Momento Cultural: SÓ EXPLORAM O PIOR – por Heitor Luiz Carneiro Acioli

MEU JEITO - Em versos e prosas - HEITOR LUIZ CARNEIRO ACIOLI

Coitadas das mulheres que são violentadas, desvalorizadas e descartadas de todas as formas possíveis, desde a falta de reconhecimento até a exposição em concursos de beleza. O concurso garota fantástico que tentava encontrar a garota “mais bonita do Brasil”, se vocês acham que isso é tudo sobre as mulheres, estão completamente enganados, pois as mulheres devem ser vistas pela beleza interior, mesmo porque concursos de beleza das mulheres só exploram o pior.

 

(Meu jeito em Versos e Prosas – Heitor Luiz Carneiro Acioli – pág. 02).

Momento Cultural: Beijo apaixonante – por GUSTAVO CARNEIRO FERRER

Gustavo Ferrer Carneiro

 

Beijo apaixonante

Toque dos lábios intensos

Calor inebriante

Amor imenso

 

Te ter por um instante

É um sonho

Um contentamento

 

Dormir e acordar ao teu lado

É aconchegante em todo momento

É incrível

Sensação inebriante

Indescritível

Contigo coisas banais

Quão bem me faz

 

Quando lembro de você

Me pego sorrindo.

Tenho orgulho por te amar

Um amor único, tão lindo

Sentimento puro,

Bonito e esperançoso

Intenso e gostoso

 

Quero tuas mãos nas minhas

Teu sorriso tão matreiro

Tua pele e teu cabelo liso

Teu olhar faceiro

Teu silêncio, teu sorriso

Tuas perguntas bobas ou não

Teu sentimento

Teu coração

 

Vou sofrer te esperando

Mas saiba que estarei te amando

No mais profundo do meu ser

Mas seguirei minha vida

E mesmo com saudade

Conseguirei viver

Pois isso tudo são testes

Que a vida nos proporciona

E a cada vez mais me impulsiona

A aspirar teu amor

 

Na certeza que um dia

Transformando essa dor

Em poesia

Você será totalmente minha

Toda minha…

 

(MOSAICO DE REFLEXÕES – GUSTAVO CARNEIRO FERRER – pág. 26 e 27)

Momento Cultural: Tempo e morte – por Célio Meira

Dr.-Célio-Meira-Escritor

Quem vive “matando o tempo”,

a vida não leva a sério,

e vivendo, vai marchando,

no rumo do cemitério.

 

Quem “mata o tempo”, em baderna,

gastando vida e saúde,

tire molde da mortalha,

e as medidas do ataúde.

 

* * *

 

A estas palavras do Cristo,

na mente, darás guarida:

– “Eu sou – descrente Tomé –

Caminho, Verdade e vida”.

 

* * *

 

Não tenha orgulho, na vida,

nem ande pelas alturas;

a morte tudo nivela,

na terra das sepulturas.

 

(migalhas de poesia – Célio Meira – pág. 41).

 

Momento Cultural: Certos Dias – Stephen Beltrão

Stephem Beltrão

Tem certos dias que eu queria ser poeta

Ser pianista, bacharel ou escritor

Ser lanterneiro, enfermeiro, marinheiro,

Zabumbeiro, sanfoneiro,

Pra ganhar o seu amor.

 

Tem certos dias que eu queria ser maestro

Ser guitarrista, terapeuta ou professor

Ser diarista, balconista, eletricista,

Baterista, massagista,

Pra ganhar o seu amor.

 

Tem certos dias que eu queria seu amor

Falar contigo seja lá onde for

Para te dizer que volte logo, venha agora

Venha ser minha senhora,

Venha dar o seu amor.

Stephen Beltrão

Momento Cultural: O HOMEM E A NATUREZA – por MELCHISEDEC

Melchisedec

A ingratidão é condição própria do ser humano, ele raramente reconhece os benefícios recebidos.

A Natureza supre o homem de tudo que é necessário para se manter vivo, entretanto, existem seres humanos que recebem todas as dádivas e são incapazes de agradecer.

A Natureza oferece sem paga, cereais, frutas, vegetais, leite, ovos, açúcar, calor, frio, luz, chuva, sol, água e ar, necessários à vida. Sem ela não haveria luz, calor, frio, chuva, sol e brisa.

Infelizmente o ser humano esquece que a vida é um ato de doação e recepção. O ato de dar implica necessariamente no de receber, porque é dando que se recebe.

O homem envolvido cada vez mais na existência material esqueceu os propósitos da Criação, convertendo-se em ladrão das dádivas da Natureza, por isso, tornou-se transgressor das leis naturais e responsáveis pelos seus atos.

Para se redimir de suas faltas é necessário que procure, na medida do possível, tentar mudar nas criaturas e em si próprio a mentalidade retrógrada, sempre voltada para o mal, procurando o caminho da iluminação, construindo a paz e o bem estar comum, no seio da sociedade.

(VERDADES FUNDAMENTAIS – MELCHISEDEC – pág. 77).

Momento Cultural: Mamãe do céu – Henrique de Holanda

Henrique-de-Holanda-Cavalcanti-3

Olha, Mamãe do Céu como está bonita!…
De luzes cheia,
cheia de flores…
Tudo palpita.
Ninguém receia
os dissabores.
Por que, na igreja, tanto esplendor?
Por que, nas almas, tanta alegria?
– É o mês de Maio, que, com amor,
Todos reservam para Maria.
Glória, louvor!…
No mês de Maio, que a Virgem pura
Cobre de graças quem a procura.
Sentes tristeza?
Na tua vida existe um véu
a sombrear os sonhos teus?
Corre à Maria, e, com certeza,
Mamãe do Céu
Dá-te a ventura dos risos seus.

(Muitas rosas sobre o chão – Henrique de Holanda – pág. 24).

Momento Cultural: SAUDADE APAIXONANTE – por Heitor Luiz Carneiro Acioli

MEU JEITO - Em versos e prosas - HEITOR LUIZ CARNEIRO ACIOLI

Que tempo bom foi o que passou quando estava sempre ao seu lado você ao meu. Quando éramos unidos até o fim da nossa chama de amor, a qual nem após nossa morte se apagaria. Mas, isso só até aquele 15 de março, quando discutimos e terminamos. Entretanto, minha querida, nunca me esqueci de você nem dos maravilhosos momentos que passamos juntos e é por isso que quanto mais saudade eu sinto mais a quero e para você, este texto escrevi devido a saudade apaixonante.

(Meu Jeito – em Versos e Prosas – Heitor Luiz Carneiro Acioli – pág. 01)

Momento Cultural: Beco – por GUSTAVO FERRER CARNEIRO

Gustavo Ferrer Carneiro 

Acordo ou durmo?

Uma rua estranha

Sem mantra

Sem caminho…

 

Me deparo em um beco

Sozinho…

 

Será sonho

Ou lembrança?

 

Remonta infância

Tempo de criança

Beco do Dêzinho…

 

Beco com ou sem saída

Desperdício?

Uma sábia medida…

Para se subir na vida…

 

Um túnel escuro

Obscuro…

Com cheiro de urina

Sujeira, ruína…

 

Nem o trem mais passará

São recortes do passado

Entre couros e sapatos

Um bom papo a desdenhar…

 

Luther king vai passando

E o carro atropelando

Aquele animal vistoso…

Figura que fez história

Que mexeu nos corações

E a cativa na memória

De tantas gerações.

 

Lembranças de antepassados

Inteligente, atualizado

Operário obstinado

Um papo mais que agradável.

 

O beco ficou

Mas a lembrança continua

Homenageando um negro e aleijado

Ironia quase nua

 

Nesse beco, nessa rua

Alguém que só fez amizade

Brincou, riu e fez gente sorrir

E mais que tudo

Foi exemplo de ombridade

Deixou amigos,

Levou saudade.

 

(MOSAICO DE REFLEXÕES – GUSTAVO FERRER CARNEIRO – pág. 24 e 25).

Momento Cultural: O Nome de Jesus – por ALBERTINA MACIEL DE LAGOS

Profª Albertina Maciel de Lagos

– Jesus! Clama a alma piedosa

no enlevo constante da “Oração”,

numa “Ação de Graças”, jubilosa,

num “Ato de interna Adoração”.

 

– Pobre ou rico, ou trêmulo ancião,

a juventude a vibrar airosa,

a mãe, junto ao berço, carinhosa,

invocam: – “Jesus”! com emoção!

 

– De um a outro polo desta terra,

na doce paz ou terrível guerra,

o nome de Jesus é invocado…

 

só não O pronunciam, (triste sina)!

porque no seu orgulho não domina,

os lábios do ateu aobstinado!

 

(SILENTE QUIETUDE – ALBERTINA MACIEL DE LAGOS – pág. 48).

Momento Cultural: Borboleta – por João do Livramento

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Invade meu peito todo desejo

O teu beijo qual sabor terá?

Sim teu sorriso é de menina

Noite e dia é teu meu pensar

O teu voo torto a mim fascina

Quem tem o néctar que te atrai?

Fugando sempre te esquivas

Bem paciente espero tua hora

Preparo-te um belo jardim

Mas tens rosa já preferida

Vem não te quero aprisionada

Ver o teu pouso já me basta

Tua rosa eu jamais arrancaria

A regaria com todo o carinho

Pois sei que dela vem teu perfume

 

 

João do Livramento.

Momento Cultural: AIRES DE PIERROT

Adjane Costa Dutra

Lanço-me no arcabouço da solidão…

Com Aires de Pierrot…

São dias de angústias…

Oh! como arfa-me esses dias em extremo lodaçal.

Oh! íngrime caminhada…

Arfa-me os dias de angústias e solidão.

De esfera a esfera,

quantas eras…

arfa-me o peito na minha difícil respiração,

hálitos, compassos e passos.

Lanço-me no arcabouço da minha solidão.

 

(TAPETE CÓSMICO – ADJANE COSTA DUTRA – pág. 52).

Momento Cultural: Negro – por Henrique de Holanda

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Homem negro: se o sol – nessa ansiedade bruta
de quem quer e não pode, – o teu corpo procura,
com o instinto cruel de te vender na luta,
a queimar, ainda mais, a tua pele escura…

Se resistes ao sol, nessa heroica disputa,
fertilizando a terra estéril, seca e dura,
esta cor a tingir a tua carne impoluta
é a rija encrustação de tua rude bravura.

Nem o branco encoraja e nem o negro assombra.
Tanto nos vale a luz, quanto nos vale a sombra.
Desta cor morrerás e morrerás exangue

na luta, que nos dá, pelo teu maior gosto,
a flor que floresceu do suor do teu rosto,
e o fruto que nasceu do vigor do teu sangue!…

(Muitas rosas sobre o chão – Henrique de Holanda – pág. 23).

Momento Cultural: MEUS AMIGOS – Heitor Luiz Carneiro Acioli

MEU JEITO - Em versos e prosas - HEITOR LUIZ CARNEIRO ACIOLI

Meus amigos, pessoas que me confortam e me levam para um lugar melhor. Amigos são pessoas que considero como irmãos. Amigo é aquela pessoa que podemos contar nossos problemas sem nos preocuparmos. O único ponto negativo é que um dia os amigos se separam. Meu desejo, não, meu pedido, melhor falando, é que sejamos amigos para sempre.

(Meu jeito em Versos e Prosas – Heitor Luiz Carneiro Acioli – pág. 02).

Momento Cultural: Tantos Rios – João do Livramento

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Vou falar pra todo mundo
E o mundo todo vai saber
Quantos rios já ti lavaram
Ti banharam de prazer

Tapacurá foi o primeiro
Que vieste a conhecer
Ti emprenhou um riachinho
Não quiseste conceber

Veio então Jaboatão
Que a Beberibe ti entregou
Capibaribe bom de corda
Com a viola lhe levou

O riu Una estava cheio
E preparou-te a arapuca
Esperou e tu não veio
Mergulhastes no Ipojuca

Já de volta pro sertão
Saiu banhada toda em lama
Quis reviver Jaboatão
Quem ti acolheu foi Pirapama

Para chegar ao Pajeú
No Navio logo embarcou
Foram tantos os teus rios
Mas só um você amou

Ele um rio de nome santo
Nas Gerais não foi primeiro
Desague agora todo pranto
Nas Alagoas todo encanto
Deste amor que é derradeiro

João do Livramento.

Momento Cultural: Atropelos do destino – por GUSTAVO FERRER CARNEIRO

Gustavo Ferrer Carneiro

Que beleza…

Não se apressa o rio

Ele flui com a correnteza

Mas sempre temos pressa

Nunca temos certeza

Sobre os atropelos do destino

 

O sentimento nos cega

E o medo é uma coisa concreta

Mas o amor não nega

A verdade que sentimos

 

Quando se bebe da fonte mágica

Pura cornucópia da felicidade

Mas a busca da plenitude

Para mim pode gerar

Uma puta ansiedade

 

Quando faltar, trará saudade

Mas não será por medo de chorar

Que deixaremos de sorrir

Não é por medo de progredir

Que deixaremos de crescer

 

Quem é certo, quem é errado

Como sabemos ou como saberemos

Quais os sinais do cotidiano?

Que irão nos esclarecer

 

Um texto lido

Uma poesia declamada

Flores da pessoa amada

São fatos corriqueiros e repetidos

Mas até quando?

 

Representações do sentimento

Que aumenta a cada momento

A espera de uma definição

São as coisas do coração

Que não se sabe explicar

 

Ouça seu eu interno

Ele bate forte na mesma tecla

Não importa se no inferno

Você jamais irá calá-lo.

 

(MOSAICO DE REFLEXÕES – GUSTAVO FERRER CARNEIRO – pág. 20 e 21).