SAUDADE GOSTOSA – por Sosígenes Bittencourt.

Uma amiga do peito (ab imo pectore) postou no facebook que estava sentindo uma saudade gostosa no primeiro domingo do ano. Saudade gostosa é poesia, é uma embriaguez natural, promovida por “droga” cerebral. O nosso sistema límbico é responsável pela memória emocional, por isso choramos nos sepultamentos.

O romancista francês Victor Hugo definia a Melancolia como “a felicidade de ser triste”. Eu contestaria, porque “ser triste” não me parece sinônimo de Felicidade. Já o jornalista e escritor carioca Carlos Heitor Cony revelou seu sentimento: Nostalgia é saudade do que vivi. Melancolia é saudade do que não vivi.

Sosígenes Bittencourt

11ª edição da Feijoada da ABTV – homenagens, celebrações, encontros de ritmos e alegria….

Cumprindo a função para a qual foi criada a Feijoada da ABTV – Associação dos Blocos de Trio da Vitória – realizou, no sábado (13), no Restaurante Gamela de Ouro, a sua “reunião festiva”, intitulada de 11ª Feijoada da ABTV.

Acolhendo políticos de todas as tendências, diretores de blocos e troças, carnavalescos da “velha” e “nova” geração e foliões sintonizados com os nossos festejos de momo, o evento, sob ponto de vista musical, “juntou” todos os ritmos, isto é:  pagode, fado, frevo e axé.

Comandando o palco principal, o líder do Grupo Suca Samba, Sandro, recebeu vários parceiros  do mundo da música para  interpretar de tudo um pouco. Veja o vídeo.

Contando com representação da imprensa de todas as plataformas de comunicação, o evento oportunizou um espaço plural para que os patrocinadores do nosso carnaval “desse o seu recado”. Na qualidade de “Mestre de Cerimonia”, o conceituado jornalista, José Edalvo, portador, entre outros predicados, de uma memória invejável, conduziu os trabalhos  condecorativos com a sua elegância de sempre. .

Na categoria homenagens e celebrações – ponto alto do evento – a entidade (ABTV) realçou a figura do folião Carlos Freire e do alegorista Toinho do Atelier, recentemente falecidos – homenagem póstuma.

Os filhos do empresário Carlos dos Santos Freire, visivelmente emocionados, agradeceram, lembrando que o pai era um eterno apaixonado pelo carnaval antonense. O presidente do Instituto Histórico da Vitória, professor Pedro Ferrer, na ocasião, usou da palavra para sublinhar detalhes da vida do homenageado.

Representando a família do alegorista e grande artista da nossa terra, o diretor Charles Romão (genro do homenageado), entre outras coisas,  disse que o  nome do sogro também será lembrando na programação oficial do nosso carnaval. Na ocasião, o emblemático carnavalesco Joel Neto contou algumas histórias,  confirmando  a figura ímpar de “Seu” Toinho,  na construção do nosso carnaval de alegorias.

Ratificando o centenário do Clube Urso Branco, os diretores da agremiação, Ronaldo, Carlos e Oscar receberam a comenda das mãos do diretor do Clube dos Motoristas, Ozias Valentin, que emitiu sonoras palavras de parabéns.

Completando meio século de fundação, a agremiação “O Coelho”, representada por pai e filho – Antônio Freitas e Everton – recebeu das mãos do grande carnavalescos, Heleno Rodrigues, o certificado congratulatório,  emitido pela entidade – ABTV.

Fechando as celebrações comemorativas a presidente do Clube de Fado Taboquinhas, Verônica, juntamente com músicos da “velha e nova safra” da agremiação,  receberam uma marcante saudação do carnavalesco Paulo Lima, que tem um histórico familiar dedicados à manutenção do clube (taboquinhas), que  aliás se configura num verdadeiro patrimônio da nossa cidade.

Para concluir, o evento também abriu espaço para a apresentação do Rei e da Rainha do carnaval vitoriense 2024 – Vinicius Mateus e Jéssica Yuka, respectivamente. Nesse contexto, podemos dizer que 11ª edição da Feijoada da ABTV  proporcionou aos amantes do nosso carnaval um dia memorável, cumprindo, assim, a função da entidade (ABTV) que, além de  zelar e  preservar pela memória do nosso carnaval ainda  fomentar a nossa festa maior,  que se chama “Carnaval da Vitória de Santo Antão”.

Vale lembrar, também, que a Feijoada da ABTV, desde a sua primeira edição,  é um evento patrocinado pelo Engarrafamento Pitú, uma espécie de Patrocinador Master do Carnaval da Vitória. 

Vida Passada… – D. Silvério Pimenta – por Célio Meira

Célio Meira – jornalista e escritor

Manuel Seabra e Antônio Gurgel, velhos educadores mineiros, de Congonhas do Campo, conta o ilustrado historiador do “Galeria Nacional”, foram os professores, na escola primária, em 1850, mais ou menos, de Silvério Gomes Pimenta, menino de olhos vivos, e de coração piedoso, a quem o destino traçara jornada luminosa, pela terra, ao serviço de Deus. Matriculado no glorioso Seminário de Mariana, obteve, o jovem Silvério Pimenta, aos 21 anos de idade, o presbiterato, fazendo sua festa de levita, afirma aquele historiador, ao lado de seu padrinho, D. Antônio Ferreira Viçoso, na matriz da famosa Sabará.

Três anos mais tarde, viajando pela Europa, padre Silvério visitou Pio IX, que, abençoando-o, o convidou para pregar nas velhas igrejas de Roma. E nas arcadas, nas abóbadas sagradas dos famosos templos religiosos da Cidade Eterna, reboou a palavra moça, fascinante, e cheia de emoção, desse ilustrado brasileiro, que seria, com a rotação do tempo, príncipe eminente, no reinado de Jesus.

Deus o acolheu, em 1890, para dirigir o bispado de Mariana, da mesma terra histórica, onde padre Silvério passou a mocidade, no Seminário, guardando, no espírito, as lições dos mestres, e , no coração, a moral do Nazareno.

Homem de Fé e homem de letras, d. Silvério, latinista, orador fulgurante, jornalista, e poeta de sensibilidade, realizou, obra notável na sua diocese, alcançando, em pouco tempo, no Brasil e no estrangeiro, renome e glória. E quatorze anos depois, o Vaticano elevou o arcebispo, na mesma terra de Minas, o eminente prelado, nascido a 12 de janeiro de 1840, na antiga Congonhas do Campo.

E quando a morte arrebatou o acadêmico e jornalista Aleindo Guanabara, a Academia de Letras elegeu o arcebispo de Mariana. Recebeu-o, em 1929 na Casa de Machado de Assis, o polemista Carlos de Laet, que alfinetou, malicioso, a memória daquele gigante da imprensa brasileira. A oração do novo ocupante, àquele tempo, da cadeira nº 19, é, na verdade joia literária, de fino lavor. E dois anos decorridos desapareceu, levado pela morte, o grande arcebispo, que na Igreja e na Academia, foi o Príncipe da virtude e o Príncipe da Sabedoria.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reuno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

11ª Feijoada da ABTV – É NESSE SÁBADO (13) – homenagens e celebrações!!!

Patrocinada  pela PITÚ, amanhã, sábado, 13 de janeiro, acontecerá a 11ª Edição da Feijoada da ABTV. A reunião festiva, por assim dizer, ocorrerá no Restaurante Gamela de Ouro, a partir das 11h.

Na programação do evento, além de apresentações musicais, constarão homenagens e celebrações. O folião Carlos Freire e o alegorista Toinho do Atelier, recentemente falecidos,   serão lembrados na categoria homenagem póstuma.

Celebrando o meio século de fundação da agremiação “O Coelho”  e a passagem do centenário dos Clubes “Urso Branco” e “Taboquinhas” , verdadeiras referências do nosso carnaval, a ABTV cumpre mais uma das suas missões, ou seja: manter viva a nossa festa maior (Carnaval).

Também irá marcar presença no evento de forma expressiva, além de diretores de agremiações e foliões em geral, a imprensa local – tv, rádios, sites, e blogueiros já estão confirmados, com suas respectivas equipes.

Como faço para participar?

Serviço:

Evento: 11ª Edição da Feijoada da ABTV

Local: Restaurante Gamela de Ouro

Dia e Hora: sábado (13), a partir das 11h

Valor: pulseira/ingresso: $10,00 – poderá ser adquirida com os diretores dos blocos afiliados ou na portaria do evento.

Aconteceu mais uma reunião ordinária da ABTV…..

Na noite da quinta-feira (11) aconteceu mais uma reunião ordinária da ABTV – Associação dos Blocos de Trio da Vitória. O encontro ocorreu na sede da instituição, localizada no bairro do Livramento.

Entre outros assuntos pautados, o produtor cultural,  Leonardo Edardna, orientou os afiliados à melhor maneira  de construir os registros e as documentações necessárias, para serem usados nas parcerias e públicas/privada.

No ensejo, também foram discutidos os últimos detalhes da 11ª Edição da Feijoada da ABTV, evento promovido pela instituição que ocorrerá amanhã, a partir das 11h, no Restaurante Gamela de Ouro.

A história da fundação da “Girafa”- por Dryton Bandeira.

Ávidos por algo diferenciado e motivador para brincar o carnaval de 1950, um grupo de “corrioleiros” (amigos), teve a inusitada ideia de “roubar” a girafa alegórica usada como símbolo do Armazém Nordeste – A Girafa Tecidos (casa comercial situada na Praça da Bandeira). Discretamente a missão foi cumprida com sucesso, e o produto do ilícito sorrateiramente recolhido à Oficina Atômica, de propriedade de Zé Palito.

Reunião marcada, corriola reunida, bebidas servidas, discursos proferidos: estava fundada a Troça Carnavalesca Mista A Girafa. Oficialmente a data da fundação é 16/01/1950, como consta em Ata lavrada à época.

A primeira Diretoria ficou assim constituída:

– Presidente: José Mesquita de Freitas (Zezinho Mesquita);
– Vice-Presidente: José Augusto Férrer;
– Secretário: José Jacinto;
– Diretor Geral: José Celestino de Andrade (Zé Palito);
– Orador: Mauro Paes Barreto;
– Tesoureiro: Aluízio Férrer;
– Diretor Musical: Paulo Férrer;
– Fiscais: João Carneiro (Doido) e Hugo Costa;
– Diretor Artístico: Nivaldo Varela;
– Porta-Estandarte: Wilson Coelho (O Bruto);
– Comissão de Recepção: Donato Carneiro, José Pedro Gomes, Eliel Tavares, José Vieira (Zequinha), Rubens Costa e João Peixe.

Após o carnaval, sanadas as arestas geradas por conta de “roubo” do animal símbolo de Armazém Nordeste, ficou devidamente acordado entre as partes que a alegoria em questão, seria emprestada anualmente pela referida loja e posteriormente devolvida em perfeito estado de conservação. Anos após, a diretoria mandou confeccionar sua própria Girafa, símbolo maior e marca-registrada dos girafistas até os dias atuais. Vale enfatizar que a Girafa é a única agremiação da cidade a participar de todos os carnavais desde sua fundação.

Durante anos e já na condição de Clube, abnegados foliões conduziram os destinos da folia girafista e suas alegorias foram montadas em diversos locais da cidade, até que me 1986 foi concluída a construção do um moderno e amplo barracão, localizado à Rua Eurico Valois (Estrada Nova). O citado barracão não foi festivamente inaugurado, em face do falecimento de Dona Jura. Tão girafista quanto seu marido,  Mané Mizura.

As apresentações ocorriam nas manhãs de domingo e terça-feira de carnaval, saindo da Praça Félix Barreto, no Bairro do Livramento. Acordes do famoso hino e gigantesca queima de fogos sinalizavam o início de mais um desfile. Clarins anunciavam a presença do Clube na ruas da cidade e o abre-alas era composto do animal símbolo e de foliões devidamente caracterizados de Girafa. Belas e criativas fantasias compunham as alegorias, geralmente inspiradas em temas infantis. Transcorridas alguma horas, o percurso era alegremente cumprido. Novo show pirotécnico, frevo e muita confraternização, fechavam com risos e lágrimas mais um dia de exaltação à Girafa.

Três estandartes saíram às ruas da cidade durante mais de cinco décadas de existência. Inúmeras orquestras animaram os girafistas. Dentre elas: A Venenosa, 3 de Agosto e a do Maestro Seminha de Limoeiro. O hino oficial é: Exaltação à Girafa, composto por Guga Férrer (letra) e Sérgio Patury (música), gravado na voz de Babuska Valença.

Dryton Bandeira. 

Resenha de Carnaval está garantida com lata da Pitú alusiva à festa.

A convite da Ampla, a ilustradora recifense Hana Luzia materializou cenas da folia na lata da aguardente

Carnaval, Pitú e resenha são feitos um para o outro, assim como o mel, limão e a dose da branquinha: ambas são combinações que dão muito certo. Patrocinadora oficial da resenha de Carnaval, a Pitú apresenta sua lata alusiva à festa de Momo. A convite da Ampla, a ilustradora recifense Hana Luzia foi quem materializou a cena da folia na lata da Pitú. A designer, que atua principalmente em projetos editoriais, de ilustração e identidade visual, tem mais de 15 anos de experiência na área, além de premiações de grande relevância no âmbito nacional.

“Para os brasileiros, brincar carnaval é coisa séria. Como sabemos, essa festa é patrimônio nacional da nossa cultura. Todo folião tem uma fantasia, uma paixão e uma dancinha pra lá de ‘resenhosa’. É com esse sentimento, e inspirados nos blocos e troças carnavalescas brasileiras, que desenvolvemos o insight da lata comemorativa do Carnaval 2024 da Pitú”, explica Amin Melo, Head de Criação da Ampla.

Segundo ele, a ilustração desenvolvida por Hana resgata a memória afetiva de uma típica cena carnavalesca brasileira: um bloco de rua. Teve como inspiração o traço e a poética do renomado artista pernambucano Bajado, conhecido por retratar as explosões da massa pulando o carnaval de Olinda em suas obras

Na lata, personagens, fantasias, danças, brincadeiras, cores, orquestras, trio elétrico e mais uma série de elementos dão vida a essa resenha que é o Carnaval. “Pitú, que sempre apoiou as manifestações culturais da Nação Pituzeira, anuncia que ela é, na verdade, a ‘Patrocinadora Oficial da Resenha’ dos carnavais desse Brasil”, declara Eduarda Ferrer, gerente de Marketing da Pitú.

Ela lembra que Pitú foi a primeira patrocinadora do maior bloco do mundo, o Galo da Madrugada, onde a resenha se construiu ao longo de todos esses anos. A Pitú foi o primeiro cliente da Ampla e segue com a agência há mais de 46 anos. O atendimento engloba a comunicação publicitária em todas as frentes offline e online, para os produtos Pitú, Pitú Cola, Vitoriosa, Pitú Gold, Pitú Limão e Vodka Bolvana.

Ficha técnica:
Manuel Cavalcanti – Diretor de Criação
Ali Carvalho – Diretor de Criação
Marina Lins – Head de Criação
Amin Melo – Head de Criação
Andi Almeida – Redator
Marcelo Rodrigues – Diretor de Arte
Dani Koury – Head de Negócios
Will Borges – Analista de Negócios
Luan Campos – Analista de Negócios
Hana Luzia – Ilustradora.

PENSANDO NA VIDA – por Sosígenes Bittencourt

*Organize-se, não agonize.

*Remédio para ansiedade é atitude.
Remédio para timidez é caridade.

*Depressão passa, saia pra vida.

*Olhe com bons olhos para iluminar o seu corpo.

*Aprenda com o sofrimento o que é felicidade.

*Estude. Tudo, sem estudo, é nada.

*Acreditar em Deus e na Salvação da Alma não faz mal a ninguém.

Sosígenes Bittencourt

FLORES DE PERNAMBUCO – por Marcus Prado.

MEU NETO, jovem médico e apaixonado pela botânica, RICARDO PRADO PRADO, colecionador de plantas, algumas raras, e a avó dele, também colecionadora, tiveram neste sábado (6) uma longa conversa pelas redes sociais com o famoso professor em botânica e conferencista SAMUEL GONÇALVES , prestigiado com quase meio milhão de seguidores no YouTube.

Tive uma breve participação, lembrando a importância histórica e liderança de Pernambuco na produção de Flores Tropicais.

Falei sobre o livro FLORES TROPICAIS, da Embrapa/Brasília, a maior referência bibliográfico nacional sobre o tema, edição de luxo, capa dura, bilíngue, em estojo, finalista do Jabuti 1960, do qual Deborah Brennand e eu somos coautores (Deborah com poemas abrindo cada capítulo e eu com fotos).

Falei sobre o jornal FLORES DE PERNAMBUCO, do qual sou fundador, talvez o único na sua especialidade publicado no Brasil.

Marcus Prado – jornalista