Momento Cultural: Verão – por ADJANE COSTA DUTRA

Adjane Costa Dutra (2)

Verão em meu coração.

Quanto vale viver o verão?

Esses raios ensolarados numa tarde de verão,

a fumaça se perde na poeira…

Meu corpo lasso quase cambaleante,

vale a pena viver os minutos cronometrados pelo tempo?

E essa dor pungente a descongelar meus poros.

Parece brincadeira infantil ter que jogar com

as pedras na areia.

Metamorfo-se-ei-me do dia pra noite, numa tarde de verão.

 

(TAPETE CÓSMICO – ADJANE COSTA DUTRA – pág. 55).

Momento Cultural: Conta à História- por João do Livramento.

garanhuns 003-1

Por Eva veio a desgraça

E a expulsão do paraíso,

Adão nem bebia cachaça

Ô homem velho sem juízo!

 

E David que era um grande rei

Além de ungido pelo senhor,

Mas quando viu Bate-Seba nua,

Na hora o cabra endoidou

 

Achando pouco a traição,

Mandou Urias pra morte

Bem na frente do pelotão,

Entregue a própria sorte

 

“Ti amo Sansão” dizia Dalila,

E o segredo o besta contou

Pois foi quando ele dormia,

Que seus cabelos ela cortou

 

Os olhos chegaram a furar,

Foi bom pra ele aprender

A em mulher não confiar,

Que o resultado é padecer

 

Pois se eu quiser continuar

E nos dias de hoje chegar,

Tem tanta, mais tenta história

Que Papel e tinta sei vai faltar,

Pois quem ler e tiver mãe,

Trate logo de desse fogo tirar.

 

João do Livramento

Momento Cultural: Faceirice Precoce – por ALBERTINA MACIEL DE LAGOS

Profª Albertina Maciel de Lagos

– Escutem: (mostrando cinco dedos)

Hoje completo cinco aninhos!…

E o meu nome?… todos o conhecem.

Vou pronunciá-lo: – Daciana!…

Lindo!… que melodia dimana!

E quanto a minha pequena – grande personalidade,

Vou (modéstia à parte), descrevê-la:

 

– Tenho a beleza da flor

e já, de imponente sultana

é o meu todo encantador!

Tenho uma boa mãezinha,

um painho carinhoso,

manos, avós, tiazinhas…

quanto o meu lar é ditoso!

 

– Duas estrelas, os meus olhos,

dois mundos, dois paraísos…

Da vida, entre os abrolhos,

fulguram os meus sorrisos (olhando o próprio tamanho):

Reparem como estou crescendo!…

No colégio vou entrar

para ir logo aprendendo

a ler, escrever e contar!

Passem bem

Tchau!

 

(SILENTE QUIETUDE – ALBERTINA MACIEL DE LAGOS – pág. 52).

Momento Cultural: NOSTRA TARDE – por ADJANE COSTA DUTRA

Adjane Costa Dutra (2)

Nostra tarde que do meu alento te procuro,

que dos dúlcidos alentos mil beijos…

De Extenuante o meu escrínio peito,

e na alvorada de mil flores,

e no estiloante inverno as flores murchavam e

balbuciavam num só grito, de gritar amor.

Que na tarde Nostra ver-te ao meu lado a contemplar

a tarde que passa como nuvens escuras e como a estrelar no

universo, a estrela que reluz,

teu brilho na cor da luz.

Quero cintilar em todo alvorecer e venho te chamar, amor,

na tarde Nostra.

E das estribeiras na presilha do teu cavalgar,

Eu venho gritar, amor, hei de te buscar: nos vales, mares,

na crosta terrestre ou na órbita celeste,

e na tua distância, eu me porei no vento,

mas hei de te amar,

numa tarde Nostra em que venho te buscar.

 

(TAPETE CÓSMICO – ADJANE COSTA DUTRA – pág. 56).

Momento Cultural: A Vaquejada – por STEPHEN BELTRÃO‏

Stephem Beltrão

Hoje tem vaquejada,

Grita alegre o locutor,

Vamos derrubar o boi,

Mostrar o nosso valor.

Hoje tem festa de vaqueiro,

Vamos cantar, comer, aplaudir.

Rir da desgraça do bicho!

Não percam a melhor parte:

A hora que o boi cair.

 

Vamos tirar o couro do infortunado,

Fazer o animal correr assombrado.

Vamos colocá-lo para comer areia,

Ferrar a cara do danado.

Usar as esporas sem piedade,

Levantar o coitado pelo rabo.

Lembre-se: na hora da queda,

Quando o infeliz estiver esfolado

Sorria, você está sendo filmado!

 

Vamos dar um grande prêmio

À melhor parelha de vaqueiros.

Ao que nos der maior prazer,

Daremos medalha, troféu e dinheiro!

Vamos levar nossos filhos,

Apresentá-los os nossos festejos,

Mostrar como nós ficamos felizes,

Quando maltratamos os animais,

Mansos, inocentes e indefesos!

Momento Cultural: FORÇAS E ELEMENTOS DA NATUREZA

MelchisedecToda manifestação da vida, vibra num mesmo diapasão, tão harmonicamente afinado que faz soar em cada “eon” (período de tempo), uma verdadeira sinfonia das esferas. A maior ou menor quantidade de vibração é a manifestação das Energias Primárias.

A raiz de todas essas Energias Cósmicas que se polarizam no mundo de maneira dupla, chama-se Oceano Universal de Energia Vida. Essas Energias emanam do sol e se manifestam em três formas: Luz Primordial, Poder Ígneo e Base Energética Vital do mundo físico.

Cada uma dessas forças se manifesta em todos os planos do Sistema Solar. Elas permanecem distintas e nenhuma delas, em nosso plano, pode ser transformada na outra.

 

ELEMENTOS DA NATUREZA – São os princípios básicos de todas as substâncias que constituem os veículos da vida no Reino da Natureza.

Água – Constituída do elemento químico H²O.

Ar – Constituído do elemento químico .

Fogo – Constituído do elemento químico CO².

Terra – Constituído do elemento químico CL e CA.

Todos esses elementos são regidos por forças sutis.

(VERDADES FUNDAMENTAIS – MELCHISEDEC – Pág. 51)

Momento Cultural: Beijo proibido – por GUSTAVO FERRER CARNEIRO

Gustavo Ferrer Carneiro

A força do poder

Ou não poder

A dúvida do não querer

Querendo…

Um simples aperto de mão

Fascinação abstrata

Mera ilusão caricata

Provocando certo arrepio

Coração chegando na boca

O corpo sentindo frio

 

A pele de pulso branco,

Indefeso

Cútis macia, membro ileso

Magro e azulado

Latejando sob o polegar

Em outro lugar

Mais profundo

Mais secreto

Impossível de ser alcançado…

 

Frustração exacerbada

Perto bastante para ser tocada,

Sentida e enxergada

Com perfume exalante

Um olhar excitante

Que só desperta desejo

Traz a ânsia de um beijo

Beijo roubado

Beijo querido

Beijo de carinho e paixão

Beijo com fervor

Quase adoração

 

Beijo de amor

Com gosto de veludo

Beijo concebido

Acima de tudo

Beijo desejado

Beijo proibido

 

(MOSAICO DE REFLEXÕES – GUSTAVO FERRER CARNEIRO – pág. 29).

Momento Cultural: Ante o Tabernáculo – Por Corina de Holanda

Corina de Holanda

Contemplando a prisão arquibendita

Onde se oculta o Augusto Sacramento

Pleno de amor meu coração palpita,

Da terra afasto, inteiro, o pensamento.

 

Insondável mistério! A infinita

Majestade de um Deus, no isolamento,

Nas estreitezas dum sacrário habita…

Terno Jesus! Quão grande é o meu tormento,

 

Em pensar que não sou como devêra!

– eu quisera, meu Deus, que, como a cera

Que arde feliz tão perto do hostiário,

 

Meu coração em puro amor ardesse

E à chama desse amor, se derretesse,

Se consumisse à vista do sacrário.

1925.

 

(Entre o Céu e a Terra – Corina de Holanda – pág. 42).

Momento Cultural: A METADE DA MINHA VONTADE – ADJANE COSTA DUTRA

Adjane Costa Dutra (2)

Eu sou a metade da minha vontade:

em desalentos,

em meios termos,

em meios traços.

Eu sou o que não sou.

Em traços de rugas, sou um vale muito além do amor.

Entre nuvens escuras, à claridão se fez de amor,

eu sou a metade da minha vontade: em bitolação,

limitação e ainda por cima de encarnicida dor…

Eu sou a metade da minha vontade feita com muito

mais amor…

 

(TAPETE CÓSMICO – ADJANE COSTA DUTRA – pág. 54).

 

Momento Cultural: A Velha e a Mala – Stephen Beltrão

Stephem Beltrão

A velha tinha uma mala

Embaixo de sua cama

A velha guardava na mala

Um vestido e um pijama

Na mala havia um livro

O diário da vida dela

Histórias que ela escreveu

No tempo da luz de vela

A velha tinha uma mala

Na mala tinha um tesouro

Retratos feitos de prata

Bombons feitos de ouro

De meia em meia hora

A velha abria a mala

Às vezes ela sorria

Às vezes ela chorava

Um dia enquanto dormia

Sonhou que perdeu a mala

Acordou triste e calada

Quase perdeu a fala

Quando a velha se foi

Não pôde levar a mala

Deixou a cama vazia

Deixou a mala trancada

 

* Premiada no I Concurso Literário do CIE – São Gonçalo do Amarante – RN, 2005.

Momento Cultural: Corsário – João do Livramento

garanhuns-003-1

No partir da alegria se aportou a tristeza

Atracado no cais da noturna solidão

Te acorrentam as amarras da angustia

Sim teu coração bucaneiro escapa

Porém sem cartas ou astro que te guie

Logo adentra em mares desconhecidos

Invadindo o nevoeiro dos prazeres

Barco à deriva na procela das paixões

Quão imenso é o vazio deste oceano

Porto a porto segues errante ancorando

A taberna ou quem te serve não importa

Pois sedento qualquer rum te embriaga

Só assim terrível banzo não te aflige

Mas se pudestes embarcar o velho amor

Negra bandeira não mais flamularia

Lhe entregaria o timão da tua vida

Em calmaria passando assim a navegar.

 

João do Livramento.

Momento Cultural: O Natal da Vovózinha – por ALBERTINA MACIEL DE LAGOS

Profª Albertina Maciel de Lagos

Ouça vovozinha querida:

– Você, hoje, aniversaria.

Seus netos, com alegria,

Fizeram, assim, uma prece:

– Senhor, daí a vozinha longa vida

porque, de fato, ela merece

que a nossa prece seja ouvida

Sim, ela que é do paizinho

a mãezinha modelar

e, dois seus “brotos” levadinhos,

o Anjo santo, tutelar…

prudente orientadora,

o Bem, sempre a nos pregar!

 

E agora?

Dos netos amados,

assaz dedicados,

receba, prezada vovozinha,

no seu ditoso natal

o coração transbordante

de afeto filial

que, assim canta, delirante:

 

– Parabéns pra você, vovozinha querida

muitas felicidades, muitos anos de vida!

 

(SILENTE QUIETUDE – ALBERTINA MACIEL DE LAGOS – pág. 51)

Momento Cultural: ABANDONO – por ADJANE COSTA DUTRA

Adjane Costa Dutra

Buscam-me em cada encruzilhada.

É meu abandono na carnificina humana.

A lei do uso desuso tornou-me um intruso.

Sou gente, não carnificina humana.

Nesse açougue da espera os instintos animalescos

são atendidos, mas eu gente, NÃO.

Porque o abandono é como aquele bêbado que cai em cada

esquina, a criança órfã que chora no abandono de todas

as coisas.

 

(TAPETE CÓSMICO – ADJANE COSTA DUTRA – pág. 53).

 

Momento Cultural: O PODER DA PALAVRA – por MELCHISEDEC

Melchisedec

A palavra no estado pleno de sinceridade e pureza atua com uma força vibratória capaz de mudar o comportamento do homem diante das Leis Cósmicas, removendo toda e qualquer dificuldade, operando uma verdadeira transformação no pensamento humano.

É de bom grado evitar-se pronunciar palavras desagradáveis e ofensivas, mesmo quando se é obrigado afirmar fatos verídicos, visto que, as afirmações devem ser sinceras, sem disfarce, sem sofisma, falando francamente a verdade, procurando não ofender as pessoas. Deve-se proceder de maneira positiva e franca, para que se processe a ajuda da Onipresente Força Cósmica Vibratória desfazendo qualquer dúvida.

Com a Onipresente Força Cósmica Vibratória sobre a terra, a semente da palavra bem pronunciada e repleta de afirmações corretas terá o poder de destruir toda mentira, toda calúnia e todo mal, porque a Verdade prevalecerá sempre como luz diáfana que ninguém poderá ofuscá-la.

É o poder superior da palavra que mudará o mundo.

 

(VERDADES FUNDAMENTAIS – MELCHISEDEC – pág. 79).