Adeildo Apolinário da Silva é o vencedor da Sexta do Pilako desta semana.

O vencedor da SEXTA DO PILAKO desta semana é Adeildo Apolinário da Silva (e-mail: dedededora@gmail.com). O mesmo deverá comparecer no escritório do Blog do Pilako, até as 17h desta sexta-feira (30), portando documento de identidade, na Praça Leão Coroado, nº 56 – Sala 07  – 2ª andar.

Adeildo Apolinário da Silva ganhou os seguintes prêmios:

01 CAIXA DE DOCES FINOS – oferecido por Soraya e Cris Doces Finos.

01 LIVRO “A INCÓLUME ARTESÔ – da poetisa vitoriense SUMAYA BITTENCOURT – Oferecido pela Ilumine Editorial.

01 LIVRO INFÂNTIL MARELIQUES DA PRAIA LOUCA, DE AUTORIA DE VIVIANE VEIGA TAVORA, ILUSTRADO POR WALTHER MOREIRA SANTOS – Oferecido pela Ilumine Editorial.

01 CD “PAGODE BELEZA PURA”  –  oferecido por Aldenisio Tavares.

01 CD O Nordeste Mudou – Oferecido por Aldenisio Tavares.

Você sabia que o DERE da Vitória ia para Palmares em 2003?

Começou um boato: O DERE de Vitória vai sair daqui. Preocupada com a perda, perguntei a Sueli Santana, ora responsável pela parte esportiva do DERE, se o boato era verdade e ela me confirmou que sim. Então perguntei:

– E vocês vão deixar? E ela:

– Fazer o que, D. Severina?

Elias já pediu, André de Paula já pediu e de nada adiantou. O DERE de Vitória vai para Palmares. Então, eu lhe disse:

Nós podemos fazer um movimento. Vá lá em casa hoje a noite, que faremos um abaixo assinado e levaremos ao governador Jarbas Vasconcelos.

À noite Sueli foi a minha casa, redigimos o documento.

Quando ela falou a Secretária Maria José de Lira, ela disse:

 – Severina está querendo se candidatar a vereadora.

No dia seguinte fui ao DERE e o movimento foi iniciado.

Pedimos apoio ao Lions, ao Rotary, ao Instituto Histórico, a Rádio Tabocas, que nos concedeu um horário entrevistando várias pessoas da comunidade que emitiram seus pensamentos em prol da permanência do DERE em nossa terra.

Na ocasião, eu falei sobre o salário pequeno do professor, que além de vir até Vitória ainda ia ter que ir a Palmares gastando bem mais e dificultando suas vidas quando precisassem resolver alguma questão relativa à sua vida profissional. Diva Holanda também falou na entrevista da Rádio, Professor Stevesson e outras pessoas.

Convidamos a rede Globo, fizemos uma passeata saindo da Matriz até o comércio protestando sobre a retirada do DERE da nossa cidade.

Depois de tudo isso, recolhemos as assinaturas e lotamos uma van e fomos levar em mãos ao então secretário de Educação Dr. Raul Henry que nos recebeu muito bem.

Na comitiva foram várias pessoas do Dere e eu fui junto com o abaixo-assinado e um requerimento em verso cujo teor segue abaixo

Exmo. Sr. Governador de Pernambuco, Dr. Jarbas Vasconcelos.

O fechamento da DRE-Vitória será uma grande perda”. Assim pensando e preocupada, a professora Severina Moura escreveu, em versos, uma mensagem ao Governador:

Vitória de Santo Antão
Cidade da Mata Centro
Histórica por Natureza
Com grande discernimento
Requer à V. Excelência
Homem de grande talento
Não tire o DRE de Vitória
Pra nosso contentamento.

Se a DRE sair daqui
É um desmoronamento
O comércio se ressente
A educação e a cultura
O esporte nem se fala
É mesmo uma ruptura
Seu povo tem competência
Sentimento e leitura
Jamais se conformará
Com essa perda futura
Se o senhor fizer isso
Cava dela a sepultura
É perda pra todo lado
Fenda de grande largura.

Nestes termos
Pedem Deferimento.

Depois de dois meses da nossa visita ao Secretário Raul Henry, recebi o telefonema do DERE comunicando a permanência do DERE agradecendo pela brilhante ideia que só se concretizou pela união das entidades e apoio dos que na época dirigiam a Dere.

É bom que todos nos unamos para conseguir o que Vitória precisa. A União faz a Força.

“Vitória é nossa e nossa foi a vitória, o Dere ficou aqui.”

Severina Moura

Novos tempos, velhos problemas

Nossas lentes flagraram na tarde de ontem (28) na rua Jornalista Célio Meira, dois cavalos pastando livremente. Cavalos, bois e porcos continuam nas ruas mesmo após inúmeras queixas dos moradores divulgadas aqui pelo blog. Não cabe mais para uma cidade do porte de Vitória está discutindo esse tipo matéria, até porque, esse problema já havia sido resolvido por um decreto em 1939, quando o prefeito da época proibiu a criação de animais nas ruas centrais da cidade. Apenas como registro, foi no ano que o atual Prefeito Elias Lira nasceu que a administração municipal teve a coragem de avançar, mesmo contra os costumes da época, coisa que o prefeito de hoje mesmo sabendo que é um retrocesso a criação se animais nas ruas não toma nenhuma atitude em favor da população.

Corrupção enraizada

Desenraizar a CORRUPÇÃO neste país só explodindo a nação. A Corrupção entre nós é feitoperversão sexual, uma vez praticada, vicia. A maior dificuldade de um político na Pátria de Zé Carioca é manter-se HONESTO num universo de DEGRADAÇÃO MORAL. O Brasil é um país desorganizado desde sua fundação, remonta ao período cabralino, anchietano. Você tira pelas mutucas de cigarro atiradas no chão, quando no Japão nem lixeira tem e você não vê um fio de cabelo no meio da rua.

Sosígenes Bittencourt

Zezé do Forró

Dando andamento a divulgação dos artistas vitorienses, hoje publicamos uma música interpretada por Zezé do Forró. A música “Por Você” é de autoria de Jorge de Altinho e integra o álbum “Zezé do Forró – O Clássico Forró Pé de Serra”. Ouça!

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Gostou da música? – Baixe a MP3

Aldenisio Tavares

Jovem vitoriense morre enquanto aguardava transplante de médula óssea.

É com muito pesar que informamos o falecimento da jovem Marcelle Moreira, ocorrido na noite de ontem (28), em Recife.

Marcelle (22) desde setembro do ano passado lutava contra uma Leucemia, e desde então vinha protagonizando uma grande mobilização de familiares e amigos em busca de doadores de medula óssea em diferentes meios de comunicação, enquanto aguardava um doador compatível.

Segundo informações de familiares, o corpo da jovem será velado na Igreja Episcopal, na Rua Eurico Valois, no bairro do Livramento, saindo em cortejo às 15h para o cemitério local.

Que Deus console sua família.

Cadê o Dinheiro do Carnaval senhor Prefeito?

Planejar com seriedade é a palavra “chave” para o sucesso de qualquer empreendimento, planejar também pré-supõe dividir atividades, dividir tarefas e consequentemente dividir poder, coisa aliás, que não é bem aceita pela a maioria dos gestores, sobretudo em nossa cidade.

Já estamos bem próximo do Domingo de Páscoa e até agora o gelo baiano que foi usado para dar sustentação à estrutura usada pela Secretária de Turismo para fazer propaganda e servir também como uma espécie de entrada oficial das alegorias no circuito do carnaval ainda se encontra do mesmo jeito, ou seja, fora da sua serventia natural.

Apenas para lembrar, a tal estrutura teve que ser levanta, por alguns foliões “fortões” que estavam brincado, pelo fato da  alegoria do Galo ter “engordado” durante a semana Pré e ficar maior que a tal estrutura.

Por falar em carnaval já estamos com 40 dias do sábado de Zé Pereira e até agora nenhum sinal do dinheiro da Prefeitura, que deveria ficar programado no orçamento para pagar aos músicos, artistas e agremiações que desfilaram no Carnaval 2012. Se demorar muito a Rede Globo, que fez propaganda do carnaval dos bichos, já já chega por aqui para ver onde o “bicho” tá pegando pelo não pagamento.

A Política de invasão das calçadas de Dr. Ivo e Aglailson é mantida por Elias.

Em uma pequena volta, no horário comercial pelas as ruas centrais da cidade o transeunte certamente terá que se deslocar paras as ruas, tendo que dividi-las com os carros e motos, em vários pontos de sua caminhada pelas calçadas, isso porque, além dos pequenos comerciantes, que receberam “autorização” para edificar prédios em troca de voto, os grandes comerciantes agora também entraram na onda “invasionistas”.

Segundo comentários dos próprios invasores, esse é o ano do “pode tudo”, disse um pequeno comerciante: “em ano de eleição aqui em Vitória os políticos ficam todos bonzinhos e ainda mais para dar o que não é deles”.

Certamente o Secretário Hildebrando Lima, homem sério, não concorda com essa política que Elias vem utilizando para tentar angariar votos. Ao contabilizar as atividades da sua pasta no quarto ano de gestão, Hildebrando vai ter que admitir que nesta questão (disciplinamento comercial do centro) a gestão do Governo de Todos não avançou um palmo para frente. Com toda certeza, se Elias tivesse deixado Hildebrando trabalhar as coisas teriam sido diferente.

Estudantes não são “mercadorias”!

Já postamos várias matérias, cujo conteúdo, são os constantes riscos a que estão expostos os estudantes transportados pelos os ônibus contratados pela Prefeitura. Mais uma vez nossas lentes flagraram na Praça 3 de agosto, o ponto em que os são, como uma espécie de mercadorias  “jogados” nas ruas.

A Secretária de Educação Maria José Lira, que é sobrinha do Prefeito, tem que tomar uma atitude com relação as empresas contratadas pela sua pasta através de convênio com o Ministério da Educação. Ônibus sucateados, falta de monitores nos deslocamentos, pessoas alheias ao processos embarcando junto com os adolescentes, são apenas algumas das reclamações dos usuários.

Não se pode tratar esses adolescentes e pré-adolescentes como se fossem “mercadorias”, esses jovens merecem respeito e tratamento digno. Sabe muito bem o senhor Prefeito e senhora Secretária que durante esses deslocamentos as responsabilidades civis e materiais são do senhores gestores.

Fica difícil de entender, mais muito difícil mesmo!

Fica difícil de imaginar o que se passa na cabeça de um gestor onde nem o básico ele consegue administrar. Fica difícil de imaginar porque um prefeito tem um secretário para cuidar do Trânsito e não lhe dar condição para trabalhar. Fica difícil de imaginar que os cofres da prefeitura não tenham dinheiro. Fica difícil, mais muito difícil de um cidadão comum, gente trabalhadora e de boa fé entender o que faz um prefeito trazer de outra cidade um sujeito para ser o chefe de tudo sem conhecer praticamente nada na  cidade, cujo o valor pago a título de salário e diárias já davam para resolver uma boa parte dos problemas básicos na cidade. Tem que haver uma explicação!

Celebração católica marca os 300 anos da Paróquia da Matriz de Santo Antão

Na noite de ontem (27) foi comemorado os 300 anos da Paróquia da Matriz de Santo Antão, em celebração eucarística realizada pelo Arcebispo Dom Antônio Fernando Saburido, com participação de 80 padres.

O evento marcou no calendário religioso católico, já que a Matriz de Santo Antão é uma das mais antigas paróquias do Brasil.

Um vitoriense desconhecido

Por Noel Neder
Monge Dominicano do Convento de Avrillé/França.
Especial para o Blog do Pilako

“Estes literatos são todos iguais…
Logo que põem as mãos na santidade,
sujam-se dos pés à cabeça de sublimidade
(ils se barbouillent du sublime) espalham o sublime
por toda a parte. Mas a santidade não é sublime.”
Georges Bernanos.

“Pe. Monte jamais se divorciou do sentido
realista da vida. Ele sabia que a verdade é
vital e que sua aquisição importa na
realização do homem.
Nele a verdade era vida…”
Pe. Jorge O’Grandy de Paiva 

“Toda verdade é católica”
Papa Leão XIII

Espero não ser temerário ao afirmar que entre os conhecidos intelectuais vitorienses, Osman Lins e Maria do Carmo Tavares de Miranda, ergue-se entre estes o Pe. Luiz Gonzaga do Monte. Quem é este? Foi a primeira pergunta que me fiz e talvez seja a de muitos. [1]

Eis que, em 2012, me deparo com um grande padre, piedoso, intelectual do início do século. Que possui em seu bojo  uma antologia de mais de dez volumes e duas biografias. Além de outros tantos  artigos esparços e obras inacabadas, pois ele só viveu 39 anos. Creio que a pergunta correta não é “quem é esse”? Mas como ele passou desapercebido por essas plagas? O quarto bispo do Rio Grande do Norte, D. Marcolino Dantas, nos deixa ver algo de sua personalidade: “ É que, por demais modesto, pouco ou nada gostando de falar, muitas vezes só em nome da obediência ao seu prelado Monte quebrava o silêncio, abrindo a boca de ouro.”  Acrescento algo dito pelo seu biografo, Cônego Jorge O’Grandy de Paiva:

 “Avesso às exterioridades e convenções sociais.[…] Monte não estudava por estudar. Sua atividade intelectual não era um derivativo nem um envaidecimento. Era uma finalidade dirigida, uma intenção reta. Entregando-se a estudo, servia a Deus, conhecia-o, amava-o. E fazia-o conhecer e amar. Contemplare et contemplata tradere, ensinou Santo Tomás de Aquino […] Aprendia a ciência sem disfarce e comunicava-a sem inveja. Longe dele qualquer manifestação paranoide de narcisismo intelectual[…] Auto-didata, não tinha os defeitos que ordinariamente decorrem desse gênero de aprendizagem. Evitava-os constantemente […] Monte sempre esteve à autura de ensinar a quem o ensinava […] Estudioso nato, tudo lhe interessava saber. Fugia dos unilateralismos. Era universal.[2]

UM GIGANTE INVISÍVEL.

Sempre causa espanto a constatação de aparentes paradoxos. Digo “aparentes”, pois não o são. Temos um vício na inteligência que nos priva, a todos, de uma exata percepção da realidade.Eis porque Nosso Senhor Jesus Cristo, Deus e homem, oferta o que há de maior através de parábolas. O que mentes imbricadas em um materialismo umbilical chamariam de paradoxo constata-se, tão somente, através de verdades evidentes em si mesmas. É o que podemos chamar de axioma divino. “Todo aquele que se exalta será humilhado e todo aquele que se humilha será exaltado”. Típico exemplo.

 Assim posto, podemos dizer que o Pe. Monte foi um homem que compreendeu a realidade.Tarefa árdua! Que exige uma verdadeira luta. A Verdade é o fim que se pretende, ainda que seja fim último. Mesmo tolhido entre as mais variadas adversidades, que seria  impossível descrevê-las nestas poucas linhas, viu-se despontar em solo vitoriense essa fina flor. Educação é superação como bem ensina Olavo de Carvalho:

[…] quanto pior ficar a sua condição econômica, mais se apeguem à sua vocação intelectual. […] O mundo, no sentido bíblico do termo (isto é, a sociedade mundana), só respeita quem o despreza. […] Quanto mais pobres vocês ficarem, mais se dediquem aos estudos. A porcaria reinante não prevalecerá sobre a sinceridade de seus esforços […] Nunca esperei que minha situação melhorasse para depois estudar, e garanto: seja teimoso, e um dia o mundo desiste de tentar dominar você pela fome.

Mas não bastou ao padre e não bastará a nós o “estudo pelo estudo”. Dessa forma seriamos pseudo-intelectuais como um Sartre que se negando a entender que existe  sentido no sofrimento,  nos relega a uma existência com sofrimento, imanente a condição de homo sapiens, mas sem sentido, existir por existir. Para essa melhor compreenção da realidade, da vida e do mundo faz-se necessário que o composto humano, indiviso, corpo e alma, esteja ordenado. A vontade deve seguir a inteligência e esta deve ser iluminada pela Fé. Uma desordem gera as mais funestas consequencias.

Os positivistas, comunistas, socialistas, ateistas (e outros “istas”) negam a transcedência, a alma[3]. Logo, negam o que há de superior nela, o próprio intelecto, a razão. Como consequência não entendem a realidade e, mesmo assim, querem modifica-la.  A imaturidade intelectual se reflete, obviamente, em termos cronologicos, na idade do “jovem”[4]. Sendo, em linhas gerais, o motivo da enfadonha máxima juvenil:

– Vamos mudar o mundo!

Não bastando o absurdo da proprosição em si, há os desdobramentos:

– vamos fazer o mundo melhor;

– vamos fazer um mundo novo…

Se não é o mundo é o estado, a cidade, o bairro, etc.

No outro extremo do pêndulo temos os românticos. Estes até percebem o transcendente, mas no campo da vontade dão azo as paixões. O que alimenta as paixões são os sentidos e estes argutamente percebem os fenômenos da realidade, como cílios catalisadores. Capturam, em certo sentido, parte da realidade. “O poeta é um filosofo que teve pressa”. De quê? De domar suas paixões, a pulso, e submetê-las a razão. Por essa ótica não causa extranhesa o paroxísmo agonizante de um Augusto dos Anjos: “Falas de amor, e eu ouço tudo e calo / O amor na Humanidade é uma mentira.” Ou de um Albino Forjaz de Sampaio: “ Abre um crânio e vês se distingues a alma de Dante da alma de Caim, a de Inocêncio III da do galego da esquina.”  Daí segue a afirmação do dominicano H. Petitot:

“Há esta diferença entre o artista e um santo, o artista toma por objeto da sua vida a execução de uma obra exterior a si próprio, ao passo que o santo não tem outro fim em vista a não ser a perfeição da sua própria vida.”

Ainda não estou pondo o padre Monte nos altares, isso ficará a cargo da Santa Sé. Mas qual o lugar do Pe. Monte nessa polaridade? No equilibrio, no meio termo tipicamente Católico. Será declarado santo? Não sei. O que sei é que ele superou ,em muito, os já citados intelectuais da Vitória.  Não por ter sido simplesmente um “intelectual maior”, apesar do seu biografo afirmar que:  “ em seu tempo o Pe. Luiz Gonzaga do Monte dominou todos os ramos do saber”, por dominar nove idiomas, ter escritos brilhantes. Não e não.  A sua superioridade está em sua virtude e esta se localiza no ponto alto entre dois extremos. O Cristão deve imitar a Cristo.

“Se algum terreno existe em que é preciso considerar os homens, não como são, mas como devem ser esse é precisamente o da espiritualidade. […] É necessário que elevando-nos sobre as convenções humanas, respiremos os ares do cume”   (Garrigou- Lagrange)

O nome do padre encerrava o seu destino.

 Amar a Deus mais do que a si mesmo, nisto consiste o heroísmo. O contrário disto Santo Agostinho deixa bem claro em suas duas cidades[5]: é o amor do homem por si mesmo que resulta em algo pior do que Sartre, do que nada. Mas para os que, cartesianamente, dividem Academia e Religião, deixo a definição, nas palavras do professor Roger Verneaux, do que vem a ser Psicologia Metáfisica, matéria preferida do Pe. Luiz Gonzaga do Monte.

“Para que o espírito fique satisfeito, deve poder explicá-lo para si mesmo, isto é, conhecer suas causas, princípios e razões. Uma Metafísica que não se contenta em ser uma construção de conceitos, mas pretende dar uma explicação do real, baseia-se sempre na experiência, funda-se nela, refletindo sobre ela e ultrapassando-a”

Antevendo, ainda, uma possível “ladainha do ódio” recitada por alguns, com as mais variadas denominações, ao autor destas pobre linhas: raivoso, amargo, intransigente, azedo…

Segue, a estes, o ensinamento de São João Crisostomo:

 “Sem cólera, nem a virtude progride, nem as leis subsistem, nem as faltas reprimidas. A excessiva paciência fomenta o vício, anima os negligentes, induz para o caminho do mal não só os maus, mas até os bons.”

Peço que cada leitor reze, sem romantismos, uma Ave Maria pelo nosso, herói desconhecido, padre vitoriense.

Noel Neder – COUVENT DE LA HAYE-AUX-BONSHOMMES
AVRILLÉ-FRANÇA 


[1] Morei alguns anos em Vitória, frequentei inumeros ambientes, dentre estes, os “intelectuais” e jamais ouvi uma única menção a esse padre. De maneira absolutamente epidérmica e a lufadas esporádicas ouve-se o nome dos outros dois intelectuais. Ora com citações indevidas ou como nome de estabelecimentos. Chega a ser irônico como Osman Lins é lembrado. Suas grandes obras são absolutamente desconhecidas do grande público, restando os louros a uma obra menor que inspirou um filme na Rede Globo.

[2] Sobre esse particular assevera Garrigou- Lagrange: “Hoje a especialização exagerada dos estudos faz com que muitas inteligências fiquem privadas da visão de conjunto necessária para julgar retamente as coias […] O culto do detalhe não deve perder de vista o conjunto.

[3] Falo aqui de alma espiritual, ou seja, humana. Para Aristóteles a alma é um “princípio vital de um corpo organizado”, logo um animal aprazível, ou não, possui alma.

[4] Isso explica, em parte, porque o nosso bispo comunista, como a ele se referia Nelson Rodrigues, usava tanto esse termo usque ad nauseam.

[5]Duas cidades: a celeste é formada pelo amor de Deus até o desprezo de nós mesmos; a cidade terrestre é formada pelo nosso amor próprio elevado até o desprezo de Deus

 

 

 

Internauta reclama de bichos em sua rua.

Internauta, que pediu para não ser identificada, flagrou uma porquinha na rua Desembargador Pedro Beltrão, próximo ao Mercadinho WL, nas imediações do bairro do Cajá.

O referido entulho já foi denunciado pela mesma internauta e publicado em nosso blog, pelo registro fotográfico parece que a prefeitura ainda não tomou providências quanto a sua retirada, ocasionando esse tipo de cena: porcos fuçando lixo.

Leia também:
Internauta reclama de entulho e lixo em sua rua.
(publicado em 21 de Março de 2012).