21º Batalhão de Polícia promoveu o “Mérito Monte das Tabocas”.

Em clima de confraternização de final de ano, na noite de ontem (29), o 21º Batalhão de Polícia, sediado em Vitória, promoveu solenidade alusiva ao “Mérito Monte das Tabocas”. O encontro ocorreu no Clube Abanadores “O Leão”.

No evento, além de realçar em vídeo os números relativos às ações na circunscrição da corporação,  assim como outras atividades  voltadas ao contexto social, o ponto alto ficou por conta das condecorações –  “Mérito Monte das Tabocas” – aos militares que se destacaram ao longo do ano de 2022.

Liderado pelo Coronel Norberto Lima Garcez Júnior, que usou da palavra para, entre outras coisas,  agradecer aos companheiros de fardas e ao público em geral pela presença, a instituição também destacou e concedeu honrarias a um conjunto de parceiros e colaboradores. Irrigada com os tradicionais “comes & bebes”,  a festa também contou com animação da Banda Avalovara.

Na qualidade de convidado e agraciado com premiação, aproveito para agradecer a todos os organizadores do referido evento pela participação. 

 

Ciro de Andrade Lima – por Marcus Prado.

O saudoso médico Ciro de Andrade Lima e o neto dele, prefeito João Campos. Lembro-me de Ciro nas saudosas noitadas que tivemos no engenho Pombal, (Vitória de Santo Antão) com Ariano Suassuna, Zélia, padre Daniel Lima e Jairo de Andrade Lima. A última vez que vi Ciro foi perto de um Baobá plantado por ele em Pombal, que fotografei.

Marcus Prado – jornalista.

Ku Klux Klan (KKK) – por @historia_em_retalhos.

Ku Klux Klan (KKK) é o nome adotado por diversas organizações nos EUA que pregam a supremacia dos brancos, antissemitismo, racismo, anticatolicismo, anticomunismo, homofobia e nacionalismo.

O primeiro Klan surgiu no sul do país, em 24 de dezembro de 1865.

Frequentemente, essas organizações recorrem ao terrorismo, à violência e aos atos intimidatórios (como a queima das cruzes) para oprimir as suas vítimas.

Esses grupos foram organizados por veteranos do Exército Confederado dos EUA, que, depois da Guerra da Secessão, quiseram resistir à Reconstrução.

A organização adaptou rapidamente métodos violentos para conseguir a sua conclusão, contudo houve uma reação que, em pouco tempo, levou à sua derrocada, pois as elites do sul vieram para a Klan, em verdade, como pretexto para que as tropas federais permanecessem ativas naqueles estados do sul.

A KKK foi formalmente dissolvida em 1870, pelo presidente republicano Ulysses S. Grant, por meio da Lei de Direitos Civis 1871, conhecida como “A Lei da Ku Klux Klan”.

O grupo, porém, ressurgiu em 1915.

Seus membros opunham-se aos judeus, além de fazerem profunda oposição à Igreja Católica.

Naquela época, a organização adotou um traje branco padrão e usava palavras de código semelhantes às do primeiro Klan, além de ter adicionado os rituais de queima de cruzes (foto) e de desfiles.

Essa fase do grupo terminou em 1944.

A atual encarnação da Ku Klux Klan surgiu nos anos 50, após a promulgação da lei contra a segregação racial nas escolas públicas.

O grupo agia de forma violenta, cometendo assassinatos e atentados contra negros.

No fim dos anos 70, o grupo perdeu a força, pois os seus líderes tiveram que pagar grandes indenizações para as vítimas dos seus atentados.

Atualmente, a KKK não é considerada uma organização, mas um coletivo de grupos independentes espalhados pelos EUA.

A partir dos anos 90, organizações neonazistas acabaram absorvendo ex-membros da KKK, tirando a força da entidade original.

Campanhas recentes da Ku Klux Klan tinham como alvo a imigração ilegal e as uniões civis homossexuais.
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Fonte: @ronaldohistoriador
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A casa de Manuel Bandeira na Rua do Curvelo (RJ) – por Marcus Prado.

Vem do governo alemão um exemplo raro de tributo à memória de um grande escritor. O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, (1956-) assumiu o compromisso de adquirir, para fins culturais, as casas onde o Nobel Thomas Mann havia morado, na Europa e nos EUA, e assim o fez e cumpriu a intenção. TM é autor de obras que hoje fazem parte do cânone da literatura universal, como os romances A Montanha Mágica e Os Buddenbrook e as novelas Morte em Veneza e Tonio Kröger. Até o casarão da mãe do escritor, a brasileira Julia Mann (1851-1923), em Paraty (Rio de Janeiro), fazia parte cimeira do projeto, mas a transação, infelizmente, não foi aceita por seu atual proprietário, o navegador Amyr Klink. (Ele estava fora do Brasil quando estive em Paraty para uma entrevista sobre o assunto, havia deixado o irmão, que me recebeu num café da manhã, enfatizando a intenção do Amyr não se desfazer da casa).

Escrevo para dizer e muito a lamentar que a casa da Rua do Curvelo, 53, bairro de Santa Teresa, do poeta pernambucano Manuel Bandeira, onde ele viveu os anos mais difíceis e paradoxalmente criativos de sua vida, foi demolida. Ali, ele viveu modestamente durante quase 15 anos, pobre, doente, só, sem emprego, por conta de um montepio deixado por seu pai, algo como um salário mínimo na época.

No artigo “O diário de Gilberto Freyre”, Antônio Carlos Villaça conta que Gilberto Freyre, quando em viagem ao Rio, em 1926, “foi visitar Manuel Bandeira na Rua do Curvelo, 51”, (…) “lindo lugar, mas casa de pobre”. Nos breves cômodos do poeta, era num quarto que recebia as visitas. Apenas uma janela servia como mediação entre o espaço interno e o espaço externo da rua. A vida como um rio que passava e poderia ser vista da janela, sob a proteção das paredes da casa. Uma certa paisagem construída de forma subjetiva por ele, realizada por meio de um sentimento que só a poesia sabe dizer. Era com o sotaque das suas origens que inventava o seu miradouro. Tenho para mim que nenhum poeta de nosso idioma como esse pernambucano teria visto de uma simples janela as coisas, os seres, o panorama da existência, o mundo, as alegrias e as dores, a poética do cotidiano e as coisas efêmeras, a paisagem construída pela memória, que convém aos momentos raros da vida.

Arthur Miller (1915-2005) teve a sua “ponte” para ver o mundo. Para Manuel Bandeira bastou uma janela, sobre a qual, recentemente, uma máquina de demolição por implosão reduziu a cinzas. Tudo na hora durou um instante, “rugiu como um furacão”, como no seu poema As Cinzas das Horas (1917).

Foi nessa casa onde ele, morando apenas de um quarto, (o aluguel era sublocado) sob impacto de imensa nostalgia do passado do seu tempo recifense distante, já tuberculoso, teve a ideia de fugir de tudo o que lhe atormentava e escreveria um dos seus mais belos poemas de exaltação a essa cidade: “Vou-me embora pra Pasárgada/Lá sou amigo do rei/ Lá tenho a mulher que eu quero/ Na cama que escolherei/ Vou-me embora pra Pasárgada”. Ele sempre confessava gostar desse poema, porque via nele “em escorço” toda a sua vida. Porque lhe parecia que nele soubera “transmitir a tantas outras pessoas a visão e promessa” da sua adolescência no Recife. Um poema que faz parte da sua melhor Antologia Poética, de todas as Antologias da melhor literatura brasileira contemporânea. Um poema como o de Carlos Drummond de Andrade (l902-1987), Os Ombros Suportam o Mundo, (Sentimento do Mundo) síntese de sua vida e do seu tempo. Só por esse poema, não bastasse o vulto humano de Manuel Bandeira, essa casa deveria ser tombada, que jamais permitissem a sua demolição.

Faço daqui um apelo ao prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, (que já tem um interessante projeto de restauro de imóveis antigos) para que, em parceria com a Academia Brasileira de Letras, da qual Bandeira foi integrante, mande colocar no que restou da velha casa de Manuel Bandeira, uma placa alusiva ao mais importante morador daquele bairro e que foi um dos mais cariocas, amorosamente cariocas, dos poetas do seu tempo. A casa que foi, também, durante muitos anos, de Rachel de Queiroz.

Marcus Prado – jornalista.

O massacre de Serra Pelada – por @historia_em_retalhos.

A mina de Serra Pelada, no Pará, ficou conhecida como o maior garimpo a céu aberto do mundo.

Aquele lugar, que remetia ao sonho de poder e fama, atraiu milhares de aventureiros, a partir do início da década de 80, compondo a imagem de um formigueiro humano, em um vaivém frenético, em busca da fortuna instantânea.

No auge da produção (1982/1986), cerca de 120 mil pessoas viveram em Serra Pelada.

Para trás, porém, ficou o legado de degradação ambiental, omissão do poder público, impunidade, miséria e violência.

Foram muitos os massacres naquela região (sendo impossível contabilizar o número de corpos), mas o mais sangrento deles aconteceu em 1987.

Naquele ano, a mobilização dos garimpeiros que reivindicavam caminhões e tratores para o rebaixamento da grande cava ganhou força em 27 de dezembro, quando uma enorme assembleia de trabalhadores foi realizada.

Parte deles, cerca de 4 mil, seguiu em transportes particulares até Marabá, coordenados por Jane Rezende, a primeira mulher líder de garimpo no Brasil.

Como não foram atendidos pelas autoridades do estado, interditaram o acesso à ponte sobre o Rio Tocantins, impossibilitando a passagem das locomotivas da Companhia Vale do Rio Doce, grande interessada na área.

A chacina ocorreu em 29 de dezembro.

Por volta das sete da noite, 500 homens da PM armados de fuzis e metralhadoras encurralaram os garimpeiros de um lado da ponte, enquanto a tropa do Exército fechou a outra cabeceira.

As vozes foram abafadas a tiros e bombas de gás lacrimogênio.

Dezenas tombaram ali mesmo.

Outros tiveram os corpos pisoteados por aqueles que tentaram escapar na escuridão.

Houve, ainda, aqueles que se jogaram do alto do vão central, de altura superior a 75m, caindo sobre pedras no leito do rio.

O número oficial de mortos e desaparecidos foi de 79 pessoas, mas se fala em até 133 vítimas.

A mesma estratégia da PM do Acre voltou a ser repetida, anos mais tarde, nos massacres de Eldorado dos Carajás (1996) e de Pau d’Arco (2017).
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Irmãs Mirabal – por @historia_em_retalhos.

Essas são as Irmãs Mirabal: Pátria, Minerva e Maria Teresa.

Essas três mulheres foram assassinadas, no dia 25 de novembro de 1960, pelas forças de repressão da ditadura do presidente dominicano Rafael Trujillo (1930-1961).

O fato culminou na criação do “Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher”, instituído pela ONU, na data da morte das irmãs.

Desde sempre, as três irmãs abraçaram a luta contra a ditadura de Trujillo como uma missão de vida.

Ao longo dos anos, foram presas, torturadas e violentadas, mas se recusaram a desistir da missão de restaurar a democracia e as liberdades de seu povo.

Enquanto estudava, Minerva descobriu que o pai de uma amiga havia sido morto por se opor ao regime.

Tal evento tornou-se um catalizador para a sua luta política.

O governo de Trujillo silenciava a oposição e caçava dissidentes, sendo marcado por corrupção e nepotismo.

As irmãs de Minerva, então, decidiram segui-la: primeiro, Maria Teresa.

Depois, Pátria, que aderiu após testemunhar um massacre durante um retiro religioso.

Unidas, Minerva, Maria Teresa e Pátria reuniram um grupo dissidentes e fundaram o “Movimento Revolucionário 14 de Junho”.

Em 25.11.1960, Pátria, Minerva e Maria Teresa estavam retornando para a província de Salcedo, quando foram abordadas por um grupo de homens de Trujillo.

As irmãs foram levadas para o meio do mato, onde foram estranguladas e espancadas até a morte.

Os corpos foram recolhidos e colocados nos jipes, na tentativa de fazer com que as suas mortes parecessem um acidente.

Estava claro que não fora um acidente e o assassinato das irmãs gerou uma enorme comoção no país e no mundo.

Neste ano, o CNJ liderou a campanha de “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”, relembrando a trajetória das Irmãs Mirabal.

Um aspecto importante: havia, ainda, uma quarta irmã, Dedé Mirabal.

Esta viveu até os 88 anos e criou a “Fundação Irmãs Mirabal”, para manter o legado de suas irmãs.

Dizia Dedé:

“Quando me perguntam o porquê de eu não ter sido assassinada, sempre respondo: para que eu pudesse contar a verdade”.

A quem interessar, recomendo “Las Mariposas: Hermanas Mirabal”. 🎥
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55 anos em clima de “balanço de fim de ano”……….

Na última segunda-feira do ano – 26 de dezembro de 2022 –, em clima de “balanço de fim de ano”,  começamos o dia “dialogando” com os primeiros raios solares, em virtude da nossa regular e salutar atividade física – corrida de rua. Apesar das duas lesões que afastaram-me temporariamente “das ruas”, em 2022, ainda conseguimos fechar o ano com mais de 1.600 km percorridos.

No nosso original projeto “Corrida Com História”, em que compartilhamos conteúdo promovendo à chamada “Educação Patrimonial” da nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão -, no transcorre do ano em curso,  produzimos 26 vídeos:  todos bastantes conhecidos e compartilhados, inclusive  fruto dos melhores comentários.

Na qualidade de atleta amador, em 2022,  efetivamos aquilo que se configura no sonho número 1 de todo praticamente da modalidade esportiva mais democrática do mundo – corrida de rua –, ou seja: concluímos a prova mais nobre do atletismo: os temíveis 42.195km  de uma maratona (Maratona Internacional Maurício de Nassau). 

Fechando esse  “clima de balanço”, por assim dizer, produzimos esse particular balancete,  justamente no dia em que completo mais um ano de vida. Hoje, 26 de dezembro, viramos a páginas dos 55 anos.

Assim sendo, antecipadamente, agradeço as mensagens que venho recebendo,  nas mais variadas formas e plataformas,  evidenciando mais essa passagem natalícia. Obrigado a todos pelas felicitações!

Veja o vídeo aqui: https://youtube.com/shorts/9QIzS34g1Uk?feature=share

 

Natal, a capital do Rio Grande do Norte – por @historia_em_retalhos.

Em 25 de dezembro de 1599, há 423 anos, era fundada Natal, a capital do Rio Grande do Norte.

A expressão “natal” tem origem no latim “natale”, que significa “local de nascimento”.

Todo o processo de formação desta linda capital nordestina teve relação direta com os esforços empreendidos para a colonização da região, dificultado, sobremaneira, pela forte resistência dos índios potiguaras e dos piratas franceses, que traficavam pau-brasil.

Não sem razão, um ano antes, em 1598, deu-se início à construção da atual Fortaleza dos Reis Mago, com o objetivo de proteger a barra do Rio Potengi (“rio de camarão” 🍤).

Foi a partir desta grande corrente de água doce, com 176km de extensão, que surgiu a designação “Rio Grande”.

Apenas no século 18, com a conquista do território do Rio Grande de São Pedro, no sul do país, incluíram o termo “do Norte”, para diferenciar do Rio Grande “do Sul”.

Após a 2.° Guerra Mundial, Natal passou por um intenso processo de modernização, tendo a sua população crescido em um ritmo mais acelerado.

A sua localização próxima à “esquina da América do Sul” chamou a atenção dos EUA, que considerou Natal “um dos quatro pontos mais estratégicos do mundo”, ao lado do Canal de Suez, no Egito, e dos estreitos de Bósforo, na Turquia, e Gibraltar, entre a África e a Europa.

O início das operações da primeira base de foguetes da América do Sul, na Barreira do Inferno, em Parnamirim, transformou Natal na “Capital Espacial do Brasil”.

Terra do multi-intelectual Luís da Câmara Cascudo e de Café Filho, ex-presidente da República.

Cidade do Sol e das Dunas! ☀️

Natal é imperdível.

Parabéns, Natal, por seus 423 anos! 👏🏼

Dedico este retalho de hoje ao meu adorável amigo @brunomontenegrordantas.
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Papai Noel – por @historia_em_retalhos.

Por que Papai Noel tornou-se o protagonista de uma data que não é dele?

A história explica.

A figura de Papai Noel foi inspirada no bispo Nicolau, que viveu na Turquia, no século IV.

Nicolau costumava ajudar quem estivesse em dificuldades financeiras, colocando um saco com moedas nas chaminés das casas.

A sua transformação em símbolo natalino, porém, espalhou-se pelo mundo, quando se percebeu que a tradição do velhinho entregando presentes potencializaria o comércio durante o mês de dezembro, cabendo ao cartunista Thomas Nast, no ano de 1881, criar a “marca” Papai Noel.

Em verdade, o bispo Nicolau foi visto como uma peça de marketing, com nítidos propósitos mercadológicos.

Essa opção puramente comercial foi, paulatinamente, ofuscando a figura de Jesus Cristo, o real protagonista do dia 25 de dezembro.

Filho de imigrantes perseguidos, nascido em meio aos animais, amigo dos leprosos, das prostitutas e dos mendigos, e com um discurso que incomodou os poderosos do seu tempo, Jesus passou a não atender aos interesses do capitalismo ocidental, por uma razão muito simples: o revolucionário homem de Nazaré propunha a divisão com os pobres.

Nada mais na contramão de um mundo egocêntrico, consumista e desigual.

Devolver a Cristo a condição de protagonista do dia de seu próprio nascimento parece-nos ser a melhor trilha para equilibrar a relação entre os povos e difundir a paz.

Mais Cristo e menos Papai Noel é o que desejo a todos vocês.

Um feliz Natal, gente! 🙏🏼❤️
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RECADO DO JORNALISTA MARCUS PRADO…….

Esta foto resume uma parte do que havia de melhor do meu tempo vitoriense, para mim inesquecível, no casamento de Erivaldo Cunha, dono da farmácia Brasil. Estou, como testemunha, do lado esquerdo da noiva. De memória, perdi o nome de quase todos, embora nunca os tenha esquecido. Quem poderia ajudar, entre os leitores vitorienses deste blog, para os identificar ?

Pretendo fazer um painel legendado para o meu gabinete de estudos de minha casa. Escreverei um artigo sobre cada um, para o blog do Pilako, o grande Pilako.

Marcus Prado – jornalista. 

Símbolo da luta pela libertação dos escravos no Brasil – por @historia_em_retalhos.

Esta é a camélia, a flor que se tornou um símbolo da luta pela libertação dos escravos no Brasil.

No século 19, o português José de Seixas Magalhães adquiriu uma chácara no bairro do Leblon ao francês Charles Le Blon (daí surgindo o nome do bairro).

Àquela época, o Leblon era um local de difícil acesso.

Pois bem.

Abolicionista, Seixas acolhia escravos fugitivos e cultivava flores, principalmente, camélias.

Por essa razão, a bucólica chácara ficou conhecida como “Quilombo do Leblon” e as camélias tornaram-se emblemas do movimento abolicionista.

A flor adornava a lapela dos homens e o colo das mulheres que se empenhavam para que os escravos fossem definitivamente libertados.

Era uma espécie de código de identificação entre os abolicionistas, principalmente no momento de auxiliar os escravos em fuga ou para lhes conseguir esconderijo.

Com esse sinal, o escravo conseguia identificar imediatamente possíveis aliados.

Usar uma camélia como se fosse um broche no peito, no bolso da camisa ou até mesmo tê-la em seu jardim era uma espécie de confissão de apoio à causa abolicionista.

Um outro aspecto interessante é que o Quilombo do Leblon também contava com a proteção e a cumplicidade da própria princesa Isabel.

Como demonstração de gratidão, Seixas fornecia regularmente camélias para a residência oficial da princesa.

Sabias dessa?

Vamos espalhar camélias por aí, gente!

A quem interessar, recomendo “As Camélias do Leblon e a abolição da escravatura”, de Eduardo Silva. 📚
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“Rachadinha”: se apertar a rosca………….

Noticiado na grande imprensa, ontem (20),  a Polícia Civil de Pernambuco atuou numa operação (DIKE) em que teve como suspeitos um vereador e seis assessores. Esse “mal feito”, por assim dizer, é aquilo que ficou popularmente conhecido como “rachadinha”. Vale salientar que esse parlamentar, que não teve seu nome divulgado, assumiu o mandado em 2021. Ressaltemos, também,  que a referida operação teve inicio em junho próximo passado,  ou seja: há seis meses.

Numa rápida leitura dos fatos, até agora divulgados pela imprensa, logo entenderemos que não é tão difícil enquadrar esse tipo de prática nas mais variadas casas legislativas, principalmente nas câmaras de vereadores, até porque, a “boca miúda”,  essa prática (rachadinha) não é tão incomum assim……..

Quem mais sabe desse “expediente” são as pessoas que circulam pelos jardins e corredores desses “palácios legislativos”, muitas vezes compartilhando informações  desnecessárias, no que tangem às vantagens e decepções que permeiam esse tal negociação, diga-se de passagem: criminosa, mas que é recorrente e tida como “vantajosa” para os envolvidos…….

Na verdade, de maneira geral, as câmaras legislativas sempre tem “dinheiro sobrando”. Aqui e acolá, seus membros estão se reunindo (de maneira secreta) para arrumar um jeito “legal”  de usar o dinheiro do erário em benefício próprio.

Quero crer que se a polícia apertasse a rosca nessa questão (rachadinha),  nas mais diversas câmaras de vereadores, em todos os  estados, muito “vereador sério” estariam em maus lençóis.

O Calçamento da Rua Ruy Barbosa – por Josebias Bandeira de Oliveira.

Vitória de Santo Antão- Pernambuco-Brasil. Seu passado e sua história no túnel do tempo. Rua Ruy Barbosa, também popularmente chamada de: “Rua da Paz,” “Rua do Braga”. O Calçamento da rua Ruy Barbosa deve-se à administração do farmacêutico e atual Prefeito Miguel de Lagos. Precioso registro fotográfico , fevereiro de 1926.
Acervo do Cartofilista e pesquisador pernambucano , vitoriense. Josebias Bandeira de Oliveira.

MAS SERÁ O BENEDITO? – por Alê Santos.

Benedito Meia-Légua, que assombrou os escravagistas anos antes da abolição. Seu nome original era Benedito Caravelas e viveu até 1885, um líder nato e bastante viajado, conhecia muito do nordeste. Suas andanças conferira-lhe a alcunha de “Meia-légua”. Andava sempre com uma pequena imagem de São Benedito consigo, que ganhou um significado mágico depois.
Ele reunia grupos de negros insurgentes e botava o terror nos fazendeiros escravagistas da região, invadindo as Senzalas, libertando outros negros, saqueando e dando verdadeiros prejuízos aos racistas.
Contam que ele era um estrategista ousado e criativo, criava grupos pequenos para evitar grandes capturas e atacavam fazendas diferentes simultaneamente. A genialidade do plano era que o líder de cada grupo se vestia exatamente como ele.
Sempre que um tinha o infortúnio de ser capturado, Benedito reaparecia em outras rebeliões. Os fazendeiros passaram a crer que ele era Imortal. E sempre que haviam notícias de escravos se rebelando vinha a pergunta “Mas será o Benedito?”
O mito ganhou força após uma captura dramática. Benedito chegou a São Mateus (ES) amarrado pelo pescoço, sendo puxado por um capitão do mato montado a cavalo. Foi dado como morto e levado ao cemitério dos escravos, na igreja de São Benedito.
Noutro dia, quando foram dar conta do corpo, ele havia sumido e apenas pegadas de sangue se esticavam no chão. Surgiu a lenda que ele era protegido pelo próprio São Benedito. Por mais de 40 anos ele e seu Quilombo, mais do que resistiram, golpearam o sistema escravocrata.
Meia-Légua só foi morto na sua velhice, manco e doente. Ele dormia em um tronco oco de árvore. Esconderijo que foi denunciado por um caçador. Seus perseguidores ficaram a espreita, esperando Benedito se recolher. Tamparam o tronco e atearam fogo.
Seu legado é um rastro de coragem, fé, ousadia e força para lutar pelo nosso povo, que ainda hoje é representado em encenações de Congada e Ticumbi pelo Brasil. Em meio as cinzas encontraram sua pequena imagem de São Benedito.
Todo dia 1 De Janeiro, o cortejo de Ticumbi vai buscar a pequena imagem do São Benedito do Córrego das Piabas e levar até a igreja em uma encenação dramática para celebrar a memória de Meia-Légua.
Fonte: Alê Santos
Publicado por Mulheirismo Africano MDA