6ª Festa da Saudade – Orquestra SUPER OARA – 19 de agosto!

Já consolidado no calendário social da cidade o evento dançante, intitulado de FESTA DA SAUDADE, chega para sua 6ª edição. O referido encontro tem como principal proposta reviver os grandes bailes e as grandes festas ocorridas nas sedes dos clubes locais.

Como uma espécie de marca registrada, a principal atração musical do evento é a internacional Orquestra SUPER OARA, comandada pelo artista Elaque Amaral. Antes, porém, os presentes irão saborear os clássicos do rock nacional e internacional com a Banda Vintage Soul.

Faltando pouco mais de 20 dias para o evento, já começamos as entregas das senhas (mesas e camarotes) aos festeiros,  que fizeram suas respectivas reservas com antecedência. Aproveitamos, também, para agradecer ao Engarrafamento Pitú pelo apoio de sempre. Portanto, aperte os cintos com destino ao mais animado encontro dançante que acontece nas terras da República da Cachaça.  

SERVIÇO:

Evento: 6ª Festa da Saudade.

Local: Clube Abanadores “O Leão”.

Data: 19 de agosto.

horário: a partir das 21h. 

Vendas de Mesas e Camarotes: Pilako – 9.9192.5094. 

 

Trânsito Complicado………

Por conta de um serviço realizado pela CELPE, na manhã de hoje (26), ao longo das Ruas Doutor Aloísio Xavier e Senador João Cleofas de Oliveira, Centro Comercial, uma grande retenção no fluxo de veículo foi registrada. Praticamente todo movimento daquelas vias ocorreram  em apenas uma faixa. É oportuno lembrar que as referidas vias é a única opção de deslocamento viário,  passando pelo centro, no sentido Matriz/Livramento.

Mesmo com algumas intervenções pontuais, promovida pelos atuais gestores da  AGTRAN, no sentido do melhoramento da fluidez do tráfego,  no entorno do Centro Comercial, tal qual  a que ocorreu  no cruzamento das Avenidas  Mariana Amália com Henrique de Holanda,  não podemos ser “refém” de apenas uma via – pelo centro – para seguir no sentido Matriz/Livramento – como há muito tempo vem acontecendo.

Nossa cidade,  há muito,  precisa de um “frei de arrumação” na nossa lógica viária. A atual gestão municipal já passou da hora  de se debruçar num macro planejamento para destravar muitos gargalos existentes. Por exemplo: a Rua Silvino Lopes segue “relaxada” enquanto a José Rufino encontra-se “infartada”. Ambas no bairro Cajá e bem pertinho uma da outra. Sem que haja uma ação inteligente para se dividir parte do fluxo daquela localidade. 

O sistema viário de uma cidade feito Vitória de Santo Antão – em crescimento – é uma espécie de obra inacabada, ou seja: precisa-se de intervenções constantes e principalmente que atenda a uma lógica viária, sobretudo pensada no conjunto das pessoas que se deslocam de formas diferentes. Portanto: mãos a obra…..

João Pessoa – por @historia_em_retalhos.

Que fato aconteceu neste bonito prédio da foto?

Este imóvel fica na Rua Nova, centro do Recife.

Nele, funcionava a Confeitaria Glória, local em que, no dia 26 de julho de 1930, há exatos 93 anos, foi assassinado João Pessoa, governador da PB e então candidato a vice-presidente da República, derrotado pela chapa de Júlio Prestes.

Embora o crime não tenha sido motivado por razões políticas, este fato é considerado o estopim da Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder e pôs fim à política oligárquica do “café com leite”, a chamada República Velha.

Em verdade, João Pessoa e o seu algoz, João Dantas, eram inimigos capitais, por razões locais, que se intensificaram a partir do dia em que o primeiro ordenou a realização de uma devassa no escritório do segundo, trazendo à tona um relacionamento amoroso secreto que Dantas mantinha com a poetisa Anaíde Beiriz.

Não importava!

Este crime, aliado à insatisfação generalizada com as fraudes da política dos governadores, à crise de 1929 e à não observância, por parte de SP, do acordo de alternância do poder com MG, efervesceu o país.

Em 03.10.1930, os militares liderados por Vargas, no sul, e Juarez Távora, no norte, convergem para o RJ e depõem o presidente Washington Luís.

Naquele mesmo ano, em uma decisão que, até hoje, divide opiniões, a capital do estado, antes denominada Parahyba, passou a chamar-se João Pessoa, em homenagem ao governador assassinado.

Há controvérsias, mas muitos afirmam que foi de Pessoa a célebre resposta do “nego”, expressão presente na flâmula da PB, quando ele rejeitou a adesão às forças “perrepistas”, dando fôlego à chamada Aliança Liberal, com RS e MG.

Poucos sabem, mas este fato histórico também alcançou o cancioneiro popular!

Incompreendida por muitos, a canção “Paraíba Masculina”, imortalizada por Gonzagão, retrata a participação do estado na Revolução de 1930.

De nome feminino, pequenina e brava, a PB foi decisiva nesta importante quadra, contribuindo para a inauguração de um novo ciclo na história do Brasil.

Paraíba, sim senhor!

A quem interessar, indico o filme “Parahyba Mulher Macho”, de Tizuca Yamasaki!
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COMDICA divulgou aprovados na prova escrita para concorrer ao Conselho Tutelar da Vitória de Santo Antão

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente da Vitória de Santo Antão (COMDICA) divulgou na segunda-feira (24.07) a lista dos candidatos aprovados na avaliação/prova escrita para o processo de escolha do Conselho Tutelar da Vitória de Santo Antão, conforme dispõe a Resolução n° 004/2023 – COMDICA e o Edital n° 001/2023.

Os candidatos que desejarem interpor recurso pertinentes a publicação deste resultado deverá comparecer ao COMDICA nos dias 25 e 26 de julho do corrente ano, conforme cronograma publicado na Resolução 004/2023. Os candidatos que não constarem nessa lista não foram classificados ou não compareceram a avaliação/prova escrita.

A votação acontecerá no dia 01 de outubro de 2023, das 8h às 17h. Serão eleitos dez membros, sendo cinco titulares e cinco suplentes. Poderão votar todas as pessoas maiores de 16 anos, regularmente inscritas no TRE-PE, portando Título Eleitoral e documento de identificação civil oficial com foto. A posse dos 05 membros mais votados será concedida pelo Prefeito do Município, no dia 10 de janeiro de 2024.

CONFIRA LISTA dos APROVADOS NA PROVA:

Evany Maria Alpes de Vasconcelos 9,75
Fábio Etelvino da Silva 9,75
Sandra Cristina Santos Veridiano 9,0
Samuel Antônio da Rocha 8,85
José Roberto de Souza Teixeira 8,75
Verônica Valéria Nunes da Silva 8,65
Karla Rafaelly Bezerra Alvares 8,50
Elizabete Feliciano da Silva 8,25
Lucicleide Maria de Oliveira Silva 8,25
Delayne Balmam de França Araújo 8,15
Renato José Ferreira Júnior 8,00
Danielle Vitor Martins de Lima 7,85

José Luciano da Silva Filho 7,85
Jonas Rodrigues Ozório da Silva 7,50
Valderlan José de Moura 6,85
Valmir Lucas de Souza 6,75
Lúcia Salustiano da Silva Gomes 6,65
José Carlos de Lira Cunha 6,50
Adriano Campelo de Farias 6,25
Erika Lira da Paz Barreto 6,25
Joselito Elias da Silva 6,15
Liosvaldo Franklin de Almeida 6,00
Paulo Henrique do Nascimento 6,00.

Portanto, 28 nomes poderão entrar na disputa as Eleições Unificadas do Conselho Tutelar do Município para o quadriênio 2024-2028, marcadas para o mês de outubro; isso porque os atuais cinco conselheiros, pela legislação, estão automaticamente apto-habilitados a participarem do pleito eleitoral, pois se encontram no curso do mandato e tentam a recondução, sendo dispensados da realização da prova escrita.

Blog A Voz da Vitória. 

DIA NACIONAL DO ESCRITOR – por Sosigenes Bittencourt.

Escrever é um ato que se pratica sozinho, porém, jamais solitário. Todo ato intelectual é povoado daquilo que povoa a vida, do mito mistério que povoa o mundo. O escritor vive escrevendo. O escritor morre escrevendo. Até quando dorme, sonha escrevendo.
Um olho aberto e outro fechado, uma folha de papel e uma caneta ao lado. Assim, anda vivendo, assim, vive andando, meio acordado, meio sonhando.

Sosigenes Bittencourt

Novas reflexões sobre o lusotropicalismo de Gilberto Freyre – por Marcus Prado.

Gilberto Freyre (1900-1987), “o mais intensamente brasileiro dos nossos escritores”, no dizer de Rodrigo Melo Franco de Andrade (1898-1969), o mais traduzido em nosso idioma no âmbito dos estudos sociais, autor de uma obra iniciada com Casa Grande & Senzala (1933), mais do que científica, que alarga os limites da Nação, continua despertando nos meios não só acadêmicos, dentro e fora do Brasil, uma intensa curiosidade intelectual.

Resenhas e artigos sobre a trajetória intelectual de Freyre, ensaios acadêmicos e teses universitárias não param de ampliar a sua bibliografia, em quantidade, qualidade e prospecção de ideias e descobertas, como foi o caso recente do livro Escrita histórica e geopolítica da raça – A recepção de Gilberto Freyre na França, da pesquisadora pernambucana Cibele Barbosa (Editora Global). A autora é reconhecida como portadora de larga experiência na área de História Contemporânea, com ênfase em história afro-brasileira. Nota-se, de imediato, nesse livro, originariamente tese de doutorado (Universidade Paris IV-Sorbonne), o domínio da escrita científica, o poder de exegese a partir de diferentes perspectivas, sem se deixar encapsular por concessões, modismos metodológicos ou por correntes teóricas insubsistentes. Um caso raro entre os pesquisadores de sua geração brasileira na sua especialidade.

O livro trata do “papel civilizador do negro”, da recepção e relação entre a obra de Freyre e o contexto pós-guerra na França, no cenário de descolonização dos continentes da África e Ásia. Aborda questões culturais, políticas, intelectuais e de raça para entender a recepção de CG&S entre o final dos anos 1940 e o início dos anos 1950.

Cibele contribui com instigantes análises e ampla documentação para a questão do lusotropicalismo de Freyre. Alonga-se, entre outras questões, sobre o que foi visto, antes dela, por pesquisadores altamente qualificados. Uma das fontes citadas pela autora é o excitante e polêmico Gilberto Freyre e a intelligentsia salazarista em defesa do Império Colonial Português (1951 – 1974), do erudito professor João Alberto da Costa Pinto. A proposta de Costa Pinto é analisar o percurso de Gilberto Freyre junto à “intelligentsia” salazarista, a partir de 1951. Questões teóricas e metodológicas de ideias e teses sobre fatos históricos, como as de Cibele, são necessárias ao grande debate, para remontar fatos e as causas históricas sob outras lentes.

O livro de Cibele não é perspectivado na descrição somente da política colonial portuguesa da época salazarista. “O livro é corajoso, polêmico”, salientou o professor e ensaísta Anco Marcio (UFPE) no seu lançamento. Possui a “liberdade de crítica”, de que nos fala Karl Popper (1902-1994) no seu clássico Conjecturas e Refutações. Sua exegese crítica combina com a severidade de Popper. Discute no seu livro sobre a história do Brasil em CG&S; sobre Freyre e os historiadores dos Annalles (A escola dos Annales é um movimento historiográfico de grande relevo do século 20); sobre CG&S e o imaginário exótico na França no pós-guerra; sobre a herança escravista nos Estados Unidos, entre outros temas. Na verdade, a obra de Gilberto Freyre, pela sua impressionante pluralidade, tem permanecido como desafio constante aos leitores, aos comentadores e a vitalidade de sua obra se mostra, talvez, como a mais moderna entre os clássicos do pensamento social brasileiro e suas questões ganham, ao invés de perderem, em atualidade.

Em admiração. O elogio, rebeldia e o pensar, novos leitores, novos críticos, continuam em torno do “Solitário de Apipucos”. Ele adorava isso. Fazia parte da sua (vaidosa) genialidade. O livro de Cibele foi premiado no 1° Concurso Internacional de Ensaios, certame promovido pela Fundação Gilberto Freyre e pela Global Editora. Aposto que será um primeiríssimo lugar do Jabuti/2023, no seu gênero. A autora é pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).

Marcus Prado – jornalista. 

Paraisópolis – por @historia_em_retalhos.

Madrugada de 1.° de dezembro de 2019, bairro de Paraisópolis, São Paulo.

Jovens estavam reunidos no baile funk da DZ7, realizado na esquina da rua Ernest Renan com a rua Rodolf Lutze, quando a Polícia Militar entrou no evento para dispersá-los.

31 policiais participaram da operação.

Segundo a polícia, a ação foi em resposta a dois homens em uma moto que teriam atirado contra policiais e teriam tentado se esconder na festa, ocasionando o tumulto.

Usando bombas de gás lacrimogêneo, disparando tiros de bala de borracha, golpes de cassetetes e rajadas de gás de pimenta, a polícia encurralou uma parte da multidão (estimada em 5.000 pessoas) na Viela do Louro, palco da tragédia.

Sem terem como fugir, nove jovens, sendo quatro menores, desmaiaram e ali morreram.

Com uma entrada de 2,78m de largura e com uma saída bem mais estreita, de 1,71m, ainda havia, para agravar, um desnível em relação à entrada, onde estavam nove degraus.

Ou seja: as pessoas foram pressionadas para frente e para baixo, sem qualquer área de escape.

As vítimas, com idades entre 14 e 23 anos, já chegaram sem vida ao hospital.

A causa da morte de oito jovens foi asfixia (quando os pulmões não conseguem realizar os movimentos de expansão e retração necessários à respiração).

Um aspecto que chama muito a atenção: entre a chegada da PM no baile e o fim da operação, o rádio dos policiais ficou em silêncio por 21 minutos, tendo sido exatamente neste intervalo o cerco ao quarteirão.

O MP/SP denunciou 12 policiais por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de produzir o resultado.

Hoje, 25 de julho de 2023, três anos e sete meses após o fato, vai acontecer a primeira audiência do caso, no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo.

Desejamos muita força aos parentes dessas vítimas, em especial à nossa seguidora Maria Cristina Quirino @cristinaportugalddds, mãe de Denys Henrique, uma das vítimas fatais, que perdeu a vida aos 16 anos.

Desejamos, também, muita lucidez e serenidade aos atores que conduzirão o processo, para que a verdade seja esclarecida e a justiça seja feita.
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Lourinaldo Martins e Lournaldo Júnior promoveram mais um encontro festivo…

Bem relacionados,  “Os Lourinados” – pai e filho – reuniram,   no domingo (23), no Restaurante Espaço de Ouro uma legião de amigos para celebrar mais um encontro festivo. Por mais de uma década o dia do trabalhador sempre recebeu uma atenção especial do amigo Lorinanldo Martins.

Tendo sua sequência interrompida pelos efeitos restritivos da pandemia, o evento voltou com toda força. Anfitrião dos melhores, “Os Lourinaldos”, no atual contexto, também se configuram em atores importantes no atual tabuleiro político local. Pelo movimento realizado, ontem, eles mostraram  quem continuam com suas “pontes eleitorais” bem preservadas. Aliás, 2024 chega já…..

6ª Festa da Saudade – Super OARA – 19 de agosto.

As reservas de mesas e camarotes continuam sendo efetuadas para a 6ª Edição da Festa da Saudade que acontecerá no Clube Abanadores “O Leão” e terá como principal atração musical a Orquestra Super OARA.

SERVIÇO: 

Evento: 6ª Festa da Saudade.

Local: Clube Abanadores “O Leão”.

Data: 19 de agosto.

horário: a partir das 21h. 

Reservas de Mesas e Camarotes: Pilako – 9.9192.5094. 

Novas reflexões acadêmicas sobre o lusotropicalismo de Gilberto Freyre – por Marcus Prado.

Gilberto Freyre (1900-1987), “o mais intensamente brasileiro dos nossos escritores”, no dizer de Rodrigo Melo Franco de Andrade (1898-1969), o mais traduzido em nosso idioma no âmbito da ciência e dos estudos sociais, autor de uma obra iniciada com “Casa Grande & Senzala” (1933), mais do que científica, que alarga os limites da Nação, continua despertando nos meios não só acadêmicos, dentro e fora do Brasil, uma intensa curiosidade intelectual.

O sociólogo tem sido debatido, elogiado, criticado por autores que pesquisam, em profundidade, a sua obra e suas ideias, que vão desde a questão teórica à metodológica. Chegou a ser acusado de comunista, mas também de anarquista, “um anarquista no bom sentido”, reacionário e conservador. Mas nunca deixou de ser “singular e plural”.

Resenhas e artigos sobre a trajetória intelectual de Freyre, ensaios acadêmicos e teses universitárias não param de ampliar a sua bibliografia, em quantidade, qualidade e prospecção de ideias e descobertas, como foi o caso recente do livro “Escrita histórica e geopolítica da raça – A recepção de Gilberto Freyre na França”, da pesquisadora pernambucana Cibele Barbosa (Editora Global). Nota-se, de imediato, nesse livro, originariamente tese de doutorado (Universidade Paris IV-Sorbonne), o domínio da escrita científica, o poder de exegese a partir de diferentes perspectivas, sem se deixar encapsular por concessões, modismos metodológicos ou por correntes teóricas insubsistentes. Um caso raro entre os cientistas de sua geração brasileira na historiografia.

O livro trata do “papel civilizador do negro”, da recepção e relação entre a obra de Freyre e o contexto pós-guerra na França, no cenário de descolonização dos continentes da África e Ásia. Aborda questões culturais, políticas, intelectuais e de raça para entender a recepção de CG&S entre o final dos anos 1940 e o início dos anos 1950.

Cibele contribui com instigantes análises e ampla documentação para a questão do lusotropicalismo de Freyre. Alonga-se sobre o que foi visto, antes dela, por pesquisadores altamente qualificados, como o professor da USP, João Medina (1939-) e por Baltazar Lopes (1907-1989), sobre um Freyre “contraditório”. Como é o caso do livro polêmico: “Cabo Verde visto por Gilberto Freyre”, visto por Lopes, por demonstrar, segundo ele, “certa dificuldade em não oferecer ao regime salazarista a mesma contundência critica dedicada ao Estado Novo de Getúlio Vargas”. Uma das fontes citadas pela autora é o polêmico “Gilberto Freyre e a intelligentsia salazarista em defesa do Império Colonial Português (1951 – 1974)”, do erudito professor João Alberto da Costa Pinto (1950-). A proposta de Costa Pinto é analisar o percurso de Gilberto Freyre junto à “intelligentsia” salazarista, a partir de 1951, momento das redefinições estatutárias da administração colonial feitas por Salazar. Junto a essas práticas governamentais, analisa também como o modelo teórico freyriano – o lusotropicalismo – “foi apropriado como peça fundamental para que a justificativa ideológico-institucional em prol da manutenção do Império Colonial”. (O primeiro império global da história, sendo considerado o mais antigo dos impérios coloniais europeus modernos, abrangendo quase seis séculos de existência, a partir da Conquista de Ceuta, em 1415, até à devolução da soberania sobre Macau à China). Costa Pinto, citado por Cibele, nega veementemente o mito de Portugal como lugar livre de racismo, pluricontinental e multirracial por vocação. Eduardo Lourenço (1823-2020), professor da Sorbonne, o maior vulto da cultura portuguesa do seu tempo, herdeiro de Teixeira de Pascoaes (1877-1952) e não também, um cético, leitor de Husserl (1859-1938), Kierkegaard (1813-1855), Sartre (1905-1980), Kafka (1883-1924) — citado por Cibele, era também um “crítico feroz”.

O livro de Cibele não é perspectivado como uma descrição somente da política colonial portuguesa da época salazarista. “O livro é corajoso”, como disse Anco Marcio no seu lançamento, Alonga-se sobre a “história do Brasil em CG&S; sobre Freyre e os historiadores dos Annalles (A escola dos Annales é um movimento historiográfico do século XX); sobre CG&S e o imaginário exótico na França no pós-guerra, entre outros temas”. Na verdade, a obra de Gilberto Freyre tem permanecido um desafio constante aos leitores, aos comentadores e a vitalidade de seu pensamento se mostra, talvez, o mais moderno entre os clássicos do pensamento social brasileiro e suas questões ganham, ao invés de perderem, em atualidade. Ele sabia defender as bases da sua tese: a mobilidade, a miscibilidade e a aclimatabilidade do português.

O elogio, rebeldia e o pensar, novos leitores, novos críticos, continuam em torno do “Solitário de Apipucos”. Ele adorava isso. Fazia parte da sua genialidade. O livro de Cibele foi premiado no 1° Concurso Internacional de Ensaios, certame promovido pela Fundação Gilberto Freyre e pela Global Editora. A autora é pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).

Marcus Prado – Jornalista. 

Palmas para os nossos políticos e gestores: Vitória é a 27ª cidade mais violenta do Brasil….

Segundo a 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado hoje, 20 de julho, das 50 cidades mais violentas do Brasil 5 estão localizadas no Estado de Pernambuco. Em 2022, a taxa no território nacional sinalizou com uma queda de 2,43% nas mortes violentas, enquanto o nosso estado (PE) seguiu na contramão, ou seja: teve alta de 1,3%.

Para tristeza da “Nação Antonese”, nossa Vitória de Santo Antão ostenta o segundo pior lugar no estado – ficando atrás, apenas, do Cabo de Santo Agostinho. No âmbito nacional, das mais de 5.500 cidades,  a República das Tabocas subiu no pódio em 27º lugar. Palmas para os nossos gestores e políticos que estão no poder, juntamente com os seus filhos, há mais de 40 anos.

Alguém poderá dizer: mas segurança pública é de competência do Governo do Estado. Detalhe: todos que estão aí foram aliados do governo (PSB) que esteve no poder nos últimos  16 anos consecutivos.

Cansei de dizer aqui no blog: enquanto nossos políticos estivessem – e estiverem –  todos aliados ao governo de plantão (Eduardo Campos e Paulo Câmara) o sistema só iria  favorecer  aos próprios e os seus respectivos familiares, em detrimento aos interesses básicos e coletivo da cidade.

Nossa cidade tem uma das maiores representações política do estado, mas um baixo nível de cobrança ao governo da província. Isso acontece com o problema da água (COMPESA), com o problema das estradas ( a Estrada de Escada não me deixa mentir), e com a segurança não é diferente. A população precisa entender essa equação e começar votar de maneira mais racional para saírmos desses sistema nebuloso….

Feriado municipal: 43ª Corrida das Tabocas….

Dentro das comemorações dos 378 anos da épica Batalha das Tabocas, a partir de hoje, 20 de julho até o próximo dia 28, estarão sendo realizadas as inscrições para a 43ª Corrida das Tabocas  e  o 2º Passeio Ciclístico, que acontecerá no feriado municipal do 3 dia de agosto.

O cadastro deverá ser feito na sede da Secretaria de Esporte e Lazer, localizada na Rua Silva Jardim 209. Das 8h às 13h, portando os seguintes documentos: cópias de RG e CPF + 2 kg de alimentos não perecíveis.