O VITORIENSE Walther Moreira Santos vence o 9º Prêmio Kindle de Literatura PublishNews, Talita Facchini

Walther – que também foi finalista em 2022 – venceu com a obra ‘O ano do Nirvana’; ele recebe o prêmio de R$ 50 mil, terá a obra impressa por um dos selos do Grupo Editorial Record e ainda será enviado aos assinantes da TAG
O ano do Nirvana, de Walther Moreira Santos, é o livro vencedor da 9ª edição do Prêmio Kindle de Literatura. O anúncio foi feito na noite desta segunda (17) em um evento descontraído para convidados. A obra foi avaliada pelo júri – composto por Cidinha da Silva, Andréa Del Fuego e João Silvério Trevisan – que esteve presente na cerimônia.
Walther recebe o prêmio de R$ 50 mil – sendo R$ 40 mil em dinheiro e R$10 mil em adiantamento de royalties. Ele terá ainda o seu livro impresso por um dos selos do Grupo Editorial Record e será enviado aos assinantes da TAG Experiências Literárias, na modalidade curadoria. Além disso, a Audible premiará todos os cinco finalistas com a produção e publicação de seus audiolivros.
Walther, que foi finalista do prêmio em 2022, leu o mesmo discurso que preparou na época. “Se ainda fizer sentido é porque eu escrevo alguma coisa que vale a pena ser lida”, brincou. “Sempre entendi que escrever é colocar uma mensagem em uma garrafa e soltar no mar. E se isso é uma metáfora, a Amazon transformou essa metáfora em realidade. Sou escritor porque o sofrimento humano me deve explicações, sou escritor porque a maldade me deve explicações, mas sobretudo sou escritor porque o gesto de generosidade dá sentido a vida como nenhum outro gesto”, disse.

Em O ano do Nirvana, apresenta uma narrativa densa e madura, que aborda a perplexidade de duas personagens deslocadas. A atmosfera remete à peça “Esperando Godot”, porém ambientada no Recife. o leitor acompanha quatro personagens: uma pequeno-burguesa, um jovem médico anestesista, um garoto de programa e um general torturador da ditadura militar. Eles formam o núcleo central de uma história de amor improvável, que se passa no último ano do século XX e tem pontos de tensão e paroxismo comparados aos do próprio mar, um dos elementos da trama.

Ao PublishNews, Walther contou que escreveu a obra aos 20 anos e que decidiu inscrevê-la para o prêmio por ver que ela ainda é atual. “Ela faz perguntas do tipo ‘como seria o Brasil daqui a 30 anos?’. É uma máquina do tempo”, definiu.

“O Ano do Nirvana, de Walther Moreira Santos, apresenta uma narrativa densa e madura, que aborda a perplexidade de duas personagens deslocadas. A atmosfera remete à peça Esperando Godot, porém ambientada no Recife. O encontro assimétrico entre uma jovem mulher heterossexual branca e rica e um michê gay negro expõe uma problemática complexa em vários níveis de paradoxo social”, relata o escritor e jurado da premiação, João Silvério Trevisan. “A delicadeza da narrativa espelha a busca de sentido de ambas as vidas, com uma melancolia ácida que perpassa toda a obra e deixa uma interrogação, sem resquício de didatismo”, afirma. Trevisan conclui: “O texto é direto, perspicaz e inspirado, resultando em uma obra instigante e contundente”.

“Desde sua criação, o Prêmio Kindle de Literatura tem se prestado com louvor a uma das tarefas mais nobres no ecossistema literário, a de oxigenar os caminhos da ficção nacional. No contrapé de outros prêmios, que celebram aqueles que já foram celebrados, esta iniciativa se concentra no empurrão inicial tão necessário aos que estão entrando na arena. Para o Grupo Editorial Record é um privilégio poder estar ao lado deste projeto, feito com seriedade e carinho”, pontuou Cassiano Machado, diretor editorial do Grupo Record.

Walther concorria com Desafogo, de Lucas França; da morte sua, de Bruno Crispim; Histórias escritas na água: Romance, de Sonia Zaghetto; e Destinas, de Yara Fers.
O Prêmio Kindle de Literatura é realizado pela Amazon, em parceria com o Grupo Editorial Record, Audible e TAG Curadoria. Além disso, o Prêmio tem dois derivados: o Prêmio Amazon de Literatura Jovem, realizado em parceria com a HarperCollins e o Prêmio Kindle de Vozes Negras, em parceria com a Companhia das Letras. “Ficamos muito felizes em incentivar a literatura independente”, reforçou Ricardo Perez, líder de livros da Amazon Brasil, durante a premiação.

Sobre o Kindle Direct Publishing

O Kindle Direct Publishing, ou KDP, é uma ferramenta rápida, gratuita e fácil para autores e editores publicarem seus livros e disponibilizá-los para leitores em todo o mundo. Com o KDP, os autores têm total controle do processo, desde a concepção da capa até a definição do preço, podendo receber até 70% em royalties. Os eBooks Kindle podem ser comprados e lidos com os aplicativos Kindle gratuitos para tablets e smartphones Android e iOS, computadores, bem como e-readers Kindle.

Assessoria. 

Vida Passada… – Martins Pereira – por Célio Meira

Em 1854, aos 26 anos de idade, fazendo parte da turma, de Agrário de Menêses, dramaturgo, que morreu, dramaticamente, “durante um espetáculo no Teatro São João, da Baia”, na informação de Clovis Bevilaqua, de Trajano de Carvalho, poeta lírico do Maranhão, recebeu, Luiz de Albuquerque Martins Pereira, na Faculdade de Direito do Recife, a carta de bacharel. Iniciou-se, o jovem recifense, nascido a 6 de fevereiro,  de 1828, na magistratura, exercendo, a partir de 1856, os cargos de promotor público e de juiz de direito nas comarcas do Bonito, Caruaru, Bôa-Vista, Igarassú  e Ouricuri, na sua província natal.

Pertenceu à magistratura do Crato, ao sul da terra cearense, praticando, também, a judicatura, na comarca do Parnaíba, ao norte do Piauí, e na de Alcantara, no Maranhão.

Elegeu-se deputado à Assembleia Provincial de Pernambuco, em 1858, e em 1860, escreve o historiador do  “Galeria Nacional”, prestou serviços, Martins Pereira, à província da Paraíba, ocupando a secretaria de governo. Regressando ao Recife, foi delegado de polícia. Representou, em 1867, a terra onde nasceu, na Câmara Geral. Dirigiu, em 83, a chefia de polícia de Sergipe, e a de Pernambuco, em 1885.

Sentou-se, Martins Pereira, aos 59 anos de idade, na cadeira de desembargador da Relação da província do Mato Grosso. Proclamada a República, veiu  exercer a desembargatória, no torrão nativo. E por ter funcionado num processo político, em que se envolvera José Maria de Albuquerque e Melo, um dos bravos da democracia, sofreu, Martins Pereira, ao tempo da “Ilegalidade” florianista, tremendo golpe, na sua brilhante carreira de magistrado. Foi violentamente aposentado, em 1892, conta Sebastião Galvão, pela Junta Governativa. Deve-se-lhe a organização do Conselho Municipal do Recife. E eleito primeiro presidente deste órgão do poder legislativo, assinalados prestou à causa pública.

Jornalista, desde a mocidade, abolicionista e republicano, colaborou, esse ilustrado recifense, nos jornais de Fortaleza, da Paraíba e do Recife.

Magistrado íntegro e honesto, honrou a justiça do país. Encerrando sua vida pública, em 1895, continuou a merecer, o desembargador Martins Pereira, o respeito, a admiração, e a estima de seus concidadãos. Morreu em idade proveta, aos 85 anos, na cidade natal. E o Recife não o esqueceu. Deu o nome desse preclaro cidadão a antiga rua do Lima, na zona de Santo Amaro das Salinas.

Bem merecida é essa homenagem do poder público ao varão pernambucano.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

NO TEMPO DE MINHA MOCIDADE – por Sosígenes Bittencourt.

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Período em que morei na Rua Martins Júnior, n° 40, popularmente conhecida como Rua de Otoni, Bairro da Matriz, em Vitória de Santo Antão.
Professor no Colégio Nossa Senhora da Graça, por indicação de prof. Pedro Moura, a convite de Madre Tarcísia, Dalka Pitanga de Mesquita.
Professor no Colégio Municipal 3 de Agosto, por indicação do Dr. Ubirajara Carneiro da Cunha, a convite do Bel. Mário Bezerra da Silva.
Cadeiras: Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Técnica de Redação.
Estudante na Escola Agrotécnica de Barreiros.
Estudante de Direito na Universidade Católica de Pernambuco.
Funcionário Público do INPS, por Concurso Público.
Criador da Revista Fragmentos.
Copydesk da Vitória Link, Provedor da Internet na cidade, a convite de Dr. Geraldo Guerra.
Atualmente, aposentado, cronista, memorialista e “conversólogo”.
Conselho: Leia em forma de oração. Sem leitura, não há salvação.
Sosígenes Bittencourt

Deputados e deputadas: vergonha alheia…..

Outro dia escrevi aqui no blog que desconheço qualquer instituição e/ou organização que faça eleição de maneira antecipada. O ponto fora da curva, por assim dizer, se concentra nas “casas do povo”. Diga-se: Assembleia Legislativa e Câmara de Vereadores.

Em canetada de ministro do STF, ocorrida ontem (22), em Brasília, entre outras, a eleição da mesa diretora  da ALEPE – Assembleia Legislativa de Pernambuco -, para o biênio 2025/2026, já realizada com mais de um ano de antecedência do prazo legal, foi anulada. Com “cara de pastel”, o presidente Álvaro Porto disse que vai atender a Justiça.

Vale lembrar que são esses senhores e senhoras, nobres deputados e deputadas, eleitos pelo povo para, entre outras atribuições, que confeccionam  leis para  reger  a vida em sociedade. Ou seja: as nossas vidas……

O curioso é que na hora de resolver questões internas do parlamento que ocupam, eles conseguem trocar os pés pelas mãos para  embarcarem  em verdadeiras  aventuras  jurídicas, sendo obrigados, agora, botarem  o “rabinho entre as pernas” para  passar uma borracha no que fizeram. Uma verdadeira “vergonha alheia,  pela “traquinagem” regimental,  certamente para atender os seus próprios interesses.

Outra indecência, que na ocasião também postamos aqui no blog, foi a eleição antecipada da Mesa diretora da  Câmara de Vereadores da Vitória, onde, assim como na ALEPE, o presidente foi reconduzido para mais um  mandato,  com bastante antecedência.

Para concluir, devemos perguntar  aos senhores parlamentares,  estaduais e municipais: ao antecipar uma eleição para a mesa diretora dos respectivos parlamentos, concretamente falando,  em que área melhora a vida da população?

MINIBIOGRAFIA – por Sosígenes Bittencourt.


Ensinar, para mim, é uma forma de conviver.
Minha escola é o mundo.
Estudar, para mim, é uma forma de conviver,
Minha escola é o mundo.
Sou professor no que ensino;
no que estudo, sou aluno.
Sou filho de professora Damariz,
meio gente, meio pó de giz.
Fazer poesia é destino,
sou poeta desde menino.
Porém, sou poeta trabalhado,
o meu dom é divino,
mas o estudo é sagrado.

Sosígenes Bittencourt

A “farsa do Maracanã” – por @historia_em_retalhos.

Há exatos 35 anos, em 3 de setembro de 1989, o goleiro chileno Roberto Rojas protagonizava o episódio que entrou para história como a “farsa do Maracanã”, um acontecimento inimaginável, diante de mais de 100 mil espectadores.

Naquela edição das eliminatórias para a Copa do Mundo de 90, Brasil e Chile chegaram à última rodada empatados em números de pontos, mas os canarinhos tinham a vantagem do empate, devido ao saldo de gols.

Aos 4 minutos do segundo tempo, Careca abriu o placar para o Brasil.

O que parecia euforia pela iminente classificação, porém, passou a dar lugar à tensão.

Aos 23 minutos, um sinalizador da Marinha lançado pela torcedora Rosenery Mello caiu na área chilena.

O goleiro Rojas desabou em campo e rolou até próximo ao resto do fogo, dando a impressão de ter sido atingido pelo artefato.

O jogo foi interrompido, com os chilenos saindo de campo e, depois, pleiteando a vaga na Copa de 1990.

Graças às imagens capturadas pelo fotógrafo argentino Ricardo Alfieri, logo foi descoberto que o sinalizador tocou o chão sem atingir ninguém, muito menos Rojas.

Com as investigações, Rojas confessou ter se cortado com uma lâmina de barbear escondida em uma de suas luvas para simular um ataque dos torcedores brasileiros.

Disse, ainda, que o técnico chileno havia pedido a ele e ao médico da equipe que permanecessem em campo para forçar um escândalo, com o objetivo de desclassificar o Brasil da competição em favor do Chile.

Em 1990, o goleiro declarou à revista La Tercera:

“Me cortei com uma navalha e a farsa foi descoberta. Foi um corte na minha dignidade”.

Ao fim, a FIFA decidiu que Rojas deveria ser banido do futebol profissional (punição revista em 2001) e o Chile seria retirado das eliminatórias para a Copa de 1994, além de que o jogo seria considerado como vencido pelo Brasil com um placar de 2×0.

Já Rosenery Mello (foto) virou celebridade instantânea.

A “Fogueteira do Maraca”, como ficou conhecida, recebeu um cachê estimado em US$ 40 mil para estampar a capa da edição de novembro de 1989 da Playboy.

Até hoje, este é considerado um dos episódios mais vexatórios da história do futebol mundial.
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