Instituto Histórico: GOL DE PLACA – por Pedro Ferrer

Memória, História. Se superpõem ou se interlaçam. Diz o poeta “bendito o que semeia livros a mão cheia”. Eu plagiaria: bendito o que recolhe livros a mão cheia. Recolher e guardar. Foi a nobre missão do preclaro professor JOSÉ ARAGÃO. No dia a dia o mestre recolhia jornais, revistas, convites, préstitos dos clubes carnavalescos, documentos, papeis e mais papeis. Tudo que se referia à Vitória de Santo Antão era guardado com carinho e zelo. Esta lida foi relativamente seguida pela professora Eunice Xavier. A atual diretoria tem se esmerado nesta azáfama: recolher, selecionar, catalogar e digitalizar. A informática facilitou sobremaneira o trabalho. Sem ela a cadeia seria quebrada. Mas deixemos de lero-lero e voltemos ao mestre JOSÉ ARAGÃO. Hoje, graças a ele, nosso acervo é riquíssimo em documentos impressos e manuscritos. Faltava-nos divulgá-los e facilitar o acesso do pesquisador. Várias tentativas infrutíferas. Dificuldades, sobretudo financeira, tolhiam nossas esperanças. Contatamos a Biblioteca Nacional. Tudo em vão. Resolvemos insistir e afinal a BN ouviu nosso apelo.

Dispõe a Biblioteca Nacional de um rico acervo de jornais e revistas, mais de 200 mil itens. Esta coleção é intitulada: HEMEROTECA. Nela o pesquisador, o curioso ou o mero leitor encontrarão subsídios para pesquisa. O programa facilita e explica a busca na pesquisa. Se antes você era obrigado a ler um jornal por inteiro, hoje o programa põe em destaque o objeto da pesquisa. Tudo a um palmo dos olhos.

Pensando em divulgar nosso acervo e pô-lo à disposição dos pesquisadores entabulamos um contato com a Biblioteca Nacional e inserimos dois dos nossos antigos periódicos: Diário da Victoria e Gazeta da Victoria.

Cabe a você, que gosta de História e ama seu torrão, fazer suas pesquisa. Abra o google e procure Hemeroteca Nacional. Aberta a página clique em Coleção de Jornais e Revistas. O resto virá por acréscimo, fácil, fácil. Bom trabalho e bom lazer nesta quarentena.

Professor Pedro Ferrer – presidente do IHGVSA

Silvio Gouveia aos amigos: “não teria “cabos eleitorais”…eles seriam vocês!”

Médico há 51 anos, venho exercendo a profissão com ética, dedicação e honestidade. Durante 16 anos, também exerci o cargo de vereador, sempre com transparência, lealdade e respeito à população, principalmente em atenção àqueles que me escolheram como seu representante, honrando o compromisso assumido na campanha – o de lutar pelo bem da nossa cidade. Durante meus mandatos, tive a atenção voltada principalmente para a saúde, educação e inclusão social, tendo apresentado, ao longo desse tempo, vários projetos, requerimentos e indicações.

Instado por um grupo de amigos para retornar às atividades políticas, tenho refletido amplamente na questão, e um ponto que considero crucial é o momento presente, quando vivenciamos uma pandemia instalada no país. Infelizmente, foi necessário chegarmos a uma calamidade tal para que o povo tomasse ciência da gravidade da situação da saúde em nosso país. Assim sendo, como médico, tendo conhecimento das questões peculiares à saúde e considerando, também, a bagagem enquanto servidor do povo, estaria qualificado para solicitar do poder público as medidas adequadas para o quadro atual.

Outro fator que me permite ser otimista é que ainda acredito no voto do eleitor consciente, independente e que pensa no bem-estar de todos!

Contudo, antes de dar seguimento a mais esse projeto, considero importante ouvir a opinião sincera de vocês, meus amigos! Caso positivo, conto com seu apoio para, juntos, conquistarmos esse mandato! Não teria “cabos eleitorais”…eles seriam vocês!

Silvio Gouveia

Empresa vitoriense desenvolve novo equipamento necessário para a retomada das atividades comerciais

Simultaneamente ao gravíssimo problema sanitário, em que vidas humanas estão sendo ceifadas – pelos efeitos do novo coroanavirus –  o mundo começa destravar as atividades no sentido da retomada da “vida normal”. Dentre os estados brasileiros mais afetados, São Paulo e Pernambuco, recentemente,  já anunciaram seus respectivos planejamentos para volta  gradual das atividades econômicas.

Nesse contexto, porém, rigorosos  protocolos e novas rotinas serão  obrigatoriamente implementadas  como medidas profiláticas  até que uma vacina contra a COVI-19 seja disponibilizadas à comunidade planetária.  Portanto, redesenhar ferramentas para atender essa nova demanda comercial faz-se necessário e é urgente!

Com tecnologia “Made In Vitória” a empresa comandada pelo amigo Breno Valois – Pronto Placas, Sinalização Comercial e Industrial – já disponibiliza ao mercado um equipamento para facilitar o processo de higienização das mãos com o álcool em gel. Com visual exclusivo (marca da empresa), o equipamento é acionado por um pedal sem que se faça necessário o toque com as mãos.

Eis aí, portanto, uma ferramenta que toda empresa que zela pela boa saúde dos funcionários e clientes terá que adquirir. 

Pronto Placas – Vitória de Santo Antão.

Fone – (81) 3523-0435 – zap (81) 9.8863-0435

Há exatos 15 anos, tal qual os dias atuais, Vitória também vivenciou momentos históricos…

Hoje, dia 02 de junho de 2020, na qualidade de comunidade, estamos atravessando mais deserto. A pandemia do coronavirus jogou-nos num barco a deriva em mar revolto, na direção da cachoeira do imprevisível. Pois bem,  há exatos 15 anos –  dia 02 de junho de 2005 –  nossa cidade vivenciou dias que ficou catalogados na história do município como um dos  piores momentos do século XX.

O trágico evento que ficou conhecido como “A Enchente de 2005”, definitivamente, marcou a nossa cidade. Ano passado (2019),  por ocasião da passagem de mais um “aniversário”do trágico acontecimento,  anotei um breve relato dessa fato histórico aqui no blog que, apenas por uma questão de registro,  torno a fazê-lo. Abaixo, portanto, segue  a referida matéria com pequenas atualizações.

Apenas para termos uma ideia do caos, por assim dizer, outro fato similar, antes anotado como o pior  das últimas décadas, conhecido como “ a cheia de 75”, na qual Vitória foi terrivelmente atingida, registrou-se no mês de julho daquele ano (1975)  precipitações pluviométricas de 436mm. Em junho de 2005 o índice foi de 621,7mm. Apenas nos dias 02 e 03 de junho, nossa cidade foi “castigada” com 250mm, segundo dados oficiais.

Devido ao grande volume d’água parte significativa da cidade foi inundada de maneira rápida. Boa parte da periferia, sobretudo às áreas ribeirinhas, tiveram casas destruídas,  causando o maior número de desalojados e desabrigados da sua história. O setor produtivo também foi duramente atingido. O comércio do centro ficou totalmente paralisado com a fúria das águas. Lavouras destruídas e as agências bancárias com equipamentos submersos. Serviço de fornecimentos de água potável foi danificado e etc, além de pontes destruídas, tal qual à cabeceira da Ponte do Galucho.

Além da ocupação de alguns espaços públicos (escolas) pelos desabrigados, uma rede de solidariedade foi criada em vários segmentos da sociedade – Igrejas, clubes de serviço, órgãos  governamentais, entidades classistas e etc, na tentativa de atenuar os efeitos da tragédia. Registremos, porém, que a cidade demorou   para entrar “nos trilhos” e voltar ao curso da chamada “vida normal”.

Essas escassas linhas, evidentemente, não tem a pretensão de narrar fielmente o trágico roteiro da tragédia. Tem sim, o sentido pedagógico de “disparar o gatilho” da memória, fazendo com que as pessoas que vivenciaram os fatos citados relembrem os acontecimentos, assim como informar, mesmo que superficialmente, os mais jovens.

Para concluir deixou algumas perguntas no ar: o que aprendemos com os relembrados acontecimentos? Quais medidas foram tomadas no sentido da prevenção para novas tragédias? Será que estamos trabalhando para evitar ou atenuar novos danos por conta das chuvas fortes na nossa cidade?

O internauta Djalma Gomes comentou sobre a recente matéria do Blog.

Parabéns, Pilako! Excelente matéria, como você fala, que quase nenhum vitoriense sabe dessa histórica passagem do cardeal por nossa Vitória que tornou-se papa. Falo nossa porque quem nasceu em Glória do Goitá  acaba sendo Vitoriense (rs). No meu caso,  tive a hora de receber um título de cidadão Vitoriense.

Na foto da inauguração da Churrascaria Recanto Gaúcho, encontra-se  o padre Pedro de Souza Leão. Ele  foi pároco e prefeito de Glória do Goitá –  eu era muito criança na época. Meu pai era muito amigo do Padre Pedro. A imagem dele está  sempre presente na minha mente . Essa matéria dá mais de uma hora de conversa (rs). Em breve,  iremos  sentar para falarmos  desses acontecimentos! Ótimo final de semana..

Djalma Gomes

O internauta Elmir Nogueira comentou sobre a recente matéria do Blog.

Bom dia amigo , uma história que nos emociona pelos acontecimentos citados. Também  fui frequentador do Recanto Gaúcho,  onde sempre solicitava,  antes do almoço,  a carne de cupim. Achava uma delícia! Muitas vezes o próprio gaúcho nos atendia. Lembro de suas filhas,  creio que eram duas  e,  salvo engano,  o genro já participava do atendimento do restaurante. Faz muito tempo ( anos 70 para 80 ),  cheguei em Vitória em 1974. Sua história me trouxe boas recordações,  bons tempos que não voltam jamais. Forte abraço. 

 

Elmir Nogueira

O internauta Gildo Sales comentou sobre a recente matéria do Blog.

Parabéns amigo Pilako, pela riqueza de informações de seu Blog, que nos enriquece com informações relevantes de nossa cidade e do Estado de Pernambuco. A visita do PAPA João Paulo l ao Recanto Gaúcho realmente foi um fato marcante e que pouca gente tem conhecimento desse acontecido. Eu sabia de sua passagem por Pernambuco, indo à cidade de Belo Jardim, porém quanto sua ida ao Gauchão, não tinha conhecimento. Parabéns pelo acervo do seu Blog, que tem como fito, informar e contribuir com a cultura de nossa querida cidade. Fraterno abraço.

Gildo Sales 

 

O internauta Israel Pinheiro comentou sobre a recente matéria do Blog.

Parabéns. Texto de rara sensibilidade e de raro valor histórico. Como ex-morador de Candeias, já frequentei algumas vezes o Restaurante Recanto do Gaúcho, não conhecia as tantas referências emblemáticas que você elencou. Voltarei ao restaurante, que funciona sim até hoje, dessa vez com um outro olhar e um outro espírito. @Cristiano Pilako, obrigado e, mais uma vez, parabéns pelo registro histórico e pela poesia.

Israel Pinheiro

O internauta Luiz Carvalho comentou sobre a recente matéria do blog.

Aqui é o Luiz Carvalho, irmão de Alcindo, casado com sua tia Nilda. Gosto muito de ler suas mensagens. Muito boa esta da visita do Papa João Paulo I à Vitória quando ele não havia assumido seu breve papado. Ao ler o título da matéria achei que você havia cometido um engano. Queria se reportar ao Papa João Paulo II. Ao ler o conteúdo ficou claro que se tratava do Papa João Paulo I ainda Cardeal. Reza uma lenda que ele foi assassinado (envenenado). Continue nos brindando com seus registros históricos de minha terra natal. Um grande abraço.

Luiz Carvalho

O Papa João Paulo I almoçou na Churrascaria Recanto Gaúcho, aqui na nossa Vitória de Santo Antão.

Na medida do possível estou sempre atento às questões históricas atinentes ao nosso torrão. Sublinhemos, de partida, que o maior guardião da memória antonense é o nosso Instituto Histórico e Geográfico. Aliás, diga-se de passagem, esse ano (2020), completando sete décadas ininterruptas de incomensurável serviço prestado a toda comunidade.

Pois bem, dias atrás circularam por grupos locais de whatsapp fotografias realçando o ato inaugural do “Recanto Gaúcho Churrascaria”. Para os mais maduros, que já passaram do meio século de vida, como eu, o local dispensa maiores apresentações. Já para os mais jovens devemos dizer que o badalado e moderno restaurante foi construído no alto de uma barreira onde hoje funciona o Posto Santa Cristina.

A minha primeira e forte lembrança do espaço, por assim dizer, ocorreu em 1978 por ocasião das comemorações dos 50 anos de vida do meu pai, Zito Mariano. Nesse dia, com apenas dez anos de idade, diante de uma multidão, usei da palavra para fazer-lhe uma  singela homenagem. Ainda guardo as últimas palavras do que estava escrito: “tenho dito”. A invenção da apresentação assim como o conteúdo produzido,  de maneira improvisada,  poucas horas antes do evento,  foi de autoria do  marido  (Inocêncio) de uma das minhas tias materna.

Voltando aos  registros fotográficos recentemente recebidos, como  já falei, confesso que os  mesmos provocaram uma remexida nas  “gavetas” da minha memória. Sem pestanejar, para mim,  tornou-se imperioso saber em que data deu-se aquela  inauguração e, em ato contínuo, o nome de algumas pessoas que aparecem  nas respectivas fotografias.

Com algumas primaveras na minha frente, bom de memória e curioso quando o assunto diz repeito à Vitória de Santo Antão, recorri ao  amigo Paulo Lima. De “bate-pronto” respondeu-me alguns questionamentos e ficou de pesquisar outros. Com a boa vontade de sempre, acionou algumas amigas até chegar a senhora Silvana,  filha do fundador do “Recanto Gaúcho”, o senhor Lody Ciochetta –  já falecido.

A Churrascaria Recanto Gaúcho foi inaugurada no dia 08 de maio de 1971. Governava a nossa cidade,  na qualidade de prefeito, o industrial José Augusto Ferrer. Não sei precisar até quando a casa funcionou no mesmo local.  Segundo informações, o prédio foi demolido. Certa vez, há mais ou menos uns dez anos, almocei no restaurante  que é comandado pela terceira geração do senhor Lody, localizado em Candeias, Jaboatão dos Guararapes.  Também segundo informações, funcionando até os dias atuais.

É bom que se diga que – enquanto permaneceu ativo na nossa cidade –  o Restaurante Recanto Gaúcho promoveu grandes festa e noitadas inesquecíveis. Durante décadas dividiu com o não menos famoso Restaurante Gamela de Ouro a preferência da sociedade vitoriense.

Outra coisa curiosa sobre o “Recanto Gaúcho”, que até então eu desconhecia e acredito que quase a totalidade dos vitorienses ignoram,   é que no ano de 1975, por ocasião de uma visita ao Brasil, em que se deslocou do Recife ao município de Belo Jardim, para reencontrar um amigo religioso,  o Cardeal italiano Albino Luciani almoçou no Restaurante Recanto Gaúcho, aqui em Vitória de Santo Antão.

O Cardeal Albino Luciani, três anos depois, em 26 de agosto de 1978, em Roma, foi eleito Papa. Para homenagear os dois últimos Papas – João XXIII e Paulo VI – Albino Luciani assumiu seu pontificado com o nome de João Paulo I. Foi o Papa de numero 263 na Igreja Católica.

Conhecido na Cúria Romana pelo apelido de “Papa do Sorriso”, o Papa João Paulo I recusou uma coroação formal. Também não aceitava ser carregado numa liteira, como os outros Papas. Foi pioneiro em adotar o nome papal duplo. Seu pontificado foi breve. Durou apenas 33 dias.

Pois bem, para marcar essa ilustre visita à Churrascaria Recanto Gaúcho,  o seu proprietário, Lody Ciochetta, à época, produziu um espaço e fixou uma placa alusiva ao fato assim como, junto com religiosos,  promoveu uma celebração no restaurante para marcar o auspicioso acontecimento. Vale lembrar também que a cadeira em que o ilustre cliente usou  ficou separada  e preservada em local de destaque, próximo ao palco da casa – os mais antigos devem lembrar bem.

Na qualidade de estudioso da história da nossa cidade – Vitória de Santo Antão – gostaria de agradecer a boa vontade de todos envolvidos nessa pesquisa, com destaque aos amigos Paulo Lima e Pedro Ferrer. A história é dinâmica e viva! Quem se dedica ao ofício historiográfico é um eterno estudante.

Para ilustrar essa dialética constante nunca pensei que poderia juntar, num raciocínio lógico e sequenciado,  três acontecimentos/fatos  que fizeram parte da minha infância. O “Recanto Gaúcho”, o aniversário do meu pai e o breve pontificado do Papa João Paulo I – muito comentado à época em função da sua brevidade – todos  inseridos  dentro daquilo que chamo de “centro do meu mundo”, isto é: Vitória de Santo Antão.

Pandemia poderá premiar os políticos com um “voucher” de dois anos de mandato!!

Em meio a incertezas de toda ordem,  em função da pandemia de novo coronavirus,  ontem (25), em cerimônia remota, assumiu o cargo de presidente do TSE – Tribunal Superior Eleitoral – o ministro Luís Roberto Barroso. Na minha particular avaliação, um dos mais preparados,  atualizado e equilibrado magistrado do Brasil,  no atual cenário. Entre outras missões, pesa  sobre os seus ombros o comando das eleições municipais 2020.

Vale salientar que o calendário eleitoral tem (ou tinha) uma agenda própria definida um ano antes, ou seja: o princípio da anualidade. A regra, criada em 1993, tem como objetivo estabelecer a chamada “segurança jurídica” – todas as regras para um determinado pleito devem ser definidas no ano imediatamente anterior. É bom que se diga que muitos dos prazos para o pleito  desse ano já foram concluídos e até o presente momento a Justiça Eleitoral segue firme na condução do processo.

Pois bem, o que até pouco tempo se configurava como uma possibilidade distante – adiamento do pleito municipal 2020 -, em função das medidas sanitárias recomendadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde), doravante começa ganhar tonalidade e contornos de realidade. Lembremos, por exemplo, que a partir do próximo dia 20 de julho os partidos já estariam autorizados à realização das suas respectivas convenções. A pergunta que fica é: será mesmo que até lá o coronavirus vai dá trégua para que isso possa acontecer naturalmente?  Vale salientar que qualquer mudança nesse sentido o Congresso Nacional deverá ser consultado para validar a questão.

Tem uma corrente de pensamento que aposta na prorrogação de mandatos dos atuais prefeitos, vice-prefeitos e vereadores por mais dois anos (até 2022).  Puxando toda essa “teoria” para a nossa Vila de Santo Antão, na prática, seria a mesma coisa de dizer que o prefeito Aglailson Junior, o vice Doutor Saulo e os dezenove vereadores ganhariam – de mão- beijada – um voucher de dois anos de mandatos. Não devemos esquecer, também, que todos os citados  foram eleitos, aos seus respectivos cargos,  até o dia 31 de dezembro de 2020.

Pelo campo oposicionista, na nossa cidade, postulantes continuam  nas trincheiras como se o pleito 2020 fosse ocorrer dentro do previsto inicialmente, ou seja do mesmo jeito que reza na Constituição. Constatamos também que um  sem  número de aspirantes ao legislativo municipal continua “se mexendo” na expectativa de ascender ao parlamento local. O jogo não está fácil para ninguém. Todas as táticas e estratégicas política/eleitorais foram montadas para serem jogadas num “mundo normal”, no tabuleiro de sempre!

A verdade é uma só: enquanto o comércio não voltar a funcionar normalmente, as escolas não puderem receber seus alunos e as famílias não puderem conviver naturalmente, candidatos e eleição é algo que não entrará  no radar do eleitor…

Atendimento diferenciado no enfrentamento ao novo coronavirus na cidade de Pombos.

Uma vez iniciado o chamado contágio comunitário de um vírus numa determinada região (país, estado e etc) sua propagação acontece quase que de maneira uniforme. Entender as características e manifestações do vírus nas pessoas faz-se necessário para tentar atenuar seus efeitos.

Pois bem, alertado por um amigo que reside na vizinha cidade de Pombos – que um dia já foi distrito da nossa Vitória de Santo Antão –,  sobre as medidas de combate à pandemia do novo coronavírus por lá, observamos que há, nessas ações, uma certa dose de humanização no trato coletivo.

Para atuar de maneira plena no cargo de prefeito de uma cidade, imagino que a regra número um seja cercar-se de bons e dedicados auxiliares. É bem verdade, também, que para desenvolver um bom plano de trabalho no enfrentamento às questões de saúde não se exige que o prefeito seja um médico.

Mas quero crer que nesse momento em que estamos vivendo – pandemia do novo coronavirus – seja uma diferencial importante para qualquer cidade ter um administrado com formação na área de médica. É o caso de Pombos. Por ser médico anestesista, tenho a absoluta certeza que o meu amigo das antigas , “Doutor Marcos” (Marquinhos),  tem feito a diferença positivamente aos seus munícipes. Em ano eleitoral, em que alguns gestores terão o direito de colocar seus respectivos nomes para disputar o pleito, a forma de combater a maior chaga da nossa geração certamente será um ponto bastante analisado pelos eleitores.

Vitória de Santo Antão continua mergulhada num mar de incertezas…

Passado pouco mais de sessenta dias do primeiro decreto estadual, atinente à pandemia do Novo Coronavirus, nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão – segue se desfigurando daquilo que aprendemos a chamar de “rotina da cidade”. O mundo segue em descompasso, o Brasil experimenta um “novo caos” no sistema de saúde pública e Pernambuco continua na lista dos “tops” mais infectados. No olho desse furacão a população indefesa e desinformada.

Quando nos aprofundarmos com seriedade nesse  tema  – pandemia -, despindo-se de toda e qualquer armadura política/ideológica,  chegamos a temer e desconfiar  do futuro. Quem estiver  iludido pensando  que as coisas estão perto da porta de saída –  para desatar esse nó  – é bom procurar outras fontes para se  informar mais um pouco. Se em alguns países o contágio tem dado uma trégua em outros estamos ainda ganhando força e na sua esteira, por assim dizer, mais mortandade se apresentará.

Voltando a nossa “aldeia” – hoje,  com mais de 400 casos confirmados e inúmeros sem notificação – todos os dias, através das redes sociais, somos irrigados com notícias de pessoas que conhecemos que estão infectadas e tantas outras lutando pela vida nos leitos hospitalares. Óbitos tem sido uma rotina na cidade.

Noutra ponta, o comércio local começa dá sinais de “insuficiência financeira mínima” para segurar o tranco até ninguém sabe quando.. Na fila da Caixa Econômica um pouco de alento aos chamados informais que foram contemplados com o Auxilio Emergência Federal.

De resto, é conviver com esse “mar de incertezas”…..

 

EDUCAÇÃO MUSICAL – Noções básicas de harmonização (PARTE 1).

Quando falamos em harmonização, estamos trabalhando a harmonia de uma peça musical. Vamos analisar alguns fatores que são bem simbólicos, no entanto, merecem a atenção de todos que tem o compromisso com a causa musical. Um dos fatores importantes, é justamente, o respeito pela obra escrita e, pelo compositor que a compôs. Qão importante é o fato de se tocar o primeiro carnaval? Qual foi o músico de sopro que, não se lembra do desafio encontrado em ensaiar peças de frevos, escritas com vasta notas agudas? Onde as vezes, seus instrumentos são compostos, por um bocal fundo ou, meio fundo? Estamos lidando com outro fator denominado: o bocal, seja do trombone ou do trompete! As vezes existe um fator muito interessante, possuímos um bocal importado de marca famosa, porém, não nos adaptamos, tem boa sonoridade para os médios/graves, e, nos agudos não temos segurança. Temos que considerar tudo que nos seja louvável para o bom aprendizado e, um outro fator também está entre os músculos Buco-Maxilo-Facial, onde já nos deixa com a noção da mecânica e da técnica de soprar. O princípio para que possamos entender melhor, está baseado no estudo, na pesquisa e na paciência. Partindo deste princípio, o aluno estagiário – aquele que não tem a noção de se tocar os frevos nos períodos carnavalescos – deve buscar a pesquisa matemática musical denominada de Intervalos. De repente, estamos tocando na rua em pleno sol quente, o regente para a orquestra de frevos, diz o nome do próximo frevo e, neste momento, vai entrar em ação o momento individual musical de cada componente da orquestra de frevo.

Bosco do Carmo

Ex-aluno e trombonista da antiga Euterpe Musical 03 de Agosto da cidade da Vitória de Santo Antão – PE, (1980; 1987-1994) do maestro Aderaldo Avelino da Silva – in memoriam – , Ex-aluno do maestro Nunes – in memoriam – da cidade do Recife – PE. (1991-1996).