mas é por uma boa causa, precisamos preservar nossa saúde. Que Deus continue nos abençoando e que venha o Carnaval 2022. #carnaval #BlocoOPereirinha

Mariano Neto – diretor da agremiação. 

Projeto Carnaval na Live – SAUDADE: música e emoção – com o artista Elaque Amaral – Orquestra Super Oara.

Projeto Carnaval na Live –  SAUDADE: música e emoção – segunda-feira (15), às 17h.

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Dando continuidade ao nosso projeto que tem, entre outros objetivos, produzir conteúdo sobre o nosso carnaval convidamos o artista Elaque Amaral (Orquestra Super Oara) e alguns foliões para falarmos de “Música e Emoção” nos desfiles da Agremiação Carnavalesca “SAUDADE”. 

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ETSÃO desfilando no campo das imaginações do Espaço Sideral.

A imagem postada  é um registro de hoje –  13 de fevereiro de 2021 –  e tem um caráter objetivo, ou seja:  retratar o espaço dedicado à concentração da Agremiação Carnavalesca ETSÃO “desabitada”. Mas, filosoficamente falando, poderíamos dizer, ao mesmo tempo, que o “Beco do Dezinho”, nesse exato momento (13-02-21 -10:20h) também se encontra cheio – vale salientar que o cheio não é necessariamente a ausência do vazio e vice-versa, aliás os dois também podem coabitar  no mesmo espaço sem que haja  qualquer dialogo ou cumplicidade…… 

Nem mesmo o  folião mais “viajado  das galáxias”, já que estamos nos referindo a um “casal espacial” – ETSÃO e ETSUDA -,   consagrado e eternizado na canção da dupla Gustavo Ferrer e Sérgio Campelo,   poderia, em recorte temporal similar,  em 2020, imaginar, supor ou mesmo inventar que a referida  imagem seria possível.

Noutra contradição, por assim dizer, dois sentimentos antagônicos – emoção/razão – , nesse momento, também estão habitando num mesmo espaço:

A emoção é do tamanho do “espaço sideral” e se encontra   represada  no desejo e na vontade de viver, nos reinados vindouros, tudo outra vez.

Nos diz  a danada da razão que o verdadeiro carnava se encontra mesmo é dentro da gente,  por isso “não se avexe nem se iluda”:  sem  saúde o coração não pulsa, a perna não pula e a boca não canta. Que possamos  fazer da nossa passagem pelo planeta terra  um eterno carnaval.

Tá doendo, mas vai passar……

EIS A IMAGEM QUE DESCONHECIA – por Lucivânio Jatobá.

A foto foi tirada por mim, em torno de 18h, na sexta-feira que antecede( antecederia) o Carnaval de 2021 em um movimentadíssimo supermercado, nas vésperas dos festejos de Momo.. Ninguém lá, nem nas ruas adjacentes. Shopping Plaza vazio. As poucas pessoas que vi demonstravam um certo vazio/ desespero no olhar. Creio ser algo similar ao que sentiam os europeus após os bombardeios.

O impacto psicológico foi grande demais. Mas a medida não foi errada. Tinha que ser isso, e talvez no próximo ano também seja necessário tomá-la de novo. O mundo sofreu uma variação do seu “eixo”. Nada mais é como há exatamente um ano…

Uma Guerra Biológica está conseguindo superar a Segunda Guerra Mundial, realizada, ainda, em moldes bélicos tradicionais, apesar de tanto horror que causou.

Cantemos, mas não como Réquiem:

Marcha da Quarta feira de Cinzas

( Vinicius de Moraes)

“Acabou nosso carnaval, ninguém, ouve cantar canções

Ninguém passa mais brincando feliz

E nos corações saudades e cinzas foi o que restou

Pelas ruas o que se vê é uma gente que nem se vê

Que nem se sorri, se beija e se abraça

E sai caminhando, dançando e cantando cantigas de amor

E no entanto é preciso cantar

Mais que nunca é preciso cantar

É preciso cantar e alegrar a cidade

A tristeza que a gente tem qualquer dia vai se acabar

Todos vão sorrir, voltou a esperança

É o povo que dança, contente da vida feliz a cantar

Porque são tão tantas coisas azuis, há tão grandes promessas de luz

Tanto amor para amar que a gente nem sabe

Quem me dera viver pra ver e brincar outros carnavais

Que marchas tão lindas

E o povo cantando seu canto de paz”

Professor Lucivanio Jatobá. 

LIVE 79 – AO VIVO – Projeto Carnaval na Live – história e curiosidades do Clube dos Motoristas – com os carnavalescos João Álvares e Rubem de Deus.

Dando andamento  ao Projeto Carnaval na Live,  hoje, produzimos conteúdo sobre a  história e curiosidades do Clube dos Motoristas “O Cisne”, com os diretores João Álvares e Rubem de Deus. . 

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Na qualidade de uma das mais importantes agremiações carnavalesca da nossa cidade,  O Clube dos Motoristas ” O Cisne” tem mais de 70 anos. Teve sua primeira sede no centro comercial (provisoria), a segunda na Rua Valois Correia e terceira e última no bairro do Cajá. Na live, João Álvares e Rubem de Deus, relembraram histórias curiosas. 

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Os Monges e o Boi Vitoriense: carnaval tipo “exportação”

Não fosse o momento pandêmico que assola o mundo, hoje, quinta-feira da semana pré-carnavalesca certamente um sem números de foliões antonenses estariam embarcando na direção da capital pernambucana –  mais precisamente ao “Recife Antigo” –  para acompanhar o desfile da Troça Carnavalesca Companhia dos Monges em Folia.

Algumas décadas atrás, clubes da nossa cidade eram “figuras carimbadas” nos festejos momescos em outras cidades, sobretudo no Recife. O tempo passou e, aos poucos, fomos deixando escorrer pelos dedos  a condição de “exportador” para  vira “importador”, já que em recentes carnavais  clubes de capital “andaram” desfilando  por aqui.  Perdoem-me  pela extravagância: em se tratando de carnaval pernambucano, não existe nada em outro lugar que seja novidade para Vitória, mas se existir, indiscutivelmente,  somos  perfeitamente capazes para fazer acontecer aqui e, diga-se passagem: com perfeição….

Portando, nesse sentido – carnaval tipo exportação -, salve engano, atualmente,  só temos “Os Monges” e “O Boi Vitoriense”, ou seja:  participando de festejos em outras cidades.  Palmas para eles……..

Projeto Carnaval na Live – história e curiosidades do Clube dos Motoristas – com os carnavalescos João Álvares e Rubem de Deus. .

Projeto Carnaval na Live –  historia e curiosidades  da Agremiação Carnavalesca Clube dos Motoristas ” O Cisne” – sexta-feira (12), às 17h. 

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Dando continuidade ao nosso projeto que tem, entre outros objetivos, produzir conteúdo sobre o nosso carnaval convidamos os carnavalescos da “velha guarda”, João Álvares e Rubem de Deus,  para narrar a origem, a história e as curiosidades de uma das referências do nosso carnaval.  

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LIVE 78 – AO VIVO – Projeto Carnaval na Live – história e curiosidades do “ETSÃO” – com os diretores Elminho e Filipe.

Dando andamento  ao Projeto Carnaval na Live,  hoje, produzimos conteúdo falando da história e das curiosidades do ETSÃO, com os diretores Elminho Ferrer e Filipe Ferrer Carneiro. 

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Fundado em 1982 a agremiação carnavalesca recebeu esse nome em função  do filme “ET”. Deviso ao seu sucesso, em 2020, “ETSÃO E  ETSUDA” passaram a ser Patrimônio Cultural e Imaterial da Vitória. Para “compensar” a saída de 2021, a direção estuda um desfile “extra” na segunda-feira de carnaval do ano que vem, quando o mesmo estará completando 40 anos. 

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RIVALIDADE: disse o pai de “Dona” Nide: “eu não entro naquela desgraça”.

Nos mais de 140 anos de história da nossa festa maior – CARNAVAL – muita coisa mudou. Os primeiros folguedos por aqui vividos eram comandados ao som da  zabumba, do  realejo e da gaita. Os clubes de fado e de manobras foram as nossas primeiras “agremiações” organizadas. Em ato continuo surgem os “clubes de criticas” com suas alegorias,  os  maracatus, os  caboclinhos e nesse conjuntos se edifica, por assim dizer, a chamada “rivalidade” dos clubes no nosso carnaval.

Dentre as mais famosas e ferrenhas, destacamos a “violenta” disputa entre  O Clube Abanadores “O Leão” com O Clube Vassouras “O Camelo”.  Nesse contexto, aliás, já produzimos uma “LIVE” com os carnavalescos Sylvio Gouveia e Joel Neto.

Pois bem, na qualidade de meu consultor para assuntos relacionados  ao carnaval e Festas  do Padroeiro Santo Antão, Antonio Freitas, na manhã de ontem (09), convidou-me até a casa de “Dona” Nide – Maria Cleonice de Oliveira Almeida (viúva de Fernando Marrom). Ela é filha de um “camelista” raiz – João Manoel de Oliveira –  daqueles que vivenciaram e se alimentaram da referida disputa – Leão X Camelo – por décadas.

Hoje com 94 anos, “Dona” Nide narrou algumas histórias curiosas. Quando me preparei para lhe fotografar,  com bom humor, disse ela: “hoje estou feia, mas quando jovem era muito bonita”.

 No inicio da década de 30 (1930), quando ainda era criança, sua mãe ainda chegou a costurar fantasias para “O Camelo”, mas depois deixou –  passou a seguir outra igreja – que lá atrás,  pejorativamente,  se chamava  de “Nova Seita”.

Sobre a disputa, disse ela: “era uma confusão  eterna”. Certa vez, de tanta briga e problemas na cidade,  por conta dessa rivalidade carnavalesca, as autoridades obrigaram “um encontro  público dos estandartes” dos  rivais – Leão X Camelo. Moral da história: o estandarte do Camelo foi destruído, só porque chegou perto do estandarte do rival.

“Dona”  Nide também nos contou que por ocasião das eleições a urna eleitoral que deveria receber o voto do seu pai – – João Manoel de Oliveira –, pela Justiça Eleitoral,  foi colocada na sede do clube rival, ou seja: no Clube Abanadores “ O Leão” – disse “Seu” João: “ eu não entro naquela desgraça”

Com muita simpatia, já na hora da partida, disse-nos “Dona” Nide: “eu já estou vacinada, quando quiser, pode vir conversar”. Portanto, eis aí, alguns outros bons registros carnavalescos que bem refletem  os costumes  e  o modelo de sociedade, vivenciado pelos  nossos antepassados. Viva o Carnaval da Vitória!!

Em tempos carnavalescos normais……..

Na nossa “aldeia”, em tempos carnavalescos “normais”, num dia como hoje, terça-feira da semana pré-carnavalesca, já estávamos em plena folia. Além dos muitos ensaios de ruas, já teríamos vivenciados vários desfiles “oficiais”, por assim dizer.

Do bairro do Sítio do Meio e adjacências, na direção do circuito oficial da folia,  “Os Barrigas Dàgua” já havia arrastado sua multidão. Com a irreverência de sempre, “As Virgens da Vitória”, na noite do último sábado, certamente teria animado outra multidão. Noutra linha, “A Turma da Praça”, “As Quengas” , “Ai ai ui..ui..ui” e ADVISA EM FOLIA também já haveriam de ter juntado suas respectivas tropas.

Apesar das justas restrições, no que se refere às aglomerações no sentido de atenuar os efeitos da transmissão do novo coronavírus, nossa cidade, face ao seu tradicionalíssimo reinado  de momo, continua “respirando” carnaval.

Na tarde do último sábado (06), por exemplo – Rua Primitivo de Miranda –  nossas lentes flagraram uma dupla totalmente sintonizada com os “tempos normais”. E para quem não que esquecer o carnaval realmente, basta circular pela nossa feira. Lá, a música mais tocada nos alto-falantes dos comerciantes é o nosso frevo. Em 2021, o carnaval é diferente!!!

FREVO E VASSOURINHAS – por Sosígenes Bittencourt.

Não é possível se falar em Frevo, sem se referir a Pernambuco, Vassourinhas e Felinho. Porque não há dúvida de que o frevo nasceu entre as cidades gemelares de Olinda e Recife, e é o único ritmo genuinamente nacional. Não existe frevo nem nada parecido em lugar nenhum do mundo. Até a palavra frevo vem do verbo “ferver”, oriunda da pronúncia troncha, como “frevura”, referindo-se às atividades canavieiras, como nos engenhos de açúcar.

Diz que Vassourinhas, considerado o Hino do Carnaval Pernambucano, foi composto por Matias da Rocha e Joana Batista Ramos, para o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas, lá pelo início do século passado, mil novecentos e alguma coisa. Porém, há quem tenha fuxicado que viu Joana cantando os versos de Vassourinhas para Matias, já em 1889. Sei lá…

Felinho, Félix Lins de Albuquerque (1895-1980), conhecido popularmente como O Homem dos 11 Instrumentos, nascido ali em Bonito, inventou 8 Variações para sax-alto, no meio de Vassourinhas, em 1941. O frevo foi gravado, com a novidade, em junho de 1956, pela orquestra de Nelson Ferreira, para incendiar a Terra dos Altos Coqueiros. Infelizmente, já não se toca Vassourinhas como antigamente. Tenho uma cópia da execução original, para dizer que deram uma vassourada no Hino do Carnaval Pernambucano.
Fervoroso abraço!

Sosígenes Bittencourt