Cuca – por @historia_em_retalhos.

Este é Cuca, ex-jogador e atualmente técnico de futebol brasileiro.

Recentemente, Cuca não aguentou a pressão da torcida e pediu desligamento do Corinthians, por um motivo ligado ao seu passado, quando ainda era jogador do Grêmio.

Trata-se do famigerado Caso Berna.

No ano de 1987, o clube gaúcho resolvera fazer uma excursão pela Europa para participar da Copa Philips, hospedando-se em Berna, na Suíça.

Em 30 de julho, Cuca e os jogadores Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi (foto) foram detidos sob a acusação de terem mantido relações sexuais com uma menina de 13 anos.

Segundo a investigação da polícia suíça, a garota dirigiu-se com dois amigos ao quarto dos jogadores do Grêmio.

Os atletas, então, teriam proibido a entrada dos dois rapazes, permitindo apenas o acesso da vítima.

Depois disso, trancaram a porta e estupraram a jovem.

Após pouco menos de um mês detidos, os jogadores foram liberados, sob o compromisso de comparecerem às convocações da justiça suíça.

Passados dois anos, Cuca, Eduardo e Henrique foram condenados a 15 meses de prisão.

Como o Brasil não extradita os seus cidadãos, eles nunca cumpriram a pena.

No Brasil, os atletas foram recebidos como injustiçados, com certa complacência da mídia.

À época, a imprensa tomou a defesa dos jogadores, insinuando que tudo não passava de uma armação, virando o lado da opinião pública.

A revista Placar chegou a publicar uma edição especial com falas de colegas, como Renato Gaúcho, citando-os como homens de família.

O jornal “O Globo” divulgou uma matéria, apontando a vítima como a verdadeira culpada.

O próprio Cuca declarou na época dos fatos que a jovem “era do tamanho de um armário e não tinha carinha de menina”.

36 anos depois, o caso continua reverberando e Cuca segue negando a prática de qualquer crime.

O dilacerante saldo de toda essa história, porém, é que a menina, apontada como culpada pelo patriarcado brasileiro, sofre até hoje com transtornos mentais graves e já tentou o suicídio.

O caso de Cuca foi em 1987.

Robinho e Daniel Alves, mais recentemente.

Eis uma faceta do futebol brasileiro que precisa ser melhor estudada.
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O Leão cantou de galo no Pátio da Matriz….

O Leão, mais uma vez, cantou de galo no Pátio da Matriz. Comemorando mais um título de Campeão Pernambucano os torcedores do Sport da nossa cidade promoveram um “carnaval fora de época”, que ocorreu no domingo (30). Animados pelo som do Trio Pileque e “puxados” pelo artista Nildo Ventura a nação rubro-negra antonense ganhou as ruas centrais da cidade para comemorar, dançando e cantando.

Professor Lucivânio Jatobá: Cidadão Vitoriense!

Através do convite enviado pelo renomado professor Lucivânio Jatobá, marquei presença  na  Câmara de Vereadores da Vitória, na noite da sexta-feira (28), no sentido de prestigiar a sessão que lhe concedeu título de Cidadão Vitoriense. O professor Lucivânio é um eterno apaixonado pela “Terra de Santo Antão”. Nas paredes e gavetas da sua memória estão  preservados um  conjunto de acontecimentos da sua infância e adolescência, vividos intensamente em terras antonenses.

Na mesma sessão, além do título concedido ao professor Lucivânio, artistas vitorienses foram agraciados com a comenda “José Marques de Senna”. Essa iniciativas partiram do vereador André Carvalho.

“Mula Branca” – era o nome da primeira aeronave militar que pouso em nosso aeroporto.

Recheada de lances inacreditáveis, a história que efetivou o nosso aeroporto, lá década de 1940, sem sombra de dúvida, é um dos capítulos mais “atrevido” da sociedade antonense, nesses quase 4 séculos de história.

Nesse contexto, hoje, 28 de abril de 2023, realçamos no nosso projeto esportivo/histórico/cultural, que atende por “Corrida Com História”, os 76 anos do pouso, em nossas terras, da primeira aeronave da FAB – Força Aérea Brasileira – “Mula Branca”. 

Recepcionada por autoridades locais e pessoas envolvidas na condução do Aeroclube da Vitória, os militares aqui chegaram para promover uma espécie de vistoria na pista. Durante um recorte de tempo, o Aeroclube da Vitória tornou-se um ponto de convergência de representação política e empresarial da Vitória de Santo Antão.

Veja o vídeo aqui: https://youtube.com/shorts/ciGzlNOuE1Y?feature=share

 

Esta é a Ponte da Torre – por @historia_em_retalhos.

Provavelmente, você já passou por ela.

O que talvez você não saiba é que, nesta ponte, em 28 de abril de 1969, há exatos 54 anos, o jovem estudante de engenharia e líder estudantil Cândido Pinto de Melo foi ferido a bala em um atentado político que o deixou paraplégico aos 21 anos de idade.

Em 1969, o país vivia o auge da ditadura militar, com a assinatura do AI-5, no final do ano anterior.

Neste dia, Cândido, que era presidente da União dos Estudantes de Pernambuco (UEP), trafegava a pé pelo local.

Repentinamente, recebeu ordens de três homens encapuzados para entrar em um veículo.

Reagiu e salvou a sua vida.

Porém, ao resistir à coerção, foi surpreendido por dois disparos, um no rosto e outro na coluna, que lhe seccionou a medula abaixo do peito.

A partir deste atentado, teve a sua vida virada de cabeça para baixo.

Cadeira de rodas, sucessivas infecções, além das altas doses de medicamentos.

Tudo isso, todavia, não o impediu de continuar atuando na luta pela democracia e pelos direitos humanos, na defesa dos direitos das pessoas com deficiência (PCD), bem assim na profissão de engenheiro biomédico, transformadora de sua realidade.

Cândido era natural de João Pessoa/PB.

Em decorrência das sequelas deixadas pelo atentado, faleceu, precocemente, em 2002, aos 55 anos, no Recife.

Neste mesmo ano, a Lei Municipal n.° 16.826 deu à Ponte da Torre o seu nome.

Também levam o seu nome o Diretório Acadêmico de Engenharia Biomédica da UFPE e a União dos Estudantes de Pernambuco (UEP).

De agora em diante, todas as vezes em que você passar por essa ponte, lembre-se de Cândido Pinto e de que esse local já foi, um dia, palco de resistência.

#ditaduranuncamais

Uma sexta-feira de paz a todos. 🙏🏼
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TÚLIO GADÊLHA VISITA HOSPITAIS EM VITÓRIA DE SANTO ANTÃO A CONVITE DO VEREADOR ANDRÉ CARVALHO.

A convite do vereador André Carvalho, o Deputado Federal esteve nesta quinta-feira (27) nos hospitais da cidade de Vitória de Santo Antão. O hospital João Murilo recebeu a indicação de 1,2 milhões em emendas federais e já é o maior aporte que um Deputado já deu para o hospital. Porém, só houve a execução de 400 mil reais até o momento.

“A gente ainda tá com um desafio de aplicar esses recursos. Ainda faltam 850.000 reais a serem aplicados. Falta equipamento de raio-x, de hemodiálise e ainda falta a reforma do refeitório, dos espaços de convivência, da enfermagem…” afirmou Túlio.

Já no Hospital Apami, a emenda indicada pelo parlamentar foi de 500 mil para a concretização de alguns leitos de UTI, em 2021. Passados 2 anos, uma boa notícia: 80% do recurso foi destravado, levando em consideração as dificuldades de execução da emenda em razão da mudança de governo a nível estadual e federal.

O hospital Apami, apesar de ser o hospital mais antigo da cidade, passa algumas dificuldades por não ter mais contrato com a prefeitura municipal. Na ocasião da visita, os vereadores Carlos Henrique e Dr Saulo também participaram da reunião, onde Túlio se comprometeu em tentar buscar mais recursos para o hospital.

A indicação do recurso para os hospitais se deu a partir de um processo de participação dos cidadãos. Essas emendas participativas são recursos do orçamento público apontados por membros do Congresso Nacional ou Assembleias Legislativas dos estados, para que a comunidade decida para onde o dinheiro deverá ser investido. A votação em questão foi feita a partir de plataforma on-line do deputado federal.

O vereador vitoriense André Carvalho (PDT), que esteve envolvido no processo de implantação e indicação de emendas para a cidade, disse que o recurso é fundamental para a saúde pública do município:

“Você foi o único Deputado que trouxe tantos recursos aqui para o João Murilo. Vou lutar muito para você trazer mais, até porque, a saúde pública, aqui no Município, precisa de muita atenção. Não só de Vitória de Santo Antão, mais de todo o estado”. Afirmou o vereador.

Assessoria parlamentar. 

 

Desistir, Jamais! – é o título do livro do amigo Evilson Rêgo.

Em recente encontro com o amigo que conheço há duas décadas, Evilson Rêgo, o mesmo presenteou-me com o livro “Desistir, Jamais!”, obra literária que traz sua assinatura como autor. Bem elaborada, sua dedicatória se configurou em convite irrecusável à leitura do mesmo. Registro, aqui, meus agradecimentos pela distinção na certeza que oportunamente estaremos mergulhando no rico conteúdo impresso, distribuídos em pouco mais de duas centenas de páginas.

Onde está Frei Caneca? – por @historia_em_retalhos.

Onde foi sepultado o frade carmelita, herói e mártir de duas revoluções?

Revolucionário de 1817 e líder máximo da Confederação do Equador de 1824, o frade tornou-se um mártir em razão das ideias libertárias que defendia, as quais influenciaram, decisivamente, as gerações que o sucederam.

Foi detido no exercício de suas funções de secretário das tropas sublevadas, em 29 de novembro de 1824, sendo conduzido para o Recife.

Levado inicialmente para um calabouço, foi transferido, depois, para uma sala incomunicável, onde recebera a sentença.

Muito foi feito para que o frei não fosse executado: petições, manifestações de ordens religiosas, pedidos de clemência.

Tudo em vão.

Sob a acusação do crime de sedição e rebelião contra as imperiais ordens de sua Majestade, foi julgado e condenado, sumariamente, à morte, por enforcamento, por uma comissão militar sob a presidência do coronel Francisco de Lima e Silva (pai do futuro Duque de Caxias).

Caneca foi morto em 13 de janeiro de 1825.

Em sua morte, foi necessário promover-se o seu arcabuzamento, porque três carrascos, sucessivamente, recusaram-se a enforcá-lo, tão querido era o frade e tamanho era o peso moral daquele ato.

O arcabuz era um tipo de espingarda, portanto, seria o fuzilamento dos dias de hoje.

Na Igreja de Nossa Senhora do Terço (foto), foi despido de suas vestes sacerdotais e levado, em seguida, ao Forte das Cinco Pontas, para ser executado.

Depois de morto, o seu corpo foi colocado junto a uma das portas do templo carmelita (foto), no centro do Recife, em um caixão de pinho, de onde os padres o recolheram e enterraram em um local até hoje não identificado.

Até hoje, a indagação: onde está sepultado Frei Caneca?

Nunca se soube com precisão.

Em nossa humilde opinião, o frei revolucionário merecia um mausoléu à altura de sua estatura cívica e histórica.
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Dia do Contabilista- por Gustavo Leonel.

Hoje, 25 de abril, celebramos o Dia do Contabilista, uma data importante para homenagear os profissionais responsáveis por organizar e gerenciar as finanças e tributos de empresas e pessoas físicas. Nós, da GL Contabilidade, temos muito orgulho de contar com uma equipe dedicada e comprometida com a excelência na prestação dos nossos serviços contábeis.
Na foto, temos o nosso líder Gilvan Leonel em destaque, junto à primeira equipe de trabalho da GL Contabilidade. Uma imagem que nos enche de saudade e ao mesmo tempo de gratidão por todos que já passaram por aqui e ajudaram a construir a nossa história.
Parabéns a todos os contabilistas pelo seu trabalho e contribuição para o desenvolvimento econômico do país. Vocês são essenciais para o sucesso das empresas e das pessoas físicas.
Gustavo Leonel.

2ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória: é tempo de agradecer!!!

“O Sucesso não ocorre por acaso”, diz o título de um dos livros do renomado médico brasileiro Lair Ribeiro. É nesse sentido que compartilho com os internautas do Blog do Pilako o conjunto de apoios que recebemos para efetivar a 2ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória.

Deixou aqui meu agradecimento ao chefe do executivo local, prefeito Paulo Roberto, por haver oportunizado o nosso contato direto com os secretários e funcionários da municipalidade para  tonar os serviços públicos mais ágeis e eficientes, visando  uma  melhor  segurança  aos  atletas  participantes. No contexto da estrutura do evento o erário nos contemplou com parte dela. Nomino, aqui, os nomes dos funcionários da prefeitura com tive algum tipo de contato: Edmo Neves (Vice-prefeito), Ana Paula, Evilson, Marcelo Torres, Albino, Darlan, Décio Filho, Demétrius, André, Alex, Luciano, Vitor, Marcos da Máquina  e Joselito (perdoe-me se esqueci de algum).

Às empresas que participaram do evento,  na qualidade de patrocinadora, destaco pelo incentivo da APAMI, nas pessoas de Socorrinho e Ivinho, da Pousada dos Piabas (Marcone), Pitiba (Bruno), Cárdio “A”,  Farmácia Roval (Célia), FAMAM (Emmanoel), Pitú (Alexandre), Nabuco Laboratório (Ariadne) e demais apoiadores.

Estendo os meus agradecimento ao professor do CAV – Centro Acadêmico da Vitória -,  Marcelus e também a todos os alunos que, na qualidade de monitores, participaram no engrandecimento do evento. Aos meus coordenadores, Gabriel, Neto, Rafael, João, Caio, Fernandes, Marília e Lú meu muito obrigado por tudo.

Produzir eventos não é uma tarefa das mais fáceis, sobretudo quando envolve um grande número de pessoas/participantes. Portanto, encerros esses agradecimentos sublinhando a participação dos atletas da Vitória e das mais variadas regiões do nosso estado. Corredores e corredoras deram um show!!!

Augusto Campos Góes Torres Simões Maia – por @historia_em_retalhos.

Há exatos 9 anos, morria em grave acidente automobilístico Augusto Campos Góes Torres Simões Maia, o “Galego”, como era conhecido.

Delegado licenciado, vereador de Pesqueira/PE e ex-líder estudantil, Augusto faleceu, precocemente, no mesmo dia em que completava 34 anos.

Durante os anos do movimento estudantil na Faculdade de Direito do Recife, integrou o Grupo Contestação, notabilizando-se pela eloquência e pelo talento para a política.

Intenso e talentoso, era muito certo que a vida o reservava um futuro promissor.

Já formado e no cargo de delegado da Polícia Federal, em janeiro de 2012, casou-se com a jovem Érica Torres, com quem viveu uma forte história de amor.

Naquele mesmo ano, porém, apenas sete meses após o matrimônio, a vida de ambos foi marcada por uma tragédia.

Augusto conduzia o veículo que se envolveu em um acidente no município de Sertânia/PE, resultando na morte de Érica, aos 31 anos.

Esse fato mudou radicalmente a sua vida.

A partir de então, optou por um estilo de vida recluso, voltado para atividades religiosas, sendo acolhido por seu tio, o padre Adilson Simões, na Terra da Misericórdia, em Arcoverde/PE.

Nesse período, idealizou e concretizou o “Instituto Érica Torres Simões, Menina Luz, Flor do Céu”, que tinha o objetivo de realizar cadastros sociais nas periferias de Pesqueira e Alagoinha, identificando as famílias mais carentes, para a oferta de donativos.

Em 26 de abril de 2014, quando retornava de uma das suas atividades com o tio, seguia no sentido Arcoverde, pela BR-232, quando bateu de frente com um caminhão, não resistindo aos ferimentos.

Antes, ele havia ido ao Recife com o pai e voltara de ônibus para Pesqueira.

Era um dos dois filhos do casal Juraci e Gláuria Simões.

Em 2015, a Academia das Cidades de Alagoinha (foto), sua terra natal, ganhou o seu nome.

À memória do Galego, com quem tive o enorme prazer de conviver, deixo aqui as nossas homenagens.
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“Tanto Mar” – por @historia_em_retalhos.

“Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
Ainda guardo renitente
Um velho cravo para mim”

“Tanto Mar”, canção de 1978, foi gravada por Chico Buarque em homenagem à Revolução dos Cravos, movimento armado que pôs fim ao regime fascista salazarista, no dia 25 de abril de 1974, em Portugal. 🇵🇹

O período da história portuguesa conhecido como “salazarismo” teve o seu início em 1933, com a ascensão ao poder de Antônio de Oliveira Salazar.

Inspirado no fascismo italiano, Salazar estabeleceu um regime autoritário-ditatorial, pautado na censura, repressão, exílios e guerras coloniais.

Em 1968, Salazar sofreu um derrame e foi substituído por Marcello Caetano, que prosseguiu com a política autoritária.

O isolamento político, a decadência econômica e os desgastes com as guerras coloniais foram o pano de fundo para a formação de um movimento de resistência ao salazarismo.

Em 09.09.73, surge o MFA – Movimento das Forças Armadas, em oposição à ditadura, o qual, no ano seguinte, reúne-se e decide derrubar o governo de Caetano.

Em 25 de abril, às 00h20min, a transmissão pelo rádio da música “Grândola Vila Morena” foi a senha utilizada para anunciar o início das operações militares, deflagrando a rebelião.

E qual a razão do nome “cravos”?

Em verdade, a revolta aconteceu praticamente sem resistência.

Houve 4 mortos.

Caetano rendera-se no mesmo dia, seguindo para o exílio no Rio de Janeiro.

Diante disso, a população saiu às ruas para comemorar, entregando flores de cravos aos soldados, que as colocavam nos canos de seus fuzis, tornando, assim, a flor símbolo e nome da Revolução.

As principais conquistas do 25 de abril podem ser resumidas nos chamados “3 d’s”:

– Democratizar,

– Descolonizar e

– Desenvolver.

O reconhecimento da independência de Guiné-Bissau, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Angola foi um reflexo direto do movimento.

Para a nossa alegria, o perfume dos cravos portugueses atravessou o Atlântico e também chegou no Brasil, influenciando no processo de redemocratização do país e, mais tarde, na promulgação da Carta Cidadã de 1988… 🙌🏼
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Mario Schenberg e Moacir dos Anjos, pernambucanos na Bienal de Artes de São Paulo – por Marcus Prado.

Muito se tem falado no Brasil, com especial ênfase, sobre o complexo ofício da curadoria em artes visuais, a partir da sua gênese até o final das suas configurações. Da necessidade de curadores engajados na produção da infraestrutura da arte. Sabe-se que o cenário das artes plásticas no Brasil está aproximando o país dos padrões culturais internacionais mais avançados e exigentes. Nesse contexto acha-se a figura do curador, profissão a exigir, cada vez mais, um somatório nada fácil de perspectivas culturais, boa formação acadêmica, muitos saberes no campo das artes de todas as épocas, das subjetividades e dimensões históricas. Sem ignorar os paradoxos intrínsecos do campo artístico do seu tempo, os conflitos e exigências que administra com sabedoria nos mínimos detalhes, fatos que configuram um conjunto de agentes e atores necessariamente engajados. Competência de liderança.

Pernambuco tem a destacar a presença de dois especialistas nessa área, ambos na condição de curadores da Bienal de São Paulo, considerada um dos três principais eventos do circuito artístico internacional, junto à Bienal de Veneza e Documenta de Kassel, a maior exposição do hemisfério sul. A nossa Bienal (que tem provocado novas discussões sobre o conceito das artes e muita polêmica) é pautada, cada edição, por questões inovadoras do cenário contemporâneo, reunindo milhares de visitantes não só do Brasil e expositores nacionais e estrangeiros.
O primeiro pernambucano curador da Bienal de São Paulo (1971) foi Mario Schenberg. Além de cientista (foi o nosso maior físico teórico), atuava como professor, tendo publicado trabalhos nas áreas de termodinâmica, mecânica quântica, mecânica estatística, relatividade geral (sabe-se a admiração e amizade que Albert Einstein tinha por ele, de quem era colega e vizinho de gabinete na Universidade de Princeton. Certa vez, pediram para Einstein fazer uma lista de dez pessoas, dez inteligências, e Schenberg estava nessa lista. (Suas primeiras ideias e descobertas, ainda jovem, foram caminhando pelas areias da praia dos Milagres, em Olinda). Tornou-se famoso crítico de arte, amante da Fotografia como arte maior e curador da Bienal de São Paulo. Não só curador, mas fazendo parte da organização cimeira do evento desde 1960. Isto, sem falar da sua atuação política de esquerda, que o levou à cadeia e expulsão do país durante o Golpe de 64. (Foi dedurado por seu amigo, Miguel Reale, reitor da USP, um filósofo menor). Mario tinha uma singularidade rara, ele entendia a importância da união entre arte e ciência. “Ele reconhecia o valor da normatização racional, mas considerava de alta relevância o elemento intuitivo na desconcerta cientifica e na criação artística”, afirma Alecsandra Oliveira, autora do livro Schenberg – Crítica e Criação, lançado pela Edusp, quando era seu diretor o pernambucano João Alexandre Barbosa, mestre da USP, um dos grandes críticos literários do país. Como curador da Bienal de São Paulo, (57 países), Mario muito contribuiu para a renovação e prestígio internacional do certame. Deu lugar a novas experiências estéticas desafiadoras que rompiam definitivamente com as tradicionais categorias de arte.

Depois de Mario Schenberg, separados por mais de uma geração,  foi a vez de Moacir dos Anjos (2010), o mais jovem dos curadores da Bienal de São Paulo, desde 1951, escolhido pelo Conselho de Administração da Fundação Bienal de São Paulo, presidido por Heitor Martins, graças ao seu histórico em outras curadorias, à sua notória interdisciplinaridade (elemento fundamental na curadoria profissional de artes), consolidada com trabalhos realizados no Recife (sua presença como pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco foi vista como exemplar), e em outras capitais do Brasil, à sua formação acadêmica na Europa, à sua relação com a história contemporânea das artes. Sem falar de seus livros que tratam de arte visual, crise de representação e Fotografia, e de seus ensaios temáticos em publicações especializadas dentro e fora do Brasil.

Para a Bienal de São Paulo, a 29ª, Moacir levou um projeto ousado, voltado para a arte contemporânea, “com a capacidade de falar das coisas da vida cotidiana”, para que a mostra, segundo entrevista dada ao Globo/RJ, “fosse entendida por todos”. Outra meta: resgatar a importância da Bienal, que já trouxe ao país obras como Guernica, de Pablo Picasso. Sua meta final era um público superior a 1 milhão de pessoas. Foi alcançada. Para tanto, contou com uma equipe de cinco curadores que trabalhavam sob a sua coordenação. Para mim, que estive lá, a Bienal de Moacir foi uma tomada de consciência de que a arte, seus núcleos afetivos, é uma linguagem que espelha o homem e suas circunstâncias, suas resistências, o seu mundo, como também é parte da realidade, um equivalente ideal da realidade, uma imagem típica (verossímil) da realidade, mas como realidade está sempre em transformação. (Existir é devir, como diria Martin Heidegger no silêncio da sua cabana, na Floresta Negra).

Marcus Prado – jornalista

2ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória: SUCESSO!!!

Nesse domingo, 23 de abril, concluímos a 2ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória que promoveu duas homenagens: ao Jucival Amorim, pela sua trajetória como atleta vencedor e por sua importante contribuição à modalidade (corrida de rua)  em todo estado de Pernambuco. A medalha e o troféu do evento foram confeccionados alusivos à bandeira da Vitória de Santo Antão, justamente para celebrar a passagem dos 180 de elevação da então “Vila de Santo Antão” à categoria de “Cidade de Vitória”, ocorrida em 1843.

Com mais de 500 inscrições realizadas, o evento contou com atletas de vários grupos das mais variadas regiões do nosso estado. Para o percurso de 7km, além de prêmio em dinheiro para os vencedores até o 3º lugar, no masculino e feminino, nas  categorias “geral e local”,  o evento também contemplou pódio por faixa etária – dos 50 aos 59, 60 aos 69 e 70+. Para caminhada o percurso foi de 4km.

Já nessa segunda edição poderíamos dizer que o evento encontra-se consolidado, colocando nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão, definitivamente, no roteiro dos grandes eventos de “corrida de rua” de Pernambuco. No transcorrer da semana postaremos mais detalhes,  alusivos ao encontro esportivo aludido.