PRIMEIRO ATO – por Sosígenes Bittencourt.

Manhã cedinho, ponho-me a lidar com as palavras. Leio desde quando não sabia ler e escrevo desde quando não sabia escrever. Ver é natural. Ler é intelectual. Penso, logo escrevo. Escrevo, logo sou lido. Sou lido, logo existo. Ensinar, para mim, é uma forma de conviver, minha escola é o mundo. Eu não faço poesia de propósito, faço poesia quando a beleza passa. Eu não sou egoísta, por isso conto a poesia pra todo mundo.

Sosígenes Bittencourt

Meia Maratona da Vitória – Voto de Aplauso – vereador Everaldo Arruda.

Proposto pelo vereador Everaldo Arruda e aprovado pela unanimidade dos vereadores presentes, na Sessão Ordinária, ocorrida na Casa Diogo de Braga,  no dia 24 de setembro, acusamos o recebimento do ofício 369/2025,  emitido pela  Câmara de Vereadores da Vitória de Santo Antão,  nos concedendo um  VOTO DE APLAUSO pela realização da Primeira Meia Maratona da Vitória, efetivada no dia 21 de setembro, com percursos de 21km e 10km, e que contou com mais de 400 atletas.

“Nós como representantes do povo vitoriense temos a obrigação de tornar público o reconhecimento daqueles que realmente contribui para o bem estar do nosso munícipio.”

 

Toda equipe organizadora do evento aproveita para agradecer a todos os parlamentares, sobretudo ao vereador Everaldo Arruda,  pelo reconhecimento do sucesso do evento e também  pela contribuição coletiva para o nosso município.

Eleições 2026: a encenação, o jogo e o teatro já foram devidamente alinhados……

Exatamente daqui a um ano, estaremos, novamente, sendo “convocados” às urnas: ELEIÇÕES GERAIS 2026. Estarão em jogo os cargos de presidente, governadores, senadores e deputados – e seus respectivos vices e suplentes. Por mais que o ambiente político brasileiro esteja insalubre, votar é sempre  um exercício de esperança.

Tomara que as discursões, debates e propostas dos candidatos a presidente não tomem um rumo infrutífero, como ocorreu nos últimos pleitos. Na qualidade de eleitor, precisamos espremer os postulantes, no bom sentido da palavra,  para extrair deles compromissos com o que realmente importa e que tenha relevância na vida das pessoas. Por exemplo: por qual motivo o Brasil pratica  uma das maiores taxas de juros do planetas,  e o que precisamos fazer para tê-las em patamares razoáveis? Imagino ser uma agenda importante e urgente……

Para a cadeira mais importante do Palácio do Campo das Princesas, ao que parece, as duas principais candidaturas já estão definidas. Raquel quer ficar e o João surge para  acalentar  o sonho do PSB de voltar. E será nessa esteira que as disputas proporcionais serão travadas, estado a fora…

Na nossa Vitória de Santo Antão, colégio eleitoral destacado em nosso estado, que tradicionalmente ocupa vários assentos no parlamento estadual e que no último pleito (2022) emplacou uma deputada federal, Iza Arruda, aos olhos dos mais atentos, os atores locais  já deram suas respectivas partidas da chamada pré-campanha.

Algumas candidaturas já são pensadas como certas: os deputados Joaquim Lira, Henrique Filho e Aglailson Victor. O ex-vereador André Carvalho e a do estreante, filho do prefeito Paulo Roberto, Túlio Arruda. Socorrinho da APAMI também é “time grande” nesse certame. Possivelmente outras candidaturas irão se apresentar, para  tentar surpreender.

No pleito imediatamente anterior,  as muitas candidaturas ao governo do estado acabou confundindo a cabeça do eleitor, no sentido do alinhamento político das forças locais. Mas em 2026, é possível dizer que essa questão estará mais cristalizada.

Até pouco tempo partidário da Governadora Raquel Lyra, o atual prefeito da Vitória, Paulo Roberto, já mudou de direção e marchará com o grupo do PSB. Ao que parece, as demais postulações,  seguirão abraçadas com a governadora e candidata à reeleição, Raquel Lyra.

 

Para concluir essas linhas genéricas, visando o pleito 2026, relacionadas aos atores antonenses, lembremos duas alterações,  no mínimo,  curiosas:

 

O grupo dos “Querálvares” abandonou o palanque da “Frente Popular” (aliados históricos), possivelmente, para  ganhar musculatura  eleitoral,  com os ventos que só  a ocupante de plantão do Palácio das Princesas pode oferecer.

Já o  prefeito Paulo Roberto, que antes jurava fidelidade ao deputado estadual Joaquim Lira, levantará outra bandeira.

Mas há quem diga que, em política,  as vezes,  se faz necessário dividir, no sentido da  ampliação e do avanço,  rumo ao desejado. A encenação, o jogo e o teatro já foram devidamente alinhados……

 

Este é Ruy Frasão Soares – por @historia_em_retalhos.

Como muitos de sua geração, Ruy viu os sonhos de sua juventude serem aniquilados pela violência e pela dor de uma ditadura.

Natural do Maranhão e o quinto de sete filhos de uma família pobre, sonhava formar-se em engenharia.

Com muita dificuldade, sua mãe conseguiu enviá-lo ao Recife, iniciando o seu curso na UFPE em 1961.

Tão logo chegou a Pernambuco, começou a participar da JUC (Juventude Universitária Católica), ingressando, posteriormente, na Ação Popular, organização de resistência à ditadura.

Em 1965, o regime militar determinou a mudança da Faculdade de Engenharia para o bairro do Engenho do Meio, local, até então, sem restaurante, biblioteca e mal servido por transportes.

Nesta época, já eleito representante estudantil, Ruy foi um dos líderes da resistência à mudança.

Mal sabia ele que este fato o acompanharia para sempre, porque a ditadura não o perderia mais de vista.

Ao se dirigir a um ponto de ônibus, após sair da faculdade, Ruy foi preso, sendo mantido incomunicável e submetido ao horror da tortura.

No ano de 1966, foi condenado a dois anos de reclusão, precisando entrar, de vez, na clandestinidade, quando fora expedido o seu mandado de prisão.

Para manter a família, passou a vender artigos de artesanato em feiras livres com a esposa Felícia.

Na manhã do dia 27 de Maio de 1974, Ruy foi preso, em plena feira de Petrolina/PE, por três policiais armados, que o espancaram, ameaçaram de morte e, contra a reação dos companheiros da feira que tentaram defendê-lo, foi jogado no porta-malas de uma caminhonete.

Suas últimas palavras foram: “avisa Licinha!”, sua esposa.

Ruy nunca mais foi visto.

Seu corpo jamais foi encontrado.

Sua família sequer pôde enterrá-lo.

Quando da prisão de um outro preso político, Alanir Cardoso, também em 1974, os torturadores apresentaram-lhe uma foto de Ruy.

Em tom de deboche, afirmaram:

“O comprido já virou presunto”.

Ruy Frasão dá o seu nome ao CIEP de Engenho do Mato, em Niterói/RJ.

Agradeço ao seguidor @wandeiltonflima por nos ter trazido a sugestão do tema.

À memória de Ruy Frasão, eu dedico este retalho de hoje.
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Dinheiro limpo em mãos sujas……

No fechamento das cortinas do último mês de setembro, a comissão mista do orçamento aprovou aumento volumoso no dinheiro reservado para o chamado fundo partidário, visando o ano de 2026. Aparentemente sem muita dificuldade, a matéria contou com o “empurrão” de políticos do governo e da oposição.

Particularmente falando, acredito no caminho em que as eleições devam ser financiadas pelo dinheiro público. Evidentemente que o valor, o formato e sua utilização racional, devam ser sempre objetos de ajustes e avaliações.

Levando em consideração a utilização desses recursos (fundo partidário), até aqui aplicados,   podemos observar que o problema maior não está no quanto e para quem foi destinado. Na verdade, na prática, quando esse dinheiro fica disponível nas contas bancárias dos partidos e este é repassado aos candidatos, o que normalmente acontece é de uma  flagrante  falta de critérios, racionalidade e um entendimento razoável  para o seu bom uso. Ou seja: a devida aplicação,  levando-se em consideração as boas práticas comerciais.

É verdade que as coisas, no sentido da fiscalização,  vem melhorando, mas ainda estamos muito distantes de um equilíbrio financeiro no processo eleitoral geral. Não precisa ser nenhum estudioso na matéria para se observar  que a corrupção e o “dinheiro vivo”  ainda se configuram nos principais “cabos eleitorais”  das nossas eleições gerais, sobretudos no que se refere às proporcionais, diga-se: para as assembleias estaduais e câmara federal….

Até parece que as eleições no Brasil é uma espécie de concurso, para ver quem consegue fazer mais “coisa errada”, tendo como ápice, o  prêmio do diploma das contas aprovadas….

 

Vida Passada… – Meira de Vasconcelos – por Célio Meira.

Em 1832, no Pilar, berço nativo do padre Albuquerque Melo, patriota da República de 1817, e de Diôgo Velho, visconde de Cavalcanti, que, 1870, governou Pernambuco, nasceu João Florentino Meira de Vasconcelos. Fez o curso de direito, na Faculdade do Recife, recebendo, em 1857, a láurea de bacharel. Diplomado, seguiu a magistratura, aceitando a promotoria de justiça de sua terra natal. Deu-lhe, mais tarde, o povo paraibano, em 1864, na Assembleia, uma cadeira de deputado. Exerceu em juizado de direito, no Ceará, e, nessa Província, escreve o eminente historiador Liberato Bittencourt, dirigiu o poderoso partido liberal.

Aposentado, iniciou-se na advocacia, militando, sempre, na política. Conseguiu eleger-se deputado geral, nas urnas paraibanas,  e aos 52 anos de idade, mereceu a honra de sentar-se na poltrona de senador do Império.

Ocupou, várias vezes, Meira de Vasconcelos, as colunas políticas dos jornais, defendendo, sem fraquezas, a bandeira do seu partido. Era espirito culto, e combativo. Na terra onde nasceu, e nos distritos eleitorais de sua Paraíba, foi, sempre, pelo caráter, e pela intrepidez das atitudes, figura de real prestigio. Era orador de linguagem elevada, e eloquente.

Governou, informam os biógrafos, a província de Minas Gerais, conquistando aplausos do povo das montanhas. E à hora, em que o estadista João Lustosa da Cunha, 2º marquês de Paranaguá organizou o ministério liberal de 3 de julho de 1882, aceitou, o paraibano de Meira de Vasconcelos, a pasta da marinha. Três anos mais tarde, a 6 de maio de 1885, voltou, Meira Vasconcelos, ao ministério. Coube-lhe dessa vez, a pasta do Império, no famoso gabinete chefiado por Saraiva.

Quando deixou a vida vertiginosa da política, nesse último posto, recolheu-se à vida tranquila do lar. E veio a República. Não aderiu ao regime democrático de 1889. Contava, Meira de Vasconcelos, 65 anos de idade. Servira à Pátria e ao Imperador. Não quis, porém, servir à revolução triunfante. Preferiu, aos novos combates, a tranquilidade, na derradeira etapa da sua passagem pela terra. Conservou, entretanto, até o último doa de vida, o amor à terra brasileira. E aos 69 anos de idade, no dia 10 de março 1892, no Rio de Janeiro, fechou os olhos, serenamente, iniciando a jornada do além-túmulo.

João Florentino de Meira de Vasconcelos pertence à galeria dos beneméritos da Pátria.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

“Plano Cohen” – por @historia_em_retalhos.

Em 30 de setembro de 1937, há exatos 88 anos, era anunciado em cadeia nacional um plano comunista para tomar o poder e instaurar uma ditadura no país.

Era o famigerado “Plano Cohen”.

Em verdade, tudo não passou de um documento forjado por militares com o objetivo de abrir o caminho para o golpe do Estado Novo, que aconteceria em 10 de novembro daquele ano.

O tal documento dizia que os comunistas iriam causar tumultos entre operários e estudantes, incendiariam casas e prédios públicos, saqueariam e depredariam o patrimônio e, ainda, eliminariam autoridades civis e militares.

Olímpio Mourão Filho, capitão do Exército, sim, ele mesmo, que também fora pivô do golpe de 1964, foi o autor do Plano Cohen.

Mourão era integrante da Ação Integralista Brasileira, movimento de inspiração fascista liderado por Plínio Salgado e, anos mais tarde, reconheceria que o plano jamais existiu.

Na verdade, a fake news caiu como uma luva nas mãos de setores das Forças Armadas que enxergaram nela o álibi perfeito para sustentar as ambições autoritárias de Vargas.

O nome “Cohen” faz referência a Béla Kun (ou Cohen), revolucionário húngaro que liderou movimentos comunistas na Europa.

A escolha, como se percebe, não foi inocente: buscava evocar justamente o temor do comunismo internacional.

No dia seguinte, 1.° de outubro, aproveitando o clima de medo da população, Vargas pediu ao Congresso Nacional a decretação do Estado de Guerra, o que abriu caminho para uma ampla perseguição a opositores, sob a justificativa da “ameaça vermelha”.

Em 10 de novembro, o Estado Novo foi instaurado.

Poucas semanas depois, o Exército fecharia o Congresso e uma nova Constituição, de inspiração fascista, seria imposta ao país.

Nascia aí uma ditadura que duraria até 1945.

O episódio é, até hoje, lembrado como um dos maiores casos de manipulação política da história do Brasil.

Como legado, o Plano Cohen reverberou em fenômenos posteriores, como a institucionalização do “anticomunismo” como parte da identidade militar brasileira e a sedimentação da ideia de que uma ditadura temporária poderia servir como um instrumento de progresso.
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Meia Maratona da Vitória: corrida, história, memória e ação social……

Projeto antigo, mas finalmente, no domingo, 21 de setembro, efetivamos a primeira edição da Meia Maratona da Vitória – 21 por Tabocas. A referida corrida de rua contou com dois percursos: 21km e 10km.

Com muito planejamento, foco e trabalho, ao longo de 6 meses,  conseguimos vencer os desafios que um evento dessa natureza impõe. Não podemos deixar de sublinhar as parcerias que firmamos,   ao longo dessa jornada.  Foram importantes na viabilização do projeto global.

Atletas da Vitória de Santo Antão e das muitas cidades do nosso entorno, marcaram presença e emolduraram o referido projeto. Foram verdadeiros guerreiros e guerreiras das Tabocas, até porque  a Meia Maratona da Vitória, que esse ano realçou em suas camisas,  medalhas e troféus a passagem dos 380 anos da épica Batalha Tabocas, sempre fará referencias aos fatos atinentes ao contexto do nosso Sítio Histórico.

Para fechar esse empreendimento, num só tempo,  esportivo e cultural, nos próximos dias,  junto com os representantes da Raça Distribuição e a Itambé, estaremos repassado para várias instituições de caridade/filantrópicas todo o LEITE ITAMBÉ arrecado durante a nossa promoção.

Portanto, em breve,  estaremos noticiando as instituições contempladas, fruto da parceria da Meia Maratona da Vitória, junto as empresas Raça Distribuição e Itambé.

Veja, aqui, o vídeo oficial do evento: https://www.instagram.com/reel/DPJLm2wjgQj/?igsh=enFqanN6ZzVxMXVz

11º “Encontro das Amigas da Vitória” aconteceu no sábado!

Sob a coordenação  da amiga Flávia Veçosa, aconteceu, no último sábado, 27 de setembro, mais um evento, intitulado de “Encontro das Amigas da Vitória”.

Realizado no Restaurante Gamela de Ouro,  a celebração festiva contou com 4 atrações musicais. O fechamento, como nas edições anteriores,  uma orquestra de frevo fez do encontro uma espécie de “grito de carnaval”.

Além da animação geral, o evento também marca o reencontro  de pessoas que não tem conto pessoal há anos, em alguns casos há décadas. Eis ai, portanto, uma oportunidade para atualizar a agenda telefônica. O “Encontro das Amigas da Vitória” acontece sempre no último sábado do mês de setembro.

A EXPOSIÇÃO DE QUADROS DE ZÓZIMO FERREIRA – por Sosígenes Bittencourt.

Espetáculo memorabilíssimo de Setembro de 2021, em Vitória de Santo Antão, foi a Exposição de Zózimo Ferreira, no Clube Abanadores O Leão, com direito a teatralização do maior ator da Paixão de Cristo no palco da cidade, com direito à melhor execução musical já protagonizada pela Orquestra Avalovara, uma brilhante homenagem ao escritor vitoriense Osmar Lins.

Só o gentleman Zózimo Ferreira poderia nos proporcionar noite tão inesquecível, com sua vocação religiosa, sua catolicidade, na revelação de quadros tão irretocavelmente perfeitos da encenação do Gólgota, da Via Crucis do Salvador no berço da heroína Mariana Amália. Lembrava-me, pelo contentamento, a maravilhosa peça musical de Sebastian Bach, em sua magnífica composição Jesus, Alegria dos Homens.

Palmas, e muito obrigado!

Sosígenes Bittencourt