A mulher
Pensa que o homem
Irá mudar
E ele não muda
O homem
Pensa que a mulher
Nunca mudará
E ela muda.
José Bezerra de Oliveira
Coitadas das mulheres que são violentadas, desvalorizadas e descartadas de todas as formas possíveis, desde a falta de reconhecimento até a exposição em concursos de beleza. O concurso garota fantástico que tentava encontrar a garota “mais bonita do Brasil”, se vocês acham que isso é tudo sobre as mulheres, estão completamente enganados, pois as mulheres devem ser vistas pela beleza interior, mesmo porque concursos de beleza das mulheres só exploram o pior.
(Meu jeito em Versos e Prosas – Heitor Luiz Carneiro Acioli – pág. 02).
Beijo apaixonante
Toque dos lábios intensos
Calor inebriante
Amor imenso
Te ter por um instante
É um sonho
Um contentamento
Dormir e acordar ao teu lado
É aconchegante em todo momento
É incrível
Sensação inebriante
Indescritível
Contigo coisas banais
Quão bem me faz
Quando lembro de você
Me pego sorrindo.
Tenho orgulho por te amar
Um amor único, tão lindo
Sentimento puro,
Bonito e esperançoso
Intenso e gostoso
Quero tuas mãos nas minhas
Teu sorriso tão matreiro
Tua pele e teu cabelo liso
Teu olhar faceiro
Teu silêncio, teu sorriso
Tuas perguntas bobas ou não
Teu sentimento
Teu coração
Vou sofrer te esperando
Mas saiba que estarei te amando
No mais profundo do meu ser
Mas seguirei minha vida
E mesmo com saudade
Conseguirei viver
Pois isso tudo são testes
Que a vida nos proporciona
E a cada vez mais me impulsiona
A aspirar teu amor
Na certeza que um dia
Transformando essa dor
Em poesia
Você será totalmente minha
Toda minha…
(MOSAICO DE REFLEXÕES – GUSTAVO CARNEIRO FERRER – pág. 26 e 27)
Quem vive “matando o tempo”,
a vida não leva a sério,
e vivendo, vai marchando,
no rumo do cemitério.
Quem “mata o tempo”, em baderna,
gastando vida e saúde,
tire molde da mortalha,
e as medidas do ataúde.
* * *
A estas palavras do Cristo,
na mente, darás guarida:
– “Eu sou – descrente Tomé –
Caminho, Verdade e vida”.
* * *
Não tenha orgulho, na vida,
nem ande pelas alturas;
a morte tudo nivela,
na terra das sepulturas.
(migalhas de poesia – Célio Meira – pág. 41).
Tem certos dias que eu queria ser poeta
Ser pianista, bacharel ou escritor
Ser lanterneiro, enfermeiro, marinheiro,
Zabumbeiro, sanfoneiro,
Pra ganhar o seu amor.
Tem certos dias que eu queria ser maestro
Ser guitarrista, terapeuta ou professor
Ser diarista, balconista, eletricista,
Baterista, massagista,
Pra ganhar o seu amor.
Tem certos dias que eu queria seu amor
Falar contigo seja lá onde for
Para te dizer que volte logo, venha agora
Venha ser minha senhora,
Venha dar o seu amor.
Stephen Beltrão
A ingratidão é condição própria do ser humano, ele raramente reconhece os benefícios recebidos.
A Natureza supre o homem de tudo que é necessário para se manter vivo, entretanto, existem seres humanos que recebem todas as dádivas e são incapazes de agradecer.
A Natureza oferece sem paga, cereais, frutas, vegetais, leite, ovos, açúcar, calor, frio, luz, chuva, sol, água e ar, necessários à vida. Sem ela não haveria luz, calor, frio, chuva, sol e brisa.
Infelizmente o ser humano esquece que a vida é um ato de doação e recepção. O ato de dar implica necessariamente no de receber, porque é dando que se recebe.
O homem envolvido cada vez mais na existência material esqueceu os propósitos da Criação, convertendo-se em ladrão das dádivas da Natureza, por isso, tornou-se transgressor das leis naturais e responsáveis pelos seus atos.
Para se redimir de suas faltas é necessário que procure, na medida do possível, tentar mudar nas criaturas e em si próprio a mentalidade retrógrada, sempre voltada para o mal, procurando o caminho da iluminação, construindo a paz e o bem estar comum, no seio da sociedade.
(VERDADES FUNDAMENTAIS – MELCHISEDEC – pág. 77).
Olha, Mamãe do Céu como está bonita!…
De luzes cheia,
cheia de flores…
Tudo palpita.
Ninguém receia
os dissabores.
Por que, na igreja, tanto esplendor?
Por que, nas almas, tanta alegria?
– É o mês de Maio, que, com amor,
Todos reservam para Maria.
Glória, louvor!…
No mês de Maio, que a Virgem pura
Cobre de graças quem a procura.
Sentes tristeza?
Na tua vida existe um véu
a sombrear os sonhos teus?
Corre à Maria, e, com certeza,
Mamãe do Céu
Dá-te a ventura dos risos seus.
(Muitas rosas sobre o chão – Henrique de Holanda – pág. 24).
Que tempo bom foi o que passou quando estava sempre ao seu lado você ao meu. Quando éramos unidos até o fim da nossa chama de amor, a qual nem após nossa morte se apagaria. Mas, isso só até aquele 15 de março, quando discutimos e terminamos. Entretanto, minha querida, nunca me esqueci de você nem dos maravilhosos momentos que passamos juntos e é por isso que quanto mais saudade eu sinto mais a quero e para você, este texto escrevi devido a saudade apaixonante.
(Meu Jeito – em Versos e Prosas – Heitor Luiz Carneiro Acioli – pág. 01)
Acordo ou durmo?
Uma rua estranha
Sem mantra
Sem caminho…
Me deparo em um beco
Sozinho…
Será sonho
Ou lembrança?
Remonta infância
Tempo de criança
Beco do Dêzinho…
Beco com ou sem saída
Desperdício?
Uma sábia medida…
Para se subir na vida…
Um túnel escuro
Obscuro…
Com cheiro de urina
Sujeira, ruína…
Nem o trem mais passará
São recortes do passado
Entre couros e sapatos
Um bom papo a desdenhar…
Luther king vai passando
E o carro atropelando
Aquele animal vistoso…
Figura que fez história
Que mexeu nos corações
E a cativa na memória
De tantas gerações.
Lembranças de antepassados
Inteligente, atualizado
Operário obstinado
Um papo mais que agradável.
O beco ficou
Mas a lembrança continua
Homenageando um negro e aleijado
Ironia quase nua
Nesse beco, nessa rua
Alguém que só fez amizade
Brincou, riu e fez gente sorrir
E mais que tudo
Foi exemplo de ombridade
Deixou amigos,
Levou saudade.
(MOSAICO DE REFLEXÕES – GUSTAVO FERRER CARNEIRO – pág. 24 e 25).
– Jesus! Clama a alma piedosa
no enlevo constante da “Oração”,
numa “Ação de Graças”, jubilosa,
num “Ato de interna Adoração”.
– Pobre ou rico, ou trêmulo ancião,
a juventude a vibrar airosa,
a mãe, junto ao berço, carinhosa,
invocam: – “Jesus”! com emoção!
– De um a outro polo desta terra,
na doce paz ou terrível guerra,
o nome de Jesus é invocado…
só não O pronunciam, (triste sina)!
porque no seu orgulho não domina,
os lábios do ateu aobstinado!
(SILENTE QUIETUDE – ALBERTINA MACIEL DE LAGOS – pág. 48).
Invade meu peito todo desejo
O teu beijo qual sabor terá?
Sim teu sorriso é de menina
Noite e dia é teu meu pensar
O teu voo torto a mim fascina
Quem tem o néctar que te atrai?
Fugando sempre te esquivas
Bem paciente espero tua hora
Preparo-te um belo jardim
Mas tens rosa já preferida
Vem não te quero aprisionada
Ver o teu pouso já me basta
Tua rosa eu jamais arrancaria
A regaria com todo o carinho
Pois sei que dela vem teu perfume
João do Livramento.
Lanço-me no arcabouço da solidão…
Com Aires de Pierrot…
São dias de angústias…
Oh! como arfa-me esses dias em extremo lodaçal.
Oh! íngrime caminhada…
Arfa-me os dias de angústias e solidão.
De esfera a esfera,
quantas eras…
arfa-me o peito na minha difícil respiração,
hálitos, compassos e passos.
Lanço-me no arcabouço da minha solidão.
(TAPETE CÓSMICO – ADJANE COSTA DUTRA – pág. 52).
Olhei para o céu
Observando a lua cheia
Com a esperança
De encontrar uma solução
Enquanto as águas
Rastejavam na areia
O mar trazia e levava
A explicação
Enquanto as águas
Escorriam ao meu lado
Eu me encontrava
Sem saber o que fazer
Vendo a lua
Testemunha ocular
Lentamente se afastar
Deixando-me sem você
Homem negro: se o sol – nessa ansiedade bruta
de quem quer e não pode, – o teu corpo procura,
com o instinto cruel de te vender na luta,
a queimar, ainda mais, a tua pele escura…
Se resistes ao sol, nessa heroica disputa,
fertilizando a terra estéril, seca e dura,
esta cor a tingir a tua carne impoluta
é a rija encrustação de tua rude bravura.
Nem o branco encoraja e nem o negro assombra.
Tanto nos vale a luz, quanto nos vale a sombra.
Desta cor morrerás e morrerás exangue
na luta, que nos dá, pelo teu maior gosto,
a flor que floresceu do suor do teu rosto,
e o fruto que nasceu do vigor do teu sangue!…
(Muitas rosas sobre o chão – Henrique de Holanda – pág. 23).
Meus amigos, pessoas que me confortam e me levam para um lugar melhor. Amigos são pessoas que considero como irmãos. Amigo é aquela pessoa que podemos contar nossos problemas sem nos preocuparmos. O único ponto negativo é que um dia os amigos se separam. Meu desejo, não, meu pedido, melhor falando, é que sejamos amigos para sempre.
(Meu jeito em Versos e Prosas – Heitor Luiz Carneiro Acioli – pág. 02).
Vou falar pra todo mundo
E o mundo todo vai saber
Quantos rios já ti lavaram
Ti banharam de prazer
Tapacurá foi o primeiro
Que vieste a conhecer
Ti emprenhou um riachinho
Não quiseste conceber
Veio então Jaboatão
Que a Beberibe ti entregou
Capibaribe bom de corda
Com a viola lhe levou
O riu Una estava cheio
E preparou-te a arapuca
Esperou e tu não veio
Mergulhastes no Ipojuca
Já de volta pro sertão
Saiu banhada toda em lama
Quis reviver Jaboatão
Quem ti acolheu foi Pirapama
Para chegar ao Pajeú
No Navio logo embarcou
Foram tantos os teus rios
Mas só um você amou
Ele um rio de nome santo
Nas Gerais não foi primeiro
Desague agora todo pranto
Nas Alagoas todo encanto
Deste amor que é derradeiro
João do Livramento.
Que beleza…
Não se apressa o rio
Ele flui com a correnteza
Mas sempre temos pressa
Nunca temos certeza
Sobre os atropelos do destino
O sentimento nos cega
E o medo é uma coisa concreta
Mas o amor não nega
A verdade que sentimos
Quando se bebe da fonte mágica
Pura cornucópia da felicidade
Mas a busca da plenitude
Para mim pode gerar
Uma puta ansiedade
Quando faltar, trará saudade
Mas não será por medo de chorar
Que deixaremos de sorrir
Não é por medo de progredir
Que deixaremos de crescer
Quem é certo, quem é errado
Como sabemos ou como saberemos
Quais os sinais do cotidiano?
Que irão nos esclarecer
Um texto lido
Uma poesia declamada
Flores da pessoa amada
São fatos corriqueiros e repetidos
Mas até quando?
Representações do sentimento
Que aumenta a cada momento
A espera de uma definição
São as coisas do coração
Que não se sabe explicar
Ouça seu eu interno
Ele bate forte na mesma tecla
Não importa se no inferno
Você jamais irá calá-lo.
(MOSAICO DE REFLEXÕES – GUSTAVO FERRER CARNEIRO – pág. 20 e 21).