A “res-publica” coisa do povo alardeada pelo amigo pedro Ferrer pode até ter surgido nestas terras, porem, é algo de muito malgrado posto os desdobramentos políticos e ideológicos da mesma (falamos no sistema politico, meramente) redundaram pe tragedias inomináveis a este velho Brasil. Golpes de estado, corrupção endêmica, salvadores da pátria, e toda sorte de porcarias advinda do golpe de estado que destituiu nosso Imperador Dom Pedro II…
Hoje poderíamos dizer como Rui Barbosa a republica gerou o fracasso.
Ruy Barbosa é considerado um dos mais eminentes juristas e políticos que a república do Brasil já viu nascer… foi um dos articuladores do golpe de 15 de Novembro e ajudou a derrubar a Coroa e instaurar aquilo que ele acreditava ser, sabe-se lá o porquê, um regime melhor para o nosso país.
Pouco tempo depois fez um “mea culpa” da tribuna do Senado… Eis o pronunciamento:
“A falta de justiça, Senhores Senadores, é o grande mal da nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo nosso descrédito, é a miséria suprema desta pobre nação.
A sua grande vergonha diante do estrangeiro, é aquilo que nos afasta os homens, os auxílios, os capitais.
A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove a venalidade, promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas.
De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.
Essa foi a obra da República nos últimos anos. No outro regime (na Monarquia), o homem que tinha certa nódoa em sua vida era um homem perdido para todo o sempre, as carreiras políticas lhe estavam fechadas.
Havia uma sentinela vigilante, de cuja severidade todos se temiam e que, acesa no alto (o Imperador, graças principalmente a deter o Poder Moderador), guardava a redondeza, como um farol que não se apaga, em proveito da honra, da justiça e da moralidade”.
Viva o Rei, Viva a Republica que só funciona no Brasil se for coroada.!
Manoel Carlos