Mercado Público de Gravatá: mais uma missão cultural!!

No sábado (16) a “Corriola da Matriz” cumpriu mais agenda cultural. Dessa vez, para aproveitar o clima junino, o Mercado Público escolhido foi da cidade de Gravatá. Por lá, uma movimentação muita acima da costumeira.

O Mercado Público de Gravatá é mais um bom exemplo de utilização desse tipo de equipamento público. Na nossa região esse tipo de construção e concepção de negócio, de maneira geral,  surgiu  no inicio do século XX e estava voltado à comercialização de gêneros para consumo de primeira necessidade. O tempo passou e as coisas mudaram. Hoje, basicamente, esse espaço, nas grandes e pequenas cidades,  está direcionado às manifestações culturais e ponto de encontro para se jogar conversa fora. Além do nosso grupo, encontramos vários santonenses no ambiente.

Grupos musicais se revezaram no palco, tocando o autêntico forró pé de serra. veja o vídeo.

 

“Arena do Fera”: jogos e comemorações!!!

A diretoria da agremiação carnavalesca “Bloco do Fera” montou uma estrutura no Clube Abanadores “ O Leão” para embalar a participação do selecionado brasileiro na Copa da Rússia. Com o encerramento da partida de ontem (18) –  “magro empate” –  a turma jovem não se abalou,  e caio na folia. A “Arena do Fera” segue até o final da copa. Para participar, deve-se adquirir a camisa-ingresso com a diretoria do bloco. Veja o vídeo.

 

Doutor Aloísio de Melo Xavier: CEM ANOS DE PRESTÍGIO!!

Promovida em parceria entre o Instituto Histórico da Vitória e os descendentes do prestigiado casal, Eunice e Aloísio, a solenidade comemorativa ao centenário do nascimento do Doutor Aloísio de Melo Xavier (06/06/1918), ocorrida na noite da sexta (08), no Salão Nobre da Casa do Imperador, reuniu, como bem frisou um dos filhos, um conjunto de “familiares sócio-afetivo”.

Com o auditório lotado o presidente do Instituto Histórico, professor Pedro Ferrer, abriu o evento agradecendo a presença de todos. A oradora oficial da entidade, a escritora Luciene Freitas,  narrou a trajetória de vida formal do doutor Aloísio de Melo Xavier.

Na qualidade de orador oficial da noite o jornalista João de Albuquerque Álvares – amigo da família desde tenra idade -,   com toda propriedade, elencou um conjunto de qualidade do “aniversariante da noite”. Na sua fala, ao reproduzir alguns dos trocadilhos do Doutor Aloísio, grafados no livro Panorama, levou a plateia a boas risadas.

O jornalista José Edalvo, em sua intervenção oral, relacionou os “pontos” de ligação que mantém com todos os filhos do homenageado  para mensurar o nível de missão que recebeu, ao ser escalado para ser o porta voz do sentimento de todos os santonenses, por ocasião do funeral do doutro Aloísio, ocorrido em primeiro de abril de 2000.

Representando a família, o doutor Aluisio José, visivelmente emocionado, usou da palavra para expressar o sentimento de gratidão – como ele mesmo falou, não só pelo evento, mas por tudo que a cidade da Vitória e seus nativos retribuíram ao seu genitor – vídeo, abaixo,  com o discurso completo.

Antes do encerramento o presidente do Instituto Histórico,  professor Pedro Ferrer, convidou o ex-governador  Gustavo Krause –  que estava  sentado na plateia – para também realçar suas considerações.

Ao final da Sessão Solene os convidados, acompanhados por uma orquestra de frevo, dirigiram-se ao casarão da família, localizada na via pública que recebeu o nome do homenageado – Doutor Aloísio de Melo Xavier –  para descerrar, com muito fogos e efusivos aplausos,  a placa comemorativa do  evento.

Na ocasião a família recepcionou e brindou o auspicioso acontecimento  com um coquetel, servido no endereço “dos Xavies” na nossa cidade. Em nome da família de Zito Mariano – primo legitimo de Dona Eunice e admirador do Doutor Aloísio – externo meus parabéns aos primos e demais parentes,  pela inequívoca demonstração de prestigio. Com relação aos ensinamentos transferidos pelos  os seus respectivos pais,  fica-me a nítida certeza de que tudo valeu a pena!!

Cineclube Avalovara exibe LENINGRADO e ERA O HOTEL CAMBRIDGE.

Ainda nem deu tempo se recuperar da sessão de maio, e a gente já tem data mais que marcada para próxima sessão: será dia 10 de junho, com exibição dos filmes LENINGRADO, LINHA 41 (Dênia Cruz, 2017, 20min) e ERA O HOTEL CAMBRIDGE (Eliane Caffé, 2016, 1h33min), numa proposta de debate sobre a crise habitacional e a luta por moradia no nosso país. Ambos os filmes foram gentilmente cedidos pelas diretoras.

O Cineclube Avalovara é um projeto aprovado no 10º Edital do Programa de Desenvolvimento da Produção Audiovisual de Pernambuco (Funcultura 2016 – 2017), e tem apoio do Instituto Histórico e Geográfico de Vitória de Santo Antão (IHGVSA) e da Federação Pernambucana de Cineclubes (Fepec).

SINOPSE “LENINGRADO, LINHA 41”

O filme relata a história do assentamento Leningrado, Natal (RN), cuja comunidade ainda luta por serviços básicos como escola, saúde, segurança e lazer, sendo sua única ligação com a cidade a Linha 41, que precisa ser ampliada.

SINOPSE “ERA O HOTEL CAMBRIDGE”

A trajetória de refugiados recém-chegados ao Brasil que, junto com trabalhadores sem-teto, ocupam um velho edifício abandonado no centro de São Paulo. Em meio à tensão diária da ameaça do despejo, revelam-se dramas, situações cômicas e diferentes visões de mundo. ​

SERVIÇO

Cineclube Avalovara exibe LENINGRADO e ERA O HOTEL CAMBRIDGE

Classificação indicativa: Livre

Data e hora: 10/06/2018 (dom), às 17h

Local: Silogeu do IHGVSA

Entrada Franca

Momento Cultural: Bodas de Ouro – por Corina de Holanda.

(De José Bonifácio e Maria José de Holanda).

Garimpeiros do amor

Por ti abençoado,

Te ofertamos, Senhor,

O ouro acrisolado

Colhido na jornada…

(A prata já foi dada)

Nós te damos também,

Gemas de excelsos brilhos,

Para nós, – Nossos Filhos!

Abençoa-os, Senhor!

São todo o nosso bem,

Frutos do nosso amor.

(Entre o céu e a Terra – 1972 – Corina de Holanda – pág. 60).

Eu sonhei que estava no Recife Antigo.

Eu sonhei que estava no Recife Antigo, na década de 80, às tantas da madrugada. Parava na esquina, puxava um Hollywood do bolso e acendia. Depois de soltar uma baforada, ficava pensando: por aqui já passou muita gente que já morreu.

Ali, antigamente, tinha um bocado de cabaré. Era bom demais. Rua da Moeda, Vigário Tenório, Torre Malakoff… O Oceano Atlântico ficava ali na frente, ventilando, cheiroso, fazendo uma zoadinha. Tinha o Tonny Drink’s, o Capitólio, Night and Day… As meninas eram esguias, vestidinho curtinho, tamanquinho e rabo de cavalo. A boite estava aromática, ervas pelo chão, uma bola prateada girando à luz negra. A gente pagava 5 mil réis e tinha direito a uma dose de Ron Montilla com um limão escanchado na beira do copo. Recebia, também, um saco de pipoca milho em flor. Aí, veio uma camarada branquinha, sentou-se ao meu lado, apoiou o queixo sobre as mãos enclavinhadas e perguntou: – Tudo bem?
E eu, todo amostrado: Melhorou muito!

Pegou na minha mão, deu um cheiro na minha bochecha e me tirou pra dançar. A gente dançava solto, uns ritmos quentes, americanos. Quando ela ria, o rosto ficava todo iluminado, parecia que eu estava sonhando. Eu era maneiro, o sangue desintoxicado, todo novo. Nunca me esqueço desse sonho que já sonhei tantas vezes. Nunca me esqueço de que, quando fomos dormir, ela escovou os dentes. É a vida. Nem tudo a gente pode contar. O sexo ficou para a cama, e os segredos do amor, para o coração.
Onírico abraço!

Sosígenes Bittencourt

Em Vitória, poderíamos está colhendo os frutos da ferrovia local!!!

Após o drama do desabastecimento,  vivenciado recentemente pela população brasileira, em virtude dos efeitos colaterais da paralisação dos caminhoneiros, o brasileiro, de maneira geral, passou a entender os motivos pelos quais, de fato, estamos todos nas mãos dos profissionais das estradas. O problema não é novo e apenas demonstra o quanto nossas políticas públicas nacionais, no que se refere aos transportes,  foram equivocadas. Aliás, mesmo depois de quase cem anos, ainda persistimos no erro, ou seja: ignorando os investimentos em ferrovias.

Segundo informações,  um terço das ferrovias que o país possui hoje, ainda é uma herança do Brasil Império. Desde as primeiras décadas do século XX – influenciada pelas multinacionais –  que priorizamos os investimentos públicos no transporte rodoviário. “Governar, é abrir estradas”, dizia o presidente Washington Luis.

Pois bem, o transporte rodoviário de carga no Brasil ultrapassa os 60% de tudo que se consome.  Em nosso estado a situação ainda consegue ser pior. Dados indicam que 86,4% das mercadorias consumidas pelos pernambucanos trafegam pelas estradas. Diga-se de passagem: 56.1% delas (estradas) inadequadas, na visão dos especialistas.  Números dão conta que apenas as 2,1% do transporte de carga no nosso estado é realizado sob os trilhos.

Com efeito, em função das plantas industriais que aportaram em nossas terras, nos últimos quinze anos, tivemos um aumento considerável do tráfego de caminhos e carretas circulando pelo entorno da nossa Vitória de Santo Antão. Em contrapartida não tivemos praticamente nenhum investimento estruturador na nossa região que possa atenuar os impactos dessa nova demanda.

Na qualidade de cidade privilegiada, tanto com os recentes investimentos fabril e como uma das primeiras cidades do estado a contar com o transporte ferroviário, iniciado lá no final do século XIX, Vitória, com a chegada do trem,  conjugou o verdadeiro desenvolvimento econômico,  ao servir de ponto de ligação entre a capital e o interior. Partindo do Recife até a cidade sertaneja de Salgueiro, a locomotiva,  em vários trechos desse percurso,  chegavam a “caminhar” lado a lado com os carros,  que trafegavam pela BR 232. Os mais velhos devem lembrar dessas  cenas…..

Após o sucateamento de grande parte da malha ferroviária pernambucana nossa cidade, Vitória de Santo Antão, foi uma das que mais sofreu com os impactos nocivos dessa paralisação. Não obstante todos os efeitos econômicos dessa cadeia produtiva, as duas últimas gestões municipais, diga-se “Governo Que Faz” e “Governo de Todos”, comandados, respectivamente, por José Aglailson e Elias Lira,  cuidaram sepultar, por assim dizer, todas as esperanças de voltarmos a utilizar o trem,  como forma alternativa de transporte, uma vez que praticamente todo perímetro urbano, antes ocupado pelos trilhos, foram INVADIDOS pelos  correligionários e/ou apadrinhados dos dois grupos políticos.

Não fosse esse pontual desserviço à coletividade vitoriense, hoje, poderíamos ser uma das pouquíssimas  cidades do interior do Brasil com possibilidade totalmente viável de transitar com VLT – Veiculo Leve sobre Trilhos.

Para se ter uma ideia da importância dessa operação, basta dizer que um trabalhador que morasse no bairro do Cajueiro, por exemplo, e trabalhasse em alguma industria,  localizada no nosso distrito industrial, ou mesmo uma família que  morasse no bairro de Campinas e quisesse passear no Vitória Park Shopping, poderiam, pagando passagem baixíssimas, trafegar de trem, com todo conforto e segurança.

Em detrimento da vantagem pessoal de alguns “sortudos”, que usaram terrenos com para as mais variadas construções,  toda coletividade,  e até as gerações vindouras, continuarão pagando um preço muito alto por esse tipo de  políticas públicas populistas e demagógicas.

Queira Deus que nos próximos debates políticos, com vistas às eleições presidenciais que se avizinham,  o tema das ferrovias seja debatido com a seriedade devida, pois, do mais simples trabalhador ao mais rico industrial, doravante, todos já estão cientes de que se os caminhoneiros se organizaram com mais planejamento, o Brasil TRAVA!!!

Viagem da seleção, grave dos caminhoneiros e o trem da Vitória.

Por conta da viagem de trem, recentemente realizada pelo selecionado brasileiro, na Europa, com vista à preparação para Copa da Rússia 2018, promovi um  dialogo abrangente – atual e histórico –  com o meu filho Gabriel. Ele, por acompanhar com frequência o “mundo da bola” do outro lado do Oceano Atlântico, é portador de um relativo conhecimento da utilização desse tipo de transporte,  nos deslocamentos dos jogadores e das suas respectivas equipes na chamada “União Europeia”.

Nesse contexto –  e também recentemente –  a grande mídia nacional, face ao caos provocado em todo Brasil pela paralisação dos caminhoneiros, revelou números e informações atinentes ao sucateamento da  malha ferroviária nacional.

Bom! Em meio ao nosso agradável bate-papo – sobre trem – adentremos no “mundo ferroviário” local, quando revelei que, quando criança, por incontáveis vezes,  aventurar-me seguir à Capital dentro de um daqueles vagões quase que artesanais, se comparados aos moderníssimos modelos de hoje. Do escuro e do frio na barriga, ao atravessamos  os “intermináveis” túneis, distribuídos ao longo do percurso, agora, só nos resta saudade e lembranças………

Desde a sua invenção (inicio do século XIX) até os dia de hoje e, evidentemente com o seu constante melhoramento,  o deslocamento de trem – seja para carga ou passageiro – nos quatro cantos do planeta,  tem se mostrado uma via racional, segura e também de baixo custo.

Nossa cidade, Vitória de Santo Antão, a partir de 1886, foi contemplada com o que  de mais moderno existia  – para época –  no que se refere ao processo de integração dos povos e no mais imponente símbolo do progresso. Assim sendo, amanhã, tentarei narrar um pouco da minha frustração e da incapacidade e visão de futuro dos nossos governantes, ao longo das últimas décadas, no tocante ao total desmantelamento da malha ferroviária santonense.

Vitória: corrida aos postos…….

Nossa cidade, em função da crise de desabastecimento, provocada pelo movimento nacional dos caminhoneiros, também provocou corrida dos motoristas aos postos de combustível. Registramos, na tarde da quarta (30), na Rua José Rufino,  uma grande fila de veículos se formou para o devido abastecimento no Posto Shell. Além de uma dose extra de paciência, os motoristas também estão precisando “esticar” o dinheiro, em função da alta dos preços nas bombas em virtude da política de preços imposta pela própria Petrobrás. Veja o vídeo.

Vitória parou: e dai?

O registro fotográfico nesse post, por incrível que nos possa parecer, foi realizado num dia de segunda-feira (28 de maio de 2018), quando já se passava pouco mais das seis e meia da noite (18:38h). Em um momento histórico para o Brasil, Vitória também entrou em compasso de letargia e sonolência  em função, entre outras coisas, do desabastecimento de combustível para os veículos automotores.

Em momentos como esses deveríamos refletir um pouco mais e, se possível, noutra direção. Nos tempos atuais, modernos e pós-modernos,  por assim dizer,  o SER humano, aos poucos, sem perceber, segue tentando caminhar na mesma velocidade dos equipamentos produzidos por outros  SERES humanos,  mais inteligentes e a serviço de um sistema que mais parece um saco sem fundo, isto é: nunca se enche.

Sem querer adentrar nos efeitos práticos e nas incalculáveis implicações socioeconômicas, atinentes à  paralisação dos caminhoneiros, até porque, nesse momento,  estou sintonizado em outra linha de raciocínio, bastou os motores serem desligados e tudo mudou de ritmo. Ao que parece, somos apenas mais um passageiro, perdido por entre os vagões, em busca de uma estação qualquer cujo destino será sempre definido pela possante locomotiva  que, nesse caso,  atende pelo nome de sistema capitalista.

Doutor Aloísio de Melo Xavier: comemoração do centenário do seu nascimento.

Por ocasião da comemoração do centenário de nascimento do santonense Aloísio de Melo Xavier, estamos postando  trechos de uma  entrevistas dele,  concedida ao jornalista João Álvares e  publicada no Jornal da Vitória.

Sua nomeação para desembargador foi aguardada pelos conterrâneos com muita expectativa. Inesperadamente o senhor requereu aposentadoria da função de juiz de direito, encerrando suas atividades na magistratura, deixando tristes e frustrados os inúmeros amigos e admiradores.

Sempre entendi que o magistrado, no cumprimento dos seus misteres, deve ser uma pessoa independente, jamais se submetendo a influência ou pressões quaisquer. A independência do magistrado é o penhor mais seguro para que cumpra os seus deveres. Um juiz não pode receber favores ou solicitações a quem quer que seja. A consciência do juiz deve ser reta, jamais se desviando do exato cumprimento do seu dever. É mais valioso o magistrado que exerce modestamente suas funções do que outro ministro do mais elevado tribunal do pais e que atue ao sabor dos políticos influentes.

A descriminalização das drogas precisa entrar no debate eleitoral…….

Aos poucos, aqui e acolá, nas redes nacionais de televisão aberta, algo altamente controlado, apesar do fim da censura, estou  assistindo e ouvindo opiniões na direção daquilo que penso e externo, há mais de uma década em debates e reuniões informais sobre a descriminalização das drogas ilícitas.

A repressão do estado jurídico e policial brasileiro, sobretudo na “Cidade Maravilhosa”, ao longo das décadas, vem demonstrado –  em números reais e até visível a “olho nu”,  do mais desatendo cidadão – que esse enfrentamento da maneira que está posto é  pouco racional e nada inteligente. Olhar noutra direção se faz necessário!!

Esse tipo de política no Brasil fracassou nas duas pontas: não melhoramos a  educação do povo  e hoje ostentamos a terceira maior população carcerária do planeta. E o consumo de drogas tem diminuído? Em dezembro de 2014, tínhamos 622.022 presos.  Em junho de 2016, saltamos para 726.712 encarcerados.

Faltando poucos  meses para as  eleições gerais – que ocorrerão em outubro próximo –  os pré-candidatos a presidente da republica tem abordado o assunto da “segurança pública” de maneira rasa, sem estudos aprofundados e sem apresentar rotas alternativas, ou seja: continuam tentando empurrar o problema para “debaixo do tapete”. Há, inclusive,  algum que diz que “bandido bom, é bandido morto!”

Seria muito bom que os grandes temas nacionais despertassem na população em geral, sobretudo do extrato social menos favorecido – a grande massa de eleitores – o interesse devido. Aliás, vale salientar:  é justamente nessa faixa de eleitorado que recai com maior força os impactos negativos ou positivos da chamada  macropolítica.

Lava Jato: punição vai chegar para todos os caciques!!!

Com a volta do ex-ministro José Dirceu para o “xilindró”, doravante, teremos a trinca de ouro da “Era Petista” fora de combate. Enquanto isso, a atual trinca de ouro dos “Tucanos” – Aécio, Serra e Alckmim – continua dormindo em casa todos os dias e frequentando as melhores rodas. A meu juízo, a diferença na situação deles está justamente na maneira pela qual os seus processos estão sendo julgados. Os três primeiros, ao longo do tempo  perderam o “Foro” e caíram na “vara” do Juiz Sérgio Moro. Os outros, detentores de mandatos,  ainda continuam sob a jurisdição do STF – Geraldo Alckmim desincompatibilizou –se do cargo de governador de São Paulo no último dia 06 de abril.

Sem querer entrar na rasa e binária discussão carcomida – PT X PSDB – imagino ser um desserviço à sociedade sugerir que haja alguma diferença profunda no modus operandis desses políticos na qualidade de  mandatários supremos, concedido pelo “voto livre e soberano” do povo.

Quero  crer que nesse novo Brasil que se desenha no qual,  pela primeira vez na sua história está assistindo empresários milionários e políticos influentes sendo condenados e presos, possamos avançar no combate à corrupção sistêmica,  instalada em todos os extratos sociais. Quando a faxina começa no andar de cima os efeitos da mesma logo chegarão aos andares abaixo. Avante Lava Jato!!!

“Bang-Bang na Vitória”: recorrer a quem?

No Brasil atual não estamos seguros,  e a cada dia que passa escorre por entre os dedos a sensação de segurança. Daí, o aumento das fobias e dos medos, estampados no semblante da população. O aumento da criminalidade não é ficção. Estamos vivenciando uma guerra civil. A solução ou controle dessa situação não é uma equação simples.

No nosso Estado, Pernambuco, em 2017, recebemos a “medalha de bronze” no pódium da violência. Figuramos como o terceiro estado mais violento da federação. Na nossa Vitória de Santo Antão, antes,  uma bucólica e pacata aldeia, hoje, estamos “compartilhando”  crimes e execuções em plena via pública, quer seja noite ou dia.

Circula nos grupos de “zap” um vídeo retratando, com toda fidelidade possível – que por motivos óbvios não o reproduzirei – uma execução sumária de uma pessoa, ocorrida, recentemente,  no nosso centro comercial. Não irei adentrar nos detalhes e especulações que por ventura tenham motivado essa  barbárie.

Ao cidadão comum ficam apenas  incógnitas: à quem pedir socorro? Ao governado do estado, doutor Paulo Câmara? Aos comandantes das Polícias (Civil e Militar)? Aos juízes e promotores da nossa Comarca? Ao prefeito e aos vereadores? Quem poderá nos salvar dessa verdadeira guerra ? Quem ? Quem?

O fato concreto é que estamos enfrentando na nossa cidade um sistema perverso e cruel, cada vez mais organizado e que opera como uma espécie de “franquia do crime”. A violência continua avançando sem rédeas, como se fora uma cavalo em disparada. Por mais que queiramos nos esconder dela e nos esquivarmos dos acontecimentos, precisamos viver……..E viver, nesse cotexto de insegurança, não é brincadeira não!!!!

Viva a democracia!! Cada qual diz o que acha mais conveniente……

A democracia, ao pé da letra, até hoje, só existe no papel. Na verdade, por enquanto, o povo não exerce integralmente o poder que lhe é “outorgado”. Muito pelo contrário são os  poderosos que,  em nome do povo, manipula as massas. Evidentemente que esse grau de interferência popular nos destinos de cada  nação,  variam de lugar para lugar. Quanto mais o povo for esclarecido menos tirania há de existir, ou seja:  menos poder verticalizado,  na direção dos menos favorecidos. De maneira geral, é isso que ocorre no mundo atual.

Atualizando-me com o noticiário nacional deparei-me com algumas noticias relacionadas com a corrida presidencial brasileira. Recentemente em grande evento voltado ao segmento do campo, ocorrido no entorno da capital federal, Brasília, figuras que estão na chamada pré-campanha marcaram presença.

Um deles, com ideias mais à direita, sinalizou que, caso seja eleito, iria distribuir fuzis para os homens do campo. Já outro, que expressa ideias mais “do centro”, prometeu, caso chegasse a subir a rampa com a faixa presidencial no peito, distribuiria  tratores: “o que o produtor rural precisa é produzir”, justificou ele.

Nesse noticiário, porém,  não havia nenhuma alusão à presença de algum presidenciável filiado em  partidos com doutrinas à esquerda, muito menos alguma opinião nessa linha. Certamente, se  houvesse,  a mesma  caminharia  no sentido contrário as duas opiniões postas  anteriormente.

Essas, portanto, são algumas das belezas e delicias do sistema de governo democrático. Certa vez se expressou a rainha do pop, Madona: “Não imponho nada, apenas mostro meu estilo”.

Em Vitória a CELPE está precisando se reorganizar, para o povo poder pagar suas contas.

“Na briga entre o mar e o rochedo quem leva a pior é o marisco”. Diz um adágio popular. Nesse contexto, porém, poderíamos usar integralmente esse exemplo para retratar o tormento pelo qual  a população em geral da nossa cidade, Vitória de Santo Antão,  no que diz respeito ao pagamento da conta de luz, vem passando nos últimos dias.

Nos desencontros ocorridos entre a Caixa Econômica Federal e a direção da CELPE, no tocante ao convenio que estabelece à possibilidade de pagamento das faturas da “conta de luz” nas lotéricas, a população está levando a pior. Em Vitória, por exemplo, faltam informações e locais com estrutura adequada para realizar as operações,  com a devida segurança e eficiência.

Por não optar pelo débito em conta, algo que a esmagadora maioria da população não tem interesse e até condições operacionais, desde a última segunda-feira, 14 de maio, que tento pagar minhas contas,  emitidas pelo CELPE,  e não consigo concluí-las.

Por conta de  informações desencontradas acabei dirigindo-me até a loja da CELPE, localizado na Avenida Mariana Amália, para saber quais os pontos que estão autorizados a realizar as operações de recebimentos. Lá, uma moça me forneceu um “papelzinho” indicando os locais com os bairros correspondentes.

Aqui no centro, fui ao primeiro: FORA DO AR. Dirigi-se, então, ao segundo: FUI INFORMADO QUE JÁ HAVIA ULTRAPASSADO A QUOTA DO DIA. No outro dia, a mesma ladainha: FORA DO AR. Hoje pela manhã, ao chegar em um dos pontos, antes mesmo do estabelecimento abrir, juntamente com um grupo de pessoas, que lá já estavam, o funcionário fez, em voz alta,  um anuncio geral : “CELPE,  TÁ FORA DO AR!!”

Bom!! A CELPE, em Vitória, está precisando se pronunciar. Na qualidade de consumidores, devemos fazer algumas perguntas: à quem vai caber os juros, que virão na próxima na próxima conta por atraso nos pagamentos? Para os que já estão com as faturas em atraso, o senhor “Zé do Corte” vai chegar na porta? Esses pontos de recebimentos serão ampliados? A população precisa de respeito e o minimo de informações….

Com a palavra,  a CELPE……….