Desistir, Jamais! – é o título do livro do amigo Evilson Rêgo.

Em recente encontro com o amigo que conheço há duas décadas, Evilson Rêgo, o mesmo presenteou-me com o livro “Desistir, Jamais!”, obra literária que traz sua assinatura como autor. Bem elaborada, sua dedicatória se configurou em convite irrecusável à leitura do mesmo. Registro, aqui, meus agradecimentos pela distinção na certeza que oportunamente estaremos mergulhando no rico conteúdo impresso, distribuídos em pouco mais de duas centenas de páginas.

Onde está Frei Caneca? – por @historia_em_retalhos.

Onde foi sepultado o frade carmelita, herói e mártir de duas revoluções?

Revolucionário de 1817 e líder máximo da Confederação do Equador de 1824, o frade tornou-se um mártir em razão das ideias libertárias que defendia, as quais influenciaram, decisivamente, as gerações que o sucederam.

Foi detido no exercício de suas funções de secretário das tropas sublevadas, em 29 de novembro de 1824, sendo conduzido para o Recife.

Levado inicialmente para um calabouço, foi transferido, depois, para uma sala incomunicável, onde recebera a sentença.

Muito foi feito para que o frei não fosse executado: petições, manifestações de ordens religiosas, pedidos de clemência.

Tudo em vão.

Sob a acusação do crime de sedição e rebelião contra as imperiais ordens de sua Majestade, foi julgado e condenado, sumariamente, à morte, por enforcamento, por uma comissão militar sob a presidência do coronel Francisco de Lima e Silva (pai do futuro Duque de Caxias).

Caneca foi morto em 13 de janeiro de 1825.

Em sua morte, foi necessário promover-se o seu arcabuzamento, porque três carrascos, sucessivamente, recusaram-se a enforcá-lo, tão querido era o frade e tamanho era o peso moral daquele ato.

O arcabuz era um tipo de espingarda, portanto, seria o fuzilamento dos dias de hoje.

Na Igreja de Nossa Senhora do Terço (foto), foi despido de suas vestes sacerdotais e levado, em seguida, ao Forte das Cinco Pontas, para ser executado.

Depois de morto, o seu corpo foi colocado junto a uma das portas do templo carmelita (foto), no centro do Recife, em um caixão de pinho, de onde os padres o recolheram e enterraram em um local até hoje não identificado.

Até hoje, a indagação: onde está sepultado Frei Caneca?

Nunca se soube com precisão.

Em nossa humilde opinião, o frei revolucionário merecia um mausoléu à altura de sua estatura cívica e histórica.
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Dia do Contabilista- por Gustavo Leonel.

Hoje, 25 de abril, celebramos o Dia do Contabilista, uma data importante para homenagear os profissionais responsáveis por organizar e gerenciar as finanças e tributos de empresas e pessoas físicas. Nós, da GL Contabilidade, temos muito orgulho de contar com uma equipe dedicada e comprometida com a excelência na prestação dos nossos serviços contábeis.
Na foto, temos o nosso líder Gilvan Leonel em destaque, junto à primeira equipe de trabalho da GL Contabilidade. Uma imagem que nos enche de saudade e ao mesmo tempo de gratidão por todos que já passaram por aqui e ajudaram a construir a nossa história.
Parabéns a todos os contabilistas pelo seu trabalho e contribuição para o desenvolvimento econômico do país. Vocês são essenciais para o sucesso das empresas e das pessoas físicas.
Gustavo Leonel.

2ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória: é tempo de agradecer!!!

“O Sucesso não ocorre por acaso”, diz o título de um dos livros do renomado médico brasileiro Lair Ribeiro. É nesse sentido que compartilho com os internautas do Blog do Pilako o conjunto de apoios que recebemos para efetivar a 2ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória.

Deixou aqui meu agradecimento ao chefe do executivo local, prefeito Paulo Roberto, por haver oportunizado o nosso contato direto com os secretários e funcionários da municipalidade para  tonar os serviços públicos mais ágeis e eficientes, visando  uma  melhor  segurança  aos  atletas  participantes. No contexto da estrutura do evento o erário nos contemplou com parte dela. Nomino, aqui, os nomes dos funcionários da prefeitura com tive algum tipo de contato: Edmo Neves (Vice-prefeito), Ana Paula, Evilson, Marcelo Torres, Albino, Darlan, Décio Filho, Demétrius, André, Alex, Luciano, Vitor, Marcos da Máquina  e Joselito (perdoe-me se esqueci de algum).

Às empresas que participaram do evento,  na qualidade de patrocinadora, destaco pelo incentivo da APAMI, nas pessoas de Socorrinho e Ivinho, da Pousada dos Piabas (Marcone), Pitiba (Bruno), Cárdio “A”,  Farmácia Roval (Célia), FAMAM (Emmanoel), Pitú (Alexandre), Nabuco Laboratório (Ariadne) e demais apoiadores.

Estendo os meus agradecimento ao professor do CAV – Centro Acadêmico da Vitória -,  Marcelus e também a todos os alunos que, na qualidade de monitores, participaram no engrandecimento do evento. Aos meus coordenadores, Gabriel, Neto, Rafael, João, Caio, Fernandes, Marília e Lú meu muito obrigado por tudo.

Produzir eventos não é uma tarefa das mais fáceis, sobretudo quando envolve um grande número de pessoas/participantes. Portanto, encerros esses agradecimentos sublinhando a participação dos atletas da Vitória e das mais variadas regiões do nosso estado. Corredores e corredoras deram um show!!!

Augusto Campos Góes Torres Simões Maia – por @historia_em_retalhos.

Há exatos 9 anos, morria em grave acidente automobilístico Augusto Campos Góes Torres Simões Maia, o “Galego”, como era conhecido.

Delegado licenciado, vereador de Pesqueira/PE e ex-líder estudantil, Augusto faleceu, precocemente, no mesmo dia em que completava 34 anos.

Durante os anos do movimento estudantil na Faculdade de Direito do Recife, integrou o Grupo Contestação, notabilizando-se pela eloquência e pelo talento para a política.

Intenso e talentoso, era muito certo que a vida o reservava um futuro promissor.

Já formado e no cargo de delegado da Polícia Federal, em janeiro de 2012, casou-se com a jovem Érica Torres, com quem viveu uma forte história de amor.

Naquele mesmo ano, porém, apenas sete meses após o matrimônio, a vida de ambos foi marcada por uma tragédia.

Augusto conduzia o veículo que se envolveu em um acidente no município de Sertânia/PE, resultando na morte de Érica, aos 31 anos.

Esse fato mudou radicalmente a sua vida.

A partir de então, optou por um estilo de vida recluso, voltado para atividades religiosas, sendo acolhido por seu tio, o padre Adilson Simões, na Terra da Misericórdia, em Arcoverde/PE.

Nesse período, idealizou e concretizou o “Instituto Érica Torres Simões, Menina Luz, Flor do Céu”, que tinha o objetivo de realizar cadastros sociais nas periferias de Pesqueira e Alagoinha, identificando as famílias mais carentes, para a oferta de donativos.

Em 26 de abril de 2014, quando retornava de uma das suas atividades com o tio, seguia no sentido Arcoverde, pela BR-232, quando bateu de frente com um caminhão, não resistindo aos ferimentos.

Antes, ele havia ido ao Recife com o pai e voltara de ônibus para Pesqueira.

Era um dos dois filhos do casal Juraci e Gláuria Simões.

Em 2015, a Academia das Cidades de Alagoinha (foto), sua terra natal, ganhou o seu nome.

À memória do Galego, com quem tive o enorme prazer de conviver, deixo aqui as nossas homenagens.
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“Tanto Mar” – por @historia_em_retalhos.

“Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
Ainda guardo renitente
Um velho cravo para mim”

“Tanto Mar”, canção de 1978, foi gravada por Chico Buarque em homenagem à Revolução dos Cravos, movimento armado que pôs fim ao regime fascista salazarista, no dia 25 de abril de 1974, em Portugal. 🇵🇹

O período da história portuguesa conhecido como “salazarismo” teve o seu início em 1933, com a ascensão ao poder de Antônio de Oliveira Salazar.

Inspirado no fascismo italiano, Salazar estabeleceu um regime autoritário-ditatorial, pautado na censura, repressão, exílios e guerras coloniais.

Em 1968, Salazar sofreu um derrame e foi substituído por Marcello Caetano, que prosseguiu com a política autoritária.

O isolamento político, a decadência econômica e os desgastes com as guerras coloniais foram o pano de fundo para a formação de um movimento de resistência ao salazarismo.

Em 09.09.73, surge o MFA – Movimento das Forças Armadas, em oposição à ditadura, o qual, no ano seguinte, reúne-se e decide derrubar o governo de Caetano.

Em 25 de abril, às 00h20min, a transmissão pelo rádio da música “Grândola Vila Morena” foi a senha utilizada para anunciar o início das operações militares, deflagrando a rebelião.

E qual a razão do nome “cravos”?

Em verdade, a revolta aconteceu praticamente sem resistência.

Houve 4 mortos.

Caetano rendera-se no mesmo dia, seguindo para o exílio no Rio de Janeiro.

Diante disso, a população saiu às ruas para comemorar, entregando flores de cravos aos soldados, que as colocavam nos canos de seus fuzis, tornando, assim, a flor símbolo e nome da Revolução.

As principais conquistas do 25 de abril podem ser resumidas nos chamados “3 d’s”:

– Democratizar,

– Descolonizar e

– Desenvolver.

O reconhecimento da independência de Guiné-Bissau, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Angola foi um reflexo direto do movimento.

Para a nossa alegria, o perfume dos cravos portugueses atravessou o Atlântico e também chegou no Brasil, influenciando no processo de redemocratização do país e, mais tarde, na promulgação da Carta Cidadã de 1988… 🙌🏼
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Mario Schenberg e Moacir dos Anjos, pernambucanos na Bienal de Artes de São Paulo – por Marcus Prado.

Muito se tem falado no Brasil, com especial ênfase, sobre o complexo ofício da curadoria em artes visuais, a partir da sua gênese até o final das suas configurações. Da necessidade de curadores engajados na produção da infraestrutura da arte. Sabe-se que o cenário das artes plásticas no Brasil está aproximando o país dos padrões culturais internacionais mais avançados e exigentes. Nesse contexto acha-se a figura do curador, profissão a exigir, cada vez mais, um somatório nada fácil de perspectivas culturais, boa formação acadêmica, muitos saberes no campo das artes de todas as épocas, das subjetividades e dimensões históricas. Sem ignorar os paradoxos intrínsecos do campo artístico do seu tempo, os conflitos e exigências que administra com sabedoria nos mínimos detalhes, fatos que configuram um conjunto de agentes e atores necessariamente engajados. Competência de liderança.

Pernambuco tem a destacar a presença de dois especialistas nessa área, ambos na condição de curadores da Bienal de São Paulo, considerada um dos três principais eventos do circuito artístico internacional, junto à Bienal de Veneza e Documenta de Kassel, a maior exposição do hemisfério sul. A nossa Bienal (que tem provocado novas discussões sobre o conceito das artes e muita polêmica) é pautada, cada edição, por questões inovadoras do cenário contemporâneo, reunindo milhares de visitantes não só do Brasil e expositores nacionais e estrangeiros.
O primeiro pernambucano curador da Bienal de São Paulo (1971) foi Mario Schenberg. Além de cientista (foi o nosso maior físico teórico), atuava como professor, tendo publicado trabalhos nas áreas de termodinâmica, mecânica quântica, mecânica estatística, relatividade geral (sabe-se a admiração e amizade que Albert Einstein tinha por ele, de quem era colega e vizinho de gabinete na Universidade de Princeton. Certa vez, pediram para Einstein fazer uma lista de dez pessoas, dez inteligências, e Schenberg estava nessa lista. (Suas primeiras ideias e descobertas, ainda jovem, foram caminhando pelas areias da praia dos Milagres, em Olinda). Tornou-se famoso crítico de arte, amante da Fotografia como arte maior e curador da Bienal de São Paulo. Não só curador, mas fazendo parte da organização cimeira do evento desde 1960. Isto, sem falar da sua atuação política de esquerda, que o levou à cadeia e expulsão do país durante o Golpe de 64. (Foi dedurado por seu amigo, Miguel Reale, reitor da USP, um filósofo menor). Mario tinha uma singularidade rara, ele entendia a importância da união entre arte e ciência. “Ele reconhecia o valor da normatização racional, mas considerava de alta relevância o elemento intuitivo na desconcerta cientifica e na criação artística”, afirma Alecsandra Oliveira, autora do livro Schenberg – Crítica e Criação, lançado pela Edusp, quando era seu diretor o pernambucano João Alexandre Barbosa, mestre da USP, um dos grandes críticos literários do país. Como curador da Bienal de São Paulo, (57 países), Mario muito contribuiu para a renovação e prestígio internacional do certame. Deu lugar a novas experiências estéticas desafiadoras que rompiam definitivamente com as tradicionais categorias de arte.

Depois de Mario Schenberg, separados por mais de uma geração,  foi a vez de Moacir dos Anjos (2010), o mais jovem dos curadores da Bienal de São Paulo, desde 1951, escolhido pelo Conselho de Administração da Fundação Bienal de São Paulo, presidido por Heitor Martins, graças ao seu histórico em outras curadorias, à sua notória interdisciplinaridade (elemento fundamental na curadoria profissional de artes), consolidada com trabalhos realizados no Recife (sua presença como pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco foi vista como exemplar), e em outras capitais do Brasil, à sua formação acadêmica na Europa, à sua relação com a história contemporânea das artes. Sem falar de seus livros que tratam de arte visual, crise de representação e Fotografia, e de seus ensaios temáticos em publicações especializadas dentro e fora do Brasil.

Para a Bienal de São Paulo, a 29ª, Moacir levou um projeto ousado, voltado para a arte contemporânea, “com a capacidade de falar das coisas da vida cotidiana”, para que a mostra, segundo entrevista dada ao Globo/RJ, “fosse entendida por todos”. Outra meta: resgatar a importância da Bienal, que já trouxe ao país obras como Guernica, de Pablo Picasso. Sua meta final era um público superior a 1 milhão de pessoas. Foi alcançada. Para tanto, contou com uma equipe de cinco curadores que trabalhavam sob a sua coordenação. Para mim, que estive lá, a Bienal de Moacir foi uma tomada de consciência de que a arte, seus núcleos afetivos, é uma linguagem que espelha o homem e suas circunstâncias, suas resistências, o seu mundo, como também é parte da realidade, um equivalente ideal da realidade, uma imagem típica (verossímil) da realidade, mas como realidade está sempre em transformação. (Existir é devir, como diria Martin Heidegger no silêncio da sua cabana, na Floresta Negra).

Marcus Prado – jornalista

2ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória: SUCESSO!!!

Nesse domingo, 23 de abril, concluímos a 2ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória que promoveu duas homenagens: ao Jucival Amorim, pela sua trajetória como atleta vencedor e por sua importante contribuição à modalidade (corrida de rua)  em todo estado de Pernambuco. A medalha e o troféu do evento foram confeccionados alusivos à bandeira da Vitória de Santo Antão, justamente para celebrar a passagem dos 180 de elevação da então “Vila de Santo Antão” à categoria de “Cidade de Vitória”, ocorrida em 1843.

Com mais de 500 inscrições realizadas, o evento contou com atletas de vários grupos das mais variadas regiões do nosso estado. Para o percurso de 7km, além de prêmio em dinheiro para os vencedores até o 3º lugar, no masculino e feminino, nas  categorias “geral e local”,  o evento também contemplou pódio por faixa etária – dos 50 aos 59, 60 aos 69 e 70+. Para caminhada o percurso foi de 4km.

Já nessa segunda edição poderíamos dizer que o evento encontra-se consolidado, colocando nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão, definitivamente, no roteiro dos grandes eventos de “corrida de rua” de Pernambuco. No transcorrer da semana postaremos mais detalhes,  alusivos ao encontro esportivo aludido.

Joaquim José da Silva Xavier – por @historia_em_retalhos.

Em 21 de abril de 1792, era executado o alfere Joaquim José da Silva Xavier, o mártir Tiradentes.

Inspirada na Independência dos EUA e nos ideais ilustrados da Revolução Francesa, a Inconfidência Mineira de 1789 formou-se com o propósito de combater a cobrança da derrama, dispositivo fiscal que visava à arrecadação do quinto (20% do ouro da colônia), em benefício da Corôa.

O movimento foi traído por Joaquim Silvério dos Reis, que fez a denúncia para obter o perdão de suas dívidas com a metrópole.

Tomando conhecimento da conspiração, o governador de MG determinou a abertura do auto de devassa.

Em 18.04.1792, foi lida a sentença que condenava 11 inconfidentes à morte.

A pena capital de 10 condenados, porém, foi comutada para degredo, com exceção de Tiradentes, que foi executado e esquartejado.

Tiradentes é considerado patrono cívico do Brasil, tendo o seu nome inscrito no Livro dos Heróis da Pátria.

A ele, todas as nossas homenagens.

Porém, a data de hoje é importante, também, para jogarmos tintas em um grave pecado da historiografia nacional: o papel secundário dispensado ao frade carmelita Joaquim do Amor Divino Rabelo, o Frei Caneca.

Frei Caneca esteve à frente de duas revoluções (1817 e 1824) e sempre foi mantido à sombra de Tiradentes.

Há várias razões históricas que explicam essa distinção e te convido a ler o retalho que costuramos a respeito.

Atentemos para alguns aspectos das revoluções lideradas por Frei Caneca:

– profundidade (houve, de fato, uma ruptura, durante 75 dias).

– abrangência territorial (foram várias as províncias que aderiram).

– quantidade de envolvidos e mártires (de todas as classes sociais).

– organização (até uma constituição foi jurada e um governo provisório montado).

– e as consequências: enquanto em MG todos foram anistiados, com exceção do alfere, em PE, a repressão foi cruel e inclemente.

A intenção da Corôa era clara: apagar o que acontecera em PE, para que o seu exemplo jamais se replicasse no resto do país.

Na esteira desse esquecimento, veio o apagamento do nosso frei, líder e mártir de duas revoluções.

Fica a nossa reflexão.

Bom feriado, gente!
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Cine Tabocas – Mostra de Cinema da Vitória de Santo Antão.

Cine Tabocas – Mostra de Cinema da Vitória de Santo Antão ocorrerá entre os dias 20 e 23 de abril, às 20h, na Praça da Bela Vista. Esta primeira edição vai exibir 16 obras de audiovisual em vários formatos e gêneros – documentários, animação, curta, média, longa, etc. – desde que tenham mulheres como diretoras e/ou roteiristas. Sobre isso, Débora Bittencourt, a curadora do projeto, diz que “nessa primeira edição do Cine Tabocas, queremos relembrar dos espaços ainda pouco ocupados e visibilizados por nossas artistas, amigas, irmãs e companheiras. Espaços físicos e também simbólicos. De protagonismo político, profissional, cultural e artístico”.

O Cine Tabocas é o produto do projeto Mosaico Audiovisual e tem Edson Ribeiro como Produtor Executivo. A Casa Mosaico surgiu em 2013 como um espaço alternativo, plural, voltado para difundir a produção artística de Vitória de Santo Antão e região. Este ano, comemorando 10 anos de atuação, a Casa Mosaico vai realizar a primeira edição do Cine Tabocas, com incentivo do Funcultura/Fundarpe – Governo do Estado de Pernambuco e apoio da Prefeitura da Vitória de Santo Antão/SECULTE.

Veja, abaixo, as produções audiovisuais selecionadas:

Mainha, de Sammia Gonçalves. Vitória de Santo Antão.

Lilith, de Nayane Nayse. Afogados da Ingazeira.

Ingá, de Monique Xavier. Belo Jardim.

Contos de amor e crime, de Natali Assunção. Recife.

DescolonizAR-TE, de Gabriela Passos. Recife/Olinda/Pesqueira.

Ágora, de Rute Silva e Eduardo Monteiro. Recife.

Drag é poder, de João Rocha. Caruaru.

Transnordestina, de Rafael Costa. Salgueiro.

Devir Animal, de Andréa Veruska. Olinda.

Corpo Onírico, de Marina Mahmood. Recife.

Luzes piscantes na noite, barulho urrante de dia, de direção coletiva. Vitória de Santo Antão.

Permanece, de Letícia Bombonati.
Vitória de Santo Antão.

O Movimento dos pássaros, de Bako Machado. Arcoverde.

Quebra Panela, de Rafael Anaroli. Condado.

A última feira, de Tharciele Santiago. Recife.

Ameaças climáticas no Recife: desafios para áreas centrais e periféricas da Capital Pernambucana, de Íris Samandhi. Recife.

Além da exibição de filmes, terão outras apresentações artísticas, como Sumaya Bittencourt na música; recital de poesia Sendo Maria; bate papo Mulheres no Cinema; Performance com Kel Soares. A programação é totalmente gratuita!

Equipe Técnica do projeto Mosaico Audiovisual:

Pablo Dantas – Coordenação Geral.

Edson Ribeiro – Produção Executiva.

Débora Bittencourt – Curadoria.

Gustavo Free – Designer.

SERVIÇO:

Cine Tabocas – Mostra de Cinema da Vitória de Santo Antão.

De 20 a 23 de abril de 2023.

Horário: 20h (todos os dias).

Local: Praça da Bela Vista.

Jucival Amorim: a história continua – parte 03

Hoje postamos o vídeo parte 03,  realçando um pouco da história de vida do atleta homenageado da 2ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória, Jucival Amorim. “Val”, como muitos carinhosamente lhe tratam, é uma das pessoas mais importante da nossa cidade no contexto da modalidade esportiva “corrida de rua”.

Vídeo parte 03.

VÍDEO PARTE 01

VÍDEO PARTE 02

 

Zuzu Angel – por @historia_em_retalhos.

Esta é Zuleika Angel Jones, estilista brasileira que ganhou fama internacional por sua costura, ficando conhecida como Zuzu Angel.

No ano de 1971, o Brasil vivia o ciclo chamado “Anos de Chumbo” e a vida de Zuzu sofreu uma reviravolta.

O seu filho Stuart foi sequestrado e nunca mais visto.

Zuzu recebeu o relato de pessoas que viram a prisão, tortura e morte de Stuart e passou a denunciar no exterior as circunstâncias do assassinato de seu filho.

Usou da projeção alcançada por seus desfiles para fazer com que as denúncias chegassem à imprensa estrangeira, contribuindo para o desgaste da ditadura brasileira.

A partir de 1975, começou a ser mais monitorada e a receber ameaças de morte.

Cerca de um ano depois, em 14 de abril de 1976, Zuzu faleceu, aos 53 anos, vítima de acidente automobilístico.

A versão oficial foi a de que o carro teria saído da pista e batido no viaduto, tudo confirmado pelo médico, à época.

Chegou-se a divulgar que a estilista teria ingerido bebida alcoólica, havia dormido ao volante ou que o carro teria problemas mecânicos.

A partir da análise no corpo de Zuzu, em 1996, e da reunião de testemunhos importantes, como o de Lourdes Lemos, que comprovou a revisão de seu carro, bem assim o de Marcos Pires, que viu o acidente da janela de seu apartamento, as coisas começaram a mudar.

Uma das principais provas foi produzida pela CNV, no depoimento do ex-delegado Cláudio Guerra, no qual o agente identificou a presença do coronel do Exército Freddie Perdigão e afirmou ter ouvido do próprio Perdigão que ele havia participado do atentado que vitimou Zuzu.

Na verdade, o carro de Zuzu foi encurralado na saída do túnel Dois Irmãos, o que provocou a colisão contra a proteção do viaduto, fazendo com que o automóvel despencasse do barranco.

Pouco antes de falecer, a estilista enviou uma carta ao amigo Chico Buarque, na qual dizia:

“Se eu aparecer morta por acidente, ou outro meio, terá sido obra dos assassinos do meu amado filho”.

Chico enviou 60 cópias dessa carta à imprensa, mas nada foi publicado.

Fica a certeza: a pior das violências será sempre aquela praticada pelo próprio Estado.

#ditaduranuncamais
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Jucival Amorim: atleta vencedor e cidadão de bem!

Não fosse um trágico acidente automobilístico, ocorrido em 1985, nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão – possivelmente ostentaria algum tipo de destaque nacional  relevante no segmento da corrida de rua. O detentor  dessa façanha, por assim dizer, teria nome e sobrenome: Jucival Amorim.

Desde muito jovem Jucival se apaixonou pela modalidade num tempo em que correr nas ruas ainda não havia virado “moda”,  muito menos ganhado  destaque nos mais variados quadros da grande mídia nacional e na internet, através das redes sociais.

Nesse contexto, a 2ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória, de maneira justíssima, está realçando o seu nome  – Jucival Amorim – como atleta homenageado. Entre outros objetivos do evento – que são vários – destacar figuras que contribuíram e continua contribuindo para o engrandecimento da atividade física é algo muito enriquecedor.

Abaixo, portanto, segue dois vídeos de uma série,  protagonizado pelo  próprio personagem, resgatando um pouco da história desse grande atleta e cidadão antonense.

Vídeo 01 –

Roberto Campos e a soberba – @historia_em_retalhos.

Economista, escritor, diplomata e político, o mato-grossense Roberto de Oliveira Campos teve uma trajetória de destaque e acumulou realizações expressivas nas inúmeras funções que exerceu ao longo de sua vida.

Porém, era uma figura polêmica.

Em 11 de abril de 1964, o general Castello Branco assumiu a presidência do Brasil, de forma indireta, após o golpe militar daquele ano.

De seu governo, faziam parte Sandra Cavalcanti, que foi nomeada para presidir o BNH, e Roberto Campos, ministro do planejamento e homem forte dos militares.

Sandra queria que os recursos do FGTS financiassem casas para os trabalhadores.

Campos, detentor da chave do cofre, queria que também beneficiassem as classes média e alta.

Criado o impasse, Sandra levou o problema para o presidente da República e pediu uma reunião, com a presença do ministro.

No dia do encontro, a professora começou discordando do ministro, acusando-o de ser insensível aos problemas sociais e seguidor intransigente da escola liberal.

Contrapôs com a nova visão econômica da corrente liderada pelo economista alemão Von Rumanchaut, defensor dos investimentos sociais como solução para as crises políticas.

Roberto Campos, então, cortou a palavra da presidente do BNH e disse a Castello que já tinha lido toda a obra desse alemão, garantindo serem teses ultrapassadas.

Sandra levantou-se e pediu ao general que aceitasse a sua demissão em caráter irrevogável.

Disse ela:

– “Presidente, eu inventei agora, neste momento, a figura inexistente desse economista alemão e o seu ministro do planejamento acaba de dizer que já leu toda a obra dele”.

Resumo da ópera: revelando muita soberba, Roberto Campos foi flagrado na mentira.

Fonte: Ticianeli, Coluna Miolo de Pote.

Agradeço ao amigo @paulocesarmaiaporto por ter nos trazido esse fato.
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2ª Corrida da Vitória: prefeitura garante segurança e serviços de saúde aos atletas/participantes.

Anteriormente formalizado ao chefe do executivo (Paulo Roberto) e às secretarias envolvidas no conjunto das ações,    visando à realização do evento esportivo na nossa cidade –  2ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória -, que ocorrerá no próximo dia 23 de abril e terá como ponto de concentração, largada e chegada às Praças da Restauração e 3 de Agosto (Livramento), hoje,  pela manhã, na qualidade de organizador do evento,   participei de uma reunião na prefeitura que, entre outros objetivos, serviu como uma espécie de alinhamento geral, visando o bom andamento dos serviços que serão ofertados pela municipalidade aos atletas/participantes.

No contexto, estarão envolvidas as seguintes pastas: Saúde, Serviços Públicos, Cultura, Esporte, Segurança e Trânsito –  através da AGTRAN. A prefeitura também está apoiando com parte da estrutura do evento.

Com a presença do prefeito em exercício, professor Edmo Neves, secretários, secretários  executivos, diretores e funcionários das pastas diretamente ligadas à operação montada, na ocasião, realçamos alguns detalhes do evento assim como sublinhamos que,  por ocasião da passagem dos 180 anos da elevação de vila à categoria de cidade,  a medalha da corrida/caminhada foi confeccionada alusiva à bandeira do nosso  município.

Ao final do encontro, de viva voz, agradeci a todos pela reunião ficando, desde já, na expectativa da realização de mais um grande evento esportivo na nossa cidade que, diga-se de passagem, vem chamado a atenção de atletas de várias regiões do nosso estado. Vamos correr?

A VELHA CASA – por Marcus Padro

A VELHA CASA SÓ TINHA paredes de frente, o resto virou ruínas. Mas tinha, intocáveis, o que os seus antigos e únicos moradores deixaram no lugar: O berço antigo das crianças; um cavalinho de pau, uma rede movediça a balançar, sozinha, pelos lados vazios; velhos e graciosos sapatinhos de coro; os varões das cortinas, um realejo e o som de antigas canções de ninar saindo do reboco sem aparências;um berço que não pára de balançar.

SEM FALAR DO SOM DOS TRINCOS e das fechaduras dos quartos demolidos pelo tempo, como se estivessem ainda presentes todos os que nasceram, viveram e morreram ali, até as coisas invisíveis saindo das ramagens, como os canais meridianos da aura, seus invólucros etéreos, e os gestos dos que partiram e não voltam nunca mais.

SEM QUERER, eu quase esquecia: o velho e grande espelho da sala de visita, o lugar onde vivem as imagens de tudo o que havia nessa casa, os gestos e comportamentos das pessoas.  Passar por esse espelho, em qualquer época, (mesmo partido em muitos pedaços, não importa) significa, portanto, um desafio sem vencedor.

QUEM TIVER o seu espelho que o guarde como quem guarda um álbum de antigas recordações.

Marcus Prado – jornalista