Dia Nacional da Consciência Negra – por @historia_em_retalhos.

Aos 40 anos de idade, em 20 de novembro de 1695, na mata fechada entre as Serras da Barriga e Dois Irmãos, era morto Zumbi dos Palmares, líder quilombola símbolo da resistência negra no Brasil.

Decapitado e salgado, para retardar a putrefação, a sua cabeça foi entregue ao governador de Pernambuco, Caetano de Melo e Castro, que ordenou a exposição de seu cadáver, como troféu, no pátio frontal da Igreja do Carmo, no Recife, para acabar com a lenda da imortalidade e servir de prova da consumação do massacre no Quilombo dos Palmares.

Por ser negro, não foi autorizada a entrada de seu corpo no templo, ficando os seus restos mortais expostos no pátio, até a completa decomposição.

A saga de Zumbi pela liberdade começou cedo.

Neto da princesa Aqualtune, trazida do Congo, e sobrinho do líder Ganga Zumba, o menino, que ganhou o nome de Zumbi em homenagem ao deus da guerra, nasceu livre na Serra da Barriga, atual município de União dos Palmares/AL.

Em 1630, quando Pernambuco vivia sob o domínio holandês, as fugas dos escravos intensificaram-se e Palmares, cercado de paliçadas, cresceu, chegando a ter mais de 20 mil habitantes, que sobreviviam da agricultura.

Em 1675, tropas de Manuel Lopes atacaram o quilombo, sendo Zumbi baleado duas vezes.

Resistiu e começou a virar lenda.

Discordou do tio Ganga Zumba, em 1678, quando este aceitou o acordo proposto pelo governador de Pernambuco, para transformar Palmares em uma vila.

O tio morreu, envenenado, e Zumbi assumiu o comando do quilombo e da luta pela liberdade dos negros.

Em 1691, à frente de mais de mil homens, Domingos Jorge Velho invadiu o mocambo do Macaco (sede do quilombo).

Ferido, Zumbi fugiu para Porto Calvo.

Dandara, a guerreira com quem teve três filhos, foi presa, preferindo a morte, jogando-se de um precipício.

Cada vez mais acuado, Zumbi entricheirou-se na Serra Dois Irmãos, porém, delatado pelo antigo companheiro Antônio Soares, foi morto.

Zumbi morreu, mas a sua luta permanece mais viva do que nunca.
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Professor Adão Barnabé – 53 anos de saudade……

Hoje –18 de novembro de 2022 -, exatamente hoje, realçamos os 53 anos da morte do eterno professor Adão Barnabé. Assim sendo, abaixo, reproduzimos homenagem prestada pelo Jornal O Arauto,  ocorrida no ano de 1971, por ocasião da passagem dos dois primeiros anos da sua partida.

No dia 18 do corrente, completou dois anos da passagem desta vida para a eternidade do inesquecível “gentleman” prof. Adão Barnabé dos Santos Cavalcanti. Não cessamos de recordar a figura profundamente humana do intelectual, artista, poeta e magnifico professor de inglês.

Faleceu no mês dedicado aos mortos, quando as almas sensíveis choram seus entes queridos. Porém a mais alvissareira e confortadora esperança é que existe uma vida após a morte. Os que crêem  nesta verdade e que tem fé no Salvador haverão de se encontrar na vida eterna. Esta foi a experiência do Rei Davi quando faleceu o seu filho que estava doente: “Vivendo ainda a criança, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se o Senhor se compadecerá de mim e continuará viva a criança?  Porém, agora que é morta, porque jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim”. ( II Samuel 12:22,23)

A vida começa com a morte. Aquêle que vive em Deus sabe que viverá para sempre. Temos, portanto, a esperança de gozamos ainda do convívio de Adão Barnabé  que foi excelente pai, bom esposo, ótimo colega e companheiro.

Ele conhecia profundamente as sagradas escrituras. Possuía a Bíblia Sagrada em vários idiomas. Acreditava nas verdades reveladas e em Deus.  A nossa esperança é que êle esteja com Deus, a quem êle chamava de “ O Bom Deus”.

Neste mês de segundo aniversário de sua partida para o além  túmulo, prestamos justa homenagem àquele que merece toda nossa admiração.

Editorial do Jornal O Arauto. 

ABELARDO DA HORA – por Marcus Prado.

CERTO DIA, numa entrevista de jornal, perguntei ao saudoso amigo ABELARDO DA HORA autor dessa escultura: ABELARDO de onde veio a inspiração dessa escultura, que parece um poema, como aquele de Pablo Neruda “Mulher, teria sido teu filho, para beber-te o leite dos seios como de um manancial, para olhar-te e sentir-te a meu lado e ter-te no riso de ouro e na voz de cristal.”

ABELARDO : VEJO o teu ato de criação tão belo, como o que ANÍBAL MACHADO construiu no seu romance , que virou filme : VIAGEM AOS SEIOS DE DUILIA?

ABELARDO: Eu colocaria como legenda na tua obra de arte um poema de certo grande poeta que conheci em Lisboa, Alexandre Manuel Vahía de Castro O’Neill de Bulhões; “Sei os teus seios. Sei-os de cor”,

A foto é de minha autoria, para o meu livro O TIGRE ANFIBIO.

Marcus Prado – jornalista. 

 

Um Rei e a ditadura – por @historia_em_retalhos.

Ídolo do Atlético Mineiro, o craque Reinaldo sempre comemorava os seus gols de braços erguidos e punhos cerrados, reproduzindo o gesto do movimento Panteras Negras, que lutava contra o racismo nos EUA.

O ato incomodava a ditadura militar brasileira.

Convocado para a Copa de 1978, aos 21 anos, o atacante foi explicitamente “recomendado” a não fazer o gesto durante a competição.

Antes do embarque para a Argentina, o general Ernesto Geisel reuniu-se com os jogadores e a comissão técnica.

Ao ver Reinaldo, o ameaçou em tom imperativo: “quem cuida da política é a gente, você cuida de jogar futebol”.

Naquela copa, a Argentina estava mergulhada em uma sangrenta ditadura e toda a seleção brasileira era comandada por militares, desde o técnico, Cláudio Coutinho, até o presidente da CBD, Heleno Nunes.

Mas o Rei tinha uma personalidade forte e não costumava curvar-se ao autoritarismo.

No dia 03 de junho, o Brasil estreava na competição contra a Suécia.

A seleção saiu perdendo, mas, com um gol de Reinaldo, empatou a partida.

Após um breve momento de hesitação, não teve jeito: Reinaldo repetiu o gesto e ergueu o punho cerrado (foto).

O camisa 9 protagonizava um ato de resistência política em pleno solo argentino, em uma ditadura que matara milhares de pessoas, não seguindo a “recomendação” que recebera no Brasil.

Por sua altivez, Reinaldo pagou um preço alto.

Sem explicações, foi sacado do time e não voltou mais, sendo substituído por Roberto Dinamite.

Anos mais tarde, revelou que recebera durante aquela copa um envelope com informações sobre a Operação Condor, uma aliança entre ditaduras sul-americanas para perseguir opositores.

Atônito e sem reação, entregou o documento ao amigo Gonzaguinha, assim que retornou ao Brasil.

A perseguição ao craque foi impiedosa.

Passou a sofrer todos os tipos de ataques e linchamentos morais, inclusive, quanto à sua sexualidade.

Quatro anos mais tarde, Telê Santana não o levou para a Copa de 82.

O Rei terminou a carreira, precocemente, aos 29 anos.

Uma coisa, porém, é certa: jamais conseguiram calá-lo.

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CONVERSANDO BESTEIRA – por Sosígenes Bittencourt.

Um dia, eu voltava de Caruaru, de manhãzinha, depois de uma noitada com duas amiguinhas e haver adormecido no Hotel Continental, quando percebi que dirigia por outra estrada. Aí, interpelei um matuto: – Aqui, vai pra onde?
Aí, o matuto: – Vai pra Campina Grande!
Aí, eu engrenei uma marcha a ré e fui procurar Encruzilhada, uma cidadezinha do tamanho de uma encruzilhada. Lá, eu comi uma carne de sol com macaxeira tão gostosa que me danei a conversar besteira. Uma delas foi assim: – Você sabe por que a mulher do burro é uma besta?
Aí, as meninas: – Sei não, mestre.
Aí, eu: – Porque, quanto mais burro, mais besta ela fica.
Abestalhado abraço!

Sosígenes Bittencourt

Momento Instituto Histórico – Escola Mundo Encantado.

Alunos do ensino fundamental da Escola Mundo Encantado vieram conhecer o nosso museu. O interesse despertado nas escolas em conhecer o nosso IHGVSA demonstra a sede por conhecimento cultural e histórico de nosso povo. Venha você também nos visitar e proporcionar essa experiencia para seu alunado!

Instituto Histórico da Vitória.

A República e o militarismo – por historia_em_retalhos.

“Liberdade, liberdade!
Abre as asas sobre nós”

O samba-enredo campeão da Imperatriz Leopoldinense, em 1989, homenageou os 100 anos da proclamação da República no Brasil.

Porém, eu trago hoje a seguinte indagação: teria sido a proclamação da nossa República um ato épico e revolucionário?

Com toda a vênia, entendemos que não.

Em verdade, a própria monarquia brasileira já apresentava sinais de esgotamento.

Apesar de ter a simpatia de boa parte da população, Dom Pedro II estava doente e desgastado.

Comprou briga com o alto clero da Igreja Católica, ao manter-se aliado à maçonaria, bem assim bateu de frente com alguns setores do Exército, com a aplicação de penas de censura.

Paralelamente, crescia a classe média formada por profissionais liberais e comerciantes, que reivindicavam maior participação nos assuntos políticos.

Para além dessas questões, porém, dois pontos foram fulcrais.

Primeiro, que, com a assinatura da Lei Áurea, os barões do café, insatisfeitos com a perda da mão de obra escrava, também se sentiram traídos pela coroa.

Segundo, o descontentamento dos militares, desde o fim da Guerra do Paraguai, que se consideravam injustiçados e buscavam tomar mais espaço no poder.

O mais intrigante, todavia, é que a República foi proclamada pelo marechal Deodoro da Fonseca, monarquista convicto e de lealdade declarada a Pedro II, a quem devia, inclusive, favores.

Como a gota d’água, espalhou-se que o governo tinha ordenado a prisão de Deodoro.

Convencido de que esse boato seria verdadeiro, Deodoro juntou as tropas e proclamou a República em 15 de novembro de 1889.

E assim nasceu a nossa República: uma intervenção militar, sem nenhuma participação popular.

Para o historiador Frank D. McCann, “a intervenção militar na política e na sociedade é sinal de fraqueza tanto do Estado como da sociedade”.

Sobral Pinto também faz uma análise interessante.

Segundo ele, o fato de a nossa República ter sido proclamada por militares os faz sentirem-se, até hoje, como os verdadeiros “donos da República”.

Vale a reflexão.

Valeu, gente!

Um bom feriado a todos!
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Corrida Com História – o centenário da chegada da energia elétrica!

Vivenciou a então “Cidade da Vitória”, em 15 de novembro de 1922, um dia de muita euforia. A partir de então, o nosso lugar passava a contar com a tão sonhada energia elétrica. Um grande acontecimento que reuniu expressiva parcela da população para acompanhar,  por volta das 17:30h, o acionamento do sistema.

De partida a “luz” era fornecida até as 2h, com exceção nos dias festivos – carnaval, festas de final de ano e reis – que seguia até 4:30h. Dentre as 26 cláusulas do contrato de fornecimento, uma dava isenção de pagamento ao consumo do prédio da prefeitura, hospital, cadeia e uma escola.

Antes, porém, a iluminação na cidade  – residências, comércio e etc – era realizada através de candeeiro, velas e lampiões, tendo como combustível vários elementos: óleo de azeite, cera de sebo, querosene, álcool e etc.

Para efeito de reflexão –  por mais que possamos imaginar- o efeito da chegada da energia elétrica na nossa bucólica cidade do início do século XX  foram impactantes.  No universo de todas as relações sociais do nosso lugar houve uma verdadeira “revolução”, merecendo, por assim dizer, uma apreciação bem mais ampla. O projeto Corrida Com História, entre outras coisas, também cumpre com a função do chamado “despertar”.  Assim sendo, comemoremos o centenário da chegada da energia elétrica ao nosso lugar!

Veja o vídeo:

https://youtu.be/trf-xbYb1Bw

Uma crônica, uma fotografia e várias histórias………

Navegando nas esquecidas águas da historiografia local, nesse final de semana, acabei ressignificando um registro fotográfico que possuo há mais de 5 anos – inclusive já postado aqui no blog,  noutra ocasião.  Lendo uma crônica do ex-prefeito Manoel de Holanda, escrita há mais de meio século, descobri que a garotinha da (desta) fotografia é a imortal da AVLAC  – Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência – Marie Cavalcanti.

Pois bem, por ocasião da comemoração do jubileu de prata do nosso Colégio Municipal 3 de Agosto, em que ocorreu uma justa homenagem póstuma ao professor Adão Barnabé (seu pai), a referida crônica, nas entrelinhas, realça o descerramento da fotografia “feito por sua filha pequenina”. Automaticamente: matei a charada.

De pronto, recortei o texto e enviei para a colega acadêmica Marie. Quase que no mesmo instante a mesma respondeu-me: “que maravilha.  Lendo pela primeira vez”. Indagada se lembrava do dia respondeu que sim, dizendo possuir a fotografia do referido dia comemorativo e que iria me enviar.

Resumo da ópera: um texto que retrata passagem importante da vida de uma pessoa – ignorado por ela mesma (Marie) – foi “descoberto”. Para mim, além da alegria do  enriquecimento do acervo afetivo da colega, um registro fotográfico “mais robusto”. Pesquisa histórica as vezes é assim: a gente vai beber um copo com água e encontra um oceano…..

Assembleia Constituinte – por Siga: @historia_em_retalhos.

Na madrugada do dia 12 de novembro de 1823, há exatos 199 anos, temendo que o poder da Assembleia Constituinte ameaçasse o seu reinado, Dom Pedro I ordenou que o Exército invadisse o plenário.

O brigadeiro José Manuel de Morais entrou à frente de sua tropa, com um decreto em mãos.

Assinado pelo imperador, o texto dizia:

“Havendo eu convocado como tinha direito de convocar a Assembléia Geral no ano próximo passado (…) Hei por bem, como imperador e defensor perpétuo do Brasil, dissolver a mesma Assembléia e convocar uma outra”.

O episódio ficaria conhecido como a “Noite da agonia”.

Os membros da Assembleia, que se preparavam para redigir a primeira Constituição brasileira, resistiram por horas, mas não conseguiram evitar a dissolução do grupo.

Muitos deputados, incluindo o Patriarca da Independência, José Bonifácio, foram presos e depois deportados.

Dias depois, o imperador reuniu dez cidadãos de sua confiança.

A portas fechadas, escreveram a primeira Constituição do Brasil independente, publicada no ano seguinte.
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Fonte: @ronaldohistoriador

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REI DO MARACATU PERAMBUCANO DE BAQUE SOLTO – por Marcus Prado.

REI DO MARACATU PERAMBUCANO DE BAQUE SOLTO, o mais antigo de PE. Pedi que ele se concentrasse por instantes, pensamento voltado para as suas entidades de outros planos, antes de entrar na brincadeira, e assim permaneceu. Me deu a oportunidade única de uma imagem fotográfica num MARACATU. Dedico essa foto ao saudoso amigo RÊNÊ RIBEIRO (Fundaj) e à memória do antropólogo ROGER BASTIDE. Foto de Marcus Prado batida hoje na Fundaj.

Marcus Prado – jornalista. 

“Curiosidades Antonenses” foi o título da palestra de hoje no IFPE – Campus Vitória.

Com robusta programação que incluiu palestras, apresentações culturais, minicursos e oficinas  a 1ª Semana das Graduações do IFPE  – Campus Vitória de Santo Antão teve inicio na última segunda-feira (07) e seguiu até hoje, sexta-feira (11). O evento, segundo os organizadores, cumpriu sua missão com êxito.

Tendo como tema “Curiosidades Antonenses”,  fui convidado pela referida instituição para proferir palestra de encerramento do evento.  Com a “casa cheia” e um público majoritariamente formado por jovens nos propomos apresentar uma “cidade pouco conhecida”, ou seja:  o seu passado, algumas curiosidades na chamada “linha do tempo” e como dialogar com tudo isso nos dias atuais. 

Lastreada em 12 fotografias e um pequeno filme de 57 segundos de duração “navegamos” por 60 minutos,  no sentido da importância dos monumentos e pelas circunstâncias em que os prédios históricos foram construídos. Com linguagem simples e objetiva, de maneira geral, procuramos aproximar as pessoas da rica história local. Acredito haver contribuído positivamente com o evento e para o possível despertar da plateia, no chamado pertencimento.

Maradona e as Malvinas – por historia_em_retalhos.

Recentemente, a camisa usada por Diego Maradona no jogo contra a Inglaterra na Copa do Mundo de 1986 foi leiloada pela casa de leilões Sotheby’s.

A peça, que tinha como lance inicial o valor de US$ 5,2 milhões, acabou arrematada por US$ 9,3 milhões (o equivalente a R$ 44,5 milhões), tornando-se, assim, a maior venda de um artigo esportivo da história.

Naquele jogo, Maradona marcou os dois gols contra a Inglaterra (o famoso gol “Mano de Dios” e aquele que é considerado o mais bonito da história das Copas, em que ele driblou quase todo o time inglês).

Uma das narrações mais famosas do gol, de Victor Morales, pergunta aos gritos:

“De que planeta você veio? Para deixar pelo caminho tantos ingleses…”.

A peça permaneceu durante 35 anos com o ex-meio-campista inglês Steve Hodge, que trocou de camisa com Maradona ao término da partida.

Para além do brilho e do talento de Diego Maradona, porém, a importância daquele jogo para o povo argentino teve uma razão histórica: a partida aconteceu quatro anos após a Guerra das Malvinas entre Argentina e Reino Unido.

O conflito terminou com uma derrota humilhante da Argentina, morrendo 649 soldados e três civis, mais do que o dobro dos britânicos.

A noção de que os ingleses usurparam um território argentino e de que o país teve os seus direitos soberanos violados por uma potência estrangeira é profundamente arraigada na sociedade argentina até hoje.

Em verdade, Maradona sintetizou toda a revanche que a Argentina esperava dar à Inglaterra, desde as Malvinas.

E o craque não tinha o menor pudor em ser esse porta-voz de seu povo, dentro das quatro linhas e fora delas.

Se observarmos, em diversos momentos da história, o esporte ultrapassa as competições e reflete o contexto geopolítico de sua época, para o bem ou para o mal.

Muito da idolatria que o povo argentino guarda para com Maradona, até hoje, deve-se a esse fato: Diego personificou o sentimento do seu povo.
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