Mikhail Gorbachev – por historia_em_retalhos.

Morre, aos 91 anos, Mikhail Gorbachev, o último líder da União Soviética.

Ex-presidente foi figura central no processo político pacífico que conduziu ao fim da Guerra Fria, embora, internamente, muitos russos o acusavam de ter iniciado reformas que levaram ao colapso da União Soviética.

Em 1990, Gorbachev ganhou o Prêmio Nobel da Paz.
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Eleições 2022 – atualizando a informação: são 15 candidaturas com “DNA Antonense”.

Ainda no contexto das atualizações das candidaturas com “DNA Antonense”, acabamos de receber  a informação de um internauta  – e confirmada por nós no site da Justiça Eleitoral –  que o ex-vereador da Vitória – Edvaldo Francisco dos Santos -, popularmente conhecido por INDIO também disputa uma vaga de deputado federal. O partido escolhido por ele foi o  Solidariedade.

Assim sendo, mais uma vez, atualizamos a informação postada imediatamente anterior. Ou seja, agora,  são 15 candidaturas com “DNA Antonense” – 6 para deputado federal e 9 para deputado estadual.

Em tempo: ainda se houver outras candidaturas postas,  no mesmo contexto, favor entrar em contato conosco.

Eleições 2022 – atualizando a informação: são 14 candidaturas com “DNA Antonense”.

 

Na postagem imediatamente anterior, em que anunciamos as candidaturas com “DNA Antonense”,  em 2022,  até então identificadas pelo Blog do Pilako,  também solicitamos que, caso houvesse outras , o próprio postulante ou mesmo um eleitor (internauta)  poderia entrar  em contato conosco para atualizarmos a informação na questão  quantitativa.

Assim sendo, com pouco mais de 10 minutos, após a  postagem, o amigo Sargento Edson Júnior entrou em contato e confirmou sua  candidatura ao cargo de deputado estadual pelo PL – Partido Liberal.

Dessa forma, atualizamos a informação anterior, ou seja: com domicílio eleitoral na Vitória de Santo Antão, teremos 9 postulações ao cargo de deputado estadual e 5 ao cargo de deputado e federal.

Em tempo: ainda se houver outras candidaturas postas,  no mesmo contexto, favor entrar em contato conosco.

Eleições 2022: 13 candidaturas com “DNA antonense” –

Faltando 5 semanas para o primeiro encontro dos eleitores com as urnas  – eleições 2022 –  anotamos, até o momento, 13 candidaturas com “DNA antonense”. Para o cargo de deputado estadual 8 nomes já foram identificados:

Aglailson Victor, André Carvalho, Carlos Alberto Causa Animal, Doutor Gil, Doutor Saulo, Henrique Filho, Irmão Carlos e Joaquim Lira.

 

 

 

 

 

 

Lembremos que 3 dos 8 nomes já são deputados e estão disputando  a reeleição.

Para a Câmara dos Deputados, ou seja, um mandato de deputado federal se apresentaram 5 nomes – 2 homens e 3 mulheres:

Antônio de Lemos, Genário Rocha, Herika Araújo, Iza Arruda e Socorrinho da Apami.

Na medida do possível, no transcorrer das próximas duas semanas, estaremos levantando informações de todos as postulações, informações essas declaradas pelos candidatos e candidatas à Justiça Eleitoral e  disponível a todo internauta.

Em tempo:  caso haja outras candidaturas cujo o domicilio eleitoral seja  na nossa Vitória de Santo Antão favor entrar em contato para incluirmos na lista, das chamadas candidaturas com “DNA antonense”.

O coração de Dom Pedro I – por historia_em_retalhos.

Brasil repete gesto do Governo Médici (1972) e traz o coração de Dom Pedro I para as comemorações dos 200 anos da Independência.

Em vida, um dos últimos pedidos de Dom Pedro I foi de que o seu coração fosse preservado na cidade do Porto, em Portugal.

A sua ossada está em São Paulo/SP.

Muito mais venerado em Portugal do que no Brasil, Dom Pedro I é uma figura histórica controversa.

Em verdade, o nosso primeiro imperador sempre esteve mais ligado aos interesses de Portugal do que aos anseios brasileiros.

Respeitando as opiniões divergentes, entendemos que lhe conferir a condição de um “pai da pátria” é um evidente equívoco histórico.

O que você acha?

Deixe a sua opinião.
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“Educar para Crescer” – o mais novo projeto do Instituto Histórico da Vitória.

Fruto de uma parceria entre o Ministério do Turismo e o Instituto Brasileiro de Museus, o Instituto Histórico e Geográfico da Vitória, em 2021,  foi contemplado com uma emenda parlamentar do deputado federal Raul Henry,  no valor de 100 mil reais (R$ 100.000,00).

O recurso foi consolidado mediante posterior aprovação do projeto,  desenvolvido pelo Instituto com o título “Educar para Crescer” que tem, entre outros objetivos, a realização de visitas criativas, utilizando-se da linguagem do teatro para promoção de conhecimentos históricos.

O público alvo do referido projeto são crianças e jovens da rede pública de ensino que, além das visitas ao museu e apresentações de peças teatrais também terão oportunidade de participar de oficinas de modelagem,  utilizando papelão e material reciclado despertando,  assim,  à consciência ambiental nos mesmos.

O projeto terá início no mês de setembro próximo ( 2022)  e contará com com intérprete de libras e acessibilidade para cadeirantes em algumas apresentações. Para mais informações,  entrar em contato  com Leonardo Edardna,  através do telefone: 81. 9 8899-4388. 

 

 

Blog do Pilako – contribuição eleitoral…….

Ainda distante da realidade de parcela expressiva do eleitorado brasileiro as eleições gerais 2022, após o inicio do horário gratuito na TV e o debate com os principais candidatos a presidente, ocorrido na noite do domingo (28),  na Rede Bandeirante e órgãos de comunicação associados, ao que parece,  irá “esquentar”.

Inicialmente,  os dois candidatos mais bem colocados nas pesquisas de opinião pública ameaçaram não participar, mas voltaram atrás e contribuíram para um melhor entendimento desse momento importante da história brasileira. Candidatos que se esquivam dos questionamentos, dos debates ou mesmo das sabatinas  não merecem o voto do eleitor. Se na campanha o mesmo não “tem tempo” para dizer o que pensa, imagina depois de entronado e encastelado?

Já em Pernambuco, onde a disputa para o cargo de governador  segue “embolado”, com praticamente 5 candidaturas com chances reais de chegar ao segundo turno, fortes emoções estarão garantidas. Ao que tudo indica o engajamento do eleitor será apenas uma questão de poucas semanas.

Na Vitória de Santo Antão, colégio eleitoral importante do estado de Pernambuco,  várias  candidaturas já estão postas visando a Câmara dos Deputados e a Assembleia do Estado de Pernambuco. Em breve, no sentido de contribuir com o bom debate, estremos promovendo um conjunto de LIVE(s) com os mais diversos candidatos, sobretudo com os de DNA antonense. Estamos formatando o modelo.  Assim sendo, até o final do pleito, o tema  político ganhará mais espaço nas nossas postagens diárias. 

Homenageados: Pedro Ferrer e o Instituto Histórico da Vitória.

Recentemente o professor Pedro Ferrer foi agraciado com COMENDA JOAQUIM NABUCO,  outorgada pelo Grande Oriente de Pernambuco/Grande Oriente do Brasil. Ontem (28),  em Goiana,  por ocasião das solenidades comemorativas do BICENTENÁRIO DA JUNTA GOVERNATIVA DE GOIANA, que proclamou a independência de Pernambuco.   em 1821, o nosso INSTITUTO HISTÓRICO também foi homenageado,  na pessoa do seu presidente professor Pedro Ferrer. Parabéns aos GOIANENSES E AOS ANTONENSES. Salve o BICENTENÁRIO DA JUNTA GOVERNATIVA DE GOIANA.

Ornamento arquitetônico – por Marcus Prado

Ornamento arquitetônico, nunca antes de mim fotografado, da parte cimeira de uma casa existente na Rua 15 de Novembro, na Vitória de Santo Antão, antiga propriedade de José Joaquim da Silva. (Perto da casa dos pais de Paulo Lima) Peça inspirada nas colunas da Grécia Antiga, milênios atrás. Não existe outro exemplar na cidade. No meu DICIONÁRIO ONOMÁSTICO E PAISAGÍSTICO DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO, em parceria com Marina Prado , comento sobre esse achado.

Marcus Prado – jornalista. 

Junta Governativa de Goiana – por historia_em_retalhos.

29 de agosto de 1821.

Neste dia, era formada a Junta Governativa de Goiana/PE, fato que marcou o início do movimento que levaria à emancipação de Pernambuco do absolutismo de D. João VI, 11 (onze) meses antes do Grito do Ipiranga, mandando-se de volta para Portugal o governador português Luiz do Rego Barreto, algoz da Revolução de 1817.

Na Vila de Goiana, um segmento das elites pernambucanas instalou uma Junta Governativa Provisória, com o objetivo de aderir à política das Cortes Constitucionais portuguesas e desautorizar o governo do representante maior do monarca em Pernambuco, o general Luiz do Rego.

Durante quase um mês, a Junta de Goiana coexistiu com o Conselho Governativo do Recife, presidido por Rego Barreto, ao ponto de as desavenças acentuarem-se e o conflito armado tornar-se inevitável.

“Avante pernambucanos, o mundo nos observa: marchemos entoando o sagrado nome da pátria dos bravos”. Felipe Menna Callado da Fonseca e Manoel Clemente Cavalcante de Albuquerque (28.08.1821)

Este fato desaguou, mais na frente, na assinatura da Convenção de Beberibe, em 05 de outubro de 1821, decidindo-se pelo retorno imediato de Rego Barreto a Portugal, que partiu com familiares e outros portugueses.

Gervásio Pires foi eleito presidente da Junta, que foi chamada pelo povo de Junta Democrática e Independente

Hoje, portanto, é dia de reverenciar Goiana/PE e o seu povo!

Parabéns ao povo goianense!
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Professor Edivaldo: uma triste notícia para sociedade antonense……

Foi com espanto que, através das redes sociais, ontem (25), tomei conhecimento da trágica morte do jovem professor Edivaldo. Desde sempre o conhecia como membro atuante da diretoria da troça carnavalesca “O Pereirinha”, mas sua atuação na sociedade se materializava de maneira muito mais ampla. Na Igreja, na política, na educação, nos movimentos culturais e etc lá estava o Edivaldo, sempre atencioso, correto e proativo.

Com a sua precoce partida do mundo dos vivos fica-nos a certeza de que a sociedade antonense empobreceu. Edivaldo era um sujeito  “sangue bom” que dignificava a espécie que aprendemos chamar de “humana”. A vida é um sopro! Que Deus conforte seus familiares e amigos mais próximos,  nesse momento de dor aguda.

Prefeitos do século XXI – Zé do Povo=Elias Lira=Aglailson Junior= Paulo Roberto – todos iguais!!!

Desde a chegada do português Diogo de Braga ao nosso torrão – há quase 400 anos – tivemos vários modelos de governança. Até ascendermos à categoria de “Vila”, em 1812, na qualidade de povo, ainda não tínhamos “as rédeas” do nosso próprio destino.

Mas foi a partir da república – 1889 – que, do ponto de vista administrativo local, as coisas começaram a se encaixarem  –  “mais ou menos” –  tal qual  o modelo que conhecemos nos dias atuais. Nesse contexto, realcemos o nome do primeiro prefeito da Cidade da Vitória: Doutor José de Barros de Andrade (1892 a 1895).

Pois bem,  na qualidade de cidade interiorana brasileira/nordestina – fincada no coração da Zona da Mata pernambucana – o nossa lugar  também vivenciou o ciclo da cana de açúcar e dos seus engenhos. Em ato continuo conheceu várias figura e situações. Dentre as quais, destacamos:  “senhores  de engenho”, “coronéis da política”, “voto de cabresto”, “curral eleitoral” e etc.

Salvo pesquisa mais aprofunda,  desde o doutor José de Barros de Andrade, até os dias atuais, já tivemos  28 prefeitos – valendo lembrar  que alguns nomes  governaram a cidade por  mais de uma ocasião.

Pois bem, nessa linha de raciocínio poderíamos afirmar que o auge dos prefeitos com  práticas mais salientes – autoritárias, protecionistas e extravagantes –   deu-se com mais vigor na primeira metade do século XX.

Nesse recorte temporal era muito comum e até “normal” que os poderosos da época confundissem  frequentemente o que pertencia ao erário e/ou o  privado.  O “capital político pessoal”, por exemplo, era um bem quase indissociáveis do patrimônio familiar,  via de regra a ser herdado por um  dos membro da prole, quase sempre reservado ao primogênito – resquícios do período absolutista.

Para exemplificar, no sentido da linha política herdada pelas gerações seguintes, lembremos a emblemática  figura do Coronel José Joaquim da Silva, prefeito da nossa cidade que conseguiu seu primeiro mandato por ocasião de um ato particular do governador do estado de então, fruto, entre outras coisas, de uma indicação do Mestre  Aragão que também governou a cidade – primeiro, na qualidade de prefeito  interino, posteriormente nomeado em definitivo (1942 a 1944).

Eis que adentramos no tão esperado, sonhado  e até “temido” século XXI – dizia-se antigamente, inclusive,  que o mundo iria  acabar  no ano 2000. Com a chegada do novo tempo, a chamada “Era da Tecnologia”, da “Comunicação”, da “Pós-Modernidade”, “Das Transformações”, “Da Ciência” e etc, contudo,  imaginava-se mudanças de toda ordem, sobretudo nas práticas políticas. Mas na Vitória de Santo Antão, por incrível que possa parecer, inauguramos um tempo “invertido”, por assim dizer, nunca  antes  visto no nosso lugar, nem nos áureos tempos dos senhores de engenhos……Vejamos:

No  embate eleitoral municipal do ano 2000,  contrariando a lógica à época, elegeu-se o prefeito Zé do Povo. Em 2008, na eleição mais polarizada da  história da cidade, voltou ao poder municipal, pela 3ª vez,   o prefeito Elias Lira. Contrariando a lógica eleitoral em mais duas ocasiões, 2016 e 2020, ascenderam  ao poder executivo as candidaturas oposicionistas, Aglailson Junior e Paulo Roberto, respectivamente.

Mas o que existe de igual  e tão parecidos nos respectivos projetos  políticos/administrativos dos prefeitos da Vitória do século XXI? Observemos:

Sentado na cadeira mais importante da Palácio José Joaquim da Silva Filho, em 2002, o Zé do Povo “transferiu” da Câmara de Vereadores da Vitória para a  Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco o seu filho, Aglailson Junior,  quando o mesmo  “deu carga” na sua candidatura a deputado estadual.

Já o então prefeito Elias Lira, nas eleições gerais de 2014, não mediu esforços para “presentear ” o seu filho, Joaquim Lira, com um assento na ALEPE – detalhe: até então, o referido  filho dizia publicamente que não suportava  política…..

No dia da posse, na qualidade de gestor maior  da Vitória, em 1ª de janeiro de 2017, o então prefeito Aglailson Junior, em ato simbólico, lançou a candidatura do seu filho, Aglailson Victor a deputado estadual. Resumo da opera: em 2018, um dos mais votados do estado.

Impactada pela pandemia do novo coronavírus, as eleições municipais de 2020 foram  ameaçada de serem  efetivadas. Com “atividades de rua” comprometidas, segundo observadores da cena eleitoral,  o pleito foi decidido na internet. Com mais desenvoltura e prometendo ser diferente de todos,  levou a melhor o postulante Paulo Roberto.

Sentado na cadeira de prefeito, Paulo “produz” uma candidatura à Câmara Federal. Assim como todos os prefeitos da Vitória do século XXI, repete a mesma fórmula (um membro da família) ou seja: retira do sofá da sala de casa  o seu projeto eleitoral, apoiando e investindo no nome da sua filha, Iza Arruda –  neófita na atividade política.  O êxito na referida empreitada se configura numa grande incógnita até o momento. 

Eleição –  antes  de mais nada –  é um momento de reflexão. Estaremos recebendo, doravante,  um  grande volume de informação e propaganda eleitoral, via internet,  rádio e televisão – que se iniciará amanhã, sexta-feira (26). Precisamos ser mais racionais e menos emocionais, afinal votar,  primeiramente,  é um ato de esperança coletiva. O passado,  já passou! O presente é “massa e tijolo”  na construção de um futuro melhor….

Portanto, para concluir essas linhas que julgo ser um  singelo, mas importante documento histórico/antropológico/sociológico do nosso lugar,   sem nenhuma vaidade ou desejos tolos, imagino ser,   este,  um conteúdo contributivo na formação do chamado “debate político  produtivo”.

Salvo engano, nenhuma outra cidade pernambucana, nordestina  ou mesmo brasileira produziu, a partir do século 21,  uma sequência tão “sus generis”  quanto a nossa,  no que se refere à prática política eleitoral dos prefeitos,  atinentes  aos seus respectivos projetos eleitorais familiar. Afinal, qual a Vitória que você deseja:  a do século XX ou a do século  XXI?

 

 

 

 

 

 

Os “compadres” Gilberto Freyre, Alfred e Blanche Knopf – por Marcus Prado

Entre as mais famosas editoras de obras literárias que se tornaram de selo forte essencialmente inconfundível, não só dos EUA, uma se destacaria, quase isolada, durante décadas pela excelência do seu catálogo, resultado de um rigoroso esforço seletivo no mercado internacional de livros. Não seria outra, senão a editora fundada, em 1910, em NY, pelos Alfred A. Knopf e Blanche Wolf Knopf, notoriamente visionários e com forte dose de coragem, persistência e disciplina.

O bom gosto mostrava-se presente nos detalhes de cada edição da Knopf. Diziam que o editor queria vestir seus livros tão elegantemente quanto ele próprio julgava trajar-se no dia a dia. Nem a Gallimard, a editora francesa de Gilberto Freyre (Maitres et Esclaves), ou a poderosa Suhrkamp Verlag, de Frankfurt, (geralmente considerada como uma das mais importantes da Europa), no enfrentamento de concorrentes da Knopf, por serem fluidas, mostravam-se com criatividade gráfica nas suas edições. Teria sido esse o mesmo ideário empresarial da Taschen, a editora alemã, de Colônia, do Benedikt Taschen, o mais corajoso e seletivo editor europeu no requintado gênero de obras de arte; detentor, isolado, de um gigantesco banco de imagens. A senhora Blanche Knopf, bela, carismática e cativante, além de ícone na arte de editar, numa das viagens de trabalho para fora dos EUA, além da Europa, esteve mais de uma vez no Brasil, demorando-se no Rio de Janeiro e São Paulo, em 1942, quando a sua empresa já estava solidamente estabelecida, com títulos famosos nas melhores livrarias, concorrendo em qualidade e em preço.

Foi quando descobriu a obra de Gilberto Freyre: Casa Grande & Senzala. A partir de então, sabe-se que haveria de surgir, entre o casal Knopf, uma amizade que os biógrafos de Gilberto resumem como das mais proveitosas para o sociólogo e antropólogo pernambucano, ao ponto de Alfred e a mulher se tornarem “padrinhos”, da neta de Gilberto e Magdalena, a Ana Cecília, filha de Sônia Freyre e Antônio Pimentel. Gilberto os chamava de “compadres”, expressão de mesmo gosto dos Knopf quando se encontravam com o “solitário de Apipucos”.

Numa visita a esta capital, em 1960, sendo recebido por Gilberto e pelo antropólogo Roberto Mota no Solar de Apipucos, Alfred Knopf muito discutiu sobre os projetos, já iniciados, da sua editora com o foco na edição de novos livros de Freyre. A visita seria apenas de um dia, mas prolongou-se por causa de um roteiro cultural escolhido por Roberto Mota, a começar pelo então Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, a hoje Fundação Joaquim Nabuco, que tem como presidente o escritor Antônio Campos.

Um novo mundo se descortinava para o escritor que mais atingiu a compreensão dos traços que contribuíram para fundar a cultura brasileira (“a primeira civilização moderna nos trópicos”), no campo da antropologia cultural, ainda que sua motivação seja o encontro do ethos brasileiro, a configuração de uma identidade nacional. Para que se tenha uma ideia, Freyre passou a figurar no melhor catálogo da Knopf, ao lado de celebridades como Thomas Mann, André Gide, Albert Camus, Jean-Paul Sartre, Sigmund Freud, Ilva Ehrenberg, Mikhail Sholokhov, Pablo Neruda, Ezra Pound, Simone de Beauvoir, Kalil Gibran, Elizabeth Browne, Gabriel Garcia Márquez, Jorge Amado, o grande Mikhail Aleksandovitch Cholokhov, autor do belíssimo Sementes do Amanhã (1932), que recebeu o Nobel de Literatura por sua obra, depois de editada pela Knopf, eram todos exclusivos no idioma inglês falado nos EUA. Hoje, esse catálogo deixou de existir, a Knopf foi engolida por um conglomerado poderoso de editores e empresários dos EUA.

A senhora Knopf, por ser poliglota (ao ler Freyre no original brasileiro ficou de imediato interessada pelo estilo do autor, (por sua forma múltipla de conduzir ideias científicas, mas sem nenhum exagero cientificista), não tinha nada de amadora e romântica na produção de livros e na escolha do que, para a sua empresa, teria de dar certo, não apenas como um produto comercial. Freyre entendia, como raros, como funcionavam os pormenores da lida editorial.

Dessa amizade, de mútua admiração e respeito, que haveria de durar para sempre, aconteceu um belo gesto da senhora Blanche e do marido Alfred: quando se deu uma das mais devastadoras enchentes de inverno no Recife, em 1975,(*) e que a biblioteca da Fundação Joaquim Nabuco, fundada por Gilberto Freyre, perdeu cerca de 90% do seu valioso acervo, o casal Knopf, ao saber da tragédia, via embaixada e consulado norte-americano, de imediato, tranquilizou o amigo brasileiro, garantindo duas grandes doações de livros com a famosa logomarca da editora, representada por um cão russo da raça Russkaya Psovaya Borzaya, conhecida desde a Idade Média.

O vínculo, ao longo dos anos, não só de editor, com Gilberto Freyre foi tão cordial, que ele, num belo gesto de gratidão, prestaria homenagem à memória da senhora Blanche, inaugurando uma placa com o seu nome na biblioteca que ela ajudara a reconstruir. Outro grande gesto foi feito, recentemente, pelo escritor Antônio Campos, ao doar a essa casa de leituras e pesquisas o valioso acervo da biblioteca de seu pai, escritor Maximiano Campos. Hoje, essa biblioteca pode ser vista como um tesouro cultural no secular bairro recifense de Apipucos, sob a guarda competente da bibliotecária Nadja Pernambucano e sua equipe.

Passados os anos, a Biblioteca Blanche Knopf com mais de 100 mil títulos nas diversas áreas do conhecimento humano, tornou-se uma das maiores do Brasil, protegida por uma brigada de defesa patrimonial, outra importante ação da Fundaj para resguardar os seus equipamentos culturais de Casa Forte, Apipucos, Derby e Engenho Massangana.

(*) “A água é feminina nas suas bondades como nas suas traições” (Gilberto Freyre – DIARIO DE PERNAMBUC, 1924).

Marcus Prado – Jornalista.

Pátio da Matriz: atividade inclusiva!!!

Por ocasião dos preparativos do nosso evento, intitulado 5ª Festa da Saudade, ocorrido na noite do último sábado (20), estive o dia inteiro no Pátio da Matriz. Por volta das 9h, observei que um grupo de atletas, vinculados a ADIVISA – Associação dos Deficientes Físicos – exercitavam-se na praça. .

Coordenado pelo professor de Educação Física Romero Euclides e pela professora e interprete da  linguagem de sinais, Zelma, tomei conhecimento que o projeto segue funcionando, fruto de uma das  iniciativas  da referida instituição (ADVISA). Soube também que outras modalidades esportivas já estão sendo “estudadas” para acontecer em breve.

Meses atrás (abril/2022) promovemos a 1ª edição da “Corrida da Vitória” na qual formatamos e executamos também a primeira “Caminhada Inclusiva”. Experiência, diga-se passagem, muito legal e enriquecedora.

Assim sendo, em parceria com os coordenadores desse salutar projeto, tocado pelos professores Romero e Zelma, espero ampliar a participação desses atletas na próxima edição da “Corrida e Caminhada da Vitória”. Antecipadamente, aproveito para parabenizar os coordenadores do projeto!!!